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Afagando cérebro – a oposição e o imponderável

Talvez influenciado pelo fato de estar sendo entrevistado por uma publicação estrangeira – em certos países e organismos multilaterais se conhece bem os avanços alcançados pelo Brasil nos últimos anos – o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, para a revista alemã Kapital, na semana passada, que a presidente Dilma Rousseff é “honrada”, e que o ex-presidente Lula é um líder “popular” cuja prisão, caso viesse a acontecer, poderia dividir o país. Foi o que bastou para que fosse imediatamente execrado pela parcela da opinião pública que ocupa, destilando bílis, os sites e portais mais reacionários – para dizer o mínimo – da internet brasileira. O que importa, não é saber – embora torçamos para que isso tenha ocorrido – se FHC foi sincero em suas considerações sobre a presidente Dilma, e, sim, prestar atenção à verdadeira avalanche de estupidez que suscitaram suas palavras. “Doido”, “senil”, “demente”, “gagá”, “caduco”, “bipolar” – odioso, preconceituoso e covarde, o fascismo despreza e confunde a idade com fraqueza e costuma ser particularmente impiedoso com os mais velhos, as mulheres e as crianças – “doente de Alzheimer”, e o já tradicional apelo do “morre de uma vez” foram alguns dos epítetos lançados pela malta nos grandes portais da internet, contra o ex-presidente da República.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Outros o acusaram de “pateta”, “traidor”, “idiota”, “maconheiro”, “THC”- lembrando sua defesa da descriminalização da Cannabis – e de “cara de pau”, “sem-vergonha”, e ladrão – acusando-o de estar “roubando também”, ou de já ter se encontrado secretamente com Lula para conchavos. E os mais “espertos”, a serviço da nefasta “via alternativa”, que espreita, como hiena, nos meandros da história, os países que se rendem aos que fomentam o caos e a cizânia, preferiram, como sempre, aproveitar a oportunidade para intensificar os ataques contra a democracia – “político é tudo lixo”, “farinha do mesmo saco”; defender a violência: “é preciso amarrar a boca do saco”, “matar todo mundo a paulada” e “jogar o saco no rio”; e propagar a teoria – esse é “esquerda caviar”, “comunista enrustido” – da conspiração, segundo a qual PT e PSDB representariam, na verdade, duas faces da mesma moeda, da “tática da tesoura stalinista”, de disfarçar parte da esquerda como direita; tomariam parte da estratégia de conquista da hegemonia, por meios pacíficos e “gramscianos”, do poder, e atuariam seguindo os padrões do “marxismo cultural”, como fantasiam, e pregam certas correntes da imbecilidade neo-direitista antinacional. Tudo isso coroado pelos pedidos de instalação no país de nova ditadura – agora com caráter “policial-jurídico-militar” – e os indefectíveis slogans da campanha – que já está no ar há muito tempo – de BOLSONARO 2018 para a Presidência da República. Na página do ex-capitão do Exército, no Facebook, por exemplo – que, significativamente, já tem mais de 3 vezes o número de curtidas (1.5 milhão contra 450.000) que a página oficial de FHC, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso aparece como defensor das drogas ao lado do ex-presidente uruguaio José Mujica, em contraponto ao próprio Deputado Bolsonaro, que se destaca, convenientemente, à direita, ao lado da figura do Presidente da Indonésia – país que pune o tráfico com a pena de morte – Joko Vidodo (que é, na verdade, um fabricante e exportador de móveis) em uniforme militar. Enquanto o setor de óleo e gás – de alta tecnologia – corre o risco de desmantelamento, a indústria naval é destruída, com o fechamento de estaleiros, a indústria de defesa se desarticula, com seus principais projetos sendo ameaçados, e as maiores empresas do Brasil são arrebentadas, milhares de seus fornecedores quebram, e se pretende impor a elas multas absurdas de bilhões de reais, para que não sobre pedra sobre pedra, eliminando-se milhares de empregos, brasileiros que fazem questão de ignorar que ainda somos – apesar de tudo – a oitava economia do mundo e o terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos, e que o nosso desemprego é de um terço de países como a Espanha, comemoram em grupos como o Direitas Já, Direita Brasil, Direita Conservadora, Direita Realista, Direita Política, Tradutores de Direita, Direita Forte, Rede da Direita Nacional, Canal de Direita, Professores de Direita, Direita Atual, Direita Ocidental, Extrema Direita Nacionalista Brasileira, Linhas Direitas, Jovens de Direita, Militantes de Direita, Garotas Direitas, Sou de Direita, Extrema-Direita, Direita Unida, Direita Única, Direita Blindada, Direita Conservadora, Direita Brasil, Rua Direita, Direita Nacional Brasileira, Vem pra Direita Brasil, Skins Direitista (sic) e dezenas de outras comunidades menores, os problemas do país, torcendo, muitas vezes, abertamente, pela derrocada da Nação, a quebra do Estado de Direito e a inviabilização da economia e da governabilidade. É principalmente quado o tufão se aproxima, que é preciso escutar a voz da razão. A reação – nos dois sentidos – contra as declarações de Fernando Henrique Cardoso na internet é apenas a ponta do iceberg de um quadro claro, para o qual os setores mais influentes da sociedade brasileira ainda não acordaram – ou só estão começando – talvez tardiamente – a atentar. O PSDB corre grandes riscos se não souber corrigir o rumo de sua nau em meio à tempestade que ele mesmo ajudou a conjurar, e mesmo com o risco de perder o mandato, já existe quem esteja, como a Senadora Lúcia Vânia, de Goiás, tomando a decisão de abandonar o barco no meio do caminho, alegando não acreditar em uma “oposição movida a ódio”, e fazendo apelo a mais “equilíbrio e sensatez”, diante da gravíssima situação política que está sendo enfrentada pelo país. Ao embarcar na “direitização” da classe média, e endossar, de forma atravessada, indireta, e, eventualmente, interesseira, o discurso da exageração da crise, da criminalização dos políticos, da judicialização da política, e da repetição da irresponsável e continua multiplicação, à estratosfera, de cifras (da ordem de dezenas de bilhões de reais) em pseudo prejuízos da corrupção que não correspondem aos fatos ou às provas efetivamente, inequivocamente, colhidas até agora, o PSDB – deixando-se seduzir pela perspectiva do caos – está brincando de afagar as cabeças de Cérbero

