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Paulo Mendes Campos – Versos na tarde

Auto-Retrato Paulo Mendes Campos ¹ Nos olhos já se vê dissimulada Preocupação de si, e amor terrível. A incessante notícia de uma luta Com as panteras bruscas do invisível É como a sensação de sede e fome. Mudo, na cor translúcida da face Já se insinua o pálido comparsa. Na fronte existe um vinco que disfarça Qualquer coisa…. se acaso disfarçasse. Mas não se vê o coração que come O sangue espesso da melancolia. Na boca, outro sinal de uma disputa – Discórdia, dispersão e covardia -, E um traço calmo buscando castidade. No rosto todo, a usura da saudade ¹ Paulo Mendes Campos * Belo Horizonte, MG. – 28 de Fevereiro de 1922 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 1 de Julho de 1991 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Empresa de segurança americana discutia projeto de ‘supervírus’

Praga seria ‘quase impossível’ de remover. HBGary discutia projeto com contratada do governo. Uma coleção e-mails vazada da empresa de segurança HBGary após invasão do Anonymous revela um projeto de desenvolvimento de um vírus do tipo rootkit – que se camufla no sistema para dar o controle do computador a um invasor. O projeto do vírus, codinome Magenta, foi enviado por um funcionário ao cofundador da HBGary, Greg Hoglund, que o encaminhou à Farallon Research, uma empresa cujo objetivo é “conectar tecnologias comerciais avançadas e as empresas que as constroem com as necessidades do governo dos Estados Unidos”. Não nos e-mails vazados nenhuma outra informação sobre o futuro da proposta ou se ela foi aceita. O e-mail à Farallon é datado do dia 7 de janeiro de 2011. A proposta, encontrada entre dados vazamentos pelo site de jornalismo colaborativo Crowdleaks, explica como o código malicioso seria capaz de permanecer no sistema de tal forma que seria muito difícil detectá-lo ou removê-lo. Ele usaria “4kb ou menos” de memória e poderia aceitar comandos externos – para controlar a máquina infectada – de formas diversas, inclusive burlando firewalls.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Hoglund é o responsável pelo site Rootkit.com, conhecido por ser uma biblioteca virtual de recursos – de defesa e ataque – relacionados a pragas digitais que se camuflam no sistema e permitem ao invasor manter tudo sob controle de forma invisível, roubando dados e realizando outras atividades maliciosas. Stuxnet A HBGary recebeu uma cópia do Stuxnet da fabricante de antivírus McAfee. A análise dos documentos pelo Crowdleaks aponta para um possível interesse de fazer a companhia não se pronunciar publicamente o vírus, que atacou centrífugas nucleares no Irã e pode ter sido criado por agentes dos Estados Unidos e Israel. A empresa discutia a relação do vírus com os sistemas de segurança dos Estados Unidos – apontando a vulnerabilidade de órgãos como a Administração de Segurança de Transportes (TSA). A empresa também tinha conexões na Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA). Em um e-mail, Aaron Barr, responsável pela companhia relacionada HBGary Federal, fornece seu número de telefone a Cheryl D. Peace, que trabalha na NSA em um cargo desconhecido, mas que era diretora de cibersegurança do Departamento de Segurança Nacional dos EUA em 2004. Altieres Rohr/G1

