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Aviões – Memória

Hawker  Hurricane – 2ª Guerra Mundial Clique na imagem para ampliar O Hawker Hurricane foi um dos mais famosos aviões de caça britânicos da Segunda Guerra Mundial. Projetado em 1934, por Sidney Camm, foi o primeiro caça monoplano da Royal Air Force (RAF) e também o primeiro que podia atingir velocidade superior a 480 km/h (ou 300 ml/h). Os primeiros Hurricane foram entregues à RAF em dezembro de 1937 e, em setembro de 1939, já equipavam 18 esquadrões, alguns dos quais foram enviados à França. Mais da metade dos aviões alemães abatidos durante o primeiro ano da guerra, foi vítima dos Hurricane.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O maior peso da Batalha da Inglaterra coube aos 32 esquadrões de Hurricane disponíveis, que tinham a incumbência de atacar os bombardeiros alemães, deixando aos Spitfire, mais ágeis e mais velozes, a tarefa de enfrentar os aviões de caça nazistas. Em 1941, alguns exemplares da versão Mk.I foram modificados para o lançamento através de catapulta. Estes modelos ficaram conhecidos pelo nome de Hurricat. Em 1942, foi lançada a versão Sea Hurricat, para catapulta e porta-aviões. Durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, 2.952 exemplares foram fornecidos à União Soviética, e deram boas provas também naquela frente. No total, foram produzidos 14.533 Hurricane, nas versões Mk.I (1937), Mk.lI (1943), que se distinguiram em todas as frentes, inclusive como aviões de ataque ao solo.

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Word Trade Center, o 11 de setembro, Hiroshima e Nagasaki: Quando o marketing midiático esquece a história

Tragédia, principalmente para vítimas e familiares, doi a mesma dor. Independente de lugar, causa ou época. “As tragédias dos outros são sempre de uma banalidade exasperante.” Oscar Wilde  Hiroshima – Japão – 140 Mil Mortos   Nagasaki – Japão – 80 Mil Mortos   World Trade Center – USA – 2.750 Mil Mortos   [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Automóveis – Micro carros do Pós-Guerra

Grataloup – Triciclo para uma pessoa – 1949Clique na imagem para ampliar Após a 2ª guerra mundial a Europa estava com a economia devastada. Uma das soluções para recuperar a economia foi a produção de mini carros com 1 ou 2 portas e com motores que iam de 50 a 200 cilindradas. Os carrinhos foram fabricados entre 1945 e 1964, atingindo o auge da produção em 1950.

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Judeus, Palestinos e Hitler

A equilibrada e racional reflexão de um historiador e jornalista brasileiro sobre o conflito no Oriente Médio. Marcos Guterman, no artigo reproduzido abaixo, não poupa os radicais de ambos os lados. A Hitler o que é de Hitler por Marcos Guterman¹ – Blog O Estado de São Paulo Guerras, por definição, sinalizam rupturas. Enquanto a diplomacia oferece portas de saída, o conflito armado só se justifica pela decisão de destruir o inimigo e aquilo que ele representa. E a destruição não pode ser apenas militar ou material; ela tem de se dar também, e sobretudo, no campo moral. O conflito que simboliza melhor esse conceito é a Segunda Guerra Mundial, que passou à história como a luta contra o mal absoluto, resumido no nazismo. Hitler e sua ideologia insana tornaram-se paradigmas daquilo que deve ser combatido sem trégua e sem quartel, em nome da humanidade. Por isso, mesmo passadas seis décadas do fim do conflito, o nazismo continua sendo a referência mais implacável que alguém pode usar quando pretende desqualificar completamente seu inimigo no campo de batalha da opinião pública e da justificativa moral. O caso da presente guerra entre Israel e Hamas mostra justamente os exageros dessa retórica. Em artigo publicado no Wall Street Journal, o líder da oposição israelense Benjamin Netanyahu comparou os ataques do Hamas no sul de Israel à blitz aérea promovida pela Alemanha de Hitler contra Londres. Já do lado palestino, Mustafa Barghouti escreveu um texto no jornal egípcio Al-Ahram, a respeito da ofensiva israelense, cujo título é “A Guernica dos palestinos”, em referência ao dramático bombardeio nazista contra essa cidade espanhola em 1937. Trata-se de um óbvio exagero, de ambos os lados, e é um exagero calculado. Ao igualar os palestinos aos nazistas, Netanyahu simplifica grosseiramente o quadro com o objetivo de invocar, no imaginário israelense, o pesadelo da “solução final”. Não é possível, em qualquer sentido, dar pesos semelhantes às forças nazistas e ao limitado poder de fogo do Hamas, ainda que este, a exemplo de Hitler, tenha como objetivo eliminar os judeus. Netanyahu, além disso, se esquece de informar que os palestinos vivem em situação de desespero – que gera grandes ressentimentos – em parte como resultado das ações brutais e dos erros de Israel ao longo de mais de 40 anos de ocupação, com laivos de apartheid. Barghouti, por sua vez, recorre à velha fórmula anti-semita de comparar os israelenses aos nazistas. É uma fórmula de duplo objetivo, ambos perversos. Primeiro, iguala a vítima ao seu maior algoz, um algoz que reduziu a população judaica na Europa de 9,5 milhões para 3,5 milhões de seres humanos em menos de dez anos. Ele poderia ter comparado os israelenses aos americanos, por exemplo, mas isso não teria o efeito desejado, qual seja, o de ligar os judeus ao mal absoluto. O segundo objetivo da fórmula é diminuir a importância e a singularidade do Holocausto, para então adaptar a impactante imagem do extermínio em massa perpetrado pelos nazistas a qualquer outra circunstância conveniente – por exemplo, a morte de palestinos por israelenses. A retórica que Netanyahu e Barghouti aplicaram, em lugar de explicar o conflito, obscurece ainda mais o já complicado quadro das tensões no Oriente Médio. Argumentos desse tipo podem até fazer um grande sucesso entre gente oportunista e panfletária – um bom exemplo foi a grosseira nota em que o PT acusou os israelenses de “prática típica do Exército nazista” -, mas eles definitivamente não ajudam a entender a crise nem muito menos a construir pontes para sua superação. Para o bem do debate, deixemos a Hitler o que é de Hitler. ¹Marcos Guterman é historiador e jornalista de O Estado de S.Paulo

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