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Quatro motivos para o Facebook se preocupar com o Snapchat

O Snapchat é indiscutivelmente a estrela do debate sobre jornalismo de 2016. Lançada em 2011 por estudantes da Universidade de Stanford, a plataforma tornou-se o novo foco de atenção de publishers, jornalistas e da indústria de publicidade. Depois de ganhar um impulso como a primeira plataforma especificamente dirigida a audiências mais jovens, agora desempenha um papel importante como um canal de distribuição jornalística. O Snapchat possibilita a seus usuários o envio instantâneo de conteúdo conciso, principalmente vídeos ou clipes (que desaparecem nas 24 horas seguintes) para chats privativos com usuários selecionados ou para todo o seu grupo de amigos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O Facebook ainda domina a mídia social, mas o Snapchat está se aproximando. Eis aqui quatro motivos pelos quais o Facebook devia preocupar-se. 86% dos 100 milhões de usuários do Snapchat têm entre 13 e 34 anos O Snapchat ajuda as marcas jornalísticas a ganharem atenção entre jovens de até 16 anos. As empresas jornalísticas reconhecem a oportunidade de alcançar 100 milhões de usuários atuantes (86% dos usuários do Snapchat têm entre 13 e 34 anos) que, entre si, visitam diariamente 10 bilhões de vídeos em seus smartphones. O público juvenil do Snapchat é particularmente admirável quando comparado ao do Facebook: uma pesquisa do site Business Insider de 2015 revelou que somente 38% dos usuários doFacebook têm idades entre 18 e 34 anos, comparados aos 71% do Snapchat. Vários dos principais veículos de notícias norte-americanos, como o National Public Radio (NPR), e os sites Fusion e The Verge, começaram recentemente a experimentar trabalhar com o Snapchat em busca de notícias. Veículos mais tradicionais, como o New York Times e o Wall Street Journal, já vêm usando o Snapchat regularmente. Até agora, o conteúdo de notícias do Snapchat abrange vídeos com transmissão ao vivo, micro-entrevistas e comentários sobre o noticiário diário num formato visual e em geral é muito procurado. O recente Relatório de Notícias Digitais de 2016 (DNR, na sigla em inglês), publicado pelo Instituto Reuters para o Estudo de Jornalismo, divulgou que o Snapchat é “uma das novas redes que cresce mais rapidamente”. Nos Estados Unidos, o Snapchat é atualmente usado para informações por 12% dos jovens entre 18 e 24 anos – no Reino Unido esse número é mais baixo: 1% dos jovens entre 18 e 24 anos usam o Snapchat para acessar notícias, segundo o DNR. O Snapchat é um ambiente exclusivamente móvel Como encontrar possíveis fluxos de receita para este tipo de conteúdo continua sendo um desafio para a maioria das plataformas, mas o potencial de crescimento do Snapchat parece mais promissor que o de seus concorrentes, como o Facebook, o Twitter e outros gigantes tecnológicos. Isso se deve ao fato de que os publishers continuam obcecados pelos dispositivos móveis e o Snapchat, um ambiente exclusivamente móvel, é um paraíso para essas marcas que procuram espaços bem-sucedidos para seus anúncios. A plataforma oferece aos publishers pelo menos três coisas: uma base de usuários de até 16 anos inigualável, a oportunidade de alcançar jovens através de um canal privilegiado e a possibilidade de trabalhar com formatos publicitários de conteúdo jornalístico em dispositivos móveis. O Snapchat Discover permite aos publishers alcançarem 100 milhões de pessoas, a maioria delas, jovem, com seu próprio conteúdo O segredo fundamental para o sucesso da plataforma talvez seja sua característica Discover. O Discover permite que os usuários vejam o conteúdo produzido por publishers, por marcas e pela própria equipe editorial do Snapchat, ao invés de outros usuários. Esse conteúdo pode ser na forma de imagens, vídeos, textos ou aquilo que o próprio Snapchat descreve como “esplêndida publicidade”. O conteúdo é carregado em “edições” diárias que se auto-destroem após 24 horas. O Snapchat Discover já conta com bastantes parceiros de mídia internacionais, como a CNN. O site Vie, o BuzzFeed e a revista National Geographic publicam regularmente publicidade com conteúdo jornalístico na plataforma aproveitando várias características personalizadas e as opções de design. Entre seus parceiros no Reino Unido estão o jornal The Sun, Sky News, Sky Sports e o Daily Mail. Algumas empresas jornalísticas contrataram pessoas para construir sua presença no Snapchat: oWall Street Journal, parceiro mais recente da plataforma, criou uma equipe de cinco pessoas para dirigir o canal Discover. O site Fusion tem dez empregados no Snapchat, alguns em tempo integral e outros que fazem meio expediente. O Snapchat está liderando o campo do vídeo vertical em dispositivos móveis Além desse crescimento e oportunidades de lucro, o Snapchat Discover parece estar em melhor posição que seus concorrentes por um motivo: está pressionando bastante o potencial do vídeo vertical, um formato que vem mostrando ser mais eficiente em dispositivos móveis e que vem estabelecendo um novo padrão de notícias, que os outros irão inevitavelmente adotar. Os anúncios em vídeos verticais já vem ganhando um entusiasmo cauteloso por parte das empresas britânicas, que procuram cada vez mais as plataformas de mídia para alcançar novas audiências, segundo divulgou a revista de publicidade Campaign no mês passado. Em 2017, o jornalismo será inevitavelmente influenciado pelo Snapchat e isso parece confirmar-se pelas recentes notícias de que a plataforma estaria contratando jornalistas para trabalhar na empresa. O projeto é fazer a cobertura da próxima eleição presidencial norte-americana com vídeos, emojis e snaps. *** Philip Di Salvo é editor da versão digital italiana do European Journalism Observatory Tradução de Jô Amad

