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Opinião – Ten. Brig. Ivan Frota.

DESMILITARIZAR, NÃO!MAS, SIM, COMPLETAR A MILITARIZAÇÃO!Ten.Brig. do Ar Ivan Frota. Nos últimos dias, assistimos a uma injusta e virulenta carga agressiva sobre a administração do Comando da Aeronáutica, inspirada nos atrasos provocados por um movimento grevista inconseqüente de controladores de vôo do CINDACTA I, na circulação das aeronaves que transitavam pelo País. A Aeronáutica Militar merece o respeito e a gratidão da sociedade brasileira por ter criado, organizado e implantado excepcionais empresas e estabelecimentos produtores de serviços e equipamentos de elevado interesse nacional, todos incorporando destacada bagagem cultural de excelência. Assim, surgiram, para o desenvolvimento científico-tecnológico, o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), a Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), a Companhia Eletromecânica de Motores de Aviação (CELMA). Surgiram, também, para o uso e o controle do espaço aéreo, a Empresa de Infra-estrutura Aeroespacial (INFRAERO), o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAA), o Centro de Lançamentos de Veículos Espaciais de Alcântara (CLA), o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e muitos outros. Todas essas realizações, de iniciativa exclusiva da Força Aérea, de homens de visão arejada, que legaram ao Brasil um invejável acervo tecnológico. Somente o SISCEAB, de concepção integrada militar e civil, pioneira no mundo, conta com cerca de 15.000 profissionais de alto nível, que o mantêm e operam por meio de quatro células intercomunicantes regionais. Essas células, os Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I, II, III e IV) abrangem a cobertura total do espaço aéreo nacional e de parte do Oceano Atlântico (responsabilidade internacional assumida). O CINDACTA IV, sozinho, guarnece toda a Amazônia brasileira (5.200.000 km²), incorporando a atividade complementar de vigilância dos céus daquela área (Sistema de Vigilância da Amazônia – SIVAM) e provendo informações eletrônicas, em tempo real, para viabilizar o funcionamento do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM). Da lavra da Aeronáutica são, igualmente, o desenvolvimento dos motores automotivos a álcool e a gás natural, de ligas metálicas super-resistentes e de combustíveis sólidos de elevada eficiência, ambos para emprego em motores espaciais. Também o são, a própria concepção do Veículo Lançador de Satélites (VLS), as bases para o domínio do ciclo completo do átomo e outras iniciativas, inclusive de pesquisa pura.Com tudo isso, os estrategistas da Aeronáutica instalaram um complexo aeroespacial de forma integrada e unificada, constituído dos seguintes pilares: Complexo Científico-Tecnológico Aeroespacial – CTA, ITA, INPE etc.;Indústria Aeroespacial – EMBRAER, CELMA etc.;Infra-estrutura Aeroespacial – SISCEAB, INFRAERO, Centros de Lançamento de foguetes e veículos espaciais diversos, Centros de testes para pesquisas aeroespaciais etc.;Aviação Civil – Departamento de Aviação Civil – DAC (hoje, Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC.);Força Aérea Brasileira. Enquanto estiveram sob a supervisão da Aeronáutica Militar, esses segmentos se desenvolveram e se fortaleceram, despertando o ciúme de uns, pelo poder que representavam, e a cobiça de outros, políticos e oportunistas, pelo potencial de produzir receitas financeiras de vulto. No ambiente militar, nunca interessou às demais Forças que houvesse essa exclusividade do controle sobre a INFRAERO, o DAC e, até, o SISCEAB, porque dele sempre quiseram compartilhar. Daí, a situação de isolamento em que ficou a Aeronáutica, que só podia contar consigo mesma para conservar a propriedade dos órgãos indispensáveis ao seu funcionamento ideal, os quais ela construiu sozinha. Neste momento, a forjada crise do controle de tráfego aéreo (apenas em Brasília!?), urdida nos porões do CINDACTA I, configura verdadeira traição nacional, covardemente desencadeada por alguns controladores civis, sindicalistas retrógrados, infiltrados no meio dos controladores militares, estes sérios, os quais representam a indiscutível maioria desses profissionais. As pessoas que conhecem o sistema sempre souberam que qualquer movimento grevista no seu interior traria dramáticas conseqüências para a sociedade em geral, sem se falar nos prejuízos para a segurança externa do País. Os controladores de tráfego aéreo representam somente a ponta do “iceberg” nesse imenso e delicado sistema, onde labutam diuturnamente um grande número de brasileiros para mantê-lo, em funcionamento, 365 dias e 6 horas, por ano, 24 horas por dia, 60 minutos por hora e 60 segundos por minuto. Não são esses poucos controladores os que mais trabalham, nem dos quais se exige maior cultura técnico-profissional, porém, como simples “apertadores de botões” nos “videogames” em que trabalham (que são mantidos por outros), podem interromper ou retardar o funcionamento dos beneficiários de sua atividade fim. Muito mais cultos tecnologicamente e indispensáveis são os mantenedores dos radares, dos meios de comunicação, dos laboratórios de inspeção em vôo, dos meios de cartografia e geodésia, dos estabelecimentos de formação de pessoal e, principalmente, dos idealizadores de todos esses sistemas. Soa ridículo, para os que conhecem medianamente o SISCEAB, ouvir a inconseqüente pregação de privatizar a atividade dos controladores, como se fosse possível isolá-la das demais, ou separar o rio de seu leito. Soa ridículo ouvir as estultices dos políticos demagogos ou, até, de jornalistas mal preparados, quando repetem, como papagaios, as palavras que lhes põem na boca os arautos do caos, tão ou mais ignorantes do que aqueles, na ânsia de dar notícias alarmantes e, se não as houver, de distorcer as existentes. Quando se analisa, com equilíbrio, o inopinado em que se instalaram os conflitos e os atrasos de aeronaves, em contrapartida com a presteza com que tudo foi restabelecido, surge uma verdade cristalina – nunca houve excesso de tráfego aéreo, nem carência de controladores. O que houve foi falta de espírito público e sobra de permissividade institucional na baderna praticada por uns poucos. Estes, para sua justa e inoportuna reivindicação salarial, não h esitaram em envergonhar o Brasil perante o mundo, nem em induzir a opinião pública internacional a admitir a culpabilidade do serviço nacional de proteção ao vôo (um dos melhores do mundo), no lamentável recente choque de duas aeronaves no ar. Enquanto demagogos, irresponsáveis e ignorantes preconizam a desmilitarização dos controladores de vôo, surge, insofismável, a certeza de que, não só resta imprescindível sua permanência sob a tutela da Aeronáutica, como também se faz indispensável a expansão dessa

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Internet – Censura – Opinião dos outros

Sebastião Nery – Jornalista – Tribuna da Imprensa. A palavra alada “No princípio era o Verbo”. No princípio, havia a palavra. Assim começa a Bíblia. E assim começa a história da humanidade. O homem é a palavra. A História é a palavra. A história do homem é a história da palavra. É a crônica de sua linguagem. É o cotidiano do seu dizer. O que é a Bíblia senão mil fábulas, as “Páginas da vida” do povo judeu tiranizado sob os salgueiros da Babilônia, hoje Iraque? E a tragédia grega? Era a metáfora do amor e da dor, da servidão e da liberdade, da vida e da morte. Na Roma tirana dos césares, a resistência da Judéia oprimida de Cristo era a parábola, a palavra. Na Idade Média torturada de Galileu, o discurso era o silêncio. Mas bastaram duas palavras (“Epure, si muove”, “apesar de tudo, a terra se move”) e o homem descobriu os caminhos da terra, dos mares, dos ares. InternetE vieram o rádio, o telefone, a televisão, a radiofoto, o fax, a palavra voadora, a palavra alada, o homem volátil satélite do infinito. E a internet? A internet já é o homem metido a besta, metido a Deus. Por muito menos do que essa luxuriosa maçã do orgulho humano, Adão e Eva foram expulsos do paraíso. A internet é a mesa posta nas estrelas, a sala de aula nos astros, a biblioteca nas galáxias, uma reunião nos jardins de Deus. A internet é a palavra globalizada, democratizada, socializada. A palavra sem dono e sem patrão, sem registro e sem cartório. A palavra tiradentezada, liberta, “quae sera tamen”, “ainda que tardia”.Como todos os passos do homem, os primeiros sempre são devagar. Na infância é assim. A chegada à lua foi também assim. Devagar. Bem devagar. JornalismoA internet evoluiu no Brasil, continua evoluindo, no mesmo ritmo de sempre do desenvolvimento nacional, da educação, da informação, do conhecimento e da tecnologia. No começo, o acesso à internet, ao computador, ao lap-top, era caro. E, por ser caro, inacessível a quase todos. De repente, foi barateando, popularizando-se, disparou. O Brasil tem hoje, pouco mais de duas décadas depois, milhões de computadores. E, sobretudo, de internautas e neuro-internéticos. Acabou o mistério. Para um jornalista, um professor, para todos os profissionais da palavra e da escrita, a internet é a enciclopédia na ponta do dedo. Você não precisa mais abrir todas as pesadas enciclopédias e dicionários, os velhos “pais dos burros”. A internet lhe dá a resposta na hora. Está aqui, ali, disponível, acessível, catalogada, sem censuras, sem barreiras e sem fronteiras. Liberdade Mas, como não é nos livros, a informação na internet também não é a verdade provada, um dogma a ser recebido sem discussão e sem crítica. A informação foi posta ali, na internet, por alguém que pensa assim, acredita naquilo, defende aqueles conceitos. O que não significa a verdade indiscutível. Se o primeiro dever de quem escreve é a exatidão, não basta buscar dados na internet. É preciso racionalizá-los, interpretá-los, para transmitir com fidelidade e transparência. Se o segundo dever é a clareza, não se pode engolir como definitiva a informação falsa, dados distorcidos, gato por lebre. A internet é o universo trazido à mesa, livre, para o banquete de cada um. AzeredoPor isso, mais do que surpreendente, é espantoso que justamente um senador mineiro, o Eduardo Azeredo, da Minas cujo primeiro nome Tancredo ensinou que é liberdade, e ainda por cima senador jovem, se faça instrumento dos banqueiros, que querem enjaular a internet para colocá-la a serviço deles:1 – “O projeto que prevê acesso registrado à internet, relatado pelo senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas, resulta de lobby dos bancos, desgostosos com as despesas que são obrigados a fazer para coibir fraudes em transações eletrônicas”.2 – “Para evitar punição, os usuários teriam de fornecer nome, endereço, número de telefone, da carteira de identidade, do CPF, às companhias provedoras, às quais caberia a tarefa de confirmar a veracidade das informações. Num país com mais de 30 milhões de usuários de internet, não é preciso testar o modelo para que ele se mostre inexeqüível, à custa da privacidade do usuário e da qualidade na prestação do serviço” (“Folha”). Com esses dados todos à mão, os bancos querem criar um cadastro nacional. Qual banditismo seria pior? Dos piratas da internet ou o dos bancos?

