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Barbara Lia – Versos na tarde – 31/01/2015

Dans l’air Barbara Lia ¹ Tínhamos a mesma idade Quando vimos o mar Este mistério de impaciência Tínhamos a mesma impaciência – Rimbaud e eu – Por isto Pisamos telhados Ao invés do chão Por isto Machucamos nossos amores Com nossas próprias mãos Por isto As velas acabam na madrugada Antes que o poema acabe – Por isto, tão pouca a vida para tanta voracidade. ¹ Bárbara Lia * Assai, PR. Bárbara Lia é poeta e escritora. Vive em Curitiba. Livros publicados: O sorriso de Leonardo (Kafka ed. – 2.004), Noir (ed. do autor – 2.006), O sal das rosas (Lumme editor – 2.007), A última chuva (ME – ed. alternativas – MG – 2.007). No prelo, lançamento para agosto, o romance Solidão Calcinada (Secretaria da Cultura / Imprensa Oficial do Paraná, romance finalista do Prêmio Nacional do Sesc 2.005. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Rimbaud – Versos na tarde – 19/12/2012

Chove, de manso, na cidade Arthur Rimbaud ¹ Chove em meu coração como chove lá fora. Porque esta lassidão me invade o coração? Oh! ruído bom da chuva no chão e nos telhados! Para uma alma viúva,oh! o canto da chuva! E chora sem razão meu coração amargo. Algum desgosto? – Não! É um pranto sem razão. E essa é a maior dor, não saber bem por que, sem ódio sem amor, eu sinto tanta dor. ¹ Arthur Rimbaud * Charleville, França – 20 Outubro 1854 d.C. + Marselha, França – 10 Novembro 1891 d.C. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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