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Cerveró: o homem bomba que apavora os políticos e empreiteiros

Dilma Rousseff está sem dormir desde a prisão de Nestor Cerveró, na avaliação dos nervosos assessores da “gerentona”, Cerveró pode causar mais danos ao PMDB que ao PT. Ele tem ligação direta com um dos políticos mais influentes do país (ninguém confirma que seria Renan Calheiros) e três deputados peemedebistas. Se o ex-diretor Internacional da Petrobras realmente falar, o núcleo de empreiteiros da Lava Jato vai definitivamente se complicar. O principal alvo de investigações da força tarefa da Operação Lava Jato, após a decretação da prisão de Cerveró é uma offshore sediada na Irlanda, cujos três acionistas ainda não foram totalmente identificados. Essa empresa seria uma das centrais de operação, no velho continente, do grupo que Cerveró representa. Os caminhos irlandeses da dinheirama que foi desviada do Brasil pode levar aos nomes de importantes políticos envolvidos no Petrolão. Dilma está muito tensa com a prisão de Nestor Cerveró, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros não fica atrás, está bebendo muita maracugina nas últimas 24 horas, ele é tido como o “maior padrinho” de Cerveró.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba, decretou a prisão dele com a certeza de que dificilmente o venha a conceder um habeas corpus até o depoimento dele, previsto para depois do carnaval, sem data ainda agendada oficialmente. Entre 2012 e 2014, Cerveró movimentou, lá fora, US$ 27 milhões de dólares. O MP Federal também acredita que são grandes as chances de Cerveró continuar preso e aderir à colaboração premiada. Isso baseado no fato objetivo de que Cerveró está acuado e “cercado”. Outras 15 delações forneceram provas concretas do envolvimento dele no esquema ligado ao lobista Fernando Baiano. Cerveró e Baiano são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando seria ligado ao PMDB. Mas o partido nega, claro…  Lista dos denunciados  Todas as denúncias oferecidas pelo MPF contra 39 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato foram aceitas pelo juiz Sérgio Moro. Pelo menos 23 dos denunciados são ligados às empreiteiras Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS  e UTC: – Alberto Youssef, suspeito de liderar o esquema de corrupção; – Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras; – Waldomiro de Oliveira, dono da MO Consultoria; – Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras; – Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal; – Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras; – Adarico Negromonte, apontado como emissário de Youssef; – Dalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa; – Eduardo Hermelino, vice-presidente da Camargo Corrêa; – Jayme Alves de Oliveira Filho, acusado de atuar com Youssef na lavagem de dinheiro; – João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; – Marcio Andrade Bonilho, sócio e administrador da empresa Sanko-Sider; – Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da construtora UTC; – Carlos Alberto Pereira da Costa, representante formal da GFD Investimentos, pertencente a Alberto Youssef e réu em outros processos ligados a Lava Jato; – Enivaldo Quadrado, ex-dono da corretora Bônus Banval, que atuava na área financeira da GFD e réu em outros processos ligados a Lava Jato; – João Procópio de Almeida Prado, apontado como operador das contas de Youssef no exterior; – Sergio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior; – Rogério Cunha de Oliveira, diretor da área de óleo e gás da Mendes Júnior; – Ângelo Alves Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior; – Alberto Elísio Vilaça Gomes, executivo da Mendes Júnior; – José Humberto Cruvinel Resende, funcionário da Mendes Júnior; – Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, advogado que teria recebido propina de Alberto Youssef; – Mario Lúcio de Oliveira, diretor de uma agência de viagens que atuava na empresa GFD, segundo delação de Alberto Youssef; – João de Teive e Argollo, diretor de Novos Negócios na UTC; – Sandra Raphael Guimarães, funcionária da UTC; – Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix; – Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor da Engevix; – Newton Prado Júnior, diretor da Engevix; – Luiz Roberto Pereira, ex-diretor da Engevix; – João Alberto Lazzari, representante da OAS; – Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS; – Fernando Augusto Stremel Andrade, funcionário da OAS; – José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS; – José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de Youssef com a OAS; – Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS; – Dário de Queiroz Galvão Filho, executivo da Galvão Engenharia; – Eduardo Queiroz Galvão, executivo da Galvão Engenharia; – Jean Alberto Luscher Castro, diretor presidente da Galvão Engenharia; – Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia. Por Daniel Mazola/Tribuna da Imprensa

