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Tasso Jereissati e a Comissão de Assunto Econômicos

Assisto o Senador Tasso Jereissati ir à tribuna do Senado e condenar – até aí com fundamentada razão – o comportamento dos senadores de oposição que impediram ao senador, comandar os trabalhos da Comissão de Assunto Econômicos, que preside.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Também concordo com o senador (que o momento é grave, e que o Brasil está, ou deveria estar, acima da crise política institucional que ora atravessamos) O texto entre parêntesis é meu. Acontece senador, que V.Exa. deveria considerar, também, que V.Exa. e vosso partido, o PSDB, votaram pelo impeachment da presidente Dilma – e aqui não entrarei no mérito dessa questão, por não oportuno nessa minha argumentação – sabendo que Michel Temer assumiria, conforme determina a Constituição Federal, a Presidência da República. Também não considerou que vosso partido impetrou ação judicial junto ao TSE impugnando a chapa Dilma/Temer. Contudo, o PSDB compôs, de imediato, juntamente ao fisiológico e corrupto PMDB, um bloco parlamentar de apoio ao Presidente que assumiu, e ainda cedendo quadros do PSDB para ocuparem ministérios no governo Temer. É oportuno também lembrar à V.Exa. que vosso partido lutou intensamente nas urnas para eleger presidente da República, o então senador Aécio Neves, que hoje se desnuda que tipo de pessoa corrupta é. Tanto que o PSDB o exilou da presidência do partido. É-me difícil entender que políticos experientes como V.Exa. não soubessem, ou pelo menos não abrigassem alguma dúvida sobre à probidade, à idoneidade, à moral, e à ética e do presidente Temer de seus mais chegados assessores, vários já banidos da vida pública e indiciados em escandalosos inquéritos de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e inúmeros outro contidos no rol co Código Penal Brasileiro. Também, é oportuno lembrar que foi com o voto de V.Exa. – e tantos outros senadores – que colocou na Presidência do Senado notórios e inidôneos políticos como Renan Calheiros, Eunício Oliveira, e Alexandre de Moraes no STF. Vosso partido foi quórum decisivo para a eleição de Eduardo Cunha, e para também eleger Rodrigo Maia, outro membro da confraria que possui os costados em inúmeros inquéritos no STF, na Presidência da Câmara, e segunda autoridade na linha sucessória da Presidência da República. Assim como o discurso falso do PT não mais ecoa em quem entende o logro do metalúrgico, a indignação seletiva não lustra a biografia de nenhum homem público. Temer vai derretendo igual manteiga no sol e nos que o apoiaram, vai batendo o desespero. Cunha já foi pra cadeia. Aécio já devia estar preso se o nosso STF não fosse o conivente de décadas, e Temer se agarra ao cargo pra não acabar como Cunha, na prisão. “Os resultados das ações dos homens estão além dos controles dos atores”- Hanna Arendt

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Criação da CPI da Petrobras tem bate-boca entre senadores

