A prática de recorrer ao piloto automático é cada vez mais comum e pode mascarar a falta de habilidade do piloto.
Esta preocupação foi resumida pelo inspetor geral do Departamento de Transporte dos EUA, Robert Sumwalt, em uma carta endereçada à Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) este mês.
Sumwalt reclama que a agência não sabe quantos pilotos são capazes de tomar o controle de aviões caso os sistemas eletrônicos deixem de funcionar.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
“Enquanto as linhas aéreas têm, por muito tempo, usado sistemas automáticos para melhorar a eficiência e reduzir a carga de trabalho dos pilotos, vários acidentes, incluindo a queda, em julho de 2013, do voo 214 da Asiana Airlines, mostram que pilotos que tipicamente voam com sistemas automáticos podem cometer erros na transição de piloto automático para manual”, escreveu o inspetor.
O voo 214 da Asiana Airlines caiu enquanto os pilotos tentavam pousar no Aeroporto Internacional de São Francisco.
A National Transportation Safety Board determinou que a dependência da tripulação no sistema automático foi um fator contribuinte.
A FAA respondeu à carta do inspetor geral com um compromisso de melhorar os requerimentos dos treinamentos.
A Airline Pilots Association (ALPA) também respondeu à carta: “Uma tripulação bem treinada é a medida de segurança mais importante em qualquer voo.
As habilidades dos pilotos são continuamente monitoradas ao longo de suas carreiras. A ALPA apoia o modo comprovadamente eficiente da FAA de treinar seus pilotos.”
O piloto automático, desenvolvido pela Sherry Corp. em 1912 é tão onipresente que pilotos comumente se referem a ele como “George”.
É uma aposta segura dizer que mesmo antes de o capitão desligar os sinais de cintos de segurança, George já está pilotando o avião.
Fontes:
The Washington Post-Does autopilot dull the skills of U.S. airline pilots?