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Rabos presos evitam CPI no Congresso Nacional

Isso aqui eu postei no meu blog lá nos idos de 2009. Não mudou nada! Não tem para ninguém. Os Tupiniquins, estamos assistindo, finalmente, o desfile da tribo dos caras pálidas rotos. Sempre fomos bombardeados, principalmente pela mídia comprometida, com escabrosas e inacreditáveis estórias de corrupção. Nunca se questionou, porém, a existência dos corruptores. Não existe corrupto sem corruptor. Simples assim! Do mais insignificante município, perdido nos grotões, até os atapetados salões do Congresso Nacional, sabemos que o caixa dois é uma prática, digamos, tacitamente aceita. Uma praga que só vem à tona do charco, quando alguém, tipo Roberto Jeferson, não “recebeu” o prometido e é ameaçado de ser “boi de piranha”. Agora, causa pavor nos oposicionistas e nos aliados do governo, quaisquer tentativas de esclarecer as “despretensiosas” e milionárias doações da Camargo Corrêa. Nesse momento, é transparente entender porque a oposição, a maior suspeita de “receber um por fora”, nem queira ouvir falar em CPI. Por seu (dele) lado, os petralhas governistas, que em tese teriam todo o interesse em mostrar o rabo preso da oposição, quedam-se num inexplicável e cúmplice silêncio tumular. Os aliados do “esse é o cara” precisam preservar negócios futuros. Afinal a eleição de 2010 está à porta, e a campanha de dona Dilma vai precisar de uns trocados…! Fica evidente o medo da corja de ser soterrada, metaforicamente, pelo desabamento do Castelo de Areia. CPI do “por dentro e do por fora”? Nem pensar, Botucudos. Base e oposição descartam CPI sobre Camargo Corrêa Em conversas reservadas com a Folha, deputados e senadores governistas e da oposição disseram que não há a menor chance de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a empreiteira Camargo Corrêa, alvo da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. As empreiteiras deram contribuições financeiras legais para 55% dos atuais congressistas, segundo dados fornecidos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – sem contar eventuais doações ilegais. Um líder de partido aliado ao governo disse que investigar a Camargo Corrêa equivaleria “a destampar uma panela de pressão”. Um deputado da oposição afirmou que poderia haver um “efeito dominó” – começar a investigar a Camargo Corrêa e chegar a outras empresas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Há também interesses específicos dos aliados do presidente Lula em jogar contra uma CPI. A Camargo Corrêa, segunda empreiteira com maior receita líquida no país, tem boa relação com o PT e com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), potencial candidata à Presidência em 2010. Além disso, a construtora participa de várias obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), sendo vista como uma parceira do governo para tocar investimentos do pacote de obras de Lula para tentar mitigar efeitos negativos da crise econômica. Os dois tucanos presidenciáveis, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), também são apontados como políticos que possuem boas relações com a empreiteira. A Camargo Corrêa foi a maior doadora individual da campanha de Serra à Prefeitura de São Paulo, em 2004, com R$ 1 milhão. Aécio foi o quarto político que mais recursos recebeu das empresas do grupo em 2006, com R$ 379 mil. Do lado do governo, pesa ainda outro fator para evitar a CPI. O Palácio do Planalto avalia que o estrago político da Operação Castelo de Areia já foi feito e atingiu a oposição, sobretudo o DEM, partido que faz críticas mais incisivas à administração petista.

