Eles vieram dos Estados Unidos e do Panamá, e já foram examinados. Mulher internada em hospital está sob suspeita da doença. Três casos suspeitos de gripe suína no Rio foram descartados na tarde desta terça-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a assessoria de comunicação da Fundação, os três suspeitos eram passageiros vindos do Panamá e dos Estados Unidos, e teriam sentido dores no corpo, náusea e diarreia ao desembarcarem no Aeroporto Internacional Tom Jobim. A Vigilancia municipal de Saúde encaminhou os passageiros para uma análise no Hospital da Fiocruz, em Manguinhos, no subúrbio do Rio. Segundo a Fundação, os passageiros foram submetidos a exames e a uma consulta com uma infectologista, que liberou os pacientes alegando que eles não apresentavam os sintomas da gripe suína. A assessoria informou ainda que as pessoas foram alertadas a procurarem o hospital caso tenham febre acima de 39 graus e sintam muitas dores no corpo. Uma outra mulher, de 44 anos, que chegou dos Estados Unidos no sábado (25) está internada em uma área isolada do Hospital Copa d’Or, na Zona Sul, também com suspeita de gripe suína. Aviões desinfeccionados A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que todos os aviões que vieram do México, Estados Unidos e Canadá, áreas que tem o maior registro de casos da gripe suína em humanos, estão sendo desinfeccionados ao pousarem nos aeroportos brasileiros. Os passageiros destes voos serão inspecionados, segundo a Anvisa. A Agência informou que o procedimento de desinfecção é utilizado para eliminar ou inativar microorganismos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, por meio de exposição direta a agentes químicos ou físicos. O governo brasileiro prometeu intensificar a fiscalização nos aeroportos. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que implantou planos de contigência em dez aeroportos do Brasil. O assessor da Gerência de Portos e Aeroportos da Anvisa, Cristiano Gregis, diz que uma equipe se dirige a aeronaves que chegam de áreas afetadas e questiona os comissários de bordo sobre o trajeto e se alguém apresentou sintomas durante a viagem. A Anvisa afirmou ainda que está distribuindo panfletos e alertando os passageiros através do aviso sonoro sobre os sintomas da doença. Gabinete no Rio Com o intuito também para tratar de medidas que evitem a gripe suína no estado, o governo do Rio anunciou que vai criar nesta terça-feira (28) um gabinete de emergência. Orientação no desembarque A Vigilância Sanitária começou, na segunda-feira (27), a orientar passageiros que desembarcam no Rio de Janeiro sobre a gripe suína. A doença, que surgiu no México, já se espalhou para países da América do Norte e Europa. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, também conhecido como Galeão, um aviso sonoro alertava quem passava pelo saguão. Passageiros que vieram do México e fizeram escala em São Paulo contaram que até chegar ao Brasil, todos estavam usando máscaras dentro do avião. Gripe surgiu no México A gripe surgiu no México e já provocou dezenas de mortes. A doença é provocada por um novo tipo de vírus que atinge primeiro porcos e depois pode contaminar humanos. A agência da ONU decidiu elevar o alerta na escala de risco de pandemia por causa do aumento de confirmações de casos da doença pelo mundo. O alerta, que estava na nível 3, subiu para fase 4, o que significa um aumento do risco de pandemia, mas não que ela seja inevitável. No Rio de Janeiro ainda não há nenhum motivo para pânico, segundo os médicos. Há uma determinação do Ministério da Saúde para quem veio de alguma das áreas afetadas: até dez dias depois da chegada ao Brasil, se a pessoa sentir febre alta e dores, deve procurar atendimento médico e informar por onde passou durante a viagem. Precauções De acordo com o Ministério da Saúde, quem vai viajar para os Estados Unidos ou México deve, entre outras precauções, usar máscaras e lavar as mãos constantemente. “Mesmo para uma gripe normal, esse cuidado de lavar as mãos é importante. A gente transmite muito através das mãos, porque quando você bota a mão no nariz, na boca, a secreção fica na sua mão, você pega na mão de outra pessoa, você pega em alguém, e é aí que você está transmitindo”, informou a epidemiologista Mari Baran. do G1