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Tecnologia: Veja o que acontece durante apenas um minuto na internet

Internet: as novas mídias sociais estão cada dia mais populares. O crescimento da população global da internet pode ter aumentado pouco de 2015 para 2016 – de 3,2 bilhões para 3,4 bilhões. Contudo, a obsessão por emojis, GIFs e vídeos só cresceu ao longo deste ano. De acordo com o estudo Data Never Sleeps da empresa de software Domo, o conteúdo multimídia está dominando a internet. Como resultado da pesquisa, a empresa mostra tudo que acontece em apenas um minuto na internet.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Na rede social Snapchat, os usuários assistem a mais de seis milhões de vídeos nesses 60 segundos. No ano passado, a cada minuto, eram visto “apenas” 284 mil snaps — o que mostra um crescimento considerável. Outro exemplo é o Giphy, site que serve como buscador e repositório de GIFs. Segundo o estudo, os usuários da plataforma compartilharam 569.217 GIFs por minuto neste ano. No quesito apps e sites de relacionamento, o Tinder pode ser considerado um modelo de sucesso. Neste ano, os usuários deslizaram seus dedos no aplicativo 972.222 vezes por minuto, um aumento de 65% em comparação com o estudo do ano passado. Mídias sociais mais antigas também tiveram um crescimento considerável. Os usuários do YouTube, por exemplo, assistiram a 400 horas de vídeo por minuto em 2016 e apenas 300 horas de vídeo por minuto em 2015. Já a Netflix, em apenas 60 segundos, faz streaming do equivalente a mais de 86 mil horas de vídeo. O Google, por sua vez, traduz 69,5 milhões de palavras nesse meio tempo. Abaixo, está o infográfico (infelizmente em inglês) gerado pela empresa com todos os números. Veja: Domo Marina Demartini/Exame

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Redes Sociais: Os efeitos da saturação informativa na atual crise brasileira