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Luís Nassif recebeu R$ 5,7 milhões e Paulo Henrique Amorim faturou R$ 2,6 milhões dos governos petistas

Dois dos jornalistas mais afinados com os governos do PT e críticos viscerais do PSDB receberam — juntos — 8,3 milhões de reais em publicidade estatal. Paulo H. Amorim e Luís Nassif receberam 8,3 milhões do governo petista Luís Nassif, um dos mais qualificados jornalistas de economia do País, recebeu — no período em que o PT está no poder — 5,7 milhões de reais. Ele é um dos críticos mais consistentes do projeto tucano e um dos defensores mais frequentes do projeto petista no plano nacional. Paulo Henrique Amorim, que faz uma cruzada visceral em defesa dos governos do PT e uma crítica persistente e agressiva ao tucanato, faturou 2,6 milhões de reais no mesmo período. Leia sobre atração do PT pelos monopólios no link: http://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/governo-dilma-rousseff-gastou-r-23-bilhoes-com-publicidade-e-favorece-monopolios-de-comunicacao-23991/ [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Semler: “Não adianta fazer de conta que corrupção surgiu agora”

Sócio majoritário do conglomerado Semco Partners e ex-professor de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Ricardo Semler tornou-se um dos empresários brasileiros mais conhecidos no exterior nos anos 90 por aplicar em sua empresa princípios gerenciais que ficaram conhecidos como ‘democracia corporativa’. Na Semco, os trabalhadores escolhem seus salários, horário e local de trabalho, além dos seus gerentes. A hierarquia rígida foi substituída por um regime em que todos podem opinar no planejamento da empresa. Recentemente, Semler voltou a ganhar notoriedade no Brasil e no exterior por dois motivos. Primeiro, porque o desempenho extraordinário de algumas empresas criadas por jovens empreendedores (como Facebook e Google) aumentou o interesse por práticas gerenciais inovadoras. Segundo, em função de um artigo polêmico publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, em que, ao comentar o caso de corrupção na Petrobras, Semler defendeu que “nunca se roubou tão pouco” no Brasil. “Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80 e 90, até recentemente”, escreveu ele.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Semler é filiado ao PSDB, mas o artigo acabou sendo usado por quem defende o ponto de vista do governo e do PT no escândalo. Ao comentar o episódio em entrevista à BBC Brasil, o empresário defendeu que a politização do debate sobre corrupção é contraproducente e que o escândalo da Petrobras e as repercussões do caso envolvendo a divulgação dos nomes de brasileiros com conta no HSBC da Suíça são sinais de que o país está mudando. “Pela primeira vez no Brasil temos gente rica assustada”, afirmou. O empresário também defendeu um aumento do imposto sobre transmissão (herança) para os donos de grandes fortunas e disse que aceitaria pagar até 50%. “Isso não afetaria em nada a disposição do empresário em investir”, opinou. Confira abaixo a entrevista: BBC Brasil: O seu artigo virou referência para quem defende o governo e o PT nos debates sobre o caso Petrobras. Isso o incomoda?  Semler: O objetivo (do artigo) não era esse, mas isso não impede que cada um se aproprie dele para fins próprios. Queria que as pessoas se perguntassem: O Brasil está ou é corrupto? Essas questões que estão sendo jogadas contra o governo do dia são muito antigas. A Petrobras é só a ponta do iceberg. Há corrupção nas teles, nas montadoras, nas farmacêuticas, nos hospitais particulares. O problema é endêmico e não adianta fazer de conta que surgiu agora. Se você vai para a Paulista e grita contra a corrupção, também precisa responder: Está declarando todos os seus imóveis pelo valor cheio? Nunca deu R$ 50 para o guarda rodoviário? Nunca pediu meio recibo para um médico? E quem está colocando no Congresso esses políticos? Não sei se a Paulista não estaria vazia se todo mundo fizesse um autoexame. O que ocorre com a corrupção é algo semelhante a nossa percepção sobre violência. Nunca se matou tão pouco no mundo – pense nas duas grandes guerras, na guerra civil espanhola, etc. Mas a internet, os debates, a difusão da informação faz com que tenhamos a sensação contrária. BBC Brasil: Qual sua posição sobre os protestos? Semler: Os protestos são legítimos e positivos. As pessoas estão se mobilizando por causas diversas. Daqui a pouco, por causa da situação econômica, também vão reclamar da inflação, do desemprego. Mas sobre esse tema, a corrupção, acho interessante entender se quem está na rua vai levar os princípios pelos quais está lutando para sua vida pessoal, a empresa onde trabalha. BBC Brasil: A politização da questão é um problema? A sensação de que os ricos podem fazer qualquer coisa está fraquejando. É um indício de que esse momento do Brasil que durou 50, 60 anos está começando a terminar, mas serão necessários 20, 30 anos para fazer essa transição Semler: A politização é inevitável, mas não era necessária para essa discussão – porque o que está acontecendo não tem nada a ver com partidos. Basta olhar para o escândalo do HSBC. Ele revelou que quase 10 mil brasileiros têm conta no exterior – imagino que a grande maioria não declarada. Isso não tem a ver com o PT – ou com o PSDB. Há 30, 40, 50 anos as pessoas mandam dinheiro para a Suíça para pagar menos imposto. BBC Brasil: Os casos Petrobras e HSBC indicam alguma mudança? Semler: É bom ver alguns executivos de algema. Pela primeira vez no Brasil, temos gente rica assustada. Até agora, você tinha uma classe média assustada, os pobres assustados e os ricos em suas mansões e helicópteros, ou indo para a Europa. Quando o cara é notificado pela polícia federal para explicar o dinheiro que ele tinha na Suíça, é um horror para essa elite e é uma beleza para o país. A sensação de que os ricos podem fazer qualquer coisa está fraquejando. É um indício de que esse momento do Brasil que durou 50, 60 anos está começando a terminar, mas serão necessários 20, 30 anos para fazer essa transição. BBC Brasil:É possível acabar com a corrupção? Semler: Alguns países nórdicos e europeus têm um grau de corrupção muito baixo hoje, apesar de terem sido os grandes corruptores do mundo no século 15, 16 ou 17. Acho que a educação, sem dúvida, faz parte desse processo. Nesses países, as escolas há muito tempo também se dedicam a discutir questões éticas e padrões de comportamento em comunidade. Se você só ensina a estrutura do átomo, a tabela periódica e equações matemáticas o aluno pode passar no vestibular, mas não vai ter parado um segundo para pensar em questões fundamentais da vida. BBC Brasil: Qual a extensão do problema de corrupção no setor privado? Semler: Muitas vezes, o principal interessado em acabar com o problema é o investidor, o dono do negócio. É esse o caso, por exemplo, de um diretor de compras (de uma empresa), que age com muita discrição (cobrando propina de fornecedores). Mas é difícil detectar e acabar com isso. O processo de controle e

