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Internet: Estatísticas, dados e projeções atuais sobre a Internet no Brasil

Segundo o Ibope Media, somos 94,2 milhões de internautas tupiniquins (dezembro de 2012)[1], sendo o Brasil o 5º país mais conectado[2]. De acordo com a Fecomércio-RJ/Ipsos, o percentual de brasileiros conectados à internet aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011[3]. O principal local de acesso é a lan house (31%), seguido da própria casa (27%) e da casa de parente de amigos, com 25% (abril/2010). O Brasil é o 5º país com o maior número de conexões à Internet[4].[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Internautas ativos 50,7 milhões de usuários acessam regularmente a Internet[5]. 38% das pessoas acessam à web diariamente; 10% de quatro a seis vezes por semana; 21% de duas a três vezes por semana; 18% uma vez por semana. Somando, 87% dos internautas brasileiros entram na internet semanalmente[6]. Segundo Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope//NetRatings, o ritmo de crescimento da internet brasileira é intenso. A entrada da classe C para o clube dos internautas deve continuar a manter esse mesmo compasso forte de aumento no número de usuários residenciais.[7]. Tempo médio de navegação Desde que esta métrica foi criada, o Brasil sempre obteve excelentes marcas, estando constantemente na liderança mundial. Em julho de 2009, o tempo foi de 48 horas e 26 minutos, considerando apenas a navegação em sites. O tempo sobe para 71h30m se considerar o uso de aplicativos on-line (MSN, Emule, Torrent, Skype etc)[8]. A última marca aferida foi de 69 horas por pessoa em julho de 2011[9]. Comércio eletrônico Em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhões em compras on-line[10]. Em 2009, mesmo com crise, foram gastos R$ 10,6 bilhões[11]. 2010 fechou com R$ 14,8 bilhões, atingindo 1/3 de todas as vendas de varejo feitas no Brasil[12] e em 2011 foram gastos R$ 18,7 bilhões[13]. Ainda assim, apenas 20% dos internautas brasileiros fazem compras na internet; aqueles que ainda não compram, não o fazem por não considerar a operação segura (69%) ou porque não confiam na qualidade do produto (26%)[14]. Publicidade on-line A internet se tornou o terceiro veículo de maior alcance no Brasil, atrás apenas de rádio e TV[15]. 87% dos internautas utilizam a rede para pesquisar produtos e serviços[16]. Antes de comprar, 90% dos consumidores ouvem sugestões de pessoas conhecidas, enquanto 70% confiam em opiniões expressas online[17]. Venda de Computadores São 60 milhões de computadores em uso, segundo a FGV, devendo chegar a 100 milhões em 2012[18]. 95% das empresas brasileiras possuem computador[19]. A difusão da Internet está diretamente associada ao crescimento do número de computadores, que têm suas vendas impulsionadas pelos seguintes fatores: aumento do poder aquisitivo, crescimento do emprego formal e do acesso ao crédito, avanço da tecnologia, baixa do dólar e isenção de PIS e Cofins sobre a venda de computadores e seus componentes[20]. Banda larga Foto: Declan Jewell Atingimos 10,04 milhões de conexões em junho de 2008: um ano e meio antes do previsto, já que essa era a projeção para 2010[21]. Quanto ao volume de dados, o incremento foi de 56 vezes de 2002 até 2007. E a projeção é de um aumento de 8 vezes até 2012[22]; o número de conexões móveis cresceu de 233 mil para 1,31 milhão em um ano[23]; Sistemas gratuitos de banda larga sem fio (Wi-Fi) funcionam nas orlas de Copacabana, Leme, Ipanema e Leblon, nos Morros Santa Marta[24] e Cidade de Deus[25] e em Duque de Caxias[26]. Estão nos planos: São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo e 58km da Avenida Brasil[27], todos no Rio de Janeiro. 13% dos internautas brasileiros tem uma velocidade de banda larga de 128 a 512 Kbps; 45% tem 512 Kbps a 2 Mbps; 27% usa 2 Mbps a 8 Mbps[28] Se compararmos com os números de outubro de 2011, perceberemos a migração dos usuários para velocidades superiores. Resoluções de tela Desde agosto de 2008, fazemos um estudo informal sobre a resolução de tela utilizada pelo internauta brasileiro. Hoje, nota-se que as resoluções estão cada vez mais pulverizadas. O negócio agora é o design adaptável! Média brasileira de resolução de tela – Abril/2012 Largura Agosto/2008 Agosto/2009 Abril/2010 Abril/2012 Total internacional[29] até 800px 15% 7,73% 4,10% 1,50% – até 1024px 65,1% 47,88% 45,48% 26,69% 18,09% até 1280px 19,9% 30,16% 34,57% 17,93% 20,45% até 1440px – 5,80% 7,32% 30,79% 23,47% até 1920px – 4,44% 3,53% 5,62% 12,50% Navegadores Outra importante referência: qual navegador os brasileiros andam usando? Veja a tabela abaixo, ligue o fod@-se pro IE6 e seja mais feliz! Navegadores utilizados pelos brasileiros – Abril/2012 Navegador Agosto/2009 Abril/2010 Abril/2012 Internacional[30] Chrome 4,20% 11,10% 41,64% 25,30% Firefox 28,42% 33,18% 20,80% 24,30% IE8 14,09% 21,62% 15,00% 12,70% IE9 – – 12,86% 10,72% Safari 0,91% 2,21% 4,13% 6,40% IE7 30,59% 23,05% 1,87% 5,38% IE6 21,38% 8,35% 0,50% – Opera 0,41% 0,49% 0,45% 2,10% Segundo dados da Net Applications, em março de 2011 o mercado estava assim dividido: Internet Explorer (56,77%), Firefox (21,74%), Chrome (10,93%)[31]. Desigualdade Social A desigualdade social, infelizmente, também tem vez no mundo digital: entre os 10% mais pobres, apenas 0,6% tem acesso à Internet; entre os 10% mais ricos esse número é de 56,3%. Somente 13,3% dos negros usam a Internet, mais de duas vezes menos que os de raça branca (28,3%). Os índices de acesso à Internet das Regiões Sul (25,6%) e Sudeste (26,6%) constrastam com os das Regiões Norte (12%) e Nordeste (11,9%)[32]. No Mundo O número de usuários de computador vai dobrar até 2012, chegando a 2 bilhões. A cada dia, 500 mil pessoas entram pela primeira vez na Internet[33] e são publicados 200 milhões de tuítes[34]; a cada minuto são disponibilizadas 48 horas de vídeo no YouTube[35]; e cada segundo um novo blog é criado[36]. 70% das pessoas consideram a Internet indispensável[37]. Em 1982 havia 315 sites na Internet[38]. Hoje existem 174 milhões[39]. © 2007-2013 Leonardo Antonioli. Alguns direitos reservados. Entre em contato. A imagem dos fios que ilustra esta página é de autoria de Groupe ANT.

