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Robôs e Internet: uma dor de cabeça

O problema dos robôs na internet Desde a eleição americana, manipulação da informação virou tema no ambiente político atual. Mas, com tantos “bots” nas redes sociais, como é possível encontrar a verdade na web? Com o aumento da importância das redes sociais na formação da nossa visão de mundo, o modo pelo qual websites como Facebook e Twitter levam a informação aos usuários nunca foi tão significante.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Onde antes cidadãos comuns estavam acostumados a julgar a importância, a popularidade ou a credibilidade de políticos, modelos econômicos ou movimentos ideológicos baseados em reportagens profissionais, em pesquisas de opinião pública ou simplesmente através da propaganda de boca, eles estão agora à mercê daquilo que é tendência ou considerado aceito em seus feeds da rede social. Perigosos falsos seguidores É aqui que os bots (da palavra inglesa robots), os robôs das redes sociais, entram em ação. Usando bots pré-programados de uma variedade de empresas, da BMW a Spotify, é possível criar um software próprio para salvar todas as canções que se recomendou num aplicativo de música, para postar automaticamente fotos no Instagram ou numa conta do Twitter ou mesmo abrir o portão da garagem. No entanto, alguns criam seus bots com softwares maliciosos, os malwares. A manifestação mais óbvia de tais projetos pode ser vista no Facebook e no Twitter, onde contas falsas estão configuradas com milhares de seguidores inexistentes para dar uma ilusão de veracidade. Aliada a um software de certo tipo de bot, tais contas podem alcançar pessoas por meio de tuítes e postagens com mensagens específicas ou até mesmo retuitar ou curtir os tuítes de alguém, aumentando assim a popularidade desse usuário. Notícias falsas A manipulação de dados é um tema quente no ambiente político atual. O ministro alemão da Justiça, Heiko Maas, afirmou, em fins do ano passado, temer que notícias falsas possam espalhar desinformação antes das eleições parlamentares no final deste ano. E ele tem bons motivos para se preocupar. Ainda que as notícias falsas sejam escritas e publicadas por seres humanos, muitas vezes, elas são distribuídas e apoiadas por milhões de contas-fantasma em sites populares como Twitter, Facebook, Reddit e através de email. Um estudo realizado pelo portal Buzzfeed News logo após a vitória eleitoral de Donald Trump mostrou que mentiras sobre a votação conseguiram movimentar mais as plataformas de mídia social que as histórias verídicas de 19 grandes meios de comunicação juntos. Uma reportagem realizada pelo Political Bots, uma equipe de pesquisadores das principais universidades do mundo, constatou que mais de 30 milhões de contas do Twitter pertenceriam a perfis falsos. Descobriu-se também que, antes das eleições presidenciais americanas, o número de bots pró-Trump, que promoviam notícias falsas, foi cinco vezes maior que os pró-Hillary Clinton. “Bots – programas de computador comandados através de algoritmos para fazer tarefas online específicas – invadiram as conversas políticas em todo o mundo”, advertiu a reportagem. “O uso generalizado de tais híbridos de softwares e humanos, como também a natureza obscura e muitas vezes discriminatória dos algoritmos por trás deles, ameaçam minar o potencial político – organizacional, comunicativo, entre outros – de sistemas de mídia social.” Na internet, os bots são usados para realizar ataques DDos, que podem derrubar sistemas inteiros. Combatendo o problema Companhias como a Hoaxmap combatem as notícias falsas desde fevereiro de 2016, mas empresas de mídia social, autoridades e governos ainda tentam recuperar o tempo perdido. Recentemente, o Facebook anunciou uma iniciativa para combater as notícias falsas em sua plataforma, por meio de novas ferramentas que tornarão mais fácil para os usuários marcar tais histórias em sua linha do tempo. Em parceria com a empresa berlinense Correctiv, um coletivo de jornalismo investigativo independente, apartidário e sem fins lucrativos, o Facebook espera usar um terceiro rosto avaliando o material marcado. O governo alemão quer enfrentar o problema de frente, com um novo órgão ligado ao Ministério do Interior em Berlim, o chamado “Centro de Defesa contra a Desinformação.” Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no entanto, dizem que uma “vacina psicológica” protege as pessoas contra notícias falsas – mas, como acontece com outras vacinas, pode levar décadas até ser elaborada. Com dados da DW

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Spotify muda política de privacidade e gera a ira de usuários

Houve até bate-boca entre o fundador do Spotify e o criador do Minecraft. Serviço de streaming terá acesso a dados armazenados no smartphone. Serviço de streaming de música Spotify. (Foto: Divulgação/Spotify) O Spotify alterou seus termos de privacidade nesta quarta-feira (19) e gerou uma onda de críticas dos usuários, que não gostaram de alguns dos novos termos, como o que libera o serviço de música por streaming para acessar informações pessoais como fotos, contatos e localização dos usuários. No novo texto, a empresa especificou que tipo de informações coleta a respeito dos usuários e como isso é feito. No ato do registro, as pessoas que aderem ao serviço fornecem nome de uso, senha, endereço de e-mail, data de aniversário, gênero, endereço, CEP e país. Caso usem o perfil no Facebook como forma de acesso, cedem também a imagem de exibição e outras fotos e nomes dos amigos na rede social.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Para colher outros dados de seus membros, o Spotify analisa as pesquisas feitas dentro do serviço, as postagens feitas no Facebook e as mensagens enviadas, os comandos de voz e os sites visitados na internet. Usuários de todo o mundo se irritaram, porém, com os trechos da política de privacidade que tratavam das informações captadas pelo Spotify que estão armazenadas nos smartphones. “Com sua permissão, nós podemos coletar informações armazenadas em seu dispositivo móvel, como contatos, fotos ou arquivos de mídia.” E completa mais adiante: “Dependendo do tipo de dispositivo que você usa para interagir com o serviço e as configurações dele, nós podemos coletar informações sobre a sua posição, baseada, por exemplo, na localização do GPS do celular ou outras formas de localização de dispositivos móveis, como Bluetooth”. O auge da onda de ira dos usuários foi o bate-boca pelo Twitter entre o criador do Minecraft, Markus Persson, e o fundador do Spotify, Daniel Ek. Markus Persson, criador do Minecraft “Olá, Spotify. Como consumidor, eu sempre amei o seu serviço. Vocês são a razão para eu ter parado de piratear música. Por favor, considerem não serem perversos”, escreveu Persson nesta sexta-feira (21). Em resposta a outro tuiteiro que afirmou ter abandonado o serviço, o desenvolvedor, também conhecido como “Notch”, afirmou: “Eu também acabei de cancelar a minha [conta]”. Foi então que Ek entrou na discussão. “Notch, você já leu nosso blog? Nós explicitamente iremos perguntar quando formos usar a câmera ou o GPS. Ambas, entretanto, mudam a imagem da playlist e o recurso de corrida”, respondeu. “Essa função é típica para invasão de privacidade. Eu não quero nenhum desses recursos. Eu só quero fazer streaming de música”, rebateu Persson. “E de novo é somente ‘se’ você usar alguma dessas funções que iremos pedir permissão para isso”, disse Ek. Persson então respondeu com um trecho da própria política de privacidade que dá a entender que as pessoas que não concordem com os termos devem deixar o Spotify: “Se você não concorda com os termos da política de privacidade, então, por favor, não use o Spotify”. G1

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