Arquivo

Itanildo Medeiros – Versos na tarde

Coisas do Nordeste… Itanildo Medeiros Esse ditado famoso Comecei a pesquisá Porque fiquei curioso Depois de revirar tudo Descobri com muito estudo Resposta em banda de lata Que um padre no interior Tinha um chamego, um amor, Um caso com uma beata Bonita e muito formosa Maria Preá seu nome Essa beata fogosa Do padre tirava a fome E sempre que ele podia Com ela, ele se escondia Pra poderem se agarrar Mas um dia o sacristão Flagrou os dois num colchão O padre e Maria Preá E depois dessa orgia O padre perdeu o sossego Todo dia o sacristão Alegava este xamego Chantageava o vigário Fazia ele de otário Ameaçando contar Deixava o padre com medo Que vazasse esse segredo Dele e Maria Preá Sem saber o que fizesse Com o sacristão lhe explorando Tudo que ele quisesse O padre ia logo dando Com medo que a cidade, Descobrindo essa verdade Ficasse escandalizada Pediu a Deus uma luz Pra lhe tirar dessa cruz Dessa exploração cerrada Até que um dia o vigário Viajou ali pertinho Foi rezar o novenário Num município vizinho Esqueceu de um documento E notado o esquecimento Parou no meio da estrada Deu meia volta e voltou E quando em casa chegou Ah, que surpresa danada!!! O padre entrou apressado Na casa paroquial Viu o sacristão curvado De decúbito dorsal Nu da cintura pra baixo Por traz dele um outro macho Numa movimentação Que o padre, vendo, notava Que o rapaz encalcava As fezes do sacristão Assistindo aquela cena Mas, lembrando do passado O padre ficou com pena, E também aliviado Mas, mesmo com a vergonha Daquela cena medonha O padre gritou de lá “Sacristão se oriente Pois, pra nós, daqui pra frente MORREU MARIA PREÁ”

Leia mais »

Portabilidade – Trocar plano de saúde sem perder a carência já é possível

Portabilidade dos planos começa nesta quarta-feira. Medida vale para os contratos fechados após janeiro de 1999. Quem não estiver satisfeito com o plano de saúde já pode, desde esta quarta-feira (15), pedir a transferência para outra operadora sem perder a carência. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a portabilidade vale para os contratos fechados após janeiro de 1999. Para pedir a transferência, o consumidor precisa fazer parte do plano antigo há pelo menos dois anos e tem que estar em dia com os pagamentos. O período para fazer a mudança é restrito: ela só pode acontecer entre o mês de aniversário do contrato e o seguinte – ou seja, apenas dois meses a cada ano. É preciso que o plano escolhido tenha as mesmas características do antigo. Para ajudar o consumidor nessa escolha, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicou, em sua página na internet, um guia que traz os planos considerados similares. Se o consumidor atender aos requisitos, a operadora não poderá recusar o novo cliente. A operadora de saúde é obrigada a aceitar o cliente que cumprir todos os requisitos no prazo de até 20 dias. Se a empresa não der uma resposta para o consumidor neste período, ele será considerado aceito automaticamente. Mas é importante ressaltar que a portabilidade vale apenas para os consumidores que têm planos de saúde individuais e familiares. Hoje, a maioria dos planos é coletiva.

Leia mais »

Ronaldo gorducho e a cerveja

A irresponsabilidade social dos formadores de opinião continua. Atores, personagens mundanos, atletas, cantores, apresentadores de TV, personalidades públicas diversas, incentivam o consumo embora tenham consciência do mal causado pela bebida alcoólica, lamentavelmente aceita como droga social. Qual Faustos midiáticos, continuam vendendo a alma por mais uns trocados, para estimular o consumo da bebida que está presente em 90%  dos homicídios e acidentes de veículos nas ruas e estradas. Um jogador como Ronaldo, o fenômeno (sic), seja qual for a atitude que tome, ou declaração que faça, influencia milhões de crianças em todo o mundo que o têm como ídolo. Abaixo, contundente artigo da excelente Barbara Gancia em seu blog. Ronaldo, o brahmeiro “Beberraz leitor, alcoofilista leitora, vocês viram o comercial do Ronaldo? O comercial da Brahma? Para quem não viu, faço um resumo: ele aparece driblando vários obstáculos, faz um trocadilho entre o suor dele e o suor da cerveja e acaba dizendo, com um copo na mão, que é um “brahmeiro”. Como assim? Um atleta importante fazendo comercial de cerveja? Ou pior, um atleta ainda gordo, em recuperação, fazendo comercial de cerveja? Não entendi. E não entendi porque me parece uma propaganda ruim para os dois. Para a cerveja, porque eu, vendo o comercial, penso: “Poxa, cerveja engorda pra caramba!”. Para o jogador, porque mostra que ele não é um atleta sério. É um cara que bebe mesmo ainda estando longe da sua melhor forma. A Brahma e Ronaldo já estiveram juntos em outros comerciais. É uma parceria antiga, desde que ele tinha 17 anos. Mas ela já foi mais sutil e inteligente. Lembro que houve uma propaganda chamada “Guerreiro” em que apenas aparecia o rosto do jogador e havia um bom texto ao fundo. Outra trazia Ronaldo como um toureiro, driblando um touro várias vezes até que o vencia e abria a garrafa nos chifres do animal. Mas este novo comercial está bem abaixo dos anteriores. Agora há uma ligação direta entre futebol e álcool. E obviamente os dois não combinam. A campanha ainda teve o azar de vir logo depois do anúncio de aposentadoria (talvez compulsória) de Adriano, que tem seu nome associado a problemas com bebidas. Estou longe de ser uma virgem vestal, defensor da pureza absoluta ou abstêmio radical. Até sou a favor da liberação de drogas leves (o que existe em parte, já que as bebidas alcoólicas são drogas leves), mas jogador fazer propaganda explícita de cerveja não dá. Passa da conta. A legislação permite que as propagandas de bebidas abaixo de 13 graus GL (Gay-Lussac) sejam exibidas em qualquer horário. Por isso é que vemos comerciais de cervejas e dessas vodkas ice a toda hora. Porém, em maio de 2007, Lula assinou um decreto que classificou como alcoólica toda bebida com mais de 0,5 grau GL. Só que, inexplicavelmente, esse decreto não restringiu a propaganda de cerveja. Voltando ao comercial, que foi criado pela agência África, no texto o atacante afirma que tem orgulho de “cair e se levantar”. O redator não devia estar sóbrio quando o escreveu. É uma frase muito infeliz. Uma piada pronta. Tanto que, na mesma hora, o amigo com quem eu via o jogo comentou: “Cair e se levantar não é grande coisa. Qualquer bêbado consegue isso”. E comparar o esforço heróico de Ronaldo para voltar três vezes ao futebol com o suor da cerveja é chamar o espectador de estúpido. É fazer troça da fantástica recuperação do jogador, que deveria falar “Eu sou artilheiro” e não “Eu sou brahmeiro”. A publicidade brasileira, que já foi das melhores do mundo, vem piorando nos últimos anos. Mas, agora, se superou. Acho que, pelo menos, para desencargo de consciência, esta nova propaganda deveria vir com um daqueles avisos no final, algo do tipo: “O Ministério da Saúde adverte: Cerveja dá barriga e faz você confundir mulher com similares”.”

