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Tremsalão: Ministério público vai investigar perdão de dívida da alstom por Alckmin

GOVERNADOR PERDOOU DÍVIDA DE R$ 116 MILHÕES DA MULTINACIONAL AS RELAÇÕES DA ALSTOM, ACUSADA DE CARTEL, COM TUCANOS SÃO INVESTIGADAS DESDE 2008 (FOTO: REPRODUÇÃO) O Ministério Público de São Paulo vai investigar o acordo entre o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e a Alstom, para perdoar dívidas de pelo menos R$ 116 milhões da multinacional francesa em um contrato de fornecimento de sistema de controle de trens para o Metrô, firmado no governo de José Serra, em 2008.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Além do perdão da multa, o governo paulista também aceitou que o CTBC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) seja entregue pela Alstom até 2021, com um atraso de dez anos. “Esse acordo feito pelo governo do estado na Secretaria de Transportes Metropolitanos foi feito sem conhecimento do Ministério Público e do Judiciário. Existe uma ação judicial proposta no final de 2014, uma ação de improbidade administrativa, questionando várias coisas referentes a contratos do Metrô e, entre eles, está incluído o CBTC, que é o sistema operacional dos trens e que foi feito para as linhas 1,2 e 3 [do Metrô]”, informou o promotor Marcelo Milani, da Promotoria de Patrimônio Público e Social. Segundo Milani, que chegou a recomendar ao Metrô que esse contrato fosse suspenso, como a questão envolvendo este contrato ainda está sub judice, tanto o Ministério Público quanto a Justiça deveriam ter sido consultados antes da assinatura do perdão da dívida. Trensalão A Alstom é alvo de várias investigações em São Paulo 2008 pelos contratos assinados com o Metrô e com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O Ministério Público de São Paulo denunciou vários, mas ainda não houve conclusão de nenhum dos processos pela Justiça.

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Empresa suspeita de ligação com Jucá recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas

Ministério Público Federal constata repasses milionários da Andrade Gutierrez, da OAS e da Mendes Júnior a consultoria indicada pelo peemedebista, segundo executivo da Andrade, para receber propina, revela o Estadão. Jucá diz que acusações são falsas e nega ter recebido propina Citada por um ex-executivo da Andrade Gutierrez como empresa utilizada para repassar propina ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), a Ibatiba Assessoria, Consultoria e Intermediação de Negócios recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. De acordo com O Estado de S.Paulo, o Ministério Público Federal constatou que os repasses foram feitos entre 2010 e 2012 pela própria Andrade Gutierrez, pela Mendes Júnior e pela OAS.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]Ex-diretor de Energia da Andrade, Flávio Barra declarou, em sua delação premiada, que Jucá indicou a consultoria para o repasse da propina. O senador, que foi líder dos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma (PT), é alvo de três inquéritos da Lava Jato. O presidente interino do PMDB deixou o Ministério do Planejamento, no governo em exercício de Michel Temer, uma semana após ter assumido o cargo após a divulgação de um áudio em que defendia o impeachment de Dilma para “estancar a sangria” das investigações. Segundo o Estadão, Flávio Barra contou aos procuradores que a Ibatiba operava como uma das empresas de fachada utilizadas para escoar propina paga pela empreiteira em razão da construção da Usina Angra 3, no Rio. De acordo com a reportagem, o montante movimentado nas contas da Ibatiba foi identificado após a Procuradoria da República solicitar a quebra de sigilo de um grupo de empresas apontadas como de fachada e ligadas à Mendes Júnior. “Não obstante os vultosos recebimentos, a Ibatiba, no período de 2010 e 2012, não declarou possuir qualquer funcionário e não efetuou qualquer pagamento a contribuintes individuais, sejam pró-labore ou autônomos, conforme se verifica a partir do exame de suas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, assinalam os procuradores em trecho do relatório. Na avaliação deles, é “manifestamente improvável que a Ibatiba efetivamente tenha prestado os serviços pelos quais foi contratada pelas empreiteiras Mendes Júnior, Andrade Gutierrez e OAS, que motivaram transferências de milhões de reais”. A defesa de Jucá disse que as afirmações do delator são “falsas” e que o senador jamais teve “intimidade” com pessoas ligadas à Ibatiba. Leia a íntegra da reportagem no Estadão

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Lava Jato: ‘A quem interessa o desmonte da delação premiada?’, questiona procurador

