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Dilma dá entrada no hospital depois de sentir fortes dores

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, passou mal nesta segunda-feira em reação ao tratamento de quimioterapia preventiva contra câncer, segundo um primeiro diagnóstico de seus médicos. Ela se sentiu mal no começo da tarde. Ao final do dia, queixando-se do aumento da intensidade da dor, foi a um hospital e tomou medicamento contra a dor. Por volta das 22h, seus médicos providenciavam um transporte aéreo para que ela fosse levada ao hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para avaliação mais detalhada. No mesmo horário, o governo preparava uma nota para informar o estado de saúde da ministra. Em 25 de abril, Dilma anunciou a retirada de nódulo de 2,5 centímetros da axila esquerda. O tratamento, considerado preventivo, deverá durar quatro meses. Segundo os médicos, as chances de cura são superiores a 90%. Ao longo do dia, a ministra teve uma rotina bastante atípica em Brasília. Chegou por volta das 9h30 na sede temporária da Presidência da República em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil. Segundo assessores, ela se reuniu com o presidente em exercício, José Alencar, e com técnicos dos ministérios do Planejamento e Integração Nacional. Por volta de 11h30, a ministra deixou o local de trabalho, sem dar entrevista. Só voltou pouco antes das 16h, para uma reunião com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Menos de uma hora depois, a ministra deixou novamente a sede da Presidência, desta vez por uma portaria lateral e acompanhada da secretária-executiva, Erenice Guerra. Na sexta-feira passada, em entrevista coletiva na base aérea de Brasília, ela disse estar se sentido muito bem. “Olha, eu, eu… eu não tenho outro jeito de falar o seguinte, hoje eu estou muito bem, vocês podem ver, eu estou me sentindo bem, não tenho enjoo, não tenho nenhum cansaço. Então, a minha químio saiu muito bem, obrigada”, disse ela, na ocasião. do Folha OnLine

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Pedofilia. Operação Turko da Polícia Federal cumpre 94 mandatos de busca e apreensão

Oito suspeitos de pedofilia já foram presos pela Operação Turko, diz PF. Operação combate crime de pornografia infantil na internet. Segundo delegado, 47 mandados de busca já foram cumpridos. A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (18) que oito pessoas já foram presas em flagrante durante a Operação Turko, deflagrada nesta manhã em 20 estados e no Distrito Federal para combater o crime de pornografia infantil na internet. As prisões ocorreram nos estados de São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Espírito Santo (1), Mato Grosso (1) e Pernambuco (1). Segundo o delegado de Repressão de Crimes Cibernéticos da PF, Carlos Eduardo Sobral, a corporação já cumpriu 47 dos 92 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Entre os materiais apreendidos, estão centenas de CDs e DVDs com conteúdo pornográfico, além de computadores que podem conter material de pornografia infantil. De acordo com o delegado, a operação, batizada em alusão ao site de relacionamentos Orkut, foi deflagrada após a quebra de 3.265 perfis do Orkut – denunciados por supostamente conter conteúdo de pornografia infantil. Sobral afirmou que essa foi a primeira operação realizada depois de acordo assinado com o Google, provedor responsável pelo site, em julho de 2008. Segundo o procurador Sérgio Suiama, essa já é “a maior operação do mundo no que diz respeito ao combate de pornografia infantil em redes de relacionamento da internet”. A investigação, coordenada pela Divisão de Direitos Humanos e pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, é resultado de informações repassadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia no Senado Federal, em parceria com a ONG Safernet e com o Ministério Público Federal de São Paulo. De acordo com o MPF, todos os presos na operação estarão sujeitos à pena de um a quatro anos por posse de material pornográfico infantil, além de pena de três a seis anos por distribuição de pornografia infantil na internet. Os mandados foram expedidos a partir de denúncias recebidas pelo site www.denunciar.org.br entre novembro de 2007 e março de 2008. Segundo Sérgio Suiama, o Brasil não é um produtor em larga escala de pornografia infantil na internet e nem hospeda sites com esse fim, mas a propagação se dá principalmente por sites de relacionamento social. Esta é a primeira grande operação após a publicação da lei 11.829, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente e tornou crime a posse de material pornográfico infantil. A operação é uma das ações que marcam o Dia Nacional de Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta segunda-feira. A data foi instituída pela Lei Federal nº 9970/00 e lembra um crime bárbaro que chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli“, ocorrido em 1973, em Vitória. Leia mais sobre o caso Araceli no site da Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão. O delegado Carlos Eduardo Sobral adiantou que, no máximo até a semana que vem, mais quatro projetos serão enviados para o Congresso Nacional para tratar especificamente do assunto. Ele acrescentou que a operação deflagrada nesta segunda não se trata de um ato isolado, afirmando que a PF deve realizar novas operações para combater a prática. “A pedofilia está em todas as classes e em todas as idades. É um crime gravíssimo, que merece toda a nossa atenção no seu combate, repressão e prevenção”, afirmou o delegado. As prisões desta segunda ocorreram em residências e empresas. Os detidos, no entanto, não tiveram seus nomes revelados e nem idade e o sexo. do G1 – Diego Abreu

