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Meio ambiente: água, pra que te quero?

Água. Quando você estiver tomando aquele banho demorado, ou lavando a calçada ou o carro com água tratada, lembre-se que em alguns lugares ela já não existe mais. Ou está cada dia mais escassa. Nova Delhi, Índia Os glaciais que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esqui do glacial de Pitztal, na Áustria, cobrem o glacial com uma manta especial para proteger a neve e retardar seu derretimento durante os meses de verão… As águas do delta do rio Níger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo. Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, agora é um cemitério poeirento de embarcações que nunca mais zarparão… Esses barcos estão a 20 km da atual margem do lago. Até 1970 aí era um ancoradouro de barcos de pesca. O Baikal fica sul da Sibéria, Rússia. Com 31 500 km², tem atualmente 636 km de comprimento, 80 km de largura e 1.6oo metros de profundidade. É o maior lago de água doce da Ásia, o maior em volume de água do mundo, o mais antigo (25 milhões de anos) e o mais profundo da terra. Aldeões na ilha de Coronilla, Kenya, cavam poços profundos em busca do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salgada. Dois sudaneses bebem água do pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim,com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsáveis pela enfermidade da lombriga de Guiné. O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Água potável; a próxima guerra. Brasil é o alvo!

Não se faz necessário consultar oráculos, jogar búzios nem tentar interpretar as centúrias de Nostradamus. Após a crise financeira, o que se anuncia no horizonte é uma crise mundial no acesso à água potável. Informe da ONU demonstra que uma em cada seis pessoas não tem acesso a água potável para consumo. O mesmo informe mostra a terrível estatística segundo a qual a cada vinte segundos uma criança morre com uma doença relacionada com a ausência de água e de saneamento básico. O consumo de água no planeta é encabeçado pelo setor agrícola, que sozinho “bebe” 60% de todo o consumo global. A indústria responde com 20%, enquanto o consumo doméstico fica na casa dos 10%, e pasmem, 4% dessa água evapora-se nos reservatórios. Analistas chegam a identificar a água como uma das principais causas de conflito como, por exemplo, no Darfur e no Médio Oriente. Não é por acaso que a maior usina de dessalinização se situe nos Emirados Árabes Unidos. É previsível, portanto, que o crescimento exponencial das taxas de natalidade nos países pobres promete aumentar as disparidades no acesso à água potável.  O Editor Brasil precisa se preocupar com um de seus bens mais estratégicos – a água potável. Para não dizerem que sou monotemático, hoje não abordarei assuntos relativos ao nióbio, embora a questão do nióbio seja minha paixão como brasileiro. Tratarei de um bem que pode ser enquadrado como commodity, como alimento ou como insumo básico e fundamental para a vida humana na terra: a água! O Brasil, além de ser um vasto celeiro de commodities minerais (dentre os quais o petróleo, o ferro e o nióbio), também ostenta a condição de detentor das maiores reservas de água potável do planeta. Papers reservados do Pentágono, do Ministério do Interior (ou outro nome equivalente) da China, do governo indiano, do governo israelense e, seguramente, da União Européia, dão conta de que nada menos de que 14% das reservas de água potável do planeta estão no Brasil. Os amigos desta Tribuna conseguem avaliar o impacto dessas previsões no tabuleiro geoestratégico mundial, a médio e longo prazos? Comecemos pela China: com uma população beirando os 1,4 bilhões de habitantes, a China desde o século passado sofre com um déficit hídrico substancial. Informações oficiosas dão conta que a China investe pesadamente, há tempos, em tecnologias que consigam dessalinizar a água do mar, a um custo razoável. Israel, outro país com déficit hídrico, também faz pesquisas semelhantes há bastante tempo (é impressionante o que os israelenses conseguem fazer no deserto de Neguev, com pouquíssima água). União Européia e Estados Unidos, aparentemente, não possuem grandes preocupações, posto que possuem um conforto hídrico relativo. Os EUA, em posição confortável graças ao complexo hidrográfico do Mississipi/Missouri, também, em tese, não teriam com que se preocupar. Mas os EUA, desde a Teoria do Destino Manifesto, de John O’Sullivan, mandam a lógica às favas. Agem como Império que são! Alberto Bilac, em seu blog (terragoyazes.zip.net), nos diz: “Num cenário adverso de escassez de água, temos configurado o jogo bruto do mercado: os países grandes produtores se tornarão exportadores de um bem limitado e caro.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Quem tiver o controle dos grandes reservatórios de água dominará as relações mercantis; ou seja, os países grandes produtores de água, reunidos talvez numa OPEA ( Organização dos Países Exportadores de Água), ditarão o preço e a quantidade da água que venderão. É a lógica do velho, puro e bruto capitalismo!” E como o Brasil se coloca nesse cenário? Primeiramente, mapeemos o quadro hidrográfico brasileiro. detentor das maiores bacias hidrográficas do mundo(a bacia Amazônica é maior do planeta), o Brasil é também possuidor dos maiores aquíferos do planeta, dentre os quais: Aquífero Guarani: Volume total: aproximadamente 55 mil km³; volume total em área brasileira: 45 km³; extensão: 1.200.00 km²; profundidade máxima: 1.800 metros; capacidade de recarregamento anual: aproximadamente 166 km³; capacidade total aproximada: pode fornecer água potável ao mundo por 200 anos. Está distribuído sob a área dos seguintes estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Aquífero Alter do Chão: volume total: 85 mil km³; extensão: 437.500 km² Capacidade de recarregamento anual: aproximadamente 290 km³ Capacidade total aproximada: Pode fornecer água potável ao mundo 380 anos. Está distribuído sob a área dos seguintes estados: Pará, Amazonas e Amapá. Outros aquíferos menores: Urucuia-Areado, Cabeças, Furnas, Itapecuru, Bauru-Caiuá e Serra Grande. Os amigos desta Tribuna conseguem aquilatar a real extensão geoestratégica desses dados? Sim, conseguem, posto que aqui comentam colegam de elevado poder de síntese e de análise. Uma questão que naturalmente se coloca, derivada dessa questão hídrica, é a seguinte: que Força dissuasória o Brasil possui, para repelir eventuais ataques a nossos depósitos de água? No cenário atual, nós todos sabemos. Roberto Ilia Fernandes/Tribuna da Imprensa

