Constatação.
Não importa de qual lado se abra a caixa de remédio. A bula vai atrapalhar.
Não importa de qual lado se abra a caixa de remédio. A bula vai atrapalhar.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu apostar na portabilidade, que permite ao usuário manter o mesmo número telefônico (de casa ou celular) quando muda de operadora. O objetivo é incentivar a competição, mas o benefício somente estará disponível para o consumidor a partir de meados de 2008. A agência anunciou que está colocando em consulta pública o novo Regulamento Geral de Portabilidade — cujos itens poderão ser alterados se o órgão regulador for convencido da oportunidade das mudanças. A minha expectativa é baixar os preços. Mas, muito mais do que isso, melhorar a qualidade do atendimento e dar um tratamento melhor para o usuário — disse o diretor da Anatel Pedro Jaime Ziller. A portabilidade, segundo Ziller, será implantada para os serviços móveis e fixos. Isto significa que um usuário poderá manter um número de celular mesmo mudando de operadora. O mesmo vale para a telefonia fixa: o assinante poderá trocar de empresas fixas, mantendo o mesmo número. O diretor deixou claro que a Anatel não está propondo a portabilidade entre serviços — do móvel para o fixo ou do fixo para o móvel. Segundo dados internacionais, nos países onde foi implantada a portabilidade, 10% dos usuários migraram para outras empresas. Cerca de 40 companhias da Europa já implantaram a protabilidade em um sistema semelhante do proposto da Anatel. A portabilidade da telefonia fixa valerá dentro do mesmo município. No caso da telefonia móvel, ela poderá ser utilizada na mesma área de registro (DDD), praticamente em uma mesma região metropolitana. Todos os números poderão usar a portabilidade, sejam códigos residenciais, comerciais e mesmo os números como o 0800 ou 0300. O conceito é que o número é do usuário, diz o presidente da Anatel. O consumidor poderá solicitar a portabilidade a qualquer momento e não há nenhum limite para o número de vezes que ele pedirá a mudança de operadora. Segundo Ziller, isto é uma opção do usuário. O serviço poderá ser pago, mas o valor deve ser homologado pela Anatel. O serviço poderá ser pago, mas o valor deve ser homologado pela Anatel. O usuário, quando quiser mudar de empresa, terá que fazer um contrato com a nova empresa. A operadora antiga não terá direito a nenhum pagamento. As telefônicas terão que contratar uma empresa independente que ficará responsável pela administração do processo de portabilidade e pelo banco de dados no prazo máximo de 120 dias a partir da publicação do regulamento. A consulta pública começa no próximo dia 5 e vai até 19 de outubro. A Anatel pretende que o regulamento definitivo esteja pronto até 15 de dezembro. Serão realizadas ainda três audiências públicas, em Brasília, Rio e Fortaleza. Em 18 meses após a publicação do regulamento, em meados de 2008, a portabilidade deverá estar totalmente implantada. Anatel divulga regras que permitirão ao usuário ficar com número do telefone quando mudar de operadora.
Língua nossa de cada diaPor: Nelson Valente – professor, jornalista e escritor. Certos erros de linguagem que aparecem na mídia impressa, falada, audio-visual e mesmo na letra de músicas são rápida e inconscientemente assimilados e usados pelo público, que chega mesmo a considerá-los modelos. Freqüentemente ouve-se: “a TV diz assim”, “o locutor fala deste modo”, ” a letra da música é assim”,o jornal publicou”, “vi no cartaz, no outdoor”, etc. Infelizmente, esta é a realidade em que vivemos, tratando-se da relação público e linguagem dos meios de comunicação de massa. Diante desta real e preocupante situação, urge fazermos tudo o que está a nosso alcance para preservar a pureza desta língua tão bela e tão sonora, falada há quase um milênio, merecedora, portanto, de ser resguardada das distorções grosseiras a que é submetida,freqüentemente, na mídia. Vejamos alguns exemplos de incorreções colhidas aleatoriamente nos meios de comunicação e que poderiam ser facilmente sanadas:– “Faz o que eu digo, mas não faça o que eu faço.” (Faze o que eu digo…)– “Obedeça seu velho. Gaste bem sua mesada.” (Obedeça a seu…)– “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és.” (Dize-me com quem…)– “Fi-lo por que quilo.” (Fi-lo porque quis)– “A nível de administração.” (Em nível de ..) Os cartazes, os anúncios, a imprensa, a letra de música populares refletem o desenvolvimento cultural da sociedade da qual todos fazemos parte. Cabe-nos denunciar os maus uso da língua nessas formas de comunicação, para que seus erros não venham a ser motivo de vergonha para nós. Entre as incorreções que destoam no uso da língua, são freqüentes pequenos descuidos, até perdoáveis, mas há casos de barbarismo contra a pureza da língua nos aspectos sintáticos, regenciais, ortográficos, sem falarmos de troca tão comum de tratamento, como também de organização ilógica de idéias, o que acarreta, freqüentemente, ambigüidades e interpretações errôneas de pensamento. A língua é uma força biológica: não se pode modificá-la com uma decisão política. Pode-se, quando muito, influenciar o uso. É uma função dos jornalistas, escritores e da mídia. Um