Nova fase, deflagrada nesta segunda, tem como principal alvo ex-tesoureiro do PT. Força-tarefa da Lava Jato esclarece detalhes da 31ª fase da Operação Lava Jato O procurador Roberson Henrique Pozzobon aproveitou a coletiva de imprensa sobre a 31ª fase da Lava Jato para fazer críticas a um empenho para prejudicar o uso dos acordos de delação premiada e de leniência nas investigações. “A quem interessa o desmonte [dos institutos dos acordos de delação premiada e leniência]? a quem investiga ou a quem por meio desses acordos é investigado”, questionou Pozzobon. Em gravações com Sérgio Machado, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) defendeu mudanças na legislação que trata de delação premiada, como impedir que presos fechassem acordo enquanto estivessem detidos. O senador avaliou que, para escapar da prisão, delatores falam “qualquer coisa, mesmo sem prova”. Mais tarde, Renan procurou garantir que enquanto comandar a Casa a lei não será alterada.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Pozzobon destacou a importância dos acordos de delação premiada e de leniência para ajudar no combate à corrupção, e defendeu a necessidade de aprovar a reforma política. Para ele, esses acordos trazem declarações que ajudam a esclarecer os fatos e também documentos. O procurador também chamou atenção para o fato de que os casos, entre diferentes fases da Lava Jato, estão interligados, em uma “grande rede de corrupção” “alastrada” pelo país, que precisa ser combatida de forma “organizada”. A 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo, investiga principalmente desvios em licitações para a reforma do Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras), no Rio de Janeiro. De acordo com o procurador Julio Noronha, os acordos de leniência “são muito importantes”, e “todos eles foram comprovados, corroborados por provas documentais.” Igor Romário de Paulo, delegado da Polícia Federal, informou que o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira permanece em São Paulo, e que todo material dos trabalhos desta segunda-feira será encaminhado para Curitiba, e um balanço deve estar disponível nesta terça-feira. Paulo Adalberto Alves Ferreira está preso desde o dia 23 na superintendência do órgão em São Paulo, em decorrência da operação Custo Brasil, também da PF, por suspeita de ter iniciado as tratativas com a Consist e recebido valores ilícitos. Ele foi um dos que tiveram prisão decretada nesta segunda-feira na Operação Abismo, junto com Edson Freire Coutinho, executivo da Schahin Engenharia, preso temporariamente no Rio de Janeiro, Erastor Messias da Silva Jr, da construtora Ferreira Guedes, Genesio Schiavinatto Jr, considerados foragidos, e Roberto Ribeiro Capobianco, presidente da Construcap. A operação, que conta com o apoio da Receita Federal, busca apurar fraude em processo licitatório e pagamentos de propinas a servidores da Petrobras. De acordo com a PF, também é investigado repasse de recursos a partido político, “em virtude do sucesso obtido por empresas privadas em contratações específicas”, “caso, por exemplo, do projeto de reforma do Centro de Pesquisas da Petrobras – Cenpes”. O esquema no Cenpes envolveu o pagamento de R$ 39 milhões em propinas em três frentes, de acordo com o MPF — uma empresa, para que ela desistisse de participar da licitação da obra; funcionários da diretoria de Serviços da Petrobras; e para Ferreira, ex-tesoureiro do PT. Entre as cinco empreiteiras envolvidas estavam a OAS e a Schahin. Com dados do JB

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Funaro: “Eduardo Cunha pode implodir governo Temer”

Doleiro diz entregará vídeos gravados sobre propinas com parlamentares do PMDB. Eduardo Cunha tem recorrido ao presidente interino Michel Temer para preservar mandato na Câmara O doleiro Lúcio Funaro, preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (30) na Operação Saqueador, garante ter gravações em vídeo com empresários e parlamentares que visitaram seu escritório em São Paulo para discutir os valores dos contratos e das respectivas propinas a serem pagas. A informação é da revista Veja desta semana.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Diante das dificuldades para negociar sua redução de pena por meio da delação premiada e mesmo admitindo a seus advogados que não será fácil, Funaro está empenhado em entregar outros beneficiários de propinas. De acordo com a revista, o doleiro teria recebido R$ 100 milhões de empresas em contratos públicos e, a mando do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregou o dinheiro a caciques do PMDB e deputados do chamado “centrão”. Atualmente afastado da Presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha conduziu na Casa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Apesar de diversos caciques do PMDB e do governo Temer estarem implicados em denúncias de corrupção em diferentes investigações, Eduardo Cunha, que se reuniu no último domingo com o presidente interino Michel Temer para salvar seu mandato na Câmara, é o que está em pior situação. O deputado ainda quer que Temer tente eleger para a Presidência da Câmara um aliado seu. Segundo a Veja, a procura do deputado pelo presidente interino tem explicação numa frase dita recentemente por Funaro, de quem Eduardo Cunha é muito próximo: “O Cunha pode implodir o governo Temer”.