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Mubarak, Facebook e Twitter

Como o Facebook e o Twitter ajudaram a derrubar o presidente do Egito Para especialistas, redes sociais tiveram papel essencial na saída de Mubarak do poder no país e saem do episódio com imagem fortalecida. Com a saída de Hosni Mubarak da presidência do Egito na sexta-feira (14/2), analistas e alguns manifestantes locais afirmaram que o político ainda estaria no poder se não fosse pela força dos sites de redes sociais. Após 18 dias de protestos tumultuados e recusas de deixar uma posição que ocupava havia cerca de 30 anos, Mubarak entregou o poder para líderes militares do país no fim de semana. Durante um período de agitação em que o regime do ex-presidente desconectou o Egito da Internet por vários dias, sites de redes sociais como Facebook e Twitter serviram como ferramentas essenciais para as pessoas que queriam derrubar o ditador. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacou o papel da tecnologia nessa mudança e elogiou os cidadãos egípcios que usaram “sua criatividade, talento e tecnologia para clamar por um governo que representasse suas esperanças e não seus medos.” “Eu certamente penso que ele (Mubarak) não teria saído da presidência se não fosse pelas ferramentas de redes sociais”, disse o analista principal da empresa Current Analysis, Brad Shimmin. “Penso que eles queriam que todas as atenções fossem desviadas dessa revolta, mas as tentativas de bloquear o acesso à Internet falharam.”[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “Por causa disso, Mubarak e seu regime sentiram que eles não tinham outra alternativa a não ser sair do poder.” Olho no Facebook Quando os egípcios que queriam Mubarak fora do poder começaram a se mobilizar, eles se viraram para as redes sociais, mais especificamente o Facebook. Há cerca de três anos, um ativista egípcio iniciou uma página do movimento de 6 de abril no site criado por Mark Zuckerberg para apoiar os trabalhadores em greve no país. Desde então, a página já conseguiu reunir mais de 60 mil membros preocupados com problemas como liberdade de expressão, a economia ruim do país e frustração com o governo. Além disso, ativistas daquele país também criaram uma página no Facebook para o ativista e blogueiro Khaled Said, que teria sido espancado até a morte pela polícia local no ano passado. O que é especialmente interessante sobre isso é que os ativistas egípcios não estavam simplesmente buscando que as pessoas “curtissem” suas páginas de protesto ou dar a elas um lugar para expor suas frustrações. Eles usaram os sites de redes sociais para engajar as pessoas – para motivá-las a entrar em ação, não apenas online, mas no mundo real. De alguma maneira, os egípcios parecem ter sido influenciados pelo participação de Obama nas redes sociais. O atual presidente norte-americano usou com sucesso sites de redes sociais, como Facebook, YouTube e Twitter, para ajudar sua campanha presidencial em 2008. E os membros de sua equipe sabiam que não era suficiente que seus eleitores simplesmente “curtissem” sua página no Facebook ou seguissem seus tweets de campanha. Eles precisavam usar as mídias sociais para estimular ações reais no mundo real. E é isso o que fizeram os líderes manifestantes no Egito. Eles reuniram pessoas para protestar usando Twitter e mensagens de texto. Eles clamaram por ação em páginas do Facebook. “As redes sociais claramente têm sido um catalisador e um acelerador”, disse o analista da Gartner, Ray Valdes. “Claramente, eles pensam que o Facebook teve um papel. Existem pessoas de todas as classes sociais nas ruas demonstrando isso e elas estão carregando cartazes em referência ao Facebook.” Já o analista da Forrester, Augie Ray, alega que, apesar de as redes sociais não terem sido a base para essa revolução no Egito, foram sim uma parte essencial de sua infraestrutura. “As mídias sociais não foram a faísca que criou essa revolução egípcia, mas uma vez que essa descarga elétrica chegou aos canais sociais, a habilidade de se comunicar em tempo real e alcançar grandes números de pessoas sem nenhum custo foi sem dúvida um fator significativo que contribuiu para que as demonstrações egípcias se espalhassem e fossem mantidas”, disse Ray. “Páginas do Facebook foram usadas para informar e criar insatisfação. O Twitter foi usado para coordenar esforços e o YouTube ajudou a espalhar a palavra.” Essa força causou muitas perturbações ao governo de Mubarak. “É preciso dizer que o governo do Egito claramente temeu como essas ferramentas estavam sendo usadas baseado em suas ações para bloquear o acesso (à Internet)”, explica Ray. “E é importante não deixar passar o papel das mídias sociais em fornecer suporte no mundo todo.” Shimmin também notou que os eventos no Egito terão um efeito imediato na imagem das redes sociais. “Esse não é mais apenas um lugar para compartilhar fotos de bêbados em uma festa”, disse. “É um meio de se comunicar de uma maneira que você não podia antes e que dá às pessoas um senso de solidariedade Por IDG News Service/EUA

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Ronaldo fenômeno e a aposentadoria