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Crise também afeta grandes portais da web

O que está sendo praticado pelos grandes portais está contribuindo para a perda de credibilidade, e consequentemente de público. Mais preocupados em quantidade que em qualidade. Isso transparece na parcialidade com que esses portais veiculam notícias que são claramente de seus interesses corporativos. Nas redes sociais, assim como em nossas relações sociais cotidianas, o que vale é o poder de influência e a veracidade explícita dos fatos, e não a quantidade. O Editor O mesmo fenômeno responsável pela crise no modelo de negócio dos jornais impressos começou agora a atingir também os produtores de conteúdo na internet, segundo dados que acabam de ser divulgados pelo insuspeito setor da publicidade online. As revistas Slate e Salon, as mais bem sucedidas publicações do gênero da internet, estão perdendo anunciantes num ritmo que oscila em torno dos 12% ao mês. Fenômeno idêntico afeta os sites Yahoo! e American Online (AOL), cujo modelo de negócios passou a ser alavancado pela produção de conteúdos informativos, após os insucessos na área de buscas e correio eletrônico pago, respectivamente. Segundo a empresa norte-americana de marketing eMarketer a participação da AOL no bolo publicitário dos grandes portais na web caiu de 6,8% em 2009 para magros 4,4% em 2011, e tende a bater nos 3,7% em 2012. Enquanto isso, o portal Yahoo! patina nos 16% no mesmo período, enquanto o mecanismo de buscas Google saltou de 3,6% em 2009 para previstos 16,7% do faturamento global em 2012. Outro site que cresceu vertiginosamente é a rede social Facebook, que foi de 7,3% há dois anos para 21,6% em 2011 e deve chegar aos 23,8% no ano que vem, segundo o eMarketer . Valor alto A empresa de consultoria financeira Mcquarie Group confirmou queda de faturamento publicitário da AOL num informe divulgado na primeira semana de setembro, no qual faz previsões pessimistas para os portais que tradicionalmente se apóiam o hard news.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Tanto as revistas Slate e Salon como o Yahoo e a AOL estão pagando o preço de não terem dado a devida atenção a uma regra básica do capitalismo: o excesso de oferta provoca a queda de preços. Todo o produto ou serviço com abundante oferta no mercado tende a custar cada vez menos, e foi justamente o que aconteceu com a informação desde que a internet passou a fazer parte do dia a dia de quase dois bilhões de seres humanos. A avalancha informativa baixou a quase zero o preço da informação bruta e da notícia jornalística primária. O que os americanos chamam de hard news pode ser acessado hoje em milhares de páginas e blogs da internet, sem falar nas redes sociais e fóruns. O resultado é uma desvalorização inédita no preço cobrado pelos transmissores de informações e notícias. Em compensação, os usuários da internet passaram a dar cada vez mais atenção aos sites que os ajudam a encontrar a notícia que procuram e que, quase sempre, está perdida no meio do chamado entulho informativo. Toda a informação que não serve ou não é do interesse de uma pessoa é considerada lixo, conforme a polêmica Lei de Sturgeon, segundo a qual 90% do que está publicado na web é considerado lixo informativo. Acontece que o que para uns é lixo para outros é informação útil. E quem separa o joio do trigo em matéria de informação são sites como o sistema de buscas Google, cujo valor estimado no mercado corporativo chega perto dos 200 bilhões de dólares, segundo uma avaliação da revista norte-americana Forbes. O valor pode ser exagerado, mas é verossímil, pois o Google nos ajuda a achar a agulha no palheiro da internet, portanto não podemos viver sem ele. Olho no futuro Além disso, o mercado dos sistemas de busca na web, mesmo em expansão, está muito longe, mas muito longe mesmo da saturação em matéria de oferta de serviços. Portanto, a sua tendência é a valorização, enquanto as empresas jornalísticas perdem cada vez mais espaço diante da multiplicação frenética de sites ofertando o chamado hard news. Há uma enorme perspectiva de valorização dos sites que oferecem informação qualificada, mas o problema aí é financeiro. Produzir informação contextualizada custa caro e, no momento, o mercado consumidor ainda é reduzido. Quem quiser apostar nesse nicho tem que pensar no futuro e descobrir uma fórmula como a da Google, que não cobra nada pelos resultados de buscas na web mas usa a fidelidade dos usuários para faturar em publicidade online. Carlos Castilho é jornalista e professor universitário Reproduzido do Código Aberto, 13/9/2011, titulo original “Crise de receitas financeiras começa a afetar também os grandes portais na Web”

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