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Vídeo mostra ex-presidente do PSDB negociando freio em CPI da Petrobras

Senador à época, Sérgio Guerra defende que a comissão conclua seus trabalhos com “uma discussão genérica” e diz ter “horror” a CPI. Em contrapartida, recebe a promessa de “suporte”, o que é interpretado pelos investigadores como propina. Leia a íntegra da conversa. Sérgio Guerra morreu em 2014 em decorrência de pneumonia e câncer de pulmão. Vídeo em poder da força-tarefa da Operação Lava Jato, exibido pelo Jornal da Globo, mostra uma reunião em que o então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o hoje deputado Dudu da Fonte (PP-PE), um diretor da Petrobras e representantes de empreiteiras negociam o esvaziamento da CPI da Petrobras que funcionava naquele ano, em 2009, no Senado.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Senador à época, Sérgio Guerra defende que a comissão conclua seus trabalhos com “uma discussão genérica” e diz ter “horror” a CPIs. Em contrapartida, recebe a promessa de “suporte”, o que é interpretado pelos investigadores como propina.Leia a íntegra da transcrição da conversa Clique aqui para ver o vídeo Para os investigadores, ele e Dudu da Fonte, denunciado ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção, pediram R$ 10 milhões para que as apurações não avançassem sobre as suspeitas de superfaturamento nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. “Eu tenho horror a CPI. Nem a da Dinda eu assinei. É uma coisa deplorável. Fazer papel de polícia, parlamentar fazendo papel de polícia”, diz o então senador em um dos trechos da conversa. Participam do encontro com Guerra e Dudu da Fonte o então diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o presidente da Queiroz Galvão, Idelfonso Colares Filho, Erton Medeiros, representante da Galvão Engenharia, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no petrolão. Erton Medeiros, Baiano e Paulo Roberto já sofreram condenações na Lava Jato. Com exceção de Guerra, todos são investigados na Lava Jato. O ex-presidente do PSDB morreu em 2014, aos 66 anos, em decorrência de pneumonia e câncer de pulmão. Quando morreu, o tucano era deputado federal. “Vamos fazer uma discussão genérica, não vamos polarizar as coisas. […] Eu disse ao Aluísio lá, segura. […] Quando essa […] começou, eu disse: ‘não vai ter isso […], não vai. […] Você não segura’”, diz o então senador em um dos trechos da reunião, que a Procuradoria-Geral da República interpreta como promessa de apoio para evitar o aprofundamento das investigações da CPI. “Queria fazer o combate sem ir atrás de pessoas”, diz o tucano em outro momento da conversa, ocorrida em uma sala comercial localizada no edifício Leblon Empresarial, na zona sul do Rio. As imagens, registradas pelo circuito interno de segurança da sala, foram entregues ao Ministério Público pelo empresário Marcos Duarte, proprietário do imóvel onde ocorreu o encontro e amigo de Fernando Baiano. “Termos obtusos” Segundo a PGR, os participantes da reunião utilizam “termos obtusos” para se referir a propina. Em sua delação premiada, Baiano afirma que o tema é tratado quando o presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, fala em “suporte” a Sérgio Guerra e o senador responde que o assunto deveria ser tratado “entre vocês”. “Dando suporte aí ao senador, tá tranquilo”. “Conversa aí entre vocês”, diz Guerra. De acordo com os procuradores, o encontro serviu para acertar o pagamento de R$ 10 milhões em propina ao tucano para que ele freasse as investigações da CPI da Petrobras no Senado. Abreu e Lima O principal receio, segundo os investigadores, era que a CPI se aprofundasse sobre o superfaturamento de R$ 58 milhões em um contrato da estatal com o consórcio Refinaria Abreu e Lima, formado pelas construtoras Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, e responsável por parte das obras do complexo petrolífero. O relatório final da CPI não apontou irregularidades no contrato. A Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia sequer foram citadas no parecer final da CPI, assinalou Janot na denúncia. A comissão não propôs o indiciamento de ninguém. Um dos delatores da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa relatou que o suborno foi pago a Sérgio Guerra pela construtora Queiroz Galvão, que integrava o consórcio investigado pela CPI. Denunciado Ex-líder do PP na Câmara, Dudu da Fonte foi denunciado por Janot ao Supremo Tribunal Federal. O deputado pernambucano é acusado de ter participado ativamente da negociação da propina. O procurador-geral da República pede sua condenação por corrupção passiva, a perda do mandato e o pagamento de R$ 10 milhões em danos morais. Em nota, Dudu da Fonte disse que a denúncia “será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal. “Anota-se, todavia, desde logo, que os membros da CPI, que hipoteticamente, se teria desejado encerrar, ofereceram, no 25/11/2009, com a CPI em andamento, 18 representações a esse mesmo Mistério Público acusador, diretamente ao seu chefe solicitando à adoção das providências necessárias à apuração das notícias de crime identificadas no decorrer dos trabalhos da Comissão, em especial as pertinentes às obras da refinaria Abreu e Lima”, diz o comunicado à imprensa do deputado. Já a direção nacional do PSDB afirmou que defende as investigações da Lava Jato e que o trabalho das instituições públicas brasileiras avance para os esclarecimentos necessários.