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Se fosse uma empresa, o PT decretaria falência

Partido abre falência? Partido fecha as portas? Pode-se penhorar a geladeira de um partido? O programa que o PT exibiu na noite desta terça-feira — dez minutos em rede nacional de rádio e tevê — é o mais suscinto e eficiente roteiro de uma ruína partidária. Como tantos outros, o PT tornou-se um partido com fins lucrativos. É 100% financiado pelo déficit público. Mas como não tem a configuração formal de uma empresa, a legenda não abre falência, não fecha as portas. Nada mais sintomático do que a ausência de Dilma Rousseff no programa do PT. É como se a presidente da República, com a imagem no chão, temesse levar o seu prestígio ao subsolo. Nada mais elucidativo do que o papel que Lula decidiu desempenhar na peça. Com tantos temas relevantes a tratar — crise econômica, ajuste fiscal, roubalheira na Petrobras… — o morubixaba petista optou por tratar de terceirização, como se esse fosse o grande problema da República. Sem Dilma e com esse Lula autolimitado, o que mais chamou a atenção no programa do PT foi uma piada. O partido fez pose de paladino do combate à corrupção.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] E comprometeu-se a expulsar dos seus quadros os filiados que forem condenados. Ora, ora, ora… Fala sééério! É verdade que João Vaccari Neto tornou-se uma condenação esperando para acontecer. Mas e quanto ao Dirceu? E o Genoino? E o Delúbio? E o João Paulo? No tempo em que era apenas uma organização partidária, o PT tinha na ética o seu principal capital. Desde que passou a se confundir com uma organização criminosa, o partido tem no cinismo o seu grande patrimônio. No programa desta terça, o PT sustenta que não é a única agremiação a ter filiados pilhados com a mão na cumbuca. Até a oposição está enrolada, realçou o PT no programa. O mais dramático é que, nesse ponto, o partido está coberto de razão. O sistema político-partidário do Brasil apodreceu. E já não há um PT capaz de exigir a separação entre as coisas nossas e a cosa nostra.