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Os homens que estão acima da Justiça

“É uma temeridade quebrar os sigilos bancários de pessoas que têm reputação ilibada. Não existe nada que desabone a sua conduta. Eles são grandes empresários nacionais”. Foi com esse entendimento que cinco dos sete senadores (do PT, PMDB, PSDB, DEM, PP, PR e PSD) da CPI criada no Senado para apurar o escândalo envolvendo o HSBC jogaram no lixo a decisão do Supremo Tribunal Federal e voltaram atrás na decisão anterior, de quebrar o sigilo bancário de sete empresários postos acima de qualquer suspeita e fora do alcance das instituições públicas. Jacob Barata, Jacob Barata Filho, David Ferreira Barata, Rosane Ferreira Barata (que são os reis dos ônibus no Rio de Janeiro e donos de frotas em Belém), Jack Rabinovick (do grupo Vicunha), Benjamin Steinbruch e família (da privatizada Companhia Siderúrgica Nacional, CSN), mais de 8 mil brasileiros, deveriam ser investigados pela CPI. Eles são acusados de manterem contas secretas no exterior, que não foram declaradas à Receita Federal nos anos de 2006/2007 (e por isso não pagaram os impostos devidos), com valores superiores a 7 bilhões de dólares. A comprovação dos fatos, revelados por vazamento de informações feitas nos arquivos do banco, os enquadraria nos crimes de evasão de divisas e sonegação fiscal, além de lavagem de dinheiro. O STF autorizou a quebra do sigilo bancário de todos esses criminosos em potenciais. A CPI do Senado aprovou a medida. Mas logo em seguida voltou atrás. Pensando no interesse da nação? O absurdo vai ficar por isso mesmo? O caso já foi esquecido, como o escândalo da CC5, que incrementou as remessas ilegais de dinheiro para fora do Brasil? blog do Lucio Flavio Pinto [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Senadores do PT encontram a cúpula da Globo!

