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Çerra cumprindo o que lhe foi ordenado.

1. Primeiro o pré sal – esse já foi! 2. Com o fascista “hermano de los pampas”, trabalhando para desmontar o Banco dos BRICS. 3. Acordo nuclear com a empresa acima do Rio Grande, afunda – ainda em construção – o submarino nuclear dos Tapuias. 4. Com tratados como o TPP e o TISA, Çerra arrisca tirar do Brasil o status de ator global [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Requião: o grande capital não quer derrubar a Dilma

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) participou nessa segunda-feira 02/08, em São Paulo, no Instituto Barão de Itararé, do lançamento do livro “Cultura do silencia e democracia no Brasil – ensaios em defesa da liberdade de expressão (1980-2015)”, do professor Venício A. de Lima.   PT votou a urgência urgentíssima para vender o pré-sal à Chevron!​ Requião tinha acabado de denunciar o caráter pigal da prisão do prisioneiro José Dirceu, que acabou devidamente transferido para o jornal nacional. Diante de uma plateia de blogueiros sujíssimos e do professor Fábio Konder Comparato, Requião soltou o verbo com desenvoltura que não se vê num petista (no Senado ou fora dele). Alguns trechos do pronunciamento de Requião (a transcrição não é literal): – Eu acreditava que o Lula era um intelectual orgânico. Mas descobri que não é. Ele foi um representante dos sindicatos para intermediar os interesses do povo com o grande capital. – Um dia eu contei para o Lula como tratei a Comunicação no Paraná. Cortei todas as verbas de publicidade. Investi na tevê estatal, a TV Educativa, e fiz um acordo com Hugo Chávez para distribuir o sinal pela Telesur.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] – Lula ouviu, pareceu muito interessado, e me disse: vai ali e diga ao Dirceu. – Dirceu ouviu e disse, mas, Requião, o Governo já tem uma tevê: é a Globo. – Eles achavam que com o velho esquema do FHC, das verbas publicitárias do Governo, eles iam conquistar a Globo. – Essa mídia técnica do Lula (e da Dilma – PHA) só favorece os grandes grupos de mídia ! – Através do Fernando Henrique (que entende muito de corrupção na China e da compra de reeleição – PHA) a banca já disse que a Dilma é honrada e séria. – E é ! – O capital financeiro quer é operar os espaços para seu projeto – não quer derrubar a Dilma. – Quer é espaço para o Cerra entregar o pré-sal. – Como é que a Petrobras não tem competência para explorar o pré-sal ? Aquilo ali em cada dez furos você acha petróleo em dez ! – O projeto do Cerra de entregar o pré-sal à Chevron, como está no WikiLeaks, só não passou no Senado porque eu, o PCdoB e o Lindberg Farias  instalamos no Senado um clima de terror ! – E o líder do PT Senado, o Delcídio Amaral, o Delcídio !, assinou o projeto de urgência urgentíssima para votar e aprovar o Cerra, para vender o pré-sal à Chevron ! – O líder do Governo assinou ! E muitos petistas se recusaram a assinar um documento para derrubar a urgência urgentíssima do Delcídio ! – Eles entregaram a Petrobras a homens do mercado. Que vão fazer com a Petrobras o que São Paulo fez com a Sabesp e o Jaime Lerner (e o Daniel Dantas) fez com a Sanepar. – Diminuir os investimentos, e entregar ! – A Petrobras está sendo administrada com a lógica do mercado. – E o Levy proibiu o BNDES de emprestar dinheiro à Petrobras ! – Essas empresas da Lava Jato … o Governo deveria estatizar elas todas. Prende os corruptos e deixa as empresas de pé ! – Eu também sou a favor da estatização completa da Petrobras. – O grande capital não quer a ruptura com a Dilma. Eles querem fazer ela sangrar ! – E nós não podemos defender os erros da Dilma. Ajuste ? Sim, era necessário. Mas, isso aí é arrocho e arrocho, não ! – O jogo do grande capital não é prender o Lula nem derrubar a Dilma. E eu ponho a minha mão no fogo por ela. – A base de apoio ao Eduardo Cunha é supra-partidária. E ele só foi eleito por culpa do PT, que resolveu adotar uma posição fisiológica, hegemônica. – Governo de coalizão ? Sem essa ! Não vou defender o PMDB, mas o que está aí não é culpa de coalizão nenhuma. – A coalizão do Governo é com o grande capital ! – O Fernando Henrique vendeu o Bamerindus ao HSBC por R$ 1. E o Bradesco comprou o Bamerindus por US$ 5 bilhões ! – Quer melhor que isso ? – A coalizão não escolheu o Levy ! Quem escolheu foi ela ! – O que ganhou a eleição foi o discurso da Dilma contra o que o Aécio ia fazer. E ela chega lá e faz o que o Aécio ia fazer ! – O objetivo não pode ser derrubar a Dilma. – Mas mudar a política da Dilma. – O Ibope dela está em 7,16% ! – Precisa explicar mais ? – A tese que unifica os brasileiros progressistas hoje é a defesa da Petrobras, o nacionalismo ! – Quem quer quebrar a Petrobras hoje é seu novo Conselho de Administração. – Que quer administrar a Petrobras como se fosse uma empresa privada ! – O Serra tem cobertura do Levy e do Governo – senão, o Delcídio não votava com ele ! – Eu quero o monopólio absoluto da Petrobras !