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Amazônia: começou a internacionalização

Por que vocês acham Tupiniquins que existem mais de 100MIL ONGS, nacionais e estrangeiras atuando na Amazônia? O “olho grande” das grandes potências que controlam o mundo, não “desgrudam” da Amazônia. Sob as mais sutis insinuações, intenções veladas e subterfúgios descardos, jogam pesado no propósito de retirar a região da soberania nacional. Uma das ações mais descaradas é utilizar as tribos, por elas nominadas de “nações”, ou ainda mais insanamente, de “povos indígenas”, para justificar a necessidade da internacionalização da região. O avanço em direção a Amazônia continua. Não mais sutil ou disfarçado mas, como diria Machado de Assis, às escâncaras. Assistimos espantados, e temerosos, pouco mais de 200 mil indivíduos ( o total de índios existentes em diversas reservas espalhadas pelo país), alguns já aculturados, ter a posse permanente de 25% do território brasileiro. A Constituição é clara: a terra é da união. Os índios tem a posse permanente. Confira abaixo, mais um assalto estrangeiro à soberania brasileira. O Editor PS. Quem fizer uma busca aqui no blog, experimente digitar na caixa de busca as palavras Raposa Serra do Sol. Encontrará uma infinidade de artigos sobre a ocupação da Amazônia, assunto esse que o blog há anos vem debatendo.. Tribos da Amazônia exigem o direito de mineração. É o primeiro passo rumo à independência política, econômica e administrativa.  Demorou, mas acabou acontecendo, como era mais do que previsível. As tribos indígenas da chamada Amazônia Legal, que detêm cerca de 25% do território brasileiro de reserva ambiental onde é proibida atividade econômica, estão mobilizados para defender a mineração nessas áreas de preservação. E não se trata de um movimento brasileiro, mas de caráter internacional. Representantes de etnias do Brasil, da Colômbia, do Canadá e do Alasca preparam uma “carta declaratória” aos governos brasileiro e colombiano, reivindicando os direitos indígenas à terra e o apoio à mineração.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “Solicitamos ao Estado brasileiro a aprovação da regulamentação sobre mineração em territórios indígenas, porque entendemos que a atividade legalmente constituída contribui com a erradicação da pobreza”, diz o documento ao qual a Folha de S. Paulo teve acesso. A mineração em terras indígenas é debatida desde a Constituição de 1988, que permitiu a atividade nessas áreas, caso regulamentadas. O projeto de lei nº 1.610, que trata dessa regulamentação, está em tramitação no Congresso desde 1996. Mas este é apenas o primeiro passo. Quando se fala em tribos indígenas, na verdade está se tratando de um movimento internacional muito poderoso, integrado pelas mais de 100 mil ONGs nacionais e estrangeiras que atuam na Amazônia. A reivindicação da extração mineral é apenas a ponta do iceberg. Os índios querem mais, muito mais. Com a progressiva ocupação da Amazônia, a partir do período colonial as tribos foram se afastando, subindo os afluentes do Rio Amazonas, para ficarem o mais longe possível dos colonizadores. Resultado: por questões geológicas, as terras mais altas que hoje as tribos ocupam são justamente onde estão localizadas as mais ricas jazidas minerais da região. As tribos na verdade estão exigindo que o Brasil reconheça e obedeça os termos da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas. O Brasil em 2007 assinou esse tratado da ONU, que reconhece a independência administrativa, política, econômica e cultural das chamadas nações indígenas, mas depois se arrependeu e não quer cumprir as determinações do documento. Se o governo brasileiro já estivesse cumprindo os termos do tratado, as tribos nem precisariam estar reivindicando o direito de mineração em suas respectivas reservas, porque seriam países independentes, onde nem mesmo as Forças Armadas brasileiras teriam o direito de entrar, segundo os incisivos termos da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que está disponível a todos na internet, mas poucos se interessam em ler. O tratado foi assinado pelo Brasil no governo Lula, quando Celso Amorim era ministro das Relações Exteriores. O fato de o Brasil ter aceitado sem ressalvas o acordo internacional, que foi rejeitado por vários países, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Rússia e Argentina, é um dos motivos do baixo prestígio de Celso Amorim junto à cúpula das Forças Armadas. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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Carta de um “matuto” para um ecologista

  Prezado Luis, quanto tempo. Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava. Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo… hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis? Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro… Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente. Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis? Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário? Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca. Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo. Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora. Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né? Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado. Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa. Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o

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