bom uso mostra-se pela flexibilidade com que as palavras são aceitas. Todas as línguas estão repletas de palavras estrangeiras que foram naturalizadas. Os jornais brasileiros (alguns) nos dizem com freqüência que Michael Schumacher, da Fórmula I – pegou a “pole position”, um termo inglês inútil, pois pode dizer perfeitamente que chegou em primeiro lugar ou qualquer coisa parecida. Certa vez, li num jornal que Schumacher, tinha conseguido a “pool position”. Ele devia estar, então, na piscina! Hoje em dia, as pessoas falam sua língua nativa mais corretamente, lêem mais jornais, mais livros.Isso não significa que a humanidade esteja melhorando e tampouco quer dizer que há menos banalidades, esterótipos e bobagens. Os editores, os donos de televisão, jornais e os críticos literários não entenderam que houve uma revolução espiritual, que o nível geral subiu.Os franceses fazem de conta que brigam com o inglês, mas têm medo mesmo é do alemão.Desde a queda de Berlim, a Europa do Leste transformou-se num bolsão de poliglotismo alemão e há muita probabilidade de que o alemão se imponha na Europa! Nunca, no mundo, alguém conseguiu impor a língua estrangeira dominante. Os romanos foram mestres do mundo, mas seus eruditos conversavam em grego entre si. O latim se tornou a língua européia quando o império romano desmoronou. No tempo de Montaigne, o italiano era o vetor da cultura. Depois, durante três séculos, o francês foi a língua da diplomacia. Por que o inglês, hoje? Porque os Estados Unidos ganharam a guerra e porque é mais fácil falar mal o inglês do que falar mal o francês ou o alemão. O que não impede que os franceses falem de uma “colonização” de sua língua pelo inglês. Contudo, neste momento em que os países lusófonos se unem no fortalecimento da Comunidade Lingüística da Língua Portuguesa: em que se luta para que o português seja reconhecido também como língua oficial da ONU: em que o português vai alcançando o 4º lugar entre as línguas mais falada no planeta. Não podemos deixar que ela se desfigure e se deturpe de maneira tão galopante, como está acontecendo nos meios de comunicação. Em geral, o erro lingüístico depõe contra quem o cometeu.Vamos preservar a “Língua nossa de cada dia”.
Crueldade americana. Prefeito de Estrela (AL), Antônio Garrote tinha câncer no fígado. Sua última esperança era um médico brasileiro que atua no Hospital MD Anderson Cancer Center, em Houston, Texas. Antônio não tinha visto de entrada nos Estados Unidos. Pediu ajuda ao Senado, que apelou (várias vezes) ao cônsul-geral americano Patrick Duddy. O cônsul impôs várias dificuldades, uma após outra, e não atendeu o pedido. Antônio morreu à espera do visto.
O Google prepara, via internet, uma reviravolta na maneira tradicional de fazer negócios. Mais uma! O alvo é o mercado de publicidade, principalmente na Tv nos USA, mercado que gira em torno de US$74 bilhões/ano. E como a Google acha que pode contribuir de forma criativa e, claro, lucrativa? A idéia é veicular nos canais de TV apenas os anúncios de interesse priporitários do espectador. É um “old dream”. Na maioria das vezes, quando damos conta, estamos assistindo publicidade de produtos que não tem nenhuma ligação com nossos desejos e que, na maioria das vezes, estão além do nosso alcance material. Horário político, à parte, “of course”! A TV por assinatura fracassou, totalmente, na tentativa de segmentar o púplico alvo dos anúncios. O dilema, para o anunciante, na TV, é que ele é obrigado a aplicar verba para todos os públicos, visando atingir somente uma pequena parcela de consumidor. A Internet, possibilita um grau de acerto mais preciso. O Google, que cresceu dirigindo ao internauta o anúncio apropriado à sua navegação, baseado nos seus hábitos, conhece, como ninguém nessa mídia, o “caminho das pedras”. Essa opção, provavelmente, também vai ser viável com a TV digital. Além disso, parece que o mercado de publicidade online está pequeno para a Google. Segundo a Jupiter Research, em 2011 o setor vai movimentar só US$25,9 bi – apenas 9% do bolo total de publicidade nos EUA. Em um recente seminário, Eric Schmidt, da Google, deixou claro que a empresa está desenvolvendo novidades para a TV. Já investiu muito em rádio e agora contrata gente para criar anúncios sob medida para os telespectadores.As probabilidaes são complexas mas, dólares não faltam para bancar a operação. Se não der certo, “no problem”!Caso eles acertem, será mais uma “na mosca”!
AEROPORTO 2006 Leitor queixa-se do estacionamento do Aeroporto Pinto Martins. Conta que entrou no pátio, parou, checou o horário (errado) e deu meia volta para sair. Precisamente 1min26segundos. Descobriu que não há carência. Foi reclamar e ouviu que quanto mais reclamasse mais tempo iria pagar. Mais tarde, embarcou para Recife, deixou o carro lá e retornou no dia seguinte. Tempo total: 25h40min. Tamanho da conta: R$ 52,00. Noutros termos, duas diárias. “Não seria uma diária de 24h mais 1min40s?”, perguntou. “Não”, ouviu. Ao passar de 24 horas o sistema – que não se programa sozinho – já cobra uma nova diária. “A conta é a seguinte: 1min26s = R$ 3,00; 1h = R$ 112,50; 25h = R$ 52,00; 1h = R$ 2,08”. Agora vai de táxi. Jornal O POVO de 28/08/2006.