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Corrupção e soberania nacional

“[…] é preciso estar atento e forte…” Caetano Veloso Ontem, em mais um episódio relacionado à Operação Lava Jato, foi decretada, pelo juiz Sérgio Moro, a prisão do vice-almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, pois, segundo um delator, ele teria se beneficiado pelo recebimento de propina. Esta prisão, ao contrário da maioria das anteriores, acende uma “luz amarela” que parece alertar que pode haver muito mais interesses envolvidos nessa mega-operação da Polícia Federal do que aqueles que supomos. Em primeiro lugar, e para que eu não seja mal interpretado, que fique bem claro: todo e qualquer cidadão comprovadamente envolvido em corrupção deve ser penalizado conforme determina a lei – seja ele agente político (e não importa a qual partido pertença ou a qual partido esteja vinculado: devem cumprir pena, caso condenados, os políticos do PT, bem como seus homens de confiança, assim como políticos e agentes de qualquer outro partido) ou particular interessado. Não é possível compactuar com a corrupção ou relativizar seus efeitos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A luta contra a corrupção deve ser contínua. O motivo, porém, que faz acender a tal “luz amarela”: o vice-almirante preso ontem foi o responsável pelo início e pela continuidade do desenvolvimento da tecnologia nuclear brasileira. A questão, aparentemente, começa a extrapolar o universo da corrupção e, ao que tudo indica, já esbarra na própria soberania nacional. O programa nuclear brasileiro (e isso não é sabido pela maioria dos cidadãos) é de excelência ímpar, e já há muito tempo despertou o interesse de potências estrangeiras. As ultracentrífugas para enriquecimento de urânio desenvolvidas no Brasil pelo programa conduzido pelo Vice-Almirante Othon são muito mais eficientes, em termos energéticos, do que as mais modernas centrífugas em utilização na Europa ou nos EUA. Segundo o almirante Alan Arthou, diretor do Centro Tecnológico da Marinha, o Brasil foi o único país a desenvolver ultracentrífugas por levitação magnética, tecnologia que proporciona esse desempenho energético significativamente maior. Quem conhece efetivamente o ramo assegura que as centrífugas brasileiras só encontram concorrência naquelas desenvolvidas no Irã (o que, se confirmado, explicaria muita coisa que ocorreu nos últimos anos). É de se ressaltar que, além do aspecto estratégico do tema e de sua evidente vinculação ao futuro da soberania nacional, o mercado do enriquecimento de urânio, segundo estimativas, movimenta cerca de 20 bilhões de dólares por ano. Além disso, sob a batuta do Vice-Almirante está sendo desenvolvido o primeiro submarino nacional movido a energia nuclear, fundamental se considerados os aparentemente intermináveis campos de petróleo do Pré-Sal localizados em mar aberto na costa brasileira. Segundo a agência de notícias Defesanet, especializada em defesa, estratégia e inteligência e segurança, a prisão do Vice-Almirante Othon pode incentivar o ataque ao único projeto estratégico brasileiro que realmente eleva a nação a um patamar vários níveis acima. Nas entrelinhas: não seria o Vice-Almirante o alvo, e sim a Eletronuclear e toda a estratégia nuclear brasileira. Abstraídos o prejuízo causado pelas ações da Lava Jato no desenvolvimento da infraestrutura nacional e seus efeitos negativos no próprio crescimento do PIB, e mais uma vez deixando claro que ninguém em sã consciência pode ser contrário ao combate à corrupção e respectiva penalização de seja lá quem for (almirante, político, bilionário, governador ou presidente), é necessária muito mais cautela na análise dos desdobramentos (e, especialmente, da motivação) das ações da Polícia Federal e das decisões do juiz Sérgio Moro. É possível, em última análise, que não se trate apenas da corrupção, e que interesses geopolíticos, industriais e comerciais estejam atuando nos bastidores. É possível que o nosso futuro esteja sendo desconstruído sem que tenhamos consciência disso. por: Ronaldo Del Dotore