A coisa mais intrigante do encontro do dono da globo com senadores do PT. Realidade paralela? Uma coisa me intrigou nas palavras de João Roberto Marinho aos senadores do PT num encontro confidencial noticiado pelo DCM. É quando ele manifesta surpresa quando ouve que a cobertura das Organizações Globo é brutalmente desequilibrada contra o governo. João, como é conhecido na Globo, é um sujeito afável, um bom ouvidor, como pude testemunhar nos anos em que trabalhei na casa. Sabe reconhecer seus limites, o que é uma virtude. “Comecei no jornalismo, mas logo me dei conta de que não tinha talento”, me disse ele uma vez. “Fui para a área administrativa.” É uma coisa rara este tipo de admissão. Roberto Civita, perto de quem trabalhei anos, jamais reconheceu sua limitação como editor, com efeitos catastróficos para a Veja e para a Abril.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] João comanda a área editorial da Globo, e é quem faz a ponte com políticos e empresários. Ele passa a opinião da casa em reuniões semanais no prédio da Globo no Jardim Botânico, no Rio. Dela participam os chefes das diversas mídias da casa. Numa ata, distribuída posteriormente aos participantes, ficam registradas as diretrizes sobre os assuntos discutidos, em geral os mais complexos da cena política. Merval e Kamel, cada qual dum lado da mesa em que os editores se reúnem, falam muito, mas quem decide e define tudo, com sua voz baixa e mansa, é João. Tudo isso posto, e considerado que é um homem inteligente, como João pode alegar surpresa diante da visão de uma Globo sem isenção nenhuma na cobertura política? Palmério Dória, jornalista que produz máximas sagazes sobre a política e a mídia, arriscou uma resposta nas redes sociais. João mostrou, segundo ele, que não vê, não lê e não ouve nada em sua empresa. É uma boa tirada, mas não reflete a realidade. A primeira coisa que ele lê, pela manhã, é o Globo. E depois segue na Globo, da CBN aos jornais televisivos. Certamente incorporou o G1 à sua rotina de leituras. Isso quer dizer que ele está a par do conteúdo da Globo. Como jamais me pareceu um cínico ou mentiroso, a hipótese que me ocorre é a de um descolamento da realidade. Vi isso acontecer na Abril. Em certas conversas sobre a Veja, Roberto Civita se defendia de minhas críticas falando de uma revista isenta que só existia na sua imaginação. Em corporações como a Globo e a Abril, os donos correm o risco de se cercar de pessoas que dizem apenas o que eles querem ouvir. Não consigo imaginar ninguém, nas reuniões de terças feiras, que fosse capaz de dizer: “João, acho que temos que equilibrar a nossa cobertura. Tamos batendo demais.” Como, fora das empresas, os donos convivem com bajuladores, eles tendem a ouvir apenas louvações que os levam a ter uma ideia edulcorada do jornalismo praticado por seus editores. Acredito que João de fato se surpreendeu com o diagnóstico negativo, pesadamente negativo, que ouviu dos senadores do PT. Ele disse que iria transmitir as impressões imediatamente a seus comandados. Pelo que soube, os resultados logo apareceram. Numa única edição do JN, me contam, foi dado espaço a Lula e Dilma. Os editores da Globo não são bobos. Aquela é uma empresa papista. O papa falou, acabou a discussão. Ou então você é simplesmente descartado. Perenes, ali, apenas os Marinhos. Por isso, você deve esperar, daqui por diante, uma Globo que pelo menos fingirá alguma isenção. Dado o descalabro dos últimos meses, será um avanço. Por PAULO NOGUEIRA – Via DCM

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‘Gangsterização da política’ marca o fim da Nova República, diz Safatle

A Nova República acabou. Qualquer análise honesta da situação brasileira atual deveria partir dessa constatação. O modelo de redemocratização brasileiro, que perdurou 30 anos, baseava-se em um certo equilíbrio produzido pelo imobilismo. Desde o momento em que FHC se sentou com ACM e o PFL para estabelecer a “governabilidade”, a sorte da Nova República estava selada. Frentes heteróclitas de partidos deveriam ser montadas acomodando antigos trânsfugas da ditadura e políticos vindos da oposição em um grande pacto movido por barganhas fisiológicas, loteamento de cargos e violência social brutal. O resultado foi um sistema de freios que transformou os dois maiores grupos oposicionistas à ditadura (o PT e o núcleo mais consistente do PMDB, a saber, o que deu no PSDB) em gestores da inércia. Com uma “governabilidade” como essa, as promessas de mudanças só poderiam gerar resultados bem menores do que as expectativas produzidas. Mas a Nova República tinha também um certo princípio de contenção por visibilidade. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Esquerda”]No auge da era FHC, José Arthur Giannotti cunhou a expressão “zona cinzenta de amoralidade” para falar do que ele entendia ser um espaço necessário de indeterminação das regras no interior da dita democracia com sua “gestão de recursos escassos”. Essa zona de amoralidade, mesmo tacitamente aceita, deveria saber respeitar uma certa “linha de tolerância”, pressuposta na opinião pública. Havia coisas que não poderiam aparecer, sob pena de insuflar a indignação nacional. (…) O primeiro sintoma do fim da Nova República é a pura e simples gangsterização da política e a brutalização das relações sociais. Não há mais “linha de tolerância” a respeitar, pois não é mais necessário um “pacto pelo imobilismo”. Pacto pressupõe negociação entre atores que têm força e querem coisas distintas. Mas todos os principais atores políticos da Nova República já estão neutralizados em seu risco de mudança. Os que não querem a mesma coisa não têm mais como transformar seu desejo em ação. Assim, como não há mais linha de tolerância a respeitar, o outrora impensável pode ser mostrado, desde que sirva para desestabilizar o governo de plantão. Por exemplo, foi como um sindicato de gângsteres que o Congresso Nacional e seu presidente agiram na semana passada ao convocar, para uma CPI de fantasia, a advogada de defesa de denunciantes da Operação Lava Jato, a fim de intimidá-la. De toda forma, só uma política gangsterizada pode aceitar que o presidente da Câmara seja um indiciado a usar seu cargo para, pura e simplesmente, intimidar a Justiça, como se estivesse na Chicago dos anos 1930.