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Com obras atrasadas, ‘Museu do Lula’ é alvo de investigações

Construção, paralisada há seis meses, pode custar 30% acima do previsto Museu, que deveria ter ficado pronto em 2013, está na mira de PF, MP e TCE – Agência O Globo / Michel Filho Projetado para homenagear o movimento sindical brasileiro e, como consequência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Museu do Trabalhador, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, tem a sua construção cercada de suspeitas de irregularidades. Com o prazo de conclusão estourado em mais de dois anos, a obra, bancada com 80% de recursos da União, está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público (MP) e ainda deve custar 30% acima do previsto. VEJA TAMBÉM Há 16 anos, Lula na retaguarda de pedidos de impeachment Executivo da OAS teria financiado reforma a pedido de Lula Paralisada há seis meses, a construção, conhecida na cidade como “Museu do Lula”, é hoje um esqueleto de concreto num terreno tomado por mato e entulho, em frente à sede da prefeitura. A indicação da data de início da obra na placa oficial foi pintada. Restou apenas o prazo de nove meses para a entrega do prédio, o que deveria ter ocorrido em janeiro de 2013. — Faz tempo que não aparece ninguém aqui no museu do Lula — diz Aloisio Silva, de 49 anos, funcionário de um posto de gasolina ao lado da obra. Além das investigações, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou irregular a licitação porque o edital impunha exigências que atrapalhavam a competição.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O Ministério da Cultura estuda liberar mais R$ 3,6 milhões para o Museu do Trabalhador em São Bernardo do Campo. Pelo convênio firmado em 2010 pelo prefeito Luiz Marinho (PT), amigo de Lula, o museu receberia R$ 14,4 milhões do governo federal e contaria com mais R$ 3,6 milhões da administração local, com orçamento total de R$ 18 milhões. Porém, em 2014, Marinho concluiu que a quantia não era suficiente. Em abril, pediu e conseguiu mais R$ 600 mil da União. Com os R$ 200 mil da prefeitura que entrariam como contrapartida, o custo total do museu saltou para R$ 18,8 milhões. Quatro meses depois, Marinho reavaliou que precisava de mais dinheiro. Pediu para o ministério R$ 3,6 milhões e se comprometeu a destinar R$ 900 mil oriundos do cofre da cidade. Se o aditivo for aprovado, o custo total do museu chegará a R$ 23,4 milhões, um acréscimo de R$ 5,4 milhões em relação ao valor previsto inicialmente. Segundo o Ministério da Cultura, a prefeitura de São Bernardo paralisou a obra enquanto o pedido de aditivo está sendo analisado. A administração municipal alegou para a pasta “a necessidade de alterações do plano de trabalho em razão da complexidade da obra”. De acordo com o ministério, “estão sendo readequadas a estrutura predial, instalações hidráulicas e elétricas e esquadrias em geral”. Acrescentou que “há especificidades no terreno, detectadas após o início da obra, que motivaram a readequação”. O Ministério da Cultura disse ainda que o suporte ao projeto decorre do reconhecimento da importância em se apoiar um museu que conte a história do trabalho e do trabalhador brasileiro. Procurada, a prefeitura de São Bernardo não respondeu aos questionamentos sobre os problemas do museu. O inquérito da Polícia Federal investiga a demora para a conclusão da obra. Já a investigação do Ministério Publico Federal tem como alvo a participação de um suposto laranja na sociedade da empresa responsável pela construção. Sérgio Roxo/O Globo

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Eleições 2018: Globo faz jogo de Alckmin e Serra e corta asas de Aécio?