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A estranha história do Almirante Othon, que dedicou a vida à soberania do Brasil

O Vice-Almirante Othon Pinheiro da Silva, mandado prender hoje por Sérgio Moro, é o mais legítimo sucessor do também Almirante Álvaro Alberto, que pôs em risco a própria carreira para desenvolver o conhecimento brasileiro sobre a energia nuclear e sua aplicação prática. Othon – como fizera Alberto em 1953, quando conseguiu o apoio de Getúlio Vargas para que o Brasil importasse secretamente centrífugas para enriquecimento de urânio, bloqueadas pelos EUA à última hora – também recorreu a expedientes bem pouco ortodoxos para superar os boicotes, as dificuldades e a incredulidade e fazer o Brasil dominar o ciclo de enriquecimento do urânio. Obter para o nosso país o domínio do ciclo da energia nuclear é semelhante ao que fez Prometeu fazendo o fogo deixar de ser privilégio dos deuses do Olimpo. Desta história, porém, saltam situações muito estranhas. Othon, hoje com 76 anos, já tocou projetos milionários e até bilionários: além do enriquecimento de combustível nuclear, o projeto brasileiro de submarino, construção de navios, obras de infra-estrutura e muitos outros. Tem um currículo técnico e operacional invejável, que inclui pós-graduações em engenharia mecânica e nuclear no famosíssimo Massachusetts Institute of Technology, nos EUA.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Enfrentou, ao longo da carreira, indizíveis pressões norte-americanas contra a absorção de tecnologia nuclear por países de sua zona de influência e resguardou segredos pelos quais, com facilidade, alguém que estivesse disposto a lesar seu país poderia ter vendido por uma pequena fortuna. Agora, o MP diz que Othon teria recebido R$ 4,5 milhões como vantagens por um contrato aditivo de R$ 1,24 bilhões para a construção de Angra 3. Ou 0,36% do valor. A Folha publica que sua empresa de consultoria teria recebido, em sete anos, R$ 6,1 milhões. Isso dá R$ 870 mil por ano. De faturamento bruto, é menos do que está sendo proposto para a fixação de limite para a classificação como microempresa, segundo o Sebrae. Muito menos do que alguém com a sua história profissional poderia ganhar com consultoria empresarial no mercado. Bem menos do que muitos oficiais militares e policiais, depois de aposentados, obtém com empresas de segurança privada. Ninguém, militar ou civil, está imune a deslizes e se os praticaram devem ser punidos. Como todos devem ter a presunção de que são inocentes e o Almirante Othon sequer foi chamado a explicar os valores faturados por sua empresa de consultoria. Esta história, construída a partir de um delator de fundilhos sujos que quer livrar sua pele dizendo o que lhe for mandado dizer não pode ser suficiente para enjaular um homem, muito menos um que tem uma extensa folha de serviços ao país. As coisas na Operação Lava jato são assim, obscuras e unilaterais, com um juiz mandando prender como alguns militares mandavam prender na ditadura. É indispensável que o país ouça, como o Dr. Moro não se interessou em ouvir, a versão do Almirante Othon sobre os fatos – se é que existiram – que a Polícia Federal e o MP dizem ter ocorrido. E é estranho que se tenha escolhido justamente uma área tão sensível como a da energia nuclear para que o Dr. Moro detonasse suas bombas de fragmentação, que ferem e destroem honra e empresas nas áreas mais estratégicas para este pobre Brasil. Por Fernando Brito/Tijolaço