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Requião: o grande capital não quer derrubar a Dilma

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) participou nessa segunda-feira 02/08, em São Paulo, no Instituto Barão de Itararé, do lançamento do livro “Cultura do silencia e democracia no Brasil – ensaios em defesa da liberdade de expressão (1980-2015)”, do professor Venício A. de Lima.   PT votou a urgência urgentíssima para vender o pré-sal à Chevron!​ Requião tinha acabado de denunciar o caráter pigal da prisão do prisioneiro José Dirceu, que acabou devidamente transferido para o jornal nacional. Diante de uma plateia de blogueiros sujíssimos e do professor Fábio Konder Comparato, Requião soltou o verbo com desenvoltura que não se vê num petista (no Senado ou fora dele). Alguns trechos do pronunciamento de Requião (a transcrição não é literal): – Eu acreditava que o Lula era um intelectual orgânico. Mas descobri que não é. Ele foi um representante dos sindicatos para intermediar os interesses do povo com o grande capital. – Um dia eu contei para o Lula como tratei a Comunicação no Paraná. Cortei todas as verbas de publicidade. Investi na tevê estatal, a TV Educativa, e fiz um acordo com Hugo Chávez para distribuir o sinal pela Telesur.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] – Lula ouviu, pareceu muito interessado, e me disse: vai ali e diga ao Dirceu. – Dirceu ouviu e disse, mas, Requião, o Governo já tem uma tevê: é a Globo. – Eles achavam que com o velho esquema do FHC, das verbas publicitárias do Governo, eles iam conquistar a Globo. – Essa mídia técnica do Lula (e da Dilma – PHA) só favorece os grandes grupos de mídia ! – Através do Fernando Henrique (que entende muito de corrupção na China e da compra de reeleição – PHA) a banca já disse que a Dilma é honrada e séria. – E é ! – O capital financeiro quer é operar os espaços para seu projeto – não quer derrubar a Dilma. – Quer é espaço para o Cerra entregar o pré-sal. – Como é que a Petrobras não tem competência para explorar o pré-sal ? Aquilo ali em cada dez furos você acha petróleo em dez ! – O projeto do Cerra de entregar o pré-sal à Chevron, como está no WikiLeaks, só não passou no Senado porque eu, o PCdoB e o Lindberg Farias  instalamos no Senado um clima de terror ! – E o líder do PT Senado, o Delcídio Amaral, o Delcídio !, assinou o projeto de urgência urgentíssima para votar e aprovar o Cerra, para vender o pré-sal à Chevron ! – O líder do Governo assinou ! E muitos petistas se recusaram a assinar um documento para derrubar a urgência urgentíssima do Delcídio ! – Eles entregaram a Petrobras a homens do mercado. Que vão fazer com a Petrobras o que São Paulo fez com a Sabesp e o Jaime Lerner (e o Daniel Dantas) fez com a Sanepar. – Diminuir os investimentos, e entregar ! – A Petrobras está sendo administrada com a lógica do mercado. – E o Levy proibiu o BNDES de emprestar dinheiro à Petrobras ! – Essas empresas da Lava Jato … o Governo deveria estatizar elas todas. Prende os corruptos e deixa as empresas de pé ! – Eu também sou a favor da estatização completa da Petrobras. – O grande capital não quer a ruptura com a Dilma. Eles querem fazer ela sangrar ! – E nós não podemos defender os erros da Dilma. Ajuste ? Sim, era necessário. Mas, isso aí é arrocho e arrocho, não ! – O jogo do grande capital não é prender o Lula nem derrubar a Dilma. E eu ponho a minha mão no fogo por ela. – A base de apoio ao Eduardo Cunha é supra-partidária. E ele só foi eleito por culpa do PT, que resolveu adotar uma posição fisiológica, hegemônica. – Governo de coalizão ? Sem essa ! Não vou defender o PMDB, mas o que está aí não é culpa de coalizão nenhuma. – A coalizão do Governo é com o grande capital ! – O Fernando Henrique vendeu o Bamerindus ao HSBC por R$ 1. E o Bradesco comprou o Bamerindus por US$ 5 bilhões ! – Quer melhor que isso ? – A coalizão não escolheu o Levy ! Quem escolheu foi ela ! – O que ganhou a eleição foi o discurso da Dilma contra o que o Aécio ia fazer. E ela chega lá e faz o que o Aécio ia fazer ! – O objetivo não pode ser derrubar a Dilma. – Mas mudar a política da Dilma. – O Ibope dela está em 7,16% ! – Precisa explicar mais ? – A tese que unifica os brasileiros progressistas hoje é a defesa da Petrobras, o nacionalismo ! – Quem quer quebrar a Petrobras hoje é seu novo Conselho de Administração. – Que quer administrar a Petrobras como se fosse uma empresa privada ! – O Serra tem cobertura do Levy e do Governo – senão, o Delcídio não votava com ele ! – Eu quero o monopólio absoluto da Petrobras !

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Lava-Jato: Ex-companheiros de luta contra ditadura se dividem sobre prisão de Dirceu

Colegas de José Dirceu na luta contra a ditadura militar lamentaram a prisão do petista nesta segunda-feira, em mais uma fase da Operação Lava Jato, mas se dividiram quando o assunto é a confiança na inocência do ex-ministro. José Dirceu (o segundo em pé, da esquerda para a direita), junto com prisioneiros políticos libertados em troca do embaixador norte-americano em 1969. Vladimir Palmeira está no meio, sentado; sequestro de embaixador teve participação de Venceslau. Dirceu foi detido preventivamente sob suspeita de usar sua firma de consultoria como meio de obter propinas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras. Em 1969, Dirceu estava entre os 15 presos políticos libertados pelo regime militar em troca da liberação do então embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, que havia sido sequestrado por militantes de esquerda. Um dos participantes do sequestro, o economista Paulo de Tarso Venceslau disse acreditar que o ex-ministro tenha seguido o caminho da corrupção por ambição por poder e enriquecimento.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Para mim, é um momento de profunda tristeza. Fui seu companheiro, temos uma história juntos. Depois rompemos. Ele pegou os caminhos e deu no que deu”, disse Venceslau. “O poder corrompe. Aquilo tinha uma conotação ideológica, chegar ao poder por meio dos operários, dos movimentos sociais… Com a proximidade do poder em si, as pessoas mudam. Dirceu não resistiu (…) sempre foi ambicioso”, disse. Já Vladimir Palmeira, ex-líder estudantil que foi libertado junto com Dirceu após o sequestro do embaixador americano, afirmou acreditar que o ex-companheiro de resistência agiu legalmente como consultor, e que sua prisão é um “espetáculo”. “Recebo a notícia (da prisão) com tristeza porque ele é meu amigo. Em segundo lugar, acho estranho, pois ele já está preso. Prenderam um preso. Sou a favor das investigações da Lava Jato, acho que (o juiz federal Sérgio) Moro está fazendo um trabalho importante, mas me parece que há um certo exagero nas prisões”, criticou Palmeira. “A prisão preventiva é para (o acusado) não atrapalhar as investigações, mas Dirceu já está preso. Uma coisa é levá-lo para depor em Curitiba, ele é acusado, pode responder. Mas não vejo sentido em decretar nova prisão”, acrescentou. O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula foi preso após ser condenado em 2012 no julgamento do mensalão. Atualmente cumpre pena em regime domiciliar. Assim como Dirceu, Palmeira foi líder estudantil durante a ditadura e participou da fundação do PT nos anos 1980. Deixou o partido em 2011 quando a legenda aceitou a refiliação do ex-tesoureiro Delúbio Soares, também considerado culpado no processo do mensalão. Apesar de reconhecer a existência do esquema de corrupção, Palmeira disse considerar que não há provas do envolvimento do Dirceu no mensalão – e reafirmou a confiança na inocência do ex-ministro em relação às suspeitas da Lava Jato. “Conversei semana passada com ele e me pareceu tranquilo. Dirceu sempre foi tranquilo nos momentos de adversidade”, observou. Em entrevista coletiva nesta segunda, Roberto Podval, advogado de Dirceu, afirmou que a prisão do ex-ministro “não tem justificativa jurídica”. Podval disse ainda que a ação foi desnecessária e anunciou que irá recorrer da decisão. “Acreditar em consultoria é crença em Papai Noel” Já Venceslau, que também já foi amigo próximo de Dirceu, hoje tem uma visão bem diferente do ex-companheiro. Após a volta de Dirceu ao Brasil, feita de forma clandestina em 1974, ele chegou a abrigá-lo em sua casa. Durante o convívio com o companheiro no início dos anos 1980, Venceslau conta que Dirceu costumava relatar o desejo de montar um negócio de consultoria como advogado que lhe rendesse algo como US$ 10 mil por mês, para alcançar autonomia financeira. Um relatório da Receita Federal produzido por determinação do juiz Sérgio Moro, que julga as denúncias da Lava Jato em primeira instância, revelou que a empresa de Dirceu, a JD Consultoria, recebeu R$ 29,3 milhões entre 2006 e 2013. Ex-ministro foi detido sob suspeita de receber propina de empresas envolvidas em esquema de corrupção na Petrobras. Ao menos quatro empreiteiras sob investigação no esquema de corrupção da Petrobras fizeram pagamentos à empresa do petista – a OAS (R$ 2,99 milhões), a UTC (R$ 2,32 milhão), a Engevix (R$ 1,11 milhão) e a Camargo Corrêa (R$ 900 mil). “Quem acredita em Papai Noel acredita que ele fez uma consultoria”, ironizou Venceslau. A defesa do ex-ministro afirma que os serviços de consultoria foram prestados corretamente e que os pagamentos são legais. “Embrião da corrupção” O rompimento entre Venceslau e Dirceu ocorreu nos anos 1990, quando o PT foi alvo de denúncias de corrupção em prefeituras no Estado de São Paulo. Venceslau, que expôs irregularidades que teria detectado quando era secretário de Finanças de São José dos Campos, em 1993, acabou expulso do partido. Já Palmeira, embora mantenha-se fiel a Dirceu, também afirma que o PT tornou-se corrupto. Após deixar o PT, ele se filiou ao PSB, em 2013. “Como partido de esquerda o partido (PT) faliu, e terá dificuldade em se manter como um partido qualquer de centro porque está muito envolvido em corrupção. Agora, é um problema geral do sistema político brasileiro. O PT virou um partido igual aos outros”. PT nega suspeitas Em nota divulgada nesta segunda, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido “refuta as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou participado de qualquer esquema de corrupção”. O comunicado diz ainda que “todas as doações feitas ao PT ocorreram estritamente dentro da legalidade, por intermédio de transferências bancárias, e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral”. Mariana Schreiber/BBC