Aposentadoria permite reinvenção, dizem artistas e executivos a Ronaldo Parada forçada ou precoce pode abrir caminho para sucesso em nova área. Planejar saída com antecedência evita maiores sofrimentos no futuro. Não são apenas jogadores de futebol como Ronaldo que se veem obrigados a sair de cena e “pendurar a chuteira” antes do pretendido. A aposentadoria precoce ou forçada atinge também outros profissionais que acabam sendo forçados a buscar novos rumos para suas carreiras. E são vários os casos de sucesso e de reinvenção. Problemas de saúde que prejudicaram os movimentos de suas mãos fizeram com que o maestro João Carlos Martins abandonasse a carreira de pianista clássico sete anos atrás. O amor à música, porém, fez com que ele continuasse trabalhando com melodias, mas na posição de maestro. Atualmente, aos 70 anos, é regente da Filarmônica Bachiana Sesi/SP e vai ser o homenageado do desfile da escola de samba de São Paulo Vai-Vai no Carnaval 2011.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] saiba mais ‘Perdi para o meu corpo’, diz Ronaldo Aos 34 anos, Ronaldo abandona a carreira Entenda o que é hipotireoidismo “Quando você tem barreiras que o destino lhe impõe, tem que ter humildade para reconhecer que não dá mais”, afirma Martins. Para o maestro, Ronaldo conseguirá encontrar um novo caminho além do futebol. Martins revelou que vai convidar Ronaldo para também desfilar pela Vai-Vai. A despedida forçada, entretanto, nunca é fácil. Para Ana Paula Oliveira, de 35 anos, falar sobre o assunto ainda é difícil. Bailarina profissional desde os 14 e integrante do Grupo Corpo, de Belo Horizonte, ela foi forçada a se separar da dança em 2010, após 20 anos de dedicação exclusiva. O motivo foi o rompimento de um ligamento entre o fêmur e a bacia na perna esquerda. No início, não imaginou que seria algo sério, tanto que cumpriu toda a temporada da companhia de dança. Ana Paula passou por cirurgia, sessões de fisioterapia, tentou um retorno, mas percebeu que o corpo não aguentava mais a carga exigida de uma bailarina. “Fui me mexer na cama e não consegui. Senti uma dor de contratura muscular. Era um sinal do meu organismo dizendo ‘para’”, lembra. Hoje, cerca de um ano e meio depois, Ana Paula tenta encontrar na arte novas inspirações. Não se afastou do grupo e hoje se propõe a um novo trabalho, na área de comunicação da companhia. “Fiquei de luto. São coisas da vida que acontecem sem razão nem para quê. O que me conforta é saber que fiz o que mais amei na vida”, afirma. Osmar Santos descobriu nova paixão na pintura Oscar Ulisses, irmão de Osmar Santos, lembra que o locutor esportivo ficou revoltado e entrou em depressão após ter a carreira interrompida. Um grave acidente de carro, em 1994, afetou a fala e parte das funções motoras de uma das vozes mais famosas do Brasil. “Uma vez ele me falou: ‘Olha, tive um acidente sério, perdi muito do que tinha, mas muito do que tinha também ficou. Agora tenho dois caminhos. Ou reclamo ou vivo o que sobrou. Vou viver o que sobrou’”, lembra o irmão. Para superar as adversidades, Osmar Santos, hoje aos 61 anos, trocou o microfone pelo pincel e agora se dedica à pintura. “Nunca havia pintado na vida. Ele se dedica muito a essa atividade, tem aulas com caras bons de pintura. Algo que era uma terapia virou quase uma profissão”, diz o irmão, que também é locutor. Tinha receio de sair e ficar burro, parar de exercitar, ter contato com um público diferente.” Fábio Chiappetta, empresário Mas nem sempre a aposentadoria precoce é por motivo de lesão ou saúde. Em 2006, Fábio Chiappetta de Azevedo, então com 34 anos, decidiu deixar o alto cargo que tinha em um banco de investimento para comandar franquias de restaurantes e também lojas próprias no ramo gastronômico, no Rio de Janeiro. “Foi difícil porque eu gostava do trabalho. Apesar de ser estressante, estudei para aquilo”, afirma o empresário, formado em economia e com duas pós-graduações na área. No caso dele, a decisão foi baseada em qualidade de vida. “Tinha receio de sair e ficar burro, parar de exercitar, ter contato com um público diferente. Os profissionais do banco eram pessoas formadas, graduadas, na loja são pessoas sem formação, é mais difícil de lidar”, explicou Fábio, pai de duas filhas, uma de 4 anos e outra de 6 meses. Para matar a saudade do mercado financeiro, ele se encontra pelo menos a cada dois meses com os amigos economistas. O empresário elogiou a decisão de Ronaldo.“Acho que estava na hora mesmo de parar, porque é uma pessoa que já esteve super lá em cima, foi super ídolo, um fenômeno, mas não tinha mais o mesmo desempenho”, disse. Desapego Eu fui ver se as pessoas investiriam em mim ou no meu sobrenome corporativo e recebi muito apoio.” Carlos Miranda, empresário O empresário Carlos Miranda também saiu no auge de sua carreira de 21 anos na consultoria Ernst & Young, onde chegou a ser sócio, para tocar um negócio próprio. Em 2010, ele era responsável no Brasil e na América do Sul pela área de mercados em crescimento da empresa e decidiu criar um fundo de investimentos para empresas que desejavam crescer. “Podia me acomodar e continuar lá até a aposentadoria, tinha um salário superbom, mas sempre tive esse espírito mais empreendedor”, afirma. Miranda diz que a palavra de ordem para ele foi desapego. “Muita gente tem medo de perder prestígio, o glamour daquela empresa, daquele cargo. Eu fui ver se as pessoas investiriam em mim ou no meu sobrenome corporativo e recebi muito apoio.” Corintiano, ele pensa que Ronaldo ainda insistiu muito em brigar com o corpo. Para Armando Barcellos, 45 anos, ex-triatleta que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Sydney e abandonou o esporte no auge da carreira, em 2001, o lado psicológico também deve ter pesado na decisão de Ronaldo. “Trinta e quatro anos ainda está muito novo. Eu entrei em forma no melhor da minha vida aos

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