Globo faz jogo de Alckmin e Serra e corta asas de Aécio? Bem, eu imitaria o amigo Paulo Nogueira, do Diario do Centro do Mundo, e parodiaria o general Wellington: quem acredita que a Globo não será mais golpista, acredita em tudo. Entretanto, a Globo é muito inteligente. Sabe a hora de recuar, de adular, de posar de isenta. Quando Lula ganhou a primeira vez, em 2002, a Globo passou os primeiros meses mais lulista do que qualquer petista, sobretudo porque o presidente passou o primeiro ano fazendo um duro “ajuste fiscal” na economia. A mídia dá três milhões de pancadas no ferro (PT), e um peteleco suave na fechadura (PSDB). Denúncia contra o PT vai para o Jornal Nacional, sem direito à defesa. Denúncia contra o PSDB pode até aparecer às vezes, escondida no miolo de um jornal, mas é abafada na TV e dão mais tempo à defesa do que à acusação. Dito isso, não me surpreenderia se, com o esvaziamento das marchas golpistas, e a repercussão negativa causada por um bando de retardados pedindo intervenção militar (e até mesmo um doente pedindo, do alto de um carro de som, o fim do sufrágio universal e atacando Montesquieu), a Globo decida recuar do apoio ao impeachment, que é a bandeira de Aécio. Talvez pegue mal fazê-lo este ano, aos 50 anos da empresa. Ou não. Talvez a Globo queira comemorar seus 50 anos de golpismo com mais um golpe. Enfim, o fato é que saiu a notícia de mais uma estrepolia aérea de Aécio Neves. A análise do 247, de que a Globo está fazendo o jogo de Alkcmin e Serra, que tentam abater Aécio Neves agora para virem como candidatos a presidente em 2018, não me parece absurda. * No Brasil 247. GLOBO DENUNCIA NOVO ESCÂNDALO AÉREO DE AÉCIO Segundo nota do jornalista Leandro Loyola, da revista Época, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) utilizou gratuitamente aeronaves do governo de Minas Gerais entre 2011 e 2012, com a finalidade de escapar de engarrafamentos; “Ao menos ele não voou até o aeroporto em Cláudio – aquele que foi desapropriado em seu governo nas terras do tio dele”, pontua a nota, escrita com uma ironia que pode ter significados maiores; um deles pode ser o desembarque da Globo do golpismo liderado por Aécio no presente e também de seu projeto presidencial em 2018, ano em que a disputa pela vaga do PSDB se dará entre Geraldo Alckmin, José Serra e Marconi Perillo. O site da revista Época, das Organizações Globo, publica, neste sábado, uma irônica nota sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Assinada pelo jornalista Leandro Loyola, ela informa que Aécio voou de graça, em aeronaves do governo de Minas, entre 2011 e 2012, para escapar de engarrafamentos. Leia abaixo a nota que faz menção ao Aeroporto de Cláudio, construído pelo governo mineiro, numa área próxima a uma das fazendas do senador: Senador Aécio usou helicóptero do governo de Minas para escapar de engarrafamento O senador tucano Aécio Neves voou em helicópteros do governo de Minas Gerais por cinco vezes para se deslocar em Belo Horizonte e pegou carona num avião – também do governo – para viajar da capital mineira até Brasília. Os passeios começaram logo após Aécio deixar o governo de Minas e se estenderam até 2012. Aécio diz que está tudo dentro da normalidade. Ao menos ele não voou até o aeroporto em Cláudio – aquele que foi desapropriado em seu governo nas terras do tio dele. O tom irônico da nota pode ter significados maiores. O mais imediato, o desembarque da Globo do projeto golpista de Aécio, que, na última semana, sugeriu três motivos diferentes para eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff (leia mais sobre isso em artigo sobre a coluna de André Singer deste sábado). Voando de graça, em aeronaves públicas, “para escapar de engarrafamento”, Aécio perde completamente a autoridade moral para falar em impeachment da presidente Dilma Rousseff. O recado da Globo também pode ter significados a médio prazo. Um processo de impeachment não interessa nada a três postulantes do PSDB à presidência da República: os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, além do senador José Serra (PSDB-SP). Ao que tudo indica, Aécio foi abatido em pleno voo na trama do impeachment e também em seu projeto presidencial de 2018.