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Pedro Simon: ‘É impressionante que Dirceu, mesmo processado, tenha continuado’

Ex-senador teme que aconteça no setor elétrico o que ocorreu na Petrobras: ‘será um Deus nos acuda’. O ex-senador Pedro Simon em entrevista por telefone ao Jornal do Brasil, comentou a nova prisão de José Dirceu na manhã desta segunda-feira em Brasília, na 17ª fase da Lava Jato. O petista é suspeito de ter idealizado o esquema de corrupção na Petrobras, além de recebimento de propina da estatal para sua empresa de consultoria. “É um momento muito importante. Nós sabemos que o José Dirceu já está caminhando para ser reincidente”, disse o ex-senador pelo PMDB. “Ele já é réu e se for condenado novamente, não tem dedução de pena, não tem absolutamente nada. O que me surpreende são as perspectivas, não sei se verdadeiras ou não, de que alguns desses fatos que estão sendo apurados agora já são de depois do mensalão, numa hora em que José Dirceu já estava respondendo a um processo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] É impressionante. Dá uma angústia ver que Dirceu mesmo sendo processado, num processo caro onde era considerado a figura principal, tenha continuado”, afirmou Simon. Simon prevê momentos turbulentos na política nacional: “Este processo está indo por um caminho muito delicado. E se repetir agora na energia elétrica o que aconteceu com a Petrobras, vai ser um ‘Deus nos acuda’. Realmente é uma situação que fica, eu diria, quase que insustentável”. O ex-senador defendeu o trabalho que vem sendo conduzido pelo juiz Sérgio Moro: “Hoje está provado que esse juiz Moro não só é muito competente, e muito sério, mas está agindo com uma extraordinária capacidade. Ele está seguindo no ritmo como deve ser feito, respeitando o Supremo. Isso é muito bom. Não está havendo um confronto dele com o Supremo, Pelo contrário. Ele está indo e as coisas que ele está fazendo estão sendo confirmadas no Supremo”. Para Simon, o Brasil está vivendo um momento histórico e inédito: “Eu acho que uma coisa muito importante nessa hora do Brasil é que as coisas vêm funcionando no sentido da apuração e é algo que nunca aconteceu na história do Brasil”.

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De liderança contra a ditadura a preso duas vezes por corrupção