Tucanos exigiam leitura de requerimento para criação da CPI. Sessão foi encerrada por senadora do PT com aval de secretária. A disputa pela instalação da CPI da Petrobras provocou uma grande confusão no plenário do Senado nesta quinta-feira (14). O PSDB não aceitou o acordo anunciado durante o dia e exigiu em plenário a leitura de requerimento protocolado na quarta-feira (13). O pedido não foi atendido, e a sessão foi encerrada de modo abrupto pela senadora Serys Shlessarenko (PT-MT), que ocupa a segunda vice presidência da Casa. A confusão começou a ser armada por volta das 18 horas, quando o PSDB disse que não concordava com o entendimento anterior dos líderes, que previa uma audiência pública com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, antes da decisão da instalação da CPI. O líder do partido não havia participado da reunião anterior e ao lado do presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), e do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) exigiu a leitura do requerimento para criar a CPI. O pedido, no entanto, não foi atendido nem pelo terceiro secretário, Mão Santa (PMDB-PI), nem pelo primeiro secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), apesar de ambos serem signatários do requerimento da CPI.  Eles argumentaram que a decisão do colégio de líderes de adiar a leitura não poderia ser desrespeitada. Os tucanos convocaram, no entanto, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), primeiro vice-presidente da Casa, que já estava em seu estado. Ele teria chegado até a pegar um avião de volta a Brasília para fazer a leitura. Uma ação do PT, no entanto, impediu a leitura. A senadora Serys subiu ao plenário e disse não haver mais nenhum orador inscrito, apesar de os senadores Tasso e Virgílio terem pedido momentos antes a palavra. Serys mostrou um documento da secretária Cláudia Lyra dizendo que não havia nenhuma inscrição registrada. “Agora sim temos que ter a CPI. Ela [Serys] não sabe o que fez. Ela se presta a qualquer papel”, disse o líder do PSDB aos jornalistas. Revoltado, ele pediu a demissão da secretária-geral do Senado, Cláudia Lyra. Os senadores do PSDB partiram para cima de Serys e da secretária. Irritado, Virgílio subiu à cadeira de presidente no instante seguinte e assumiu o “comando” da sessão, chamando Tasso para falar. Sem a transmissão oficial e sem valor legal, Tasso começou a falar, e o primeiro secretário determinou que os microfones fossem cortados. “Isso é péssimo para a nossa biografia. Eu não concordo com o que foi feito, mas a sessão foi encerrada”, disse Heráclito. Tasso rebateu o colega dizendo que a atitude dele que era péssima para a biografia e que “esta gente do governo não quer ser investigada”. A secretária-geral do Senado foi alvo dos tucanos no momento seguinte. Virgílio prometeu transformar “a vida de [José] Sarney [presidente do Senado] um inferno” se ele não demitir secretária-geral. “Essa história de viúva do Agaciel vai ter que acabar. A Cláudia Lyra vai ter que sair porque a vida do Sarney vai virar um inferno se ela não sair”, disse o líder tucano. A referência feita por Virgílio deve-se à queda do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, que deixou a função após a denúncia de que teria ocultado de sua declaração de bens uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília. Para o tucano, Cláudia faz parte do grupo de Agaciel. A secretária deixou o Senado sem falar dar desclarações. Após a confusão, Serys disse que estava no carro ouvindo o debate e decidiu voltar à Casa para assumir a presidência. Ela disse estar tranquila com sua decisão. “Não fiquei em posição ruim. Eu segui o regimento. Houve um acordo de líderes que decidiu adiar a leitura e eu agi dentro do regimento. Como não tinha inscritos, eu encerrei a sessão”. Ela ironizou o fato de o PSDB ter mandado chamar Perillo. “Ninguém me mandou buscar de jatinho.” do Saiu no Jornal

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Tasso pode ter usado verba do senado para pagar avião em campanhas

Crítico de gestores que gastam mal e empresário que gosta de dar aulas de “eficiência”, o coronel e senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) está agora sob suspeita de haver aplicado nas campanhas Eleitorais de 2006 e 2008 pelo menos parte dos R$ 469 mil em créditos de passagem aérea que ele usou para fretar jatinhos. Em 2006, Jereissati gastou R$ 119,3 mil do Senado em fretes de aviões; em 2008, foram R$ 41,8 mil. É proibido A regra de uso de passagens aéreas pelos senadores não permite o frete de aviões. No serviço público, o que não é permito, é proibido. Devolução A mesa diretora do Senado pode obrigar Tasso a restituir os R$ 468 mil que, segundo o Siafi, gastou ilegalmente. Mas ele só assume R$ 358 mil. Em dobro Tasso Jereissati já avisou: se for mesmo irregular a transformação de passagens aéreas em frete de avião, ele devolverá o dinheiro em dobro. O coronel em seu labirinto Obrigado a se explicar, o coronel Tasso resmungou, quinta, ao deixar o plenário do Senado: “Se tiver repórter aí, tenho vontade de dar porrada”. coluna Claudio Humberto

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