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Internet e ameaça virtual contra Dilma Rousseff

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai analisar se abre investigação para apurar ameaças de morte feitas contra a presidente Dilma Rousseff pela internet no sábado, dia da posse. Em troca de mensagens pelo Twitter, jovens pediam que um atirador de elite surgisse de um lugar qualquer para atirar e matar a presidente durante o desfile em carro aberto entre a Catedral de Brasília e o Palácio do Planalto. Alguns pediam atiradores também contra o vice-presidente, Michel Temer. As informações sobre a campanha contra Dilma e Temer foram recolhidas na internet por auxiliares do deputado Dr. Rosinha (PT-PR) e enviadas a Gurgel nesta segunda-feira.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Pela lei em vigor, incitação à violência é crime. Nas mensagens, internautas clamam pelo aparecimento de um atirador de elite e, como sugestão, lembram do atentado em que o ex-presidente dos Estados Unidos John Kennedy foi assassinado com um tiro na cabeça. ” Qualquer coisa que seja ligada à nossa presidente ou à segurança institucional vai ter nossa cooperação sempre ” O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Carvalho, disse que, se for necessário, vai colaborar com uma eventual investigação do Ministério Público Federal. – Qualquer coisa que seja ligada à nossa presidente ou à segurança institucional vai ter nossa cooperação sempre – disse o general na primeira entrevista depois de receber o comando do GSI do general Jorge Félix. Enquanto a posse da presidente era transmitida pela televisão, no sábado, usuários do Twitter faziam a incitação: um deles perguntou: “Tem algum atirador disposto a dar um tiro na cabeça de Dilma quando ela tiver subindo a rampa do planalto?”. Outro sugeriu: “Algum atirador de elite está on-line?? Só avisando que daqui a pouco a Dilma vai desfilar em carro aberto… só um aviso… nada de mais…”. “Na verdade eu fiquei TORCENDO para que houvesse um atirador quando a Dilma desfilava de carro”, afirmou uma jovem em sua página. No início da noite desta segunda-feira, a busca pelos termos “Dilma” e “atirador” resultava em 217 menções. Jaílton de Carvalho e Dandara Tinoco/O Globo

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Silvio Berlusconi declara que relações da Itália com o Brasil independem do caso Battisti

Relação com Brasil permanece inalterada, diz Berlusconi A Itália ampliou a pressão sobre o Brasil para que o País reverta a decisão de não extraditar Cesare Battisti. Além de organizar novos esforços diplomáticos envolvendo a União Europeia e de um protesto que deve ser realizado hoje em frente à embaixada brasileira em Roma, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, se reuniu com o filho de uma das supostas vítimas de Battisti. Mas o mandatário ressaltou que as relações diplomáticas entre os dois países permanecem inalteradas. Após se encontrar com Alberto Torregiani, cujo pai foi morto em 1979, Berlusconi disse que a Itália considera o caso de Battisti uma questão judicial e que o país recorrerá em todas as instâncias possíveis.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Battisti, um ex-rebelde de esquerda, foi condenado por quatro homicídios realizados no fim dos anos 1970 na Itália. Ele viveu como fugitivo no México e na França, antes de vir em 2004 para o Brasil, onde foi preso em 2007 em cumprimento a mandado da Interpol. Battisti já admitiu ter participado de um grupo rebelde, mas nega ter atirado em alguém. Na última sexta-feira, em seu último dia no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recusou-se a extraditar Battisti, que várias vezes disse temer ser perseguido se enviado de volta à Itália. Roma criticou a decisão de Lula e disse que buscará todos os meios judiciais para revertê-la. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda deve se pronunciar sobre a legalidade da decisão de Lula. Hoje, o governo da Itália indicou que está levando o tema à União Europeia. O ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, encontrou-se com o embaixador da Itália no Brasil, que voltou a Roma para consultas, e com o representante italiano na UE, para estudar opções legais no nível europeu a fim de pressionar o Brasil a entregar Battisti, segundo afirmou a chancelaria italiana em comunicado. Não está claro, porém, o que a UE poderia fazer. “Isso é basicamente um assunto bilateral”, disse um porta-voz da Comissão Europeia, Michael Mann, acrescentando que as regras gerais de extradição também dificultam o envolvimento da UE. O Ministério das Relações Exteriores da Itália contestou essa informação. “O caso é muito mais complexo e não pode excluir, inclusive nas próximas horas, uma iniciativa europeia proposta pela Itália sobre a questão.” Além disso, um protesto está marcado para ocorrer em frente à embaixada do Brasil em Roma, na Piazza Navona. Um grupo envolvido no protesto, o Movimento Res, propôs um boicote de produtos brasileiros para pressionar o País no caso. As informações são da Associated Press e Agência Estado. blog Prosa e Política Editado por Andréa Haddad

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STF reabre inquérito da extradição de Cesare Battisti