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Espaço marítimo brasileiro é vulnerável

A vulnerabilidade do mar brasileiro é, atualmente, o eixo da inquietação dos militares, embora não admitam o fato publicamente. No entanto, as Forças Armadas reconhecem, em apresentações internas, que a defesa dos espaços marítimos brasileiros, incluindo a área do pré-sal, é um desafio abissal. Segundo reportagem de Chico Otávio do jornal O GLOBO, além da conhecida defasagem tecnológica, cenários não afastam a possibilidade de questionamentos futuros sobre a soberania nacional nos campos mais remotos de exploração oceânica de petróleo. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Petróleo: Falência anunciada

A atual queda dos preços do petróleo, atribuída em boa parte ao gás de xisto, está inserida em um movimento mais amplo de início do fim do atual ciclo de alta das commodities, o qual incluiria ainda o minério de ferro, as commodities agrícolas e até o ouro? Mesmo que os EUA comecem a exportar gás natural liquefeito (GNL) para a Europa, ainda se trata de uma questão em aberto, devido aos custos dessa operação e ao volume do excedente exportador americano no médio prazo. Em 2007, foi constituído nos Estados Unidos um empreendimento chamado “Energy Future Holdings”, destinado à compra no Texas de termelétricas a carvão. Seus controladores investiram US$ 8 bilhões do próprio bolso e fizeram dívida de outros US$ 37 bilhões na maior operação de compra alavancada da história dos EUA. O banco de investimento Goldman Sachs e o investidor Warren Buffett (através da holding Berkshire Hathaway), entre outros nomes famosos, investiram no negócio, tendo somente Buffett emprestado US$ 2 bilhões à EFH. Em 29 de abril de 2014, a EFH entrou com pedido de falência na Justiça americana. O preço da estabilidade A causa da falência foi a queda dos preços do gás natural nos EUA, a partir de 2008, com a revolução do “shale gas” (em português, “gás de xisto”), o que tornou as termelétricas a carvão da EFH economicamente não rentáveis. Buffett recebeu US$ 837 milhões de juros da dívida e depois a revendeu por US$ 259 milhões em 2012, tendo tido prejuízo bruto de cerca de US$ 900 milhões. Nem Warren Buffett, conhecido por apostar em bons negócios no longo prazo, previu o alcance da revolução, já em andamento em 2007, do gás (e petróleo) de xisto nos EUA, a qual fez o preço do gás para geração elétrica cair para menos da metade naquele país entre 2008 e 2014 e, mais recentemente, tem feito despencar os preços internacionais do petróleo. Segundo a Agência Internacional de Energia, os EUA já ultrapassaram Arábia Saudita e Rússia como primeiro produtor mundial de hidrocarbonetos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Nova realidade Há uma série de mudanças em curso no mundo diante dessa nova realidade. Primeiro, a queda dos preços do petróleo ameaça o desenvolvimento e a lucratividade de projetos de exploração de alto custo, como no Ártico e no pré-sal brasileiro. Segundo, a redução do custo da energia nos EUA, em conjunto com o aumento do salário médio na China e outros países asiáticos com grande oferta de mão-de-obra barata nas duas últimas décadas, está provocando uma realocação da produção industrial com destino aos EUA, sobretudo de plantas intensivas em consumo de energia, como a produção de alumínio. Os países da UE, por