Leia mais »

Design – Bicicleta

Maravilha! Além de belíssima a bicicleta não tem raios ou corrente. Clique na imagem para ampliar Clique na imagem para ampliar Clique na imagem para ampliar [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Diesel mais barato

Continuando o festival de bondades, maquiavelicamente bem no estilo conta a gotas, o governo federal promete baixar o preço do óleo diesel. A promessa está feita. Contudo, para esse editor, a medida é combustível para as eleições de 2010. Governo decide baixar o preço do óleo diesel O governo vai reduzir o preço do óleo diesel. Não há data para a medida entrar em vigor porque o governo ainda estuda a melhor forma de baratear o combustível. A medida, porém, é considerada fator determinante para incrementar a economia e combater os efeitos da crise internacional. A expectativa é que a redução entre em vigor já em maio. Ontem, ao ouvir a queixa dos representantes dos caminhoneiros sobre o alto custo do diesel no preço dos fretes, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, confirmou a decisão política de baixar o preço do óleo, conforme apurou o Estado. Perguntada sobre a conversa e as promessas feitas aos caminhoneiros, a Assessoria de Imprensa de Dilma disse apenas que “a ministra acolheu as demandas dos caminhoneiros e se comprometeu a estudá-las” O Estado de São Paulo

Leia mais »

Pacto Republicano, Pactos, Montesquieu e patos

Apesar de constar na Constituição Federal – art. 2º – os três poderes estão longe, mas muito longe mesmo, de serem harmônicos. Não há pacto, com ou sem adjetivação solene, desde a época dos escritos de Monstequieu, capaz de produzir qualquer harmonia entre poderes republicanos. O Presidente da República, o Presidente do STF e o Presidente da Câmara Federal, assinaram um chamado “Pacto Republicano”. Êpa! Tamanha concentração de ex-celências com o objetivo de “melhorar” a vida dos Tupiniquins, tenham certeza, iremos pagar o pato! O editor O nome não poderia ser mais solene: Pacto Republicano. Quem nunca ouviu falar nele tem direito a imaginar que se trata de um acordo em torno das relações entre os personagens do elenco republicano. Ou seja, União, estados e municípios. Não é nada disso. Trata-se de um esforço conjunto de Executivo, Legislativo e Judiciário para resolver variados problemas. Por exemplo, a falta de discrição e comedimento de policiais federais quando prendem cavalheiros acusados de crimes de colarinho branco. Ou o uso excessivo de grampos telefônicos na investigação desses crimes. Também preocupam os arquitetos desse pacto excessos de membros de CPIs contra quem nelas vai depor. A ideia é impedir que as comissões investiguem o que não é de sua conta. Ou pressionem quem nelas vai depor com ameaças de prisão e outras formas de constrangimento. Ninguém discute que há excessos nessas áreas. Mas é mesmo necessário um solene acordo entre os três poderes para coibi-los? Para um observador desprevenido, o Executivo pode, sozinho e sem perda de tempo, impor normas de comportamento às autoridades policiais. E o Congresso não precisa de ajuda externa para disciplinar as CPIs. A assinatura de pactos também não garante agilidade na solução de problemas. Em dezembro de 2004, foi assinado o Pacto da Reforma da Justiça, entre o Ministério da Justiça e o Supremo Tribunal Federal, visando a tornar o Judiciário mais ágil e mais acessível aos pleitos de cidadãos comuns. As intenções são boas, mas não se tem notícia de grandes avanços nessa área. Um projeto que faz parte desse pacto, embora nada tenha a ver com a agilidade dos tribunais, é o que prevê pena de até 30 anos de prisão para membros de milícias e grupos de extermínio. Esse, até tem avançado com alguma rapidez: foi aprovado pela Câmara no ano passado e espera votação no Senado. Quanto ao problema do exibicionismo de policiais no combate aos crimes de colarinho branco, todo mundo concorda que realmente existe. E a mídia é acusada, com alguma razão, de ser cúmplice, ou, pelo menos, dócil instrumento, em excessos cometidos. Mas parece evidente que o problema não pode ser resolvido pela metade. Se é pecado mostrar banqueiros algemados, também deveria ser proibido o mesmo comportamento em relação a quaisquer acusados não perigosos de qualquer delito. É também uma pena que não se pense em proteger a privacidade de estelionatários sem gravata. Seja como for, o comportamento de policiais em relação a acusados ou meros suspeitos parece ser questão disciplinar simples. Não merece nem precisa de solenes pactos para ser resolvida. O Globo – Luiz Garcia

Leia mais »