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Impeachment, PSDB, tourada, e teatro para inglês ver

A diuturna manifestação de alguns dos mais emplumados tucanos, quanto ao pedido de impeachment da presidente Dilma, é teatro pra inglês ver. Meio partido a favor, meio partido contra. O que der, terá alguém do partido para ocupar a ribalta. Ver PS -3 aí abaixo. O projeto é o mesmo ao que acontece nas touradas: espetar o touro com bandarilhas – no caso acusações e ameaças diversas – até o touro sangrar e não ter mais força para resistir. Embora quem esteja no momento no centro da ‘plaza de toro’ seja Dona Dilma, o touro a ser sangrado é o Lula. É melhor deixar D.Dilma sangrar até o fim, pois ficará sem mais chance para o PT fazer a sucessão. Não haverá tempo à ela para consertar os desmantelos, e recuperar a credibilidade da população. E alguém pode solicitar o impedimento da presidente? Nos últimos quatro anos foram apresentados mais de uma dúzia de pedidos de impeachment contra Dilma. Todos foram arquivados por falta de elementos que justificassem as propostas. O motivo da não aceitação dos requerimentos é, segundo o advogado criminalista Pedro Paulo Medeiros, baseado na jurisprudência. Isso acontece porque, por mais que o processo de cassação de um chefe do Poder Exe­cutivo seja político, é necessário “existir juízo de admissibilidade no próprio Congresso, que, para instaurar processo de im­peachment, precisa ter dados concretos em mãos”. Continuo eu; Impeachment faria dela uma vítima, além do risco de convulsão social. Simples assim. Somente os ideologicamente obtusos não percebem que o fora Dilma é burrice. Ela já está sob controle da avenida Paulista. PS 1 – Aécio Neves e Cássio Cunha Lima, são pontos fora da curva , e serão isolados. Aquele vai apenas queimar cartucho e não irá decolar (com trocadilhos aeroportuários, por favor) sua possível candidatura a presidente. E ainda há sobre ele o cutelo da Lista de Furnas. Já esse, teve o mandato de governador da Paraíba cassado por abuso de poder político. PS 2 – Tudo como sempre é questão de interesses. Aécio está a favor do impeachment para se alinhar as manifestações e protestos. Serra e Alckmin estão mais relutantes por que sabem que não tem o mesmo apelo que Aécio tem, e mais, temem colher desafetos por causa disso. Todos tem rabo preso em algum lugar. PS 3 – A Igreja Católica usou teatro parecido, quando havia o perigo que Fidel Castro – via ações e verborreia do genocida ‘Che Guevara’ – “comunizasse a América Latina. O que fez a cúria? Criou uma tal de Teologia da Libertação, e “enfiou” nela algumas eminências, que pareceriam ser comunistas desde Moisés. Assim, fosse qual fosse o perfil ideológico que a América Latina adotasse, sempre haveria gente da Igreja do lado vencedor. PS 4 – Mas, como sem humor não dá para aguentar esse sanatório geral, lá vou eu; Não duvido nada que apareça algum petista à favor do impeachment da Dilma só pra contrariar e criticar o FHC. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Site anti-PT revela modus-operandi dos tucanos