Aos 22 anos, o proeminente líder estudantil José Dirceu viu um batalhão de 215 policiais invadirem o sítio Muduru, em Ibiúna (interior de São Paulo), às 7h15 daquele sábado 12 de outubro de 1968. José Dirceu foi um principais nomes da luta contra a ditadura e das campanhas de Lula Dirceu liderou esquema na Petrobras e enriqueceu mesmo preso, diz MPF Ele participava, ao lado de cerca de mil jovens, de um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), proibido pela ditadura militar que governava o país na época. Alinhado em uma fileira com outros colegas, foi reconhecido por um investigador: – Aquela cara não é conhecida?, questionou ao delegado. – É o José Dirceu!, exclamou o responsável pelas prisões. O estudante, um dos mais procurados pela polícia política, foi retirado da massa e colocado em um carro, enquanto sorria, relata uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada no dia seguinte aos fatos. Seria este o início da montanha-russa política que ele viveria até ser preso pela terceira vez nesta segunda-feira, agora acusado de participar de um esquema de corrupção, a segunda acusação do tipo na última década. Entre as prisões de 1968 e de 2015, Dirceu passou pela extradição, o treinamento de guerrilha em Cuba, uma cirurgia plástica para viver clandestinamente, até se tornar um dos principais artífices da transformação do PT em uma sigla eleitoralmente competitiva, pelo que ganhou o posto de principal nome do primeiro Governo Lula. Daí, voltou a cair: foi condenado no escândalo do mensalão e foi para a prisão, de onde almejava influenciar o debate político por meio de seu blog e tentava se reerguer junto à esquerda militante.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Senadores da Lava Jato preparam ‘limbo’ para novo procurador-geral Cúpula da Odebrecht e Andrade Gutierrez nas mãos de Moro STF ‘congela’ ação da Lava Jato em que Eduardo Cunha é citado Operação Lava Jato, uma investigação grande demais para ‘acabar em pizza’? Até a prisão de Ibiúna, a história de Dirceu se parecia a muitas de estudantes vindos do interior. Natural da Cidade de Passa Quatro, Minas Gerais, em 16 de março de 1946, ele se mudou para São Paulo aos 15 anos, para trabalhar como office boy e estudar. Em 1965, foi aprovado no curso de direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o que mudaria sua vida. Foi lá onde iniciou sua vida política dentro do movimento estudantil para coordenar o congresso estudantil. Naquele 1968, Dirceu começaria um périplo por quatro cadeias diferentes até ser solto, quase um ano depois, em setembro do ano seguinte. Seu nome já havia ganhado relevância suficiente para constar na lista de 15 presos políticos que seriam trocados pelo embaixador norte-americano, Charles Burke Elbrick, sequestrado pela Aliança Libertadora Nacional (ANL) no que se tornaria um dos episódios mais importantes do período ditatorial brasileiro. Ao ser libertado, foi deportado para o México. Seguiu, então, para Cuba, onde passou por treinamentos de guerrilha promovidos pelo Governo da ilha comunista. Voltou ao Brasil clandestinamente em duas ocasiões. Na primeira, permaneceu no país por um ano, entre 71 e 72. Na segunda, chegou em 74, após passar por uma cirurgia plástica em solo cubano e mudar de nome. “Fiz prótese no nariz, puxei o rosto e mudei os olhos, passei a usar óculos, deixei o bigode crescer e mudei o corte de cabelo”, contou ele à imprensa, anos depois. Sua antiga identidade foi escondida até da mulher com quem casou na época. Para a empresária Clara Becker, Dirceu era Carlos Henrique Gouveia de Mello. Ela só soube da verdadeira identidade do marido em 28 de agosto de 1979, quando foi declarada a anistia aos presos políticos brasileiros. Dirceu voltou a Cuba, desfez a plástica e retomou sua identidade original, retornando ao Brasil definitivamente para ingressar na vida política oficial. Em 1980, foi um dos mais ativos articuladores da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), uma nova legenda de esquerda que tinha como nome mais importante o do então metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. Foi Dirceu um dos principais organizadores da primeira campanha de Lula a um cargo público, em 1982, quando o sindicalista de candidatou ao Governo de São Paulo e perdeu. Nessa época concluiu, 18 anos depois, o curso de direito interrompido. No partido, ocupou cargos de relevância, como a secretaria de formação política, a secretaria geral do Diretório Nacional e foi presidente por quatro vezes, a última em 2001. Em 1986, foi eleito deputado estadual em São Paulo e, quatro anos depois, deputado federal pelo mesmo Estado. Já no Parlamento, assumiu protagonismo na campanha que levaria Lula, finalmente, à presidência da República, após duas tentativas frustradas. O deputado foi central na estratégia de tornar o partido mais competitivo eleitoralmente, forjando alianças com políticos fisiológicos e aprovando propostas mais ao centro. O pragmatismo assumido pela legenda para ganhar as eleições criou forte descontentamento entre as alas petistas mais radicais. Como recompensa pela articulação vitoriosa, Dirceu assumiu a equipe de transição do Governo Lula e viu o presidente eleito declarar na imprensa que ele seria “dono do espaço que quisesse ocupar”. Escolheu, então, a Casa Civil – o ministério mais importante, responsável por chefiar as políticas de diversas pastas e por aconselhar o presidente. Tornou-se o homem forte, o braço direito de Lula. Foi de lá que, segundo sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal, teria liderado o mensalão –um esquema de corrupção descoberto em 2005 que revelou que parlamentares recebiam dinheiro desviado de órgãos públicos para aprovar as medidas propostas pelo Governo na Câmara. Teve seu mandato de deputado cassado e, nas ruas, chegou a enfrentar grande hostilidade. Conta a revista Piauí que em 2008 um homem se aproximou dele em uma churrascaria em que almoçava com uma filha. – Sa-fa-do! Seu safado! Sou eu que pago minha comida! Não é o PT ou o Governo, gritava o homem. Em 2012, no julgamento do caso no STF, foi condenado como o “chefe de quadrilha” a 7 anos e 11 meses de prisão. Rechaçou veementemente a condenação,

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A nova marcha dos insensatos