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Aumento nas vendas do serviço 3G ameaça banda larga móvel

Até pouco tempo atrás, a expansão da rede 3G estava atrelada à venda de aparelhos celulares que permitiam acessar a internet pela rede das operadoras móveis. Essa realidade mudou drasticamente com o surgimento dos chips que, acoplados aos computadores (PCs ou notebooks), estabelecem a conexão à internet móvel. Dados compilados pela consultoria Teleco, especializada em telecomunicações, mostram que, entre dezembro de 2008 e março de 2009, a queda na venda de telefones celulares 3G foi de 44,5%, passando para 1,48 milhão de unidades comercializadas. Em contrapartida, entre outubro de 2008 e março de 2009, as vendas do chip 3G de acesso à banda larga móvel (modem) aumentaram 156%, atingindo 3,13 milhões de unidades em uso. Esse negócio deu tão certo que as operadoras já planejam vender em larga escala notebooks com chips 3G instalados pelo fabricante a partir do segundo semestre deste ano. As teles não contavam com essa explosão em tão pouco tempo. Tanto que chegou a faltar chip 3G no mercado no final do ano passado. Por isso, elas começaram a pressionar os fabricantes de chips e a apressar os investimentos na ampliação da cobertura, hoje presente em 8% do território nacional. No primeiro trimestre de 2009, o crescimento do tráfego de dados saltou em média 70% nas operadoras, passando a representar 11% da receita de serviços. No final do ano passado ele variava entre 7% e 8%. Colapso do serviço O presidente da Claro, João Cox, acredita que há chances de colapso do serviço, em 2012, caso esse ritmo de crescimento seja mantido e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não coloque mais faixas de frequência em uso. Os sinais 3G são emitidos em uma determinada frequência (em hertz) e há um limite definido de operação, do qual as operadoras estariam se aproximando. Essa também é a posição da TIM. No Rio de Janeiro e em São Paulo o tráfego de dados estaria se igualando ao de telefonemas. Por isso, desde o final de 2008, as teles, representadas por sua associação (a Acel), pressionam a Anatel pela liberação das frequências ociosas das TVs pagas (apenas as que operam com micro-ondas pela tecnologia MMDS) para a banda larga móvel. A agência decidiu manter as frequências das TVs, mas sinalizou que pode mudar as regras se preciso. Outra reivindicação das companhias é a inclusão do chip 3G de acesso à banda larga na Lei de Informática. No caso dos computadores e dos notebooks, a lei permitiu aos fabricantes redução de impostos. Isso fez os preços despencarem e colocou o Brasil entre os maiores consumidores de PCs do mundo em apenas quatro anos. O chip (modem) é o item mais caro para os assinantes na hora de contratar um pacote de dados. Mas, segundo Eduardo Tude, presidente da Teleco, há outros motivos para os preços não caírem. “As operadoras ainda estão investindo na expansão dessa rede”, diz. Para ele, essa é uma das razões pelas quais não existe competição nesse serviço, o que derrubaria os preços dos pacotes. A competição existe em lugares em que as redes estão estabelecidas, e os investimentos, amortizados. Nesse ambiente, novos investimentos acabam tornando-se chamariz para os clientes. Foi o que aconteceu na Austrália, que possui um dos pacotes mais baratos. Lá, a Telstra perdia clientes até passar a oferecer pacotes com velocidade de 16 Mbps e pulou para a liderança. da Folha OnLine

