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Ambiente – Lixo tecnológico – Reciclagem

O problema do chamado lixo eletrônico, se agrava. Além do aumento do consumo, e estamos falando somente do Brasil, aumenta exponencialmente na proporção de direta da venda, cada vez maior, de produtos descartáveis, seja pela obsolescência, seja por mero modismo de possuir um aparelho de última geração. Aliás, “última geração” passa a ser algo que tem vida “fashion” de no máximo 6 mêses. José Mesquita Este ano, devem ser vendidos no Brasil 10,1 milhões de microcomputadores, ultrapassando, pela primeira vez, o total de televisores comercializados. Segundo projeção da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a venda de celulares chegará a 48,8 milhões de unidades. O aumento no número de linhas móveis durante o ano, no entanto, deve ficar em 18 milhões. Isso quer dizer que mais de 30 milhões de aparelhos antigos serão descartados. Para onde vão todos esses telefones velhos O avanço do mercado de tecnologia traz um efeito colateral, que é o acúmulo do lixo eletrônico.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Segundo o Greenpeace, são produzidos cerca de 50 milhões de toneladas por ano, em todo o mundo. Muitos equipamentos contêm substâncias tóxicas, como chumbo, mercúrio e cádmio. Países em desenvolvimento, como a China e a Índia, recebem lixo eletrônico de países desenvolvidos, o que coloca em risco a saúde da sua população. O ciclo de obsolescência dos eletrônicos é cada vez mais rápido. Com o crescimento do mercado brasileiro, existem empresas que encontraram aí uma oportunidade, oferecendo reciclagem para grandes fabricantes. Uma delas é a Oxil (lixo ao contrário), de Paulínia (SP). A companhia tem nove grandes clientes, dos quais não revela os nomes por motivos contratuais, e processa 2 mil toneladas de produtos por ano. “Conseguimos reciclar 99,7% do material”, afirmou Talita Ancona de Paula, analista ambiental da Oxil. O processo de transformar equipamentos fora de uso em matéria-prima é chamado de “manufatura reversa”. A Oxil surgiu há 9 anos, a partir da necessidade de um fabricante de dar um fim ambientalmente responsável a produtos defeituosos ou obsoletos.

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Tecnologia – Carro a vapor

A Fuel Vapor Tecnology apresentou o Alé, automóvel triciclo, que usa um motor Honda, transformado, para funcionar a vapor. A belezura que faz 40Km com apenas 01 litro de gasolina, desenvolve perto de 160 hp e ainda apresenta baixíssima taxa de emissão de poluentes. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Mundo tem três trilhões de árvores e perde 10 bilhões por ano, diz estudo