Como qualquer um entre os quase cem milhões de brasileiros usuários de redes sociais, oscilo diariamente entre o desejo abandonar de vez o hábito de consultar o púlpito alheio virtual e o de reconectar-me a ele compulsivamente. Recentemente fui informado de que há rumores dando conta de que, entre a magnitude de adeptos das redes, poderia existir um remotíssimo e obscuro percentual de usuários que conseguiriam, nestes dias de turbulência política, passar infensos à esta bipolaridade. Eu digo com tranquilidade que nunca vi essas pessoas nem na minha timeline nem no meu feed de notícias e isso, pelo menos no meu universo de observação, reforça a ideia de que, diante da atual crise política, todos sucumbiram ao delírio voluntário – ao próprio e ao alheio – ainda que por motivos e em graus diferentes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Não obstante a possibilidade acima estar mesmo correta, o número de pessoas que não resiste à opção de abandonar o uso das redes sociais ou pelo menos suspendê-lo é cada vez maior, principalmente entre os mais jovens. E isto é tão mais real quanto se pense no Facebook, entre todas a mais usada das redes em todo o mundo. Isso é o que aponta, por exemplo, recente reportagem da Folha de São Paulo, segundo a qual, para além do acirramento político, outros fenômenos parecem competir na ampliação do desinteresse juvenil, tais como a presença dos chamados “textões” e a repetição persistente de conteúdo. Seriam fenômenos que estariam colaborando com o cenário de evasão. A reportagem dá conta de outras explicações também, de natureza mais psicológica, além de apontar a preferência crescente pelo uso de redes de conteúdo mais visual ou expresso, como o Instagram e o Snapchat. A bem da verdade, esta parece ser uma tendência anterior aos eventos políticos mais recentes, mas que agora se acentua mais ou menos na mesma proporção em que evoluem as repercussões políticas e a subsequente histeria virtual. Não é muito difícil entender as motivações do abandono, uma vez que a temática política, pelo menos a realizada nos moldes tradicionais, é vista com grande desconfiança pelo público adolescente e jovem adulto. Quem imaginar, entretanto, que no principal concorrente do Facebook a situação esteja diferente, pode estar muito enganado. No Twitter, veículo preferencial entre os adultos e o meio político, a pancadaria ideológica e a proliferação da agressividade têm sido predominante e até mesmo as redes baseadas em imagens, como o Instagram, têm sido tomadas de assalto pelos grandes “significantes” das redes: os memes. Para este caso, majoritariamente aqueles com motivos políticos. Mais que a constatação tácita da reprodução massiva de memes e do irrefreável potencial discursivo das redes, interessa notar que o arsenal argumentativo individual costuma valer-se também de fontes externas ou, como querem os sociólogos, de discursos de autoridade ou “produtores de interesse”. Desta prática diária, constante, costumam desfilar regularmente no meu feed de notícias e no de qualquer pessoa com um mínimo de diversidade de conexões pessoais, fontes bastante heterogêneas. São fontes que costumam ir desde veículos consagrados de imprensa, passando por fontes menos usuais, como blogues e até mesmo opiniões de intelectuais e artistas que emitem opiniões na rede. O festival de opiniões costuma ser farto e enlouquecedor, principalmente porque mixam-se nele as opiniões mais ou menos elaboradas das próprias pessoas. Embora presentemente exista uma polarização evidente entre o que se poderia chamar de “governismo” e “oposição”, o leque de nuances no campo das opiniões é muito maior do que essa divisão oferece. A “opinião formada” das redes costuma partir da reprodução comentada de crenças políticas consolidadas e fontes identificadas com meios formais, partidos políticos ou movimentos organizados, enquanto que o dissenso é essencialmente anárquico. É natural: há quem diga, por exemplo, que não existiria Facebook sem o “compartilhar” nem o Twitter sem o “retweet”. Ainda assim, é nesse caldeirão de ideias emprestadas e opiniões desencontradas que vem ganhando cada vez mais forma uma visão multifacetada, ou rashomônica, da realidade e da história presente. Porém, assim como no célebre conto de Akutagawa ou mesmo no filme de Akira Kurosawa, é necessário ao espectador antever na narrativa de cada um que deseja oferecer sua versão dos fatos, uma forma peculiar de dizer a verdade e, ao mesmo tempo, de deliberadamente falseá-la. “Dentro de um bosque” (Yabu no Naka), o conto que deu origem ao Rashomon de Kurosawa, resume-se na história de um assassinato mal explicado que é debatido através de uma sucessão de flashbacks dos personagens, que acabam desmontando-se e remontando-se consecutivamente, como se num puzzle interminável. Trata-se de uma narrativa que evoca as escassas possibilidades de buscar-se a verdade dos fatos, a verdade filosófica, a partir de relatos de pessoas diretamente interessadas, mas que também não se furta a investigar e esclarecer o caráter que move as decisões humanas. Evidentemente ninguém espera atualmente encontrar a natureza humana vagando entre os memes das redes sociais e suas opiniões cabais, mas, olhando bem, como naquele templo, as “armas” empunhadas para muitos dos debates acalorados de agora às vezes também parecem, aos olhos de quem quer que seja, feitas de pura mentira e invencionice, ao invés do aço desejável dos samurais. Por isso há tantos que consideram que os debates virtuais são “falsos debates” e deles procurem se afastar como o diabo foge da cruz. É um comportamento a que, lógico, ninguém cabe recusar, mas sobre o qual podem recair dúvidas e para o qual alguns questionamentos tornam-se possíveis. Talvez bem mais simples fosse adotar a interpretação do recém falecido Umberto Eco, que afirmou no recebimento de uma de suas últimas condecorações que as “mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel”. Mais simples, menos sério e possivelmente mais sem graça. Afinal, o atrativo dos debates online reside no mais das