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Adultério não é crime, mas pode custar caro

Trair o marido ou a mulher pode custar caro, literalmente. Como mostra reportagem de Carolina Brígido, está ganhando força entre os juízes a tese de que o cônjuge enganado merece indenização financeira para ser recompensado pela humilhação. Isso tem aumentado o número de ações civis contra os adúlteros, muitas vezes condenados a ressarcir quem foi passado para trás. Esse tipo de punição ficou mais comum a partir de 2005, quando o adultério saiu do Código Penal e deixou de ser motivo de prisão. Antes, a prática podia provocar detenção de 15 dias a seis meses para o traidor, assim como para o amante. Em Mato Grosso do Sul, um marido foi condenado, em 2008, a pagar à ex-mulher R$ 53,9 mil porque teve relações extraconjugais. Com uma das amantes, teve uma filha, hoje adulta. Ao longo do processo, a ex-mulher foi submetida a avaliação psicológica. O laudo concluiu que o comportamento do marido causava nela angústia, ansiedade e depressão. “A convivência do casal estendia-se por mais de 30 anos e gerou dois filhos, merecendo, com certeza, final mais digno”, escreveu no despacho o juiz Luiz Claudio Bonassini da Silva, da 3 Vara da Família de Campo Grande. A decisão tomou por base o Código Civil de 2002, que lista a fidelidade como um dos deveres do casamento. Embora seja vista como caretice por alguns, a fidelidade é descrita no Código Civil de 2002 como um dos deveres de quem se casa. O descumprimento desse dever tem fundamentado punições judiciais aos infiéis. Para parte dos juízes, quem é traído fica prejudicado psicológica e moralmente – especialmente quando o caso torna-se público. Mas o tema é polêmico. A juíza carioca Andréa Pachá, especialista em direito de família, é contra as indenizações. Diz que as decisões têm evoluído no sentido de humanizar a relação familiar, como os casos de guarda compartilhada. Globo Online

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PSDB provoca danos à Petrobras

Noticiário negativo causa queda das ações. O mercado financeiro reagiu mal à criação, no Senado, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras. As ações da companhia puxaram para baixo a Bolsa de Valores de São Paulo e, segundo analistas, a tendência é de mau desempenho nas próximas semanas, em virtude do noticiário negativo que pode ser gerado pela CPI. Especialistas, porém, não veem grandes impactos na gestão da estatal. “A Petrobrás deve permanecer na mídia de forma negativa enquanto durar a CPI”, comentou o analista Nelson Rodrigues de Mattos, do Banco do Brasil Investimentos, destacando que o impacto maior deve se dar junto aos investidores estrangeiros, que seriam mais vulneráveis ao noticiário político. As ações ordinárias da estatal (com direito a voto) fecharam o dia em queda de 1,37%. Já as preferenciais caíram 1,39%. A Bovespa terminou o pregão em queda de 0,89%. O Estado de São Paulo – Nicola Pamplona

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Internet supera TV para quem busca informação