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Saiu na mídia – Blog do José Meirelles Passos..

http://oglobo.globo.com/online/blogs/passos/ …E, então, a realidade bateu à porta. Nada como um dia depois do outro.Água mole em pedra dura…Pois é, esses dois velhos ditados se encaixam bem numa constatação: a de que os americanos, por fim, cairam na realidade. Ou, em muitos casos, deram uma trombada nela. Oito em cada dez súditos de Tio Sam acreditam, agora, que as estratégias do presidente George W. Bush estão servindo mais para colocar em risco a segurança nacional dos Estados Unidos do que para proteger o país. Quem acaba de fazer essa constatação é a Public Agenda, organização não governamental criada em 1975 pelo ex-secretário de Estado Cyrus Vance e pelo cientista social Daniel Yanklovich. O grupo fêz uma sondagem junto com a revista “Foreign Affairs”. O resultado está indo prá rua agora. Ele mostra uma clara falta de confiança na política de Bush. Oito de cada dez (83%) americanos estão preocupados com as consequências, para os EUA, do estado de coisas no resto do mundo – provocado pela arrogancia do cowboy presidente. Nada menos do que 79% deles acham que o mundo está se tornando mais perigoso para os americanos, em geral, e os EUA, em particular. Aos poucos cai a ficha: a política de Bush só tem servido para aumentar – e fortalecer – os inimigos.Além disso, para 69% o governo Bush está fazendo um trabalho muito pobre na tentativa de criar um mundo mais pacífico e próspero. E 58% acreditam que as relações dos EUA com o resto do mundo estão num caminho errado. Sem contar que 64% – ou seja, pelo menos seis em cada dez – acreditam que a democracia não pode ser imposta a nenhum país. Apenas 20% acham que Bush conseguirá democratizar o Iraque.O trabalho é sério: foram feitas 110 perguntas a respeito de 25 temas distintos, para se elaborar o “Índice de Confiança na Política Externa” – que, como se vê, é baixíssimo. “O alto nível de ansiedade pública, combinado com a desaprovação da política atual, é algo que as autoridades não podem simplesmente descartar. Não se trata, afinal, de apenas um evento ou de uma política específica que preocupe as pessoas: é o Iraque, é o medo de um ataque terrorista, é a dependência do petróleo, é a queda de nossa reputação em todo o mundo, é o aumento do violento extremismo muçulmano. As pessoas vêem o país com problemas em múltiplas frentes” – conclui Daniel Yanklovich.

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Brasil – Surrealismo, é pouco.

É para “torrar” os neurônios. Mailson “maior inflação dos últimos tempos” da Nóbrega é oposição à crescimento com inflação; Delfim “crescer o bolo para depois distribuir” Neto, ícone do paulistério desvairado é o interlecutor econômico preferido do governo petista; Jader “ranário” Barbalho é o nome forte da área política do Presidente Lula; ACM preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado; Blairo Maggi, Governador e o maior produtor de soja do mundo, vai ingressar no Partido Socialista Brasileiro; O “comunista” Aldo Rabelo, que é católico, pode assumir a Presidência do Brasil ─ é o 3º na linha de sucessão em caso de ausência do Presidente da República ─ coisa que Luiz Carlos Prestes nunca sonhou acontecer; José Serra, pasmem!!!, fala em criar um partido de centro-esquerda…

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Olhe essa – Bill Gates e geração de energia.

Bill Gates anuncia que voltará suas atenções para a geração de energia. É sintomático que após os criadores do Google ─ estiveram recentemente no Brasil conhecendo o bio diesel ─ outro homem da área dos bits volte sua atenção para a questão energética. Os setor produtivo percebe que não adianta a criação de empresas e incremento em capacidade de produção, sem energia para as fazer funcionar. Olho na China, que ofertará energia, abundante e barata, à partir da hidrelétrica de Três Gargantas, com a qual espera atrair grandes indústrias para seu território. Tio Bill e os google’s boys de olho gordo na mesma área… Sei não. O que eles sabem mesmo é ganhar dinheiro. Aí “tem coisa”. Energia passa a ser a palavra chave.

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