Esperam-se, para o próximo dia 16 de agosto – mês do suicídio de Vargas e de tantas desgraças que já se abateram sobre o Brasil – novas manifestações pelo impeachment da Presidente da República, por parte de pessoas que  acusam o governo de  ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país. Por Mauro Santayna Se esses brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para tomar suas decisões, como o FMI – Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, veriam que a história é bem diferente, e que se o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo o Banco Mundial, (worldbank1) o PIB do Brasil, que era de 534 bilhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois. Para subir, extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 346 bilhões de dólares, em 2014, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder. E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do país. Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial – (worldbank2) – caiu de 3.426 dólares, em 1994, no início do governo, para 2.810 dólares, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. E aumentou, também, em mais de 400%, de 2.810 dólares, para 11.208 dólares, também segundo o World Bank, depois que o PT chegou ao poder. O salário mínimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia 108 dólares, caiu 23%, para 81 dólares, no final do governo FHC e aumentou em três vezes, para mais de 250 dólares, agora. As reservas monetárias internacionais – o dinheiro que o país possui em moeda forte – que eram de 31,746 bilhões de dólares, no final do governo Itamar Franco, cresceram em apenas algumas centenas de milhões de dólares por ano, para 37.832 bilhões de dólares – (worldbank3) nos oito anos do governo FHC. Nessa época, elas eram de fato,  negativas, já que o Brasil, para chegar a esse montante, teve que fazer uma dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI. Depois, elas se multiplicaram para 358,816 bilhões de dólares em 2013, e para 370,803 bilhões de dólares, em dados de ontem (Bacen), transformando o Brasil de devedor em credor do FMI,  depois do pagamento total da dívida com essa instituição em 2005, e de emprestarmos dinheiro para o Fundo Monetário Internacional, quando do pacote de ajuda à Grécia em 2008. E, também, no terceiro maior credor individual externo dos EUA, segundo consta, para quem quiser conferir, do próprio site oficial do tesouro norte-americano -(usa treasury). O IED – Investimento Estrangeiro Direto, que foi de 16,590 bilhões de dólares, em 2002, no último ano do Governo Fernando Henrique Cardoso, também subiu mais de quase 400%, para 80,842 bilhões de dólares, em 2013, depois que o PT chegou ao poder, ainda segundo dados do Banco Mundial: (worldbank4), passando de aproximadamente 175 bilhões de dólares nos anos FHC (mais ou menos 100 bilhões em venda de empresas nacionais) para 440 bilhões de dólares entre 2002 e 2014. A dívida pública líquida (o que o país deve, fora o que tem guardado no banco), que, apesar das privatizações, dobrou no Governo Fernando Henrique, para quase 60%, caiu para 35%, agora, 11 anos depois do PT chegar ao poder. Quanto à questão fiscal, não custa nada lembrar que a média de déficit público, sem desvalorização cambial, dos anos FHC, foi de 5,53%, e com desvalorização cambial, de 6,59%, bem maior que os 3,13% da média dos anos que se seguiram à sua saída do poder; e que o superavit primário entre 1995 e 2002 foi de 1,5%, muito menor que os 2,98% da média de 2003 e 2013 – segundo Ipeadata e o Banco Central. E, ao contrário do que muita gente pensa, o Brasil ocupa, hoje, apenas o quinquagésimo lugar do mundo, em dívida pública, em situação muito melhor do que os EUA, o Japão, a Zona do Euro, ou países como a Alemanha, a França, a Grã Bretanha – cujos jornais adoram ficar nos ditando regras e “conselhos” – ou o Canadá (economichelp). Também ao contrário do que muita gente pensa, a carga tributária no Brasil caiu ligeiramente, segundo Banco Mundial, de 2002, no final do governo FHC, para o último dado disponível, de dez anos depois (worldbank5), e não está entre a primeiras do mundo, assim como a dívida externa, que caiu mais de 10 pontos percentuais nos últimos dez anos, e é a segunda mais baixa, depois da China, entre os países do G20 (quandl). Não dá, para, em perfeito juízo, acreditar que os advogados, economistas, empresários, jornalistas, empreendedores, funcionários públicos, majoritariamente formados na universidade, que bateram panelas contra Dilma em suas varandas, no início do ano, acreditem mais nos boatos das redes sociais, do que no FMI e no Banco Mundial, organizações que podem ser taxadas de tudo, menos de terem sido “aparelhadas” pelo governo brasileiro e seus seguidores. Considerando-se estas informações, que estão, há muito tempo, publicamente disponíveis na internet, o grande mistério da economia brasileira, nos últimos 12 anos, é saber em que dados tantos jornalistas, economistas, e “analistas”, ouvidos a todo momento, por jornais, emissoras de rádio e televisão, se basearam, antes e agora, para tirar, como se extrai um coelho da cartola – ou da “cachola” –

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Dom Eduardo Cunha e a beatificação pela oposição de Renan Calheiros

O jogo duplo do PMDB é uma vergonha. Políticos cínicos, oportunista e dissimulados. Pensam que são espertos e ninguém percebeu as suas manobras irresponsáveis. Um partido que faz beija mão a um elemento nocivo como esse Eduardo Cunha, não entende a advertência de Sartre: “O mal só pode ser vencido por outro mal.” Se o “cappo” Eduardo Cunha sair ileso da Operação Lava Jato, e se caso mantiver esta postura de oposição com certos valores conservadores como está exibindo, não duvido que será ele o nome do PMDB à candidatura para presidência em 2018. E aí haverá saudades da D.Dilma. Até ontem, metaforicamente, o Renan Calheiros era a encarnação do demo. Envolvido até o pescoço em numerosos escândalos de corrupção, respondendo a diversos processos na justiça, e tanto quanto o Lula, pra oposição, o inimigo número 1 do país. Pois bem. Vejo o homem do jatinho pra implantes de cabelos, das boiadas fantasmas para pagar pensão de amantes, ser transformado da noite pro dia em paladino da moral somente porque agora, e só Demo o que há por trás disso, fazer oposição à D.Dilma.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Aqueles que o que o condenavam nas redes sociais até por causa de cisco no olho, agora é aliado do PSDB. Ontem em entrevista exigia, ladeado por impolutos tucanos, mais transparência do governos, e que o governo abrisse a caixa preta de suas contas. Concordo que esse governo é uma porcaria e um antro da ladravazes, embora quem também deveria abrir a própria caixa preta das próprias bandalheiras fosse essa figura nefasta que preside o Congresso Nacional.

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