Com o crescente número de brasileiros ligados à grande rede – os levantamentos mais recentes dão conta de 60 milhões – e a perda de audiência, circulação, prestígio e credibilidade da velha mídia, já era de se esperar que isto acontecesse um dia. Mas não esperava que fosse tão cedo e tão rápido: a internet já é a principal mídia para quem busca informações, deixando para trás a TV aberta, segundo pesquisa encomendada pela Folha à Research International, uma das maiores consultorias do mundo. Respostas para a pergunta “Dos meios de comunicação que eu vou citar, qual você usa com mais frequência para se manter informado?”: Internet: 37% TV aberta: 34% TV por assinatura: 12% Rádios: 8% Jornais: 8% Revistas: 1% “Em relação a outros meios de informação, a pesquisa detectou previsível ascenção da internet, considerada mais importante para obter informações do que a TV aberta”, informa o jornal. Na pesquisa anterior, em 2003, Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, lembra que a TV aberta ainda era o meio mais citado. Estes números sobre os meios que o cidadão usa com maior frequeência para se informar foram publicados, sem maior destaque, em meio a uma página com o título “Folha tem a melhor imagem nas classes A e B de São Paulo”, mostrando que a sua cobertura jornalística é melhor avaliada do que a do principal concorrente, o Estadão. blog Balaio do Kotscho

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Efraim Morais: um senador e seus fantasmas

Eis mais uma vestal cuja atuação farisaica se revela. Quem não lembra da atuação iracunda de sua (dele) ex-celência nas CPIs. O que vem se tornando corriqueiro é que políticos do DEM e PSDB cada vez mais aparecem envolvidos em falcatruas. A imprensa parcial faz parecer que somente a corja do PT é que se envolve em cuecas e mensaleiros. Fica claro que não é bem assim. Assim como os petralhas, os tucanalhas e os democratalhas estão sempre na linha de frente das “presepadas” parlamentares. O pessoal do DEM — continuo achando que chamar de democratas a turma do PFL comandada por Marco Maciel, Agripino Maia, a dinastia ACM e companhia, só pode ser gozação com os Tupiniquins — podem compilar, está sempre envolvida em tungagens, seja nos grotões seja no planalto central. O editor A capacidade do Congresso de produzir escândalos parece não ter fim: Efraim Morais contratou 52 funcionários-fantasma pagos pelo Senado Federal. O senador Efraim Morais, do Democratas da Paraíba, está na vida pública há 27 anos. Já foi duas vezes deputado estadual, teve três mandatos de deputado federal, presidiu a Câmara por dez meses e está no Senado desde 2003. Apesar do currículo extenso, ele jamais se destacou pela atividade política. O parlamentar é conhecido pela desenvoltura com que transita em áreas que tratam de comissões, cargos, compras, licitações e contratações de funcionários. Nos últimos quatro anos, Efraim esteve à frente da primeira-secretaria, cujas funções se assemelham às de um prefeito da Casa. Nesse período, milhões de reais desapareceram em contratos fraudados e burocratas fizeram fortuna da noite para o dia. Há quatro meses, o Senado enfrenta uma onda de escândalos que tem como epicentro justamente o gabinete ocupado até janeiro passado por Efraim Morais – e que continua a produzir novidades assustadoras. A última delas: o senador paraibano mantinha uma tropa de 52 funcionários-fantasma, oficialmente contratados para trabalhar no Congresso, mas que, na verdade, eram cabos eleitorais pagos pelo contribuinte apenas para tocar assuntos de interesse exclusivo do senador e de seus aliados. Um comitê eleitoral permanente financiado com dinheiro público. VEJA teve acesso a uma planilha de computador em que estão listados os fantasmas do senador Efraim. Ao lado de cada nome, há o padrinho político, o cargo, a lotação e a data da contratação do “servidor”. Tudo bem detalhado, mostrando que Efraim tinha total controle da máquina política que montou. Só em salários, os fantasmas custaram aos cofres públicos 6,7 milhões de reais ao longo dos quatro anos em que o senador ocupou a primeira-secretaria. Era uma vantagem e tanto que o senador tinha em relação a seus adversários no estado, principalmente quando se vai apurar o que seus “servidores” faziam. da Veja – Otávio Cabral e Alexandre Oltramari

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Guerra às drogas na Corte Internacional de Haia