STF ‘desarquiva’ o processo de extradição de Battisti Recomeçou a andar no STF o processo de extradição do terrorista Cesare Battisti. O ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo, mandou desarquivar os autos. Deve-se o reinício da novela à decisão de Lula de não extraditar Battisti. Coisa anunciada aos 45 minutos do 2º tempo do seu governo, em 31 de dezembro. Autorizado a permanecer no Brasil, Battisti pediu ao STF, por meio de seus advogados, autorização para ganhar o meio-fio.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Em resposta, a banca advocatícia contratada pelo governo da Itália protocolou no Supremo pedido inverso. Pede que Battisti permaneça atrás das grades até que o STF julgue recurso contra a decisão de Lula. A defesa do preso diz que o despacho de Lula encerra o caso. Roma alega que não é bem assim. O Planalto teria desrespeitado decisões do STF. Em novembro de 2009, o Supremo tomara um par de deliberações. Numa, derrubara ato do ex-ministro Tarso Genro (Justiça), que dera refúgio político a Battisti. Noutra, por cinco votos a quatro, considerou constitucional o pedido de extradição e autorizou Lula a devolver –ou não— Battisti à Itália. Ao delegar a palavra final ao presidente da República, o STF ateou polêmica no noticiário e nos meios jurídicos. A decisão soou contraditória. Ora, se o refúgio dado por Tarso não valia e o pedido de extradição era correto, por que diabos o tribunal delegou a decisão a Lula? Em meio à polêmica, o caso voltou ao plenário do STF em dezembro de 2009. As togas sentiram a necessidade de clarear as coisas. Informou-se que Lula teria de respeitar o tratado bilateral de extradição que o Brasil firmou com a Itália. Esse tratado prevê que a extradição só pode ser negada quando há fundado risco de perseguição política ao preso. Escorado em parecer da Advocacia-Geral da União, Lula considerou que, mandado à Itália, Battisti poderia, sim, ser alvo de perseguição. E negou a extradição. Nos julgamentos do ano passado, o relator do caso era o ministro Cezar Peluso. Votou contra o refúgio a Battisti e a favor da extradição. Como assumiu a presidência do Supremo em abril de 2010, Peluso teve de repassar a relatoria a outro ministro. Mandou que o processo saltasse do arquivo para os escaninhos do gabinete de Gilmar Mendes, o novo relator. Ele também votou contra o refúgio e pela extradição. Estima-se que, em férias, o STF só volte a deliberar sobre a matéria no mês que vem. O placar de 2009 –cinco a quatro— prenuncia a divisão do tribunal. Os ministros terão de decidir se Lula desrespeitou ou não o tratado Brasil-Itália. No limite, podem até desconstituir o ato presidencial. Ao negar a extradição sob o argumento de há risco de perseguição a Battisti, Lula ressucitou a tese que Tarso utilizara em 2009 e que o STF derrubou. Há, de resto, um complicador. Para diferenciar-se de seu-ex-ministro da Justiça, Lula esquivou-se de qualificar Battisti como refugiado político. Alegou-se que, uma vez libertado, o terrorista teria de requerer no Ministério da Justiça um visto de trabalho para imigrante. O diabo é que Battisti entrou no Brasil, em 2007, com passaporte falso. Algo que lhe rendeu a abertura de um processo judicial. Assim, os ministros do STF vão se reunir com uma interrogação a boiar-lhes sobre as togas: como conceder visto de permanência a um imigrante ilegal? Josias de Souza

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Skype para iPhone tem nova versão

Nova versão do Skype para iPhone faz chamadas com vídeo Novidade está disponível para WiFi e 3G. Aplicativo pode ser baixado gratuitamente na Apple App Store. O aplicativo para iPhone da empresa de telefonia por internet Skype ganhou uma nova versão, que permite a realização de chamadas com vídeo gratuitas. A novidade esta disponível para download na Apple App Store. Donos de iPods Touch e iPads também poderão receber e fazer chamadas pela primeira vez com o aplicativo. A interação por vídeo poderá ser feita por meio de redes WiFi ou 3G, mas a equipe do Skype recomenda a preferência pela primeira opção wireless. O aplicativo é compatível com iPhones 4 e 3GS, iPods Touch de quarta geração com sistema operacional iOS 4.0 ou superior. Computadores com Skype para Windows 4.2, Skype para Mac 2.8 e Skype para Linux também podem participar das ligações aos dispositivos móveis. Segundo Neil Stevens, gerente da divisão “consumer” da empresa, chamadas de vídeo representam 40% de todos os minutos gastos pelos usuários em suas conversas nos primeiros seis meses de 2010, mas a tecnologia ainda não existia para smartphones. Cerca de 25 milhões de pessoas utilizam o Skype simultaneamente, de acordo com dados fornecidos pela empresa referentes ao mês de novembro de 2010. Segundo a Apple, o aplicativo foi um dos cinco mais baixados entre os gratuitos em 2010 na App Store. G1 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Dilma Rousseff: 3 dias de erros e acertos