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Sérgio Machado para os Petroleiros é cahorro mmorto desde 2012

Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, em delação na Lava Jato, declarou: “Petrobras é a ‘madame mais honesta dos cabarés do Brasil’, diz Machado”.  Para a direção do Sindipetro-RJ, o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, que foi indicado pelo senador Renan Calheiros, que na política se assemelha a um dono de cabaré, e como tal, colocou na empresa um autêntico filho de “Casa de Prima.” Para não deixar dúvida para a categoria e para  a sociedade, o Sindipetro-RJ fez o enterro simbólico, de Machado, em maio de 2012, vide boletim anexo, antes da lava Jato, em frente à sede da Transpetro, no Rio, e também no mesmo mês e ano, em uma das bases mais importante da Transpetro, que é Cabiúnas, em Macaé.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Não só ele, pois muito antes da Lava Jato os sindicatos dos petroleiros já denunciavam gestores como Sérgio Machado! E diferente da lava Jato que recebe prêmio da Globo, do governo dos EUA  e de suas principais revistas como Fortune e Time, os diretores de sindicato receberam da empresa ação da justiça e até ameaças, e da Justiça recebeu até condenação à prisão, que foi substituída por pagamento de cesta básica. Além de enterros simbólicos e escrachos na casa de muitos dirigentes da companhia que só agora até sendo presos pela Lava Jato, fizemos denuncias. Estranho que, apesar das inúmeras denúncias protocoladas no Ministério  Público e Polícia Federal, nenhuma ação desses órgãos em resposta a nossas denúncias. Inclusive nesses atos, como enterro simbólico, foi enviado cópia à mídia, que também se calava. Por que quando denunciamos ninguém fazia nada e agora esse estardalhaço todo com a Petrobrás sendo alvo da PF e do MP e de denúncias diárias na mídia por conta da Lava Jato?  E como a sociedade pode entender o porquê de só se investigar a Petrobrás? E os outros escândalos? Com certeza os brasileiros gostariam que, assim como a Petrobrás, empresas como a Globo, bancos como Itaú e Bradesco, e outras empresas envolvidas em escândalos como Swssleaks e zelotes, que, diga-se de passagem, em valores sonegados estupidamente maiores do que os da Petrobrás, fossem também  alvo de operações como a Lava Jato!   Na verdade, essa justiça e a mídia enganam o povo porque, na verdade, eles não querem acabar com a corrupção na Petrobrás, o que realmente almejam é desmoralizar a empresa para vendê-la mais barata aos gringos, como fizeram com a Vale do Rio Doce, a maior mineradora do mundo vendida a preço pífio. Se estivessem preocupados com a corrupção não se calariam diante do absurdo de serem nomeadas pessoas como o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, responsável pelo apagão na época do FHC, e a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, ambos envolvidos em processo de improbidade administrativa por conta de negócios com as termoelétricas (Ação Popular 2001.71.12.002583-5) e o valor da causa é de R$ 5 bi. E ainda, para um governo que nasceu de um movimento de combate à corrupção  aceitar a indicação de um representante do banco Itaú que deve à Receita Federal R$ 18,7BI é no mínimo estranho. Considerando que qualquer empregado de empresa estatal e do funcionalismo público, na admissão, passa por uma investigação social, e que situações do presidente da Petrobrás, do BNDES e do banco Itaú seriam impeditivas para tomar posse do cargo! Inclusive, hoje, gerentes da empresa estão impedidos de receber a indenização pecuniária referente ao PIDV, por conta de ações judiciais. Só ao final das ações judiciais esses gerentes, caso absolvidos, poderão receber a indenização. Quanto ao ex-presidente Sérgio Machado, se dependesse dos petroleiros ele já estaria fora da empresa há muito tempo e procurando um cabaré, ou coisa parecida, para por em prática suas ações delituosas, coisa que os petroleiros consideram inaceitável tanto que o enterraram simbolicamente. Fonte: file:///C:/Users/Emanuel&penha/Downloads/ultimosurgente%20(1).pdf  *Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

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Maranhão desfaz manobra que ajudaria Cunha

Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara, decidiu desfazer a última manobra que havia patrocinado para socorrer Eduardo Cunha. Ele vai retirar da [ad name=”Retangulo – Anuncios – Esquerda”] uma consulta que, se aprovada, permitiria à infantaria de Cunha apresentar no plenário da Câmara emenda sugerindo a adoção de uma pena alternativa, mais branda do que a cassação do mandato. O ofício que formaliza a retirada da consulta foi assinado por Maranhão em segredo, no início da tarde desta quinta-feira (16). Após rubricá-lo, o deputado voou para o seu Estado, sem dar publicidade à providência. Seu gesto revela uma rachadura no grupo de apoiadores de Cunha, autodenominado ‘centrão’. Maranhão puxa o tapete de Cunha porque sente-se traído por ele. O palco da discórdia foi a recém-criada CPI do DPVAT. No papel, destina-se a investigar fraudes no pagamento do seguro a vítimas de acidentes de trânsito. Maranhão revelou um insuspeitado interesse pelo tema. E indicou o deputado Luís Tibet (PTdoB-MG) para presidir a CPI. A tropa de Cunha patrocinou outro nome: Marcos Vicente (PP-ES). Sem acordo, os contendores foram à sorte dos votos. E Vicente prevaleceu sobre Tibet, o preferido de Maranhão, por 15 votos a 13. Maranhão enxergou na derrota as digitais de Cunha. Abespinhado, decidiu retaliar. Daí a retirada da consulta que enviara à CCJ. A peça tinha como relator na comissão o deputado Arthur Lira (PP-AL), um investigado da Lava Jato que executa ordens de Cunha. Carlos Marun (PMDB-MS), outro aliado, já havia reconhecido em público que a intenção do grupo era propor no plenário, como alternativa à cassação de Cunha, uma suspensão por três meses. Algo que, se vingasse, resultaria em impunidade — o STF já suspendeu Cunha do exercício do mandato e da presidência da Câmara por tempo indeterminado. Derrotado no Conselho de Ética por 11 votos a 9, Cunha passou a apostar na CCJ. Ali, sem a manobra de Maranhão, terá de jogar todas suas fichas na aprovação de recurso anulando o processo de cassação do seu mandato. Longe dos refletores, os partidos do centrão promovem uma dança de cadeiras na CCJ. Trocam adversários de Cunha por parlamentares amestados. Sabem que, no plenário da Câmara, forma-se uma densa maioria a favor da descida da lâmina. O líder do governo, André Moura (PSC-SE), outro encrencado na Lava Jato e também alistado na milícia parlamentar de Cunha, assistiu à derrota do candidato de Waldir Maranhão na disputa pela presidência da CPI do DPVAT. O plano original de Cunha era que o próprio Moura, hoje um dos seus soldados mais leais, comandasse a CPI. Mas o acúmula da função com o cargo de líder revelou-se incompatível. O presidente da CPI será o deputado Wellington Roberto (PP-PB). No Conselho de Ética, ele entregou a alma a Cunha. Sua familiaridade com o universo dos seguros DPVAT é nenhuma. Marcos Vicente, o relator, tampouco entende da matéria. Ligado à CBF, ele integra a bancada da bola. A despeito de tudo, a dupla deve ter milhões de razões para querer comandar uma CPI que levará grandes seguradoras à berlinda. Blog Josias de Souza

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20 pontos que detalham a longa lista de acusações contra Eduardo Cunha