As informações que vão aos poucos pingando sobre o site “Implicante”, contratado por uma mesada de R$ 70 mil paga pelo governo do Estado de São Paulo para atacar o PT nas redes sociais, revelam como funciona o modus-operandi dos probos e intocáveis tucanos paulistas na área da comunicação. Trata-se de uma verdadeira parceria público-privada-conjugal em que os caciques tucanos agem com a mão do gato na sua cruzada anti-PT. Quem banca a farra, que já dura desde maio de 2013, no final das contas, somos nós, os contribuintes. Não sai barato: pelo valor da mesada, dá R$ 1.680.000,oo em dois anos. O esquema foi montado quando a jornalista Cristina Ikonomidis, ex-secretária adjunta de Comunicação Institucional do ex-governador José Serra, trabalhava na Secretaria de Cultura do governador Geraldo Alckmin. Na função de chefe de comunicação da Cultura, Cristina estava lá quando a empresa Appendix Comunicação, criada pelo advogado e blogueiro Fernando Gouveia, que usa o pseudônimo “Gravataí Merengue“, e é responsável pelo site “Implicante”, foi contratado pela Propeg, uma das três grandes agências que cuidam da publicidade oficial do governo Alckmin. Perdoem-me os leitores, mas a história toda é meio confusa mesmo. Vamos por partes: * Na semana passada, a Folha deu a primeira matéria sobre o “Implicante“, que tem meio milhão de seguidores no Facebook e se especializou em difundir na rede notícias, artigos, memes, vídeos e montagens contra o PT e seus dirigentes, com vigorosa atuação na última campanha presidencial, aquela em que os tucanos tanto reclamaram da baixaria dos adversários. Na versão oficial, a Appendix foi contratada pela Propeg para fazer “revisão, desenvolvimento e atualização das estruturas digitais”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] * Nesta quarta-feira, o jornal faz novas revelações: Cristina Ikonomidis, que deixou o governo em setembro de 2013, agora é sócia de Fernando Gouveia na empresa. E mais: pelo menos uma das ordens de serviço que liberaram pagamentos à Appendix foi assinada pelo jornalista Juliano Nóbrega, então secretário adjunto de Comunicação de Alckmin, o mesmo cargo que Cristina ocupara no governo Serra. Detalhe: Juliano é marido de Cristina, que agora é dona de 40% das ações da empresa de Gouveia. * Nóbrega não soube dizer quem indicou o site do “Gravataí Merengue” para prestar serviços de comunicação ao governo do PSDB e diz que os pagamentos à Appendix faziam parte da sua função. Já o governo do Estado de São Paulo limita-se a terceirizar a responsabilidade, alegando que quem contratou a Appendix foi a Propeg, embora relatórios oficiais, a que a Folha teve acesso, revelem que o blogueiro presta contas diretamente à Subsecretaria de Comunicação, que autoriza os pagamentos à empresa. Entenderam? É provável que esta “empresa de comunicação” de Gouveia e Ikonomidis não tenha sido a única contratada com as mesmas finalidades pouco republicanas pelas agências que servem ao governo de São Paulo. Sob o título “Alckmin dá mesada a Dória”, o blog do jornalista Paulo Henrique Amorim reproduz hoje contrato da mesma Sub-secretaria de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo, sob a rubrica “gastos com publicidade”, destinando R$ 595.175,00 à “Doria Editora Ltda.”, no período de março a setembro de 2014, o ano eleitoral. Nada acontece por acaso. Fernando Gouveia, o Gravataí Merengue”, a sua sócia Cristina Ikonomudis, casada com Juliano Nóbrega, e o promoter empresarial tucano João Doria Junior, profissionais da mais alta confiança de José Serra e Geraldo Alckmin, não têm mesmo do que reclamar da vida. Só revelam um modo tucano de operar a comunicação antipetista com o dinheiro do contribuinte. E vamos que vamos. Vida que segue. Blog Balaio do Kotscho/R7

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