Nem mesmo Zé Bêdêu — o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira, em Fortaleza —, acredita que todas as obras previstas nos cadernos de encargos da FIFA e Comitê Olímpico Internacional, estarão prontas para a Copa do Mundo, e para as olimpíadas, respectivamente. O Editor Três dias de Dilma: uma boa no cravo e uma ruim na ferradura A mesmice da posse e dos primeiros movimentos de Dilma Rousseff só foi quebrada pelo anúncio de que ela tende a privatizar a construção e a operação de novos terminais nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos. Ao dizer que a mesmice “só foi quebrada…etc” eu não quis minimizar a importância do anúncio. De forma alguma. Dilma começar o governo contrariando o posicionamento estatizante que assumiu na campanha já é um fato de certa importância. Sugere que ela não leva os dogmas econômicos do PT a sério, ou que o PT não manda nela. Ou ambas as coisas. Se for isto, são duas boas notícias. Por enquanto é só um anúncio, algo que pode vir a ser feito, não uma medida já tomada. Mas tendo visto o Lula jogar toda a teoria econômica do partido no lixo, em 2003, eu não tenho por que duvidar que essa privatização venha de fato a se concretizar.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A ressalva que eu mais ouvi nas discussões de hoje não foi tanto a respeito da intenção anunciada, mas sobre se a privatização vai dar certo. Por que haveria de não dar? Por causa do PT? Com os aeroportos em petição de miséria e o tempo encurtando para a Copa e a Olimpíada, ele chegaria a se contrapor à aprovação ou à implementação de tal medida? Realmente, estas indagações ficaram no ar, e creio ter identificado as três hipóteses (não excludentes) que a seguir apresento de maneira bem esquemática. Na primeira hipótese, a privatização de fato será mal recebida por uma parte do PT, notadamente pelos sindicatos trabalhistas, e por certos grupos que gravitam em torno dele. Não se trata propriamente de ideologia, mas de cargos e posições de influência. Sem ligação conhecida com o PT ou com os sindicatos, alguma resistência poderá também surgir em função do tradicional controle do setor pela Aeronáutica. Mas Dilma irá em frente com sua decisão – até porque aprendeu com Lula a arte de neutralizar esse pessoal. Acrescente-se, claro, que a decisão é presidencial, não partidária, e que Dilma está começando e não terminando o mandato. Um dos segredos do amplo apoio a Lula foi ele ter meticulosamente evitado tomar decisões em assuntos conflituosos. Arbitrar interesses nunca foi muito a dele, menos ainda no segundo mandato, por mais claro que fosse o interesse público em jogo. Outra hipótese é a de que a presidente já teria deixado o velho ranço ideológico e estaria pronta para governar em termos estritamente pragmáticos. Também neste aspecto, é preciso lembrar o aprendizado dela com Lula. Para o grande capital, não há nada melhor que um governo de “esquerda” disposto a seguir uma linha de “centro”. Além do que, ela daria um tiro no pé se começasse desde agora a fugir de decisões difíceis, ou a fazer só o que a sociedade considera provável. No mínimo, ela reforçaria, por inércia, a suposição de ter sido eleita só para esquentar a cadeira para o Lula. Por isso é que ela estaria evitando se atritar com o petismo e com os chamados movimentos organizados especificos. Isto não faria muito sentido, pois nem estes quererão o fracasso do governo, sabendo-se que o que pretendem é antes de tudo se perpetuarem no poder. A terceira hipótese – para mim a mais provável – é que a propalada privatização é tão-somente uma imposição da realidade. Trata-se, não nos esqueçamos, de melhorar as condições do transporte aéreo. Noutros setores, a presidente talvez se mantenha fiel à sua antiga ideologia estatizante. Mas a situação dos aeroportos, além de envolver interesses numerosos e ponderáveis, reveste-se de urgência urgentíssima, tendo em vista a já mencionada aproximação da Copa e dos Jogos, cuja realização no Brasil pode até ficar comprometida se as graves deficiências de infra-estrutura continuarem sem solução. A questão, aliás, é por que só agora, depois de 8 anos no governo Lula, se mostra receptiva ao capital privado. Seja como for, por maior que seja a medida anunciada, é muito cedo para tentarmos decifrar a equação decisória dos próximos anos : qual será o peso relativo da presidente, do PT, do PMDB e de outros interesses. E da própria realidade, porque certas medidas são às vezes tomadas de um jeito ou de outro – par la force des choses. Bem mais claro, infelizmente, foi o que a presidente indicou sobre seu modo de ver a corrupção. Tudo indica que ela vai se manter na linha lulista de firmar jurisprudência mediante afagos. Lula, como se recorda, chegou até a se declarar “traído” por certos companheiros, mas nunca os nominou, e tampouco declarou formalmente o que eles teriam feito. Longe de censurá-los ou encaminhá-los à justiça, optou sempre pela anistia simbólica, reintegrando-os a seu convívio. Manteve estrita fidelidade à jurisprudência pelo afago. Dilma seguiu o mesmo ritual ao anistiar simbolicamente a companheira Erenice. Nada declarou formalmente, mas indicou, para bom entendedor, que foi só de mentirinha a raiva que sentiu durante a campanha. Mal comparando, o método até lembrou o velho estilo soviético: não se pune nem absolve ninguém; quando têm as boas graças dos poderosos, as pessoas simplesmente reaparecem. blog do Bolívar Lamounier

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“Uma alma triste pode matá-lo mais rápido, muito mais rápido, do que uma bactéria” John Steinbeck

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