Para Ministério Público, peemedebista recebeu propina do esquema da Petrobras. Eduardo Cunha e a esposa Claudia Cruz na mira da Lava Jato. Foto: EVARISTO SA AFP Justiça do Paraná congela seus bens e quebrou seu sigilo bancário desde 2007 O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, responde a uma longa lista de acusações no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. A mulher dele, a jornalista Claudia Cruz, também é ré  no mesmo caso. Cunha, cujo pedido de cassação vai a plenário, nega que tenha cometido qualquer irregularidade.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] 1. O Supremo Tribunal Federal liberou para análise a denúncia de que o deputadoEduardo Cunha usou contas na Suíça para lavar dinheiro. Os ministros do Supremo decidirão de Cunha vira ou não réu em mais uma ação da Lava Jato. 2. O deputado já é réu no STF num processo que aponta recebimento de 5 milhões de dólares pagos como propina para liberar contrato do estaleiro Samsung Heavy com a Petrobras. Ele teria usado requerimentos para chantagear o lobista Julio Camargo e o grupo Mitsui a pagarem esse valor 3. A Procuradoria Geral da República protocolou denúnciacontra Cunha por suposto recebimento de propina de 52 milhões de reais em obras no Porto Maravilha. O dinheiro foi pago mediante liberação de recursos da Caixa a empreiteiras para benfeitorias no terminal no Rio. Fabio Cleto, ex-vice presidente da Caixa, indicado por Eduardo Cunha para o cargo, disse, em delação premiada, que o deputado recebeu essa propina numa conta no Uruguai.. 4. De acordo com o Ministério Público, o peemedebista também se utilizou de requerimentos parlamentares para pressionar donos do grupo Schahin para manter contratos com o doleiro Lúcio Funaro. Como pagamento, recebeu a quitação de dívidas de alguns carros que estão em nome de uma produtora pertencente à família de Cunha. 5. Também segundo o procurador-geral, Rodrigo Janot, o presidente da Câmara tentou intimidar a advogada Beatriz Catta Preta ao pedir que seus aliados a convocassem para depor na CPI da Petrobras. 6. A Procuradoria-geral da República sustenta que o deputado interferiu para que a CPI da Petrobras contratasse a empresa de arapongas Kroll com o objetivo de desmentir o que estava sendo dito por delatores da Lava Jato. 7. Ainda segundo Janot, o peemedebista tentou convocar na CPI familiares dodoleiro Alberto Youssef como maneira de pressioná-lo, já que é um dos delatores da Lava Jato. 9. Cunha tentou mudar uma lei para que delatores não pudessem corrigir os seus depoimentos. 9. Demitiu o diretor de informática da Câmara, Luiz Eira, logo após o jornal Folha de São Paulo publicar reportagem sobre os registros de computadores da Câmara no qual o deputado era apontado como autor de requerimentos citados como suspeitos em inquéritos da Operação Lava Jato. 10. Para a acusação, ele usou cargo de deputado para receber vantagens indevidas para aprovar parte de medida provisória de interesse do banco BTG. 11. Janot, quando pediu que o STF o afastasse do cargo, disse que ele fez “manobras espúrias” para evitar investigação na Câmara com obstrução da pauta com intuito de se beneficiar. 12. Ameaçou o deputado Fausto Pinato, ex-relator do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara. 13. Sua esposa, Cláudia Cruz, e a filha, Danielle Dytz, foram acusadas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As duas estão na mira da Operação Lava Jato.  Cláudua e Danielle movimentaram 1 milhão de dólares com um cartão de crédito ligado à conta offshore “Köpek”, na Suíça, da qual Cláudia é a única controladora. A conta recebeu depósitos de fontes suspeitas. Por causa dessa investigação, Cláudia Cruz se transformou em ré e deve ser julgada pelo juiz Sérgio Moro. 14. Uma dessas fontes foi identificada como propina, no valor de 1,5 milhão de dólares. O dinheiro teria sido recebido por Cunha por “viabilizar” a aquisição de parte de um bloco de exploração na África pela Petrobras, em 2011. 15. A maior parte do dinheiro da Köpek vem de três contas offshore de titularidade de Cunha, chamadas Triumph, Netherton e Orion. De acordo com a Procuradoria-Geral, a rota da propina da Petrobras começa em março de 2011, com um pagamento de 34,5 milhões de dólares à petroleira CBH. Dalí, o dinheiro foi para a offshores Lusitania Petroleum, para a offshore Acona e, por fim, para os “trustes” de Cunha. 16. Essas contas ficaram famosas após o deputado afirmar, na CPI da Petrobras, que não tinha contas no exterior. Quando surgiram os documentos suíços, Cunha foi acusado de mentir e de, portanto, quebrar o decoro parlamentar. Por causa disso foi aberto contra ele um processo no Conselho de Ética da Câmara. No conselho, ele se defendeu dizendo que se tratam “trustes”. Após quase oito meses de manobras protelatórias, a instância aprovou parecer que pede a cassação de seu mandato. O texto vai ser submetido ao plenário da Câmara. 18. A força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, protocolou ação civil pública de improbidade administrativa contra Cunha por ele ter, de acordo com o Ministério Público, se beneficiado do esquema de corrupção na Diretoria Internacional da Petrobras. Os procuradores pedem a suspensão dos direitos políticos de Cunha por dez anos e pedem que ele pague uma multa de 270 milhões de reais. Por ser  uma ação civil pública, o processo corre na primeira instância na Justiça, mesmo Cunha tendo a prerrogativa de foro privilegiado. 19. Em resposta a essa ação, um juiz do Paraná congelou os bens de Cunha e de sua mulher, Cláudia Cruz. Autorizou ainda a quebra de sigilo bancário de Cunha desde 2007. O deputado afastado anunciou que vai recorrer. 20. Desde 5 de maio, Cunha está afastado do seu cargo de deputado e da presidência da Câmara. Foi uma decisão inédita do Supremo Tribunal Federal,em resposta a um pedido de Janot feita seis meses antes, argumentando que o peemedebista obstruía as investigações contra ele. Carla Jimenez/El Pais

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Lava Jato, uma armadilha para o governo Temer