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Redes Sociais planejam aumentar a segurança de usuários

Facebook, Snapchat, Twitter e WhatsApp estão analisando medidas. As principais empresas do Vale do Silício – como Facebook , Google e Snapchat – estão trabalhando em tecnologias para aprimorar a segurança dos dados de seus usuários, informou o jornal britânico “The Guardian”. A medida ocorre, principalmente, após a polêmica que envolveu a Apple e o FBI, quando as autoridades norte-americanas quiseram ter acesso aos dados do iPhone de um dos terroristas responsáveis pelo ataque em San Bernadino.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O caso, no entanto, tem dividido opiniões tanto entre a população norte-americana, quanto entre políticos. Dois senadores, a democrata, Dianne Feinstein, e o republicano Richard Burr, dizem ter feito um projeto de lei para aplicar penas para empresas que não possam apresentar dados de seus usuários para as autoridades quando solicitados. O presidente dos EUA, Barack Obama, também deixou claro que acredita que muitas companhias de tecnologia estão indo “muito longe” neste sentido. “Se o governo não pode ter acesso a tais informações, então qualquer um tem uma ‘conta na Suíça’ no seu bolso, certo?”, disse o presidente norte-americano na conferência de tecnologia SXSW no Texas na última semana. O Snapchat tem desenvolvido um forte projeto de criptografia desde 2014, dificultando ainda mais a quebra de sigilo das mensagens de seus usuários por parte das autoridades. Nas próximas semanas, o aplicativo deve oferecer nas versões para Android e iPhone mensagens de voz e grupos de mensagem codificados, o que complicaria ainda mais a invasão das mensagens de seus usuários. Ao mesmo tempo, algumas companhias tem se mostrado favoráveis a cooperar com o governo para combater as propagandas do Estado Islâmico, que, por muitas vezes, usam seus serviços online. Oficiais da Segurança nacional dos EUA veem o aumento da criptografia como uma importante ajuda aos militantes do grupo terrorista, principalmente para o recrutamento online. Recentemente o Facebook esteve envolvido em polêmica sobre a quebra de sigilo de seus usuários. O vice-presidente da rede social na América Latina, Diego Jorge Dzodan, foi preso por não ter liberado à Justiça brasileira informações de um usuário do WhatsApp, aplicativo comprado pela rede social, que seriam usados para a produção de provas de uma investigação ligada ao crime organizado. Tais informações não poderiam ser liberadas, já que, segundo a empresa, as conversas não são armazenadas. Agência ANSA

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Aplicativo que mistura WhatsApp, Snapchat e Instagram chega ao Brasil

Chegou ao Brasil um aplicativo que se classifica como uma mistura de Snapchat, WhatsApp e Instagram. É o DeeMe, que foi criado por quatro publicitários noruegueses com apoio do governo local. Os usuários podem trocar mensagens que combinam texto, fotos, vídeos e ícones – coisas como um pedaço de pizza e gestos manuais. É possível fazer uma montagem misturando foto, texto e as imagens, por exemplo. DeeMe vem de “direct message”, ou mensagem direta. O app já foi lançado nos países escandinavos e no Reino Unido, sendo o Brasil o primeiro mercado a recebê-lo fora da Europa. O serviço está disponível para Android e iOS. Para baixar, clique aqui e aqui. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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