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As listas do mais e melhores

Não considero com tendo alguma importância essas listas dos mais, melhores, maiores, mais poderosos “et caterva”. Não são claros os critérios que cada um que elabora essas listas adota para criar tal índex. Nessa mais recente da Times, – independente de simpatia ou antipatia pessoal, partidária e/ou ideológica – subverte a lógica quando Alex Atala, que é ‘chef de cuisine’, aparece à frente de Dona Dilma, que é chefe de Estado. A questão volto a frisar é que a revista explicita que o ‘index’ obedece ao critério de “Influência”, e não de destaques, competência, beleza ou quaisquer outros. Não há lógica em considerar um chefe de cozinha ser mais influente que um chefe de Estado. Claro que todo mundo, a revista Time, em países democráticos onde aja liberdade de expressão, pode elaborar quantas listas quiser, nos critérios que bem entender. O meu mote é com a banalidade e inconsistências dessas listas, e não especificamente aos ‘ilustres’ indexados, que quanto a mim, podem continuar sendo cevados nessas fogueiras mercantis e midiáticas das vaidades. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Como salvar os jornais

Com o avanço da internet e principalmente dos blogs, os paquidérmicos jornalões, lerdos na divulgação dos fatos, começam a mostrar que estão ficando superados. A agilidade necessária para acompanhar um mundo cada vez mais tecnológico, não encontra guarida no lento processo de produção de notícias impressas. A notícia surge em tempo real, na internet e principalmente nos celulares. Afinal, o celular é o único aparelho que passa 24 horas com o usuário. Ninguém fica o tempo todo diante da TV nem do computador, mas porta o celular dia e noite. Milhares de amadores estão atentos para produzir conteúdo através das câmeras cada vez mais sofisticadas dos celulares. Daí a busca incessante para atingir o leitor através da telinha dos aparelhos que, eventualmente, servem para telefonar. Alguns estudiosos se aprofundam na análise do problema. O editor Como salvar os jornais (e o jornalismo) Walter Isaacson¹ – Estadão Durante os últimos meses, a crise no jornalismo atingiu proporções de derretimento. Agora é possível contemplar num futuro próximo uma época em que algumas grandes cidades não terão mais seu próprio jornal e as revistas e redes de notícias empregarão apenas um punhado de repórteres. Há, no entanto, um fato chocante e algo curioso a respeito desta crise. Os jornais têm hoje mais leitores do que nunca. O seu conteúdo, assim como o das revistas de notícias e de outros produtores do jornalismo tradicional, é mais popular do que jamais foi – até mesmo (na verdade, especialmente) entre o público jovem. O problema é que um número cada vez menor de leitores está pagando pelo que lê. As organizações jornalísticas estão distribuindo gratuita e alegremente as suas notícias. De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Pew, no ano passado houve uma virada marcante: nos Estados Unidos, as notícias gratuitas disponíveis na internet foram mais procuradas do que os jornais e revistas pagos que publicavam o mesmo conteúdo. Quem pode se espantar com isso? Até mesmo eu, um antigo viciado em publicações impressas, deixei de assinar o New York Times, porque se o jornal não acha justo cobrar pelo acesso ao seu conteúdo, eu me sentiria um tolo pagando por ele. Esse modelo comercial não faz sentido. Talvez esse sistema tenha dado a impressão de fazer sentido quando a publicidade eletrônica estava prosperando e qualquer editor parcialmente consciente podia fingir fazer parte do clã que “compreendia” as mudanças da época ao entoar o mantra de que “o futuro” estava na publicidade na internet. Mas quando a publicidade eletrônica entrou em declínio no último trimestre de 2008, o futuro do jornalismo parecia ser gratuito assim como um penhasco íngreme é o futuro de um bando de lemingues.

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