sua vez, parecem não estar aproveitando essa tendência, por terem investido talvez demais em fontes limpas de energia cujo custo começa a se mostrar não competitivo. Ainda em consequência da queda dos preços do petróleo, governos de países altamente dependentes da renda petrolífera, como Venezuela e Argélia, poderão ter problemas à frente na hora de fechar suas contas orçamentárias. Por fim, há uma mudança geopolítica em curso, com os EUA cada vez menos dependentes do petróleo do Oriente Médio, o que tende a reduzir a importância da região no tabuleiro político internacional. Quanto à redução da dependência europeia em relação ao gás russo, mesmo que os EUA comecem a exportar gás natural liquefeito (GNL) para a Europa, ainda se trata de uma questão em aberto, devido aos custos dessa operação e ao volume do excedente exportador americano no médio prazo. Perdas com sanções se somam à queda do preço do petróleo Já a questão da reprodução do “boom” do gás de xisto em outros países, apesar de, do ponto de vista geológico, isso ser possível, na prática é uma tarefa com variáveis desafiadoras. Com a tecnologia existente hoje nos EUA, há reservas de gás de xisto em grande volume na China, Argentina, Argélia, Rússia, Canadá, Brasil e outros países. Fenômeno a ser repetido? Mas boa parte dos analistas considera a revolução do “shale” nos EUA não só um fenômeno geológico ou tecnológico, mas também institucional, pelas seguintes razões: a) existência de grande número de empresas de petróleo independentes de pequeno e médio porte, responsáveis por cerca da metade da produção total do país; b) abundância de água (o que não ocorre, por exemplo, na China); c) existência de uma indústria financeira capaz de bancar os riscos da exploração do gás de xisto; d) nos EUA, os recursos do subsolo pertencem aos proprietários da terra, diferentemente, por exemplo, do Brasil, onde pertencem à União; e) regime fiscal altamente flexível e atrativo. Além disso, há nos EUA quase 6 milhões do poços de petróleo já perfurados, enquanto no Brasil não chegam a 30 mil. O subsolo americano, sobretudo nas áreas de maior ocorrência do gás de xisto (Dakota do Norte e Texas), já é ampla e detalhadamente conhecido, o que torna o sucesso exploratório do gás de xisto muito alto e compatível com o rápido declínio da produtividade média dos poços. Some-se a isso uma extensa rede de gasodutos já implantada nos EUA, em contraste com, por exemplo, a reduzida rede do Brasil. Para se ter uma ideia do atual frenesi exploratório nos EUA, só em outubro último foram lá perfurados cerca de 9.500 poços, enquanto no Brasil, no ano de 2013, esse número foi de 140. A comparação que fizemos foi com o Brasil, mas poderia ser com a Argentina, que possui ampla reserva de gás de xisto no campo de Vaca Muerta. Os investimentos necessários à viabilização do mesmo serão certamente muito maiores, em termos de capital inicial (Capex), para não falar dos custos operacionais (Opex), do que em Dakota do Norte e no Texas. Daí a conta a fazer sobre a viabilidade do projeto tem que ser muito diferente da feita nos EUA, isso valendo também para as bacias do Solimões, do Amazonas e do Paraná, onde, no Brasil, estima-se haver significativo volume recuperável de gás de xisto. Clique para ver

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Petróleo, Brasil, Iraque, Líbia e o nosso pré-sal

Desde sua descoberta no início do século XX, o petróleo passou a ser a principal fonte de energia, gerando um progresso acelerado aos países que se industrializaram e formaram grandes potências econômicas, mas ao mesmo tempo criando uma monumental dependência das reservas existentes. O petróleo é o elemento principal da economia das grandes potências, originando progresso e riqueza, mas o mesmo não acontece com os países produtores. A economia mundial está totalmente dependente do petróleo, sem ele as grandes potência param. O texto abaixo trata da importância que o Brasil deve dar às reservas do pré-sal. O Editor A próxima crise do petróleo. Fernando Siqueira, presidente da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras), esteve no PDT do Rio e deu importantes declarações, que interessam a todos e vamos transcrever alguns trechos, conforme tiramos do gravador.  O petróleo é o mais eficiente de todos os fornecedores de energia. Tem relação de 100 para um. Com o petróleo, com 1 unidade de energia gasta, tem 100 unidades de energia. No mar, isso cai: para uma unidade de energia, obtém 23. O segundo colocado é o carvão, de nove para um. Uma unidade de energia, nove. O petróleo é o mais fácil de transportar, manusear; outra função é petroquímica. Ou seja, 85 por cento dos produtos que consumidos hoje, na vida moderna (dvs, plástico, automóveis etc.) derivam de produtos do petróleo. É difícil substituir todos esses produtos. Para substituí-los serão necessários 25 anos. O mais perto é a biomassa, derivada do etanol e a indústria derivada da glicerina – a indústria química.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Hoje os países desenvolvidos calcaram seu desenvolvimento nesse produto, que eles não têm. Como não têm, e o seu desenvolvimento é calcado no petróleo, querem tomá-lo de quem tem. Saddam Hussein foi morto por isso, com a desculpa de que possuía armas de destruição em massa. Dois anos antes da invasão americana, estive lá, alertei os iraquianos por isso. Infelizmente aconteceu. Agora Kadafi foi assassinado também por conta do petróleo líbio. Por quê? A Líbia tem 60 bilhões de barris. Arábia Saudita e Kuwait já estão sob controle americano. A Arábia Saudita tem 265 bilhões de barris, o Irã 160 bilhões, o Iraque 120 bilhões de barris de petróleo. A Venezuela, oficialmente, tem 80 bilhões de barris. O petróleo é o produto mais cobiçado do mundo. Por quê? Os EUA têm 20 bilhões de barris e consumem 10 bilhões por ano. Por isso eles estão na absoluta insegurança. A Europa está pior ainda, porque não tem nada. A China tem 12 bilhões e consome cinco bilhões por ano. A Europa não tem nada e consome 8 bilhões por ano. Todos eles precisam do petróleo para manter o seu desenvolvimento. Por isso não acatam a autodeterminação dos povos. A indústria do petróleo é a mais violenta de todos. Quase todos conflitos depois da Segunda Guerra Mundial tiveram o petróleo como fundo. Agora a coisa está ficando mais séria porque especialistas independentes prevêem que estamos entrando no pico mundial de produção. Entre agora e 2014, vamos atingir 86 milhões de barris por dia de produção, vamos consumir esses 86 milhões. E a partir, vai cair a produção do mundo, por não se ter capacidade de produção a curto prazo. Aí o que se faz, já que a demanda não vai cair na mesma proporção? Vai se intensificar a crise e o petróleo vai subir ainda mais. Um barril de petróleo a 200 dólares representa uma brutal sangria na economia dos EUA. Por isso, quando descobrimos o pré-sal em 2007, a primeira providencia dos EUA, no governo Bush, foi criar a IV Frota da Marinha dos EUA. Quem está no Atlântico Sul? Brasil e Argentina. E o pré-sal. Sergio Caldieri/Tribuna da Imprensa

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Eleições 2014: Dilma Rousseff, acertos e oposição desacertada