O Plano Colômbia foi concebido no governo do democrata Bill Clinton, pelo general Barry Mc-Caffrey, herói de guerra no Vietnã e escolhido como czar antidrogas da Casa Branca, apesar de republicano. O milionário e militarizado “Plano Colômbia” foi enfiado goela-abaixo do presidente Andrés Pastrana. Para o general Mc-Caffrey, a solução seria a erradicação das folhas de coca, usadas como matéria prima na elaboração do cloridrato de cocaína. Tudo muito simples, na visão do supracitado czar: sem coca, fim da cocaína. Então, aviões da norte-americana Dyn Corp foram contratados para derramar herbicida nas áreas de cultivo da coca. O herbicida escolhido e derramado por avião foi o “glifosato“, vendido pela Monsanto. É encontrado em supermercados brasileiros. Para derramar o herbicida, a privada Dyn Corp embolsou US$ 170 milhões, em cinco anos de Plano Colômbia. Não se sabe quanto lucrou a Monsanto, pelas toneladas de glifosato despejadas. Dispensável dizer que o Plano Colômbia foi um fracasso. As áreas de plantio de coca migram, inclusive para o Peru e Bolívia. Até para as reservas e parques ecológicos colombianos, onde era proibida a fumigação. Clareiras foram abertas na floresta amazônica (lado colombiano) para o plantio de coca, ou seja, em áreas onde os derrames eram proibidos. Segundos fotografias tiradas por satélite, o plantio migrou e, nos cinco anos de Plano Colômbia, as áreas continuaram do mesmo tamanho. Ou seja, nem um pé de coca a menos, embora em outras áreas. Nada afetou a produção do cloridrato de cocaína. E em nenhum momento se verificaram “narinas ” consumidoras agitadas, pelo risco de abstinência. A indústria das drogas não foi abalada e os bolsos dos “barões” do tráfico não perderam nenhum centavo. Os danos ecológicos foram enormes na Colômbia. Também no Equador, na região de fronteira. Os ventos carregaram os herbicidas para o território equatoriano. E as águas dos rios penetrantes, como o San Miguel, ficaram contaminadas pelo glifosato. A população ribeirinha perdeu plantações e animais que bebiam nos rios contaminados pelo glifossato. Índios adoeceram. Muitos foram internados em hospitais, pela intoxicação. Para se ter idéia, em 2004, quando o Equador tornou-se sede do concurso de miss Universo, os jardins da embaixada dos EUA foram invadidos por ativistas de direitos humanos. Referidos ativistas regaram os jardins com glifosato e todas as plantas secaram e morreram. Com Rafael Correa na presidência, cuidou o Equador de tentar junto à Colômbia e aos EUA um ressarcimento amigável. Uma indenização pecuniária a ser distribuída à população afetada e, também, necessária para a recuperação ambiental. Os entendimentos foram suspensos quando aviões colombianos, em 2008, invadiram o território do Equador e mataram Raul Reyes, segundo homem das Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Ele estava acampado em território do Equador, próximo à divisa com a Colômbia. Agora, com relações diplomáticas interrompidas (as comerciais não estão suspensas), o presidente do Equador acaba de propor uma ação indenizatória contra a Colômbia, com pedido cumulativo de suspensão das fumigações em área próximo à fronteira. Pede-se à Corte de Haia estabelecer distâncias, de modo a se criar uma faixa de proteção. As autoridades colombianas, a respeito da ação do Equador, já falam em estado de necessidade, ou seja, as Farc tinham colocado, na região de fronteira e debaixo dos arbustos de coca, minas explosivas. Tal situação impedia, segundo os colombianos, a erradicação manual. Ontem, a Colômbia, pela embaixada na Holanda, foi citada para se defender. O prazo para contestar termina, pasmem, em março de 2010. Pelo jeito, vai demorar mais do que o chamado “processo do mensalão”, que tramita no nosso Supremo Tribunal Federal. Pano Rápido. O governo do Equador foi à Corte Internacional de Justiça (conhecida por Corte de Haia), criada em 1945 e tem função arbitral, com relação aos conflitos nas fronteiras. Quando se pretende dar solução militarizada para enfrentar o fenômeno das drogas, paga-se caro, em todos os sentidos. Até, indenizações são devidas e estas, por exemplo, independem do sucesso ou do fracasso de um Plano Colômbia da vida. blog Wálter Maierovitch

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