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Maconha: legalizar ou não, a erva, para uso pessoal

Por que um grupo cada vez maior de políticos e intelectuais – entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – defende a legalização do consumo pessoal de maconha Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” – hoje considerada ingenuidade ou equívoco –, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina. Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na última década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos, o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão. A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por aids. Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa. A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex-presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria. Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade. Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. “Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”.

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A cidadania que não se vê por aqui

Clique na imagem para ampliar Da série “Caminhando pela Cidade” – Cidadania Rua Barão de Aracati c/ Monsenhor Tabosa, Fortaleza – 10:00 h – Fevereiro de 2009 A moto está na contra mão! Foto: Joaquim Holanda – Câmera: Celular Sony Ericsson K800 Nesta seção do blog, convidamos os leitores para registrarem as “pequenas” contravenções, cometidas por todos nós, e que achamos não serem significativas para o “kaos” urbano. É provável que o motociclista da foto aí acima, critique – como culpados pelos problemas do país -, o vizinho, o síndico do prédio, as autoridades do trânsito pelos problemas do tráfego, o Vereador, o Prefeito, o Deputado, o Governador, o Senador, o Presidente da República, “et caterva” e, não se ache ele próprio, responsável pelo não funcionamento organizado da sociedade através do respeito às leis e aos direitos dos outros. Metafóricamente, o tecido social é como se fora um grande lençol esticado. Esse tecido se esgarça, – rasga, rompe -, com pesos, contravenções e outros aparentemente inofensivos “pecadilhos” que sobre ele sejam jogados. É preciso entender, os brasileiros, que pequenos desrespeitos às normas estabelecidas, seja aquela simples parada na paralela para deixar o filho no colégio, o papel jogado ao chão, ou a “rápida” estacionada para desembarcar uma mercadoria em um estabelecimento, somados, provocam o mesmo dano ao tecido social, tal e qual um “tijolão” tipo mensalão ou o peso da boiada do Renan Calheiros. De uma forma ou de de outra, fazemos parte da turma “O Brasil tá errado! Menos eu!” A zorra urbana na Capital do Ceará, atinge níveis insuportáveis para o cidadão contribuinte. O desrespeito, cotidiano, crescente e acintoso à cidadania e ao direito dos outros, é encarado como natural. Aqueles que reclamam das calçadas ocupadas por mesas, cadeiras, bancas de revistas e expositores de mercadorias, são tachados, no mínimo, de chatos. Some-se a isto tudo os estacionamento em fila dupla nas portas dos colégios e centros de compras, e o pior, veículos dos mais variados tamanhos, parados em ruas congestionadas nas portas de estabelecimentos enquanto fazem entregas, tornando o tráfego um inferno. Ah!, não esquecer da praga das músicas, tocadas em volumes tipo rompe-tímpanos, oriunda de bares, botecos e veículos. Argh!

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STF arquiva ação contra Palocci

Parecer do Ministério Público aponta ‘ausência de provas’ contra ele. Ex-ministro ainda é investigado em outros dois processos no Supremo. O deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) – Foto: Janine Moraes/Agência Brasil O Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou nesta sexta-feira (13) o processo em que o ex-ministro da Fazenda e atual deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) era investigado por suposta contratação de empresa de publicidade sem que tenha havido licitação, na época em que era prefeito de Ribeirão Preto (2001-2002). O ministro Celso de Mello decidiu arquivar a petição após receber um parecer do Ministério Público Federal, que alega “ausência de provas contra o parlamentar”. O ministro do STF também ordenou que o processo seja enviado para a 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, que deverá prosseguir com as investigações do caso, que ainda envolve ex-secretários municipais e os sócios da empresa de publicidade. Palocci recusa pena alternativa no caso do caseiro. Palocci será presidente e Mabel, relator da comissão da reforma tributária. Aém das provas testemunhais afastarem a hipótese de envolvimento do deputado federal Antonio Palocci Filho nos fatos investigados, os documentos juntados não apresentam quaisquer indícios de autoria por parte do mesmo”, destaca o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, no parecer encaminhado ao STF. O ministro Celso de Mello, no entanto, não descarta a possibilidade de o Supremo retomar as investigações criminais contra Palocci, caso surjam “provas substancialmente novas contra ele”. Palocci também é investigado no STF em outros dois processos – um por suspeita de quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa e outro no inquérito que apura a possível formação de “caixa dois” eleitoral, proveniente de um contrato de coleta de lixo da Prefeitura de Ribeirão Preto. Palocci sempre negou envolvimento com as irregularidades pelas quais é investigado em processos que tramitam no Supremo. Diego Abreu – do G1

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Fotógrafo Brasileiro vence o World Press Photo

O fotógrafo brasileiro Luiz Vasconcelos foi o vencedor na categoria “Notícias Gerais” do World Press Photo, o mais importante prêmio de fotografia jornalística do mundo. A foto premiada retrata a disputa de terras na Amazônia e foi publicada originalmente no jornal A Crítica, de Manaus (AM), em 10 de março de 2008, e mostra uma mulher indígena enfrentando um batalhão de policiais em uma disputa por terras. Clique na imagem para ampliar Foto: Reuters Além do Vasconcelos dois outros brasileiros foram premiados. Eraldo Perez, da agência Associated Press, recebeu menção honrosa na categoria “Cotidiano” por uma foto que mostra pessoas em volta do corpo de Thiago Franklino Lima, na favela do Coque, no Recife.  André Vieira, a Focus Photo und Presse Agentur, ficou em terceiro lugar na categoria “Artes e Entretenimento” por um registro do estilista angolano Xhunos, feita em Luanda. A entrega dos prêmios ocorre no dia 3 de maio em Amsterdã, na Holanda. As fotos serão exibidas ao público a partir de 4 de maio na cidade, antes de passarem por mais de 100 localidades em todo o mundo. do O Estado de São Paulo

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Trabalho Perigoso

Da série: “Só dói quando eu rio”! [slideshow id=58] Clique na imagem para iniciar ou aguarde exibição automática

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O avanço irresistível da Internet

Internet supera TV na Espanha Por Paulo Pereira A Internet superou a televisão como o meio de comunicação mais consumido na Espanha em 2008, afirma levantamento divulgado nesta sexta-feira pela empresa de pesquisa Mediascope. O estudo afirma que na Europa 60 por cento da população se conectam à Internet por uma média de 12 horas por semana e que na Espanha o tempo de acesso aumentou em 16 por cento desde 2007. Segundo a pesquisa, o internauta espanhol fica conectado por uma média semanal de 12,1 horas, enquanto o tempo em que passa diante da televisão é de 11,7 horas. O tempo em que a população espanhola fica na frente de um computador aumento em 20 por cento desde 2004 e a quantidade de internautas que se conecta diariamente à Web, cerca de 56 por cento, cresceu cinco por cento desde o ano passado. A atividade que os espanhóis mais fazem na Internet é envio de emails, seguida por buscas e redes sociais. Enquanto isso, na Europa, as buscas ocupam o primeiro lugar, seguidas por email e sites de conteúdo gerado pelos próprios internautas. O levantamento, porém, afirma que existe um consumo simultâneo de mídias, já que cerca de 23 por cento dos internautas vê televisão enquanto está navegando pela Web e cerca de 21 por cento faz isso enquanto ouve rádio. Em relação aos dispositivos, cerca de 32 por cento dos espanhóis utiliza o celular para se comunicar via mensagens curtas (SMS), email ou redes sociais, sem necessariamente recorrer a uma conversa. Fonte: Reuters

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