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Comportamento – A exigente (e instável) geração do milênio

São confiantes, não se sentem presos aos seus empregos. É duro aprender a lidar com essa turma. É cada vez mais difícil contratar e reter talentos. Os profissionais mais jovens estão chegando ao mercado com expectativas exageradas sobre sua carreira, que geralmente não coincidem com as de seus empregadores.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] São representantes da chamada geração do milênio, também conhecida como geração Y. Uma radiografia extensa desses jovens, nascidos entre 1980 e 2001, acaba de sair nos Estados Unidos sob o título The Troph Kids Grow Up: How the Millennial Generation Is Shaking Up the Workplace (“Os garotos premiados cresceram: como a geração do milênio transforma o ambiente de trabalho”), escrita pelo jornalista americano Ron Alsop, do Wall Street Journal. Quem são esses jovens? Segundo Alsop, eles cresceram num ambiente superprotetor. Mimados por pais e professores, foram habituados a receber troféus – eis a origem do título do livro – por suas conquistas infantis. Têm uma confiança elevada nas próprias competências e costumam se irritar quando o empregador não partilha dessa avaliação. “Acham que têm condições de se tornar CEO de um dia para o outro”, diz Alsop. Esses jovens começam agora a ocupar as vagas deixadas pelos baby boomers – como são conhecidos os nascidos entre a Segunda Guerra e 1960 –, que estão se aposentando. Suas expectativas são muito maiores do que as das gerações que os precederam. De acordo com uma pesquisa da CareerBuilder, o maior site de emprego dos Estados Unidos, eles querem de imediato salários altos (74%), horários flexíveis (61%), promoção antes de completar um ano na empresa (56%) e um pouco mais de tempo livre e férias (50%). Exigentes, precisam da atenção constante de seus chefes. Avaliações anuais não são suficientes. Querem saber com freqüência como estão se saindo no trabalho. Ao mesmo tempo, ficam aborrecidos quando recebem críticas. Alsop sugere que sejam repreendidos de forma cuidadosa, sob o risco de que abandonem a empresa. “Gostam de ser estimulados a toda hora, mas nem sempre recebem de forma positiva as sugestões para melhorar seu desempenho”, disse Steve Canale, gerente de recrutamento da General Electric, em entrevista a Alsop. A hierarquia das empresas também não assusta esses jovens profissionais. “Querem ser tratados como colegas, não como subordinados, e esperam acesso livre a seus chefes, mesmo ao CEO, para defender suas idéias brilhantes”, afirma Alsop. Apesar das exigências que fazem a suas empresas, os integrantes da geração do milênio não se sentem amarrados a elas. Se o trabalho deixa de ser gratificante, o abandonam sem pensar duas vezes, até porque não os incomoda a idéia de voltar para a casa dos pais, se necessário. Num levantamento realizado pela Michigan State University e pelo site MonsterTrak, dois terços desses jovens afirmaram que, provavelmente, “surfarão” de um emprego para outro durante suas carreiras. O autor de The Troph Kids Grow Up acredita que as empresas terão de se adaptar, em alguma medida, à geração do milênio para conseguir reter seus talentos. Precisam de suas habilidades tecnológicas, de sua capacidade de trabalhar em equipe e de sua competência para executar vários trabalhos ao mesmo tempo. É fundamental, segundo Alsop, que mostrem claramente as oportunidades à disposição desses jovens, caso permaneçam na empresa. da Época

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Será mesmo que você é substituível?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: “ninguém é insubstituível”. A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido: – Alguma pergunta? – Tenho sim. E Beethoven? – Como? – o encara o gestor confuso. – O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven? Silêncio. Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)? Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações re verem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus ‘gaps’. Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

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Ninguém é insubstituível

‘Ninguém é insubstituível’ – Por Célia Spangher Em uma sala de reunião de uma multinacional o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: ‘ninguém é insubstituível’ . A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o CEO se prepara para triturar o atrevido: * Alguma pergunta? * Tenho sim. E o Beethoven? * Como? – o CEO encara o gestor confuso. * O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substitui o Beethoven? Silêncio. Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Faria Lima? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar. E portanto são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar ‘seus gaps’. Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico. O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto. Se você ainda está focado em ‘melhorar as fraquezas’ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande. E na sua gestão, o mundo teria perdido todos esses talentos?

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