A presidente Dilma Rousseff, caso deseje a reeleição, terá o pré-sal, o minha casa minha vida, crescimento do PIP de 5%/ano e a copa do mundo, entre outros trunfos, para turbinar a campanha. Ah, sem esquecer a turma que não deseja a volta do “cara”. A oposição, se é que se pode assim chamar a “meia dúzia de 3 ou 4”, tem somente a lembrar os feitos de FHC – plano real – e martelar nos mal feitos do mensalão, maracutaia que contamina todos os partidos, e que a população nem mais lembra. Não esquecer o “espírito agregador” de José Serra, o mais emplumado tucano: “Eu posso não ser presidente em 2.014, mas o Aécio também não será”. Para alguns observadores mais argutos da cena política brasileira, o PSDB teve a chance de jogar o PT pras calendas com o Mensalão e não deixar que se iniciasse uma “era Lula”. Contudo, preferiu fazer um “acordão” Serra/Lula em 2006. O Editor PS 1. Vocês não acham que 100 dias é pouco tempo para se determinar acertos e desacertos? PS 2. E ainda tem que acredite que DEM, PSDB e PT são diferentes. Juro! Oposição enxerga acertos em Dilma e se desnorteia Três meses de Dilma Rousseff foi tempo bastante para que Fernando Henrique Cardoso alterasse o conceito que fazia dela. Presidente de honra do PSDB e principal ideólogo da oposição, FHC pespegara em Dilma, durante a campanha de 2010, a pecha de “boneca de ventríloquo”. Insinuara que, eleita, quem daria as cartas seria Lula, não ela. Hoje, em diálogos privados, FHC reconhece que Dilma o “surpreendeu”. Positivamente.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A avaliação de FHC se espraia por toda a oposição. Alastra-se pelo PSDB e também pelo DEM, seu parceiro de oposição. Tornou-se consensual entre os adversários do governo a percepção de que, a menos que ocorram tropeços, não será fácil se opor a Dilma. Avalia-se que a presidente revelou-se dona de personalidade própria. Distancia-se de Lula nos pontos que alimentavam as fornalhas da oposição. Substituiu a histrionia pela parcimônia verbal. Trocou a ideologia pelo pragmatismo. Distanciou-se do Irã. Reachegou-se aos EUA. Anunciou cortes orçamentários. Como se fosse pouco, revelou-se capaz de gestos como o convite a FHC para o almoço oferecido ao visitante Barack Obama. Um gesto que, tonificado pela ausência de Lula, forçou FHC a derramar-se elogios sobre os microfones. Afora a ausência de discurso, a oposição debate-se consigo mesma. PSDB e DEM são, hoje, os principais adversários do PSDB e do DEM. O tucanato, agremiação de amigos 100% feita de inimigos, revolve suas divisões. Divisões internas e eternas. No centro de todas as trincas está José Serra, o candidato que a ex-boneca abateu com a ajuda do ex-ventríloquo. Serra mede forças com Aécio Neves por 2014. Digladia-se com Sérgio Guerra pela presidência do partido. Disputa com Geraldo Alckmin a hegemonia em São Paulo. O DEM, depois de engolfado pela “onda Lula”, luta para que a lipoaspiração congressual não evolua para um raquitismo patológico. Os ‘demos’ que não aderiram ao projeto de novo partido do prefeito Gilberto Kassab dividem-se em dois grupos. Uma ala olha para o futuro com grandes dúvidas. A outra já não tem a menor dúvida: o futuro é uma fusão com o PSDB, uma espécie de inexorável à espera do melhor momento para acontecer. Assim, dividida, dilacerada e sem norte, a oposição enxerga nos acertos da Dilma um entrave adicional para pôr em pé um discurso alternativo. Vai-se buscar munição nos detalhes. O DEM faz um inventário das promessas de campanha de Dilma. Acha que não há como cumpri-las. E esboça a cobrança. O PSDB fará do recrudescimento da inflação o seu principal cavalo de batalha. Enxerga na eletrificação do índice a oportunidade para reacencer a pauta antigastança. Parte-se do pressuposto de que Dilma não conseguirá entregar o corte orçamentário de mais de R$ 50 bilhões que prometeu. Vai-se atacar a inificiência do Estado “aparelhado” e realçar a herança tóxica deixada por um Lula que tinha em Dilma sua principal gerente. À sua maneira, Aécio Neves, o grão-duque do tucanato de Minas, esgrimiu esses tópicos no discurso inaugural que pronunciou no Senado. “Vemos, infelizmente, renascer, da farra da gastança descontrolada dos últimos anos, em especial do ano eleitoral, a crônica e grave doença da inflação”, disse Aécio. “Era o discurso que faltava”, festejou Sérgio Guerra, o ainda presidente do PSDB. A despeito dos anseios de Serra, Aécio tornou-se o nome preferencial de tucanos e agregados para o próximo embate sucessório. Com isso, guinda-se ao posto de principal líder da oposição um personagem que se definiu no celebrado discurso como “um construtor de pontes”. Para Aécio, o êxito de seu projeto passa por duas variáveis: os eventuais erros de Dilma e a capacidade da oposição de beliscar pedaços do atual condomínio governista. Assim, além de aprumar um discurso e torcer pelos tropeços da sucessora de Lula, a oposição teria de seduzir legendas como PSB, PDT, PP… Tudo isso contra um pano de fundo marcado pela crise do “de repente”. Numa Era pós-revolucionária, o brasileiro afeiçoou-se à evolução econômica e sociail lenta. Ao reconhecer os méritos de Lula, Aécio realçou dois: a manutenção dos pilares econômicos erigidos nas gestões Itamar e FHC e o viés social. O problema é que o cidadão tende a associar os benefícios resultantes da combinação ao mandatário de plantão, não aos gestores do passado. Significa dizer que, se conseguir debelar o surto inflacionário e manter a cozinha relativamente em ordem, Dilma vai a ante-sala de 2014 bem posta. Foi-se o tempo em que o eleitor acreditava em salvadores e em milagres. Já não há o “antes” e o “depois”. Só há o “processo”, vocábulo caro ao PSDB. Escolado, o dono do voto agarra-se à força das continuidades. Olha para a mudança com ceticismo. De novo: vive-se uma crise do “de repente”. Sem vocação para fazer uma oposição ao estilo do ex-PT, PSDB e DEM foram como que condenados à tocaia. Rezam baixinho por um tsunami que destrua a perspectiva de poder

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Fórum de Davos – Brasil passa de vidraça a estilingue

O Brasil, zil,zil, que nas outras edições do Fórum Econômico Mundial foi saco de pancada dos países desenvolvidos. agora, em Davos, passa a ser cortejado como se fosse a “última Coca Cola do deserto”. Na matéria abaixo, fica claro que, tirando os catastrofistas contumazes e os oposicionistas empedernidos, que torcem pelo pior, a política econômica herdado de FHC e incrementada pelo governo Lula começa a dar frutos. da Folha de São Paulo Maria Cristina Frias – Enviada especial a Davos José Sergio Gabrielli, o presidente da Petrobras, foi escolhido por seus pares das empresas do ramo para presidir a “Cúpula da Energia”, que faz anualmente seu encontro em Davos. Passará, pois, a coordenar as reuniões do grupo, que conta com as grandes petrolíferas do planeta, estatais ou privadas. A escolha de Gabrielli é uma óbvia homenagem à empresa que preside, especialmente em foco depois das descobertas no pré-sal. Mas é também um homenagem ao Brasil, que, neste ano, no encontro do Fórum Econômico Mundial, passou nitidamente da velha condição de vidraça para a de estilingue. Tanto é assim que Ricardo Villela Marino, executivo-chefe para a América Latina do banco Itaú e eleito um dos jovens líderes globais deste ano pelo Fórum, estufou o peito para dizer que “o Brasil e os bancos brasileiros não são parte do problema, são parte da solução”, sendo o mal, como é óbvio, a crise. Marino lembrou os “bilhões” despejados pelo mundo rico para evitar a quebra de seus bancos e emendou: “Nada disso aconteceu no Brasil”. Logo depois, Gabrielli tomou a palavra para fazer outra comparação representativa da troca de vidraça por estilingue. Afirmou que não era só no setor bancário que o Brasil tinha algo a ensinar ao mundo rico. “Também em matéria de política fiscal sadia estamos melhor que os Estados Unidos” [cujo déficit cresce a cada hora]. O bordão “política fiscal sadia” foi usado pelo mundo rico anos a fio para passar sermões em empresários e autoridades brasileiros. Que Gabrielli o use agora tem sabor de vingança. Na sua vez, o chanceler Celso Amorim lembrou, por exemplo, dos US$ 20 bilhões que as empresas brasileiras investiram no exterior, quando, em anos anteriores, empresários e autoridades brasileiras usavam Davos para uma espécie de passada de chapéu, implorando por investimentos externos.

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