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Shakespeare – Poesia – 29/10/23

Boa noite Soneto LXXV Shakespeare ¹ És, para mim, como o alimento para a vida, Ou a chuva amena para o solo no tórrido verão; E, para teu bem-estar, me esforço Entre a miséria e a riqueza: Orgulhoso com o desfrute, e logo Duvidando que a idade roube seu tesouro; Agora espero estar apenas contigo, Então, melhor para que o mundo me veja bem; Por vezes, comemorando à nossa vista, E aos poucos ansiando por um olhar; Possuindo ou perseguindo qualquer prazer, Exceto aquilo que se tem ou seja tirado de ti. Assim, jejuo e sobrevivo a cada dia, Ou a tudo devoro, o tempo todo. ¹ William Shakespeare * Stratford-upon-Avon, Inglaterra – 23 de abril de 1564 + Stratford-upon-Avon, Inglaterra – 23 de abril de 1616

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Shakespeare – Poesia – 01/10/23

Boa noite Soneto LXX William Shakespeare¹ Se te censuram, não é teu defeito, Porque a injúria os mais belos pretende; Da graça o ornamento é vão, suspeito, Corvo a sujar o céu que mais esplende. Enquanto fores bom, a injúria prova Que tens valor, que o tempo te venera, Pois o Verme na flor gozo renova, E em ti irrompe a mais pura primavera. Da infância os maus tempos pular soubeste, Vencendo o assalto ou do assalto distante; Mas não penses achar vantagem neste Fado, que a inveja alarga, é incessante. Se a ti nada demanda de suspeita, És reino a que o coração se sujeita. ¹ William Shakespeare * Stratford-Avon, Inglaterra – 23 de Abril de 1564 + Londres, Inglaterra – 23 de Abril de 1616

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Shakespeare – Poesia – 09/09/23

Boa noite Soneto II Shakespeare ¹ Passados quarenta invernos sobre a tua fronte, Após cavarem fundos sulcos nos vergéis de tua beleza, O vigor de tua orgulhosa juventude, hoje tão admirada, Será um esmaecido ramo sem nenhum valor. Então, ao te perguntarem onde está o teu encanto, Onde está a riqueza de teus luxuriosos dias, Respondes, com olhos fundos, Que não passaram de vergonha e descabidos elogios. Que louvores mereciam o uso de teus dotes, Se pudesses responder: “Este belo filho meu Me vingará, e justificará todos os meus atos”, E provará ter herdado de ti toda a formosura. Isto farás de novo quando fores mais velha, E o sangue te aquecer quando te sentires fria. ¹William Shakespeare * Stratford-upon-Avon, Reino Unido, 1564 + Stratford-upon-Avon, Reino Unido, 23 de abril de 1616

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Shakespeare – Poesia – 22/08/23

Boa noite Soneto II Shakespeare ¹ Passados quarenta invernos sobre a tua fronte, Após cavarem fundos sulcos nos vergéis de tua beleza, O vigor de tua orgulhosa juventude, hoje tão admirada, Será um esmaecido ramo sem nenhum valor.   Então, ao te perguntarem onde está o teu encanto, Onde está a riqueza de teus luxuriosos dias, Respondes, com olhos fundos, Que não passaram de vergonha e descabidos elogios.   Que louvores mereciam o uso de teus dotes, Se pudesses responder: “Este belo filho meu Me vingará, e justificará todos os meus atos”,   E provará ter herdado de ti toda a formosura. Isto farás de novo quando fores mais velha, E o sangue te aquecer quando te sentires fria.   ¹William Shakespeare * Stratford-upon-Avon, Reino Unido, 1564 + Stratford-upon-Avon, Reino Unido, 23 de abril de 1616

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