Brasil: da série “O tamanho do buraco”! … enquanto isso, na sala de injustiça, no paraíso da improbidade, o Senado Federal, no charco dos charcos, na sede do maior quantidade de presepadas, nepotismo e corrupção do Brasil, zilz, zil, as indecências se sucedem. Suas (deles) ex-celências, continuam fingindo que não é com eles. Todos são Delúbios. Os que não fizeram, materialmente, o fizeram por osmose ou omissão, uma vez que não dá pros Tupiniquins acreditarem que os vestais senadores não sabiam de nada. Pois é, pobre e espoliado cidadão. O destino do seu, do meu, do nosso sofrido dinheirinho não escoa pelo ralo. Na realidade, à socapa, como diria Machado de Assis, vai para o bolso dos senadores e seus cúmplices. A lista dos fantasmas, que recebem sem colocar os seus (deles) fantasmagóricos vultos no local de trabalho, cresce. Depois da filha de FHC, surge uma neta de Juscelino, Alejandra Kubitschek, a mulher do governado petista de Sergipe, Marcelo Déda, uma cunhada do ex senador Paulo Otávio… Agora, leiam a entrevista da “cupim” de Fernando Henrique Cardoso: O editor Rainha da empáfia A entrevista com a filha de FHC, que está na coluna da Mônica Bergamo, fez o suco de centrífuga que eu costumo tomar no café da manhã ficar entalado na minha goela. Leia e depois eu comento: “Funcionária do Senado para cuidar “dos arquivos” do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que prefere trabalhar em casa já que o Senado “é uma bagunça”. A coluna telefonou por três dias para o gabinete, mas não a encontrou. Na última tentativa, anteontem, a ligação foi transferida para a casa de Luciana, que ocupa o cargo de secretária parlamentar. Abaixo, um resumo da conversa: FOLHA – Quais são suas atribuições no Senado? LUCIANA CARDOSO – Eu cuido de umas coisas pessoais do senador. Coisas de campanha, organizar tudo para ele. FOLHA – Em 2006, você estava organizando os arquivos dele. LUCIANA – É, então, faz parte dessas coisas. Esse projeto não termina nunca. Enquanto uma pessoa dessa é política, é política. O arquivo é inacabável. É um serviço que eternamente continuará, a não ser que eu saia de lá. FOLHA – Recebeu horas extras em janeiro, durante o recesso? LUCIANA – Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo [o dinheiro]. Quem manda pra mim é o senador. FOLHA – E qual é o seu salário? LUCIANA – Salário de secretária parlamentar, amor! Descobre aí. Sou uma pessoa como todo mundo. Por acaso, sou filha do meu pai, não é? Talvez só tenha o sobrenome errado. FOLHA – Cumpre horário? LUCIANA – Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando. Você já entrou no gabinete do senador? Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar “vem aqui”, eu vou lá. FOLHA – E o que ele te pediu nesta semana? LUCIANA – “Cê” não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?” EU: Ela não sabe quanto recebe, afirma que cuida das coisas pessoais do senador e se nega a dizer o que faz. Mas vem cá: quem paga o salário “de secretária” dela não somos nós? Então dona Luciana que deixe de ser besta e que aprenda a conversar com jornalista sem usar desse tom ridículo de superioridade. Será que ela não aprendeu nada no convívio com os pais? Será que a dona Ruth não ensinou a ela que bons modos e transparência são bons e a gente gosta? Pois agora eu faço questão de saber tudo sobre a atividade que dona Luciana exerce no Senado… bolg da Bárbara Gancia