Desde que assumiu o poder, o presidente interino Michel Temer vem tentando costurar uma base política capaz de dar sustentabilidade a um governo surgido na esteira de uma bem organizada manobra para afastar a presidente petista Dilma Rousseff. Para montar esta base, Temer busca parceiros e cúmplices junto a políticos que têm voto na Câmara de Deputados e Senado Federal mas possuem também uma ficha pouco recomendável em matéria de negócios financeiros eleitorais. É justamente este passivo moral que compromete o currículo de muitos dos indicados para altos postos na administração federal, que hoje vivem com a espada da operação Lava Jato no pescoço.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A ofensiva anticorrupção que já atropelou o Partido dos Trabalhadores, o governo Dilma e encurralou o ex-presidente Lula, assumiu, após o afastamento da presidente, características de um trem a procura de um destino. A motivação inicial da Lava Jato era claramente anti-petista, sob a roupagem de uma operação moralizadora. Mas com o passar do tempo e com a multiplicação geométrica das denúncias contra políticos, de quase todas as siglas, e contra empresários, até então acima de qualquer suspeita, a onda moralizadora escapou ao controle de seus criadores, tomou conta da sociedade, e hoje está se transformando mais numa aspiração, quase um sonho, do que num aparato policial-judiciário-midiático. Nota-se claramente uma adesão popular à Lava Jato enquanto que os seus responsáveis e beneficiários assumem ares pouco entusiasmados na sua defesa, salvo quando as denúncias envolvem petistas e seus parceiros. As pessoas começam a dar-se conta, mais do que nunca, da contaminação do sistema politico nacional pelo vírus da corrupção sistêmica e institucionalizada, passando a exigir uma depuração que ultrapasse os limites de uma vendetta anti-Lula. O feitiço contra o feiticeiro Só que os encarregados da Lava Jato sabem que para trilhar este caminho terão que passar por cima de muitos de seus apoiadores políticos, o que é uma missão que lhes provoca alguns constrangimentos, especialmente no que se refere à equipe de Temer. Estamos assim diante de uma situação curiosa. A defesa da Lava Jato pode acabar se transformando num problema para o governo interino e para a cúpula do PMDB. Tentar reduzi-la a um processo burocrático alimentará a volúpia político-eleitoral de partidos como PSDB, Democratas e aliados minoritários, bem como dar poderosos argumentos para a direita dos deputados Jair Bolsonaro e Marco Feliciano, pastor e líder da poderosa bancada evangélica. Assim, a Lava Jato está se transformando no grande divisor de águas na política nacional e no fator que pode provocar uma reviravolta nas articulações partidárias. Se os investigadores forem fundo na busca das ramificações da corrupção em instituições como a Petrobras, maior será a convicção popular de que a maioria esmagadora dos políticos são cúmplices ou beneficiários de negócios escusos com fins eleitorais. Isto tira a presidente afastada Dilma Rousseff dos holofotes, o que pode até beneficiá-la na hora do julgamento final do impeachment. Criada para ser um instrumento mortal contra o PT, a Lava Jato pode acabar até beneficiando o lulo-petismo. A imprensa já detectou as inúmeras cascas de banana surgidas no futuro próximo do processo politico brasileiro e, especialmente o jornal Folha de São Paulo, começa a dar sinais de que há necessidade de muita cautela na avaliação do que vem por aí. Os outrora loquazes porta-vozes da chamada República de Curitiba (Ministério Público e Polícia Federal) também assumem um ar mais contido, porque parecem ter tomado consciência de que estamos entrando numa fase de desdobramentos imprevisíveis. O feitiço pode acabar se voltando contra o feiticeiro. Levado ao poder no embalo da Lava Jato, Temer pode agora ser obrigado a usar de jogos de palavras para evitar que ela acabe virando uma arma contra ele próprio. A população pode começar a dar-se conta de que a corrupção é tão generalizada que só uma eleição geral pode acenar com a possibilidade de uma limpeza geral num sistema politico que passa a ser visto, cada vez mais, como uma instituição que cuida apenas dos seus interesses eleitorais. ***** Carlos Castilho é jornalista, editor do Observatório da Imprensa e faz pós-doutorado em mídias do conhecimento.

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Furacão Lava Jato atinge partidos tradicionais a quatro meses da eleição

Conforme a investigação avança, a desconfiança da população com os partidos aumenta Manifestantes em março, em Brasília.  “Renan, não sobra ninguém, Renan! Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito. Governador, nenhum”. A frase, dita pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado em uma conversa gravada com o presidente do Senado, Renan Calheiros, pode até ser exagero. Mas poderia muito bem representar a percepção do brasileiro em relação ao sistema político atual. O que até pouco tempo parecia se concentrar mais no PT, se esparramou para as principais legendas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Conforme as investigações da Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, avançam e se aproximam da casta política dos partidos tradicionais, que sempre pareceu intocável. A sensação é de que o sistema político brasileiro parece estar à beira de um colapso e, com seus principais nomes sob suspeita, enfrenta danos cada vez maiores a suas imagens. E a pergunta que fica é: os partidos conseguirão sobreviver a isso? Só nas últimas semanas, as gravações feitas por Machado, um ex-aliado do PMDB e do PSDB que se tornou delator na Lava Jato, comprometeram ainda mais não só Calheiros, mas Romero Jucá, presidente nacional do PMDB, que acabou afastado do cargo de ministro, e Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, que nesta quinta-feira foi alvo de um novo pedido de investigação feitopelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Além deles, o principal nome do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, também já é investigado, assim como outro peemedebista de peso, Eduardo Cunha, que se tornou réu na operação e acabouafastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal. O desgaste na imagem dos partidos não é causado apenas pelo envolvimento de seus quadros com a corrupção. Mas os escândalos ajudam a piorar uma situação que nos últimos anos já não é das melhores. A última pesquisa Datafolha sobre a próxima corrida presidencial, feita em abril deste ano, mostra que os principais nomes presidenciáveis despertam cada vez menos paixões. Aécio Neves, por exemplo, que quase ganhou de Dilma Rousseff na última eleição, tem caído nas preferências desde dezembro do ano passado, quando tinha 27% das intenções de voto -hoje tem 17%. Geraldo Alckmin, outro tucano presidenciável, também tem recuado -foi de 14%, em dezembro, para 9%, em abril. O mesmo aconteceu com o outro nome forte do partido, José Serra -foi de 15% para 11%, no mesmo período. Os três chegaram a ser vaiados numa manifestação que pedia o impeachment de Rousseff neste ano. Lula é o único que parece caminhar um pouco na contramão, viu suas chances subirem de 17%, em março, para 21%, em abril. Pesquisas do Ibope também têm mostrado que a rejeição dos brasileiros aos partidos políticos chegou a níveis recordes – em abril de 2015, por exemplo, 66% dos brasileiros afirmavam não ter simpatia por nenhuma legenda; repetida em fevereiro deste ano, 47% fizeram a mesma afirmação. Em 1988, quando essa pesquisa foi realizada pela primeira vez, esse número era de 38%. Nesse mesmo ano, o PMDB era o partido que aglutinava a maior preferência (com 25%) e hoje caiu para apenas 11%. PT, que um ano antes da eleição de Lula para presidente, em 2001, tinha a simpatia de 25% dos entrevistados, hoje tem a de apenas 12%. E, depois da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff pelo Senado, no mês passado, poucos brasileiros (26%) demonstraram ter esperança de que o país se tornaria mais honesto – após o impeachment de Fernando Collor, em 1992, essa taxa era de 44%. “A relação do eleitorado com os partidos, que vinha crescendo, começa a se deteriorar principalmente a partir de 2005 [ano do mensalão, que arrastou nomes importantes do PT]”, explica Maria do Socorro Braga, professora de ciência política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e especialista em comportamentos políticos. “Quanto mais os partidos têm nomes envolvidos [com corrupção], maior a tendência do eleitorado de se afastar desses partidos”, afirma. Para a professora, a Lava Jato se tornou o ápice desse processo. O cientista político Antonio Lavareda, especialista em comunicação eleitoral, concorda. “A Lava Jato se tornou uma variável de incerteza e imprevisibilidade. Ela passa como um trator sobre os partidos políticos mais tradicionais e torna os eleitores mais incrédulos em relação a eles e aos candidatos”. Neste cenário, ressalta, torna-se muito difícil imaginar as consequências que nas próximas eleições, ressalta ele. Para o cientista político, se o desempenho do Governo Michel Temer não melhorar, é possível que o cenário nacional, que não costuma impactar as eleições municipais, acabe causando mudanças nos quadros das cidades, especialmente nas capitais. “O exemplo clássico disso aconteceu em 1988, quando as turbulências do Governo [José] Sarney eram tão grandes que levaram à eleição em São Paulo de Luiza Erundina”. Na época, ela pertencia ao PT, partido que ainda não tinha muita expressão no cenário nacional. “Era vista como uma candidata antissistema”, ressalta o cientista político. Braga, da UFSCar, também acha que em um cenário tão tumultuado tudo é mais difícil de prever, mas ela crê que, na esteira da Lava Jato, candidatos ligados à Justiça podem acabar ganhando destaque. De uma coisa, entretanto, ela tem certeza: os partidos tradicionais, se quiserem mudar essa tendência de distanciamento da população, precisam começar a fazer uma autoanálise e tomar medidas que mostrem que não compactuam com a corrupção. “Os próprios partidos precisam se reorganizar para punir seus políticos, reforçar suas comissões de ética. É preciso que exista uma reeducação da classe política para que a população comece a se sentir mais contemplada.” Nas conversas do ex-ministro Romero Jucá gravadas pelo ex-presidente da Transpetro fica claro que os próprios políticos já estão cientes das dificuldades que enfrentam perante a opinião pública. “Nenhum político tradicional ganha eleição, não”, diz ele a Machado. Em outro trecho, ele sugere que a operação Lava Jato tem o objetivo de começar do zero a política brasileira. “[Eles querem] acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta”. A frase é irônica, mas

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