O estudo de Yale diz que há 420 árvores para cada habitante do planeta Um estudo da Universidade de Yale, publicado pela revista científica Nature, calcula que o número de árvores no mundo passa de três trilhões. Isso significa que há 420 árvores para cada habitante do planeta. Trata-se de um total que supera em oito vezes a medição anterior, de 400 bilhões de espécimes. Image copyright PA Coníferas A nova contagem foi coordenada pela equipe de Thomas Crowther, usando desde análises topográficas a análises de fotos de satélite. Este cálculo mais “refinado” servirá de base para uma gama de pesquisas, estudos sobre biodiversidade a modelos de mudanças climáticas – isso porque árvores têm papel fundamental na remoção do dióxido de carbono da atmosfera. Leia mais: 1% das árvores da Amazônia ‘captura metade do carbono da região’ “Não se trata de boas ou má notícias que chegamos a esse número. Estamos simplesmente descrevendo o estado do sistema global florestal em números que as pessoas entendam e que cientistas e responsáveis por políticas ambientais possam usar”. Pelo menos 40% das árvores do mundo estão em florestas tropicais e sub-tropicais. Image copyrightPA Apesar do uso de alta tecnologia, um ponto crucial do estudo de Yale foi o uso de medições locais. O time de Crowther coletou dados sobre densidade arbórea em mais de 400 mil áreas florestais ao redor do mundo. Isso ajudou a compensar as limitações das análises por satélite, cujas fotos são boas para mostrar as extensões de florestas, mas que não são muito úteis para revelar números individuais de espécimes. Dos três trilhões de árvores do mundo, os cientistas estimam que 1,39 trilhão esteja em regiões tropicais, como a Amazônia, ou subtropicais. Cerca de 0,61 trilhão estariam em locais de clima temperado e 0,74 trilhão nas florestas boreais – os imensos grupos de coníferas que circulam o globo logo abaixo do Polo Norte. Leia mais: Cabras são usadas para reciclar árvores de Natal na Inglaterra E é justamente nessas regiões em que foram encontradas as maiores densidades florestais. Efeito humano Mas o que ficou evidente durante o estudo foi a dimensão da influência humana sobre o número de árvores no planeta. A equipe de Yale estima que, enquanto 15 bilhões de árvores são removidas por ano, apenas cinco bilhões são plantadas. Os pesquisadores calculam que pelo menos 15 bilhões de árvores são removidas anualmente no mundo. Image copyright AFP “Estamos falando de 0,3% de perda global anual”, explica um dos coautores do estudo, Henry Glick. Leia: Cidade inglesa vai plantar ‘árvore solar’ “Não é uma quantia insignificante e deveria levar a uma reflexão sobre o papel do desflorestamento nas mudanças em ecossistemas. Sem falar que essas perdas de árvores estão ligadas à exploração madeireira e à atividade agrícola. Com o crescimento da população mundial poderemos ver essas perdas aumentarem”. Glick exemplifica essa ameaça com a estimativa de que, desde a última Era do Gelo, há 11 mil anos, o homem pode ter removido mais de três trilhões de árvores. “A Europa antigamente era coberta por uma floresta gigante e agora é praticamente campos e pastos. O homem controla as densidades arbóreas”, afirma Thomas Crowther.

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Cientistas transformam CO2 do ar em fibras de carbono

Cientistas nos Estados Unidos conseguiram criar nanofibras de carbono a partir de dióxido de carbono (CO2) extraído do ar ─ e dizem que o processo poderia até ajudar a combater a mudança do clima. O experimento foi capaz de produzir 10g de nanofibras por hora. O método apresentado nesta semana em um encontro da Sociedade Americana de Química, em Boston, é capaz de produzir 10g por hora das valiosas fibras. Mesmo se as potenciais aplicações no combate às emissões de CO2 não derem frutos, como suspeitam alguns especialistas, a técnica promete baratear a produção de nanofibras de carbono. Leia mais: Britânicos criam casa com zero emissão de carbono Leia mais: 1% das árvores da Amazônia ‘captura metade do carbono da região’ O sistema é alimentado por poucos volts gerados por energia solar. A eletricidade atravessa um tanque cheio de sal derretido, à medida que o CO2 é absorvido, as valiosas nanofibras começam a se formar ao redor dos eletrodos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Até hoje, nanofibras de carbono são caras demais para muitas aplicações”, disse à BBC o professor Stuart Licht, da universidade George Washington. Redução de custos O material é usado atualmente na produção de componentes eletrônicos e baterias, mas se fosse mais barato, poderia reforçar materiais usados na fabricação de peças de avião e carro, entre outros. Veja mais: Tecnologia tenta proteger aviões de raios Leia mais: Pioneiros de fibras ópticas e câmeras digitais ganham Nobel de Física A questão é se o sistema criado pela equipe do professor Licht será capaz de reduzir estes custos. O método teria o potencial de ser aplicado em larga escala, segundo o autor O cientista diz que aumentar a produção seria fácil, e que o equipamento consome pouca energia. A maior promessa, porém, é a possibilidade de usar o sistema para reduzir os níveis de CO2 na atmosfera, considerados os culpados pelo aquecimento global pela grande maioria dos cientistas. Para isso, seria necessário construir enormes reatores ─ algo que suscita o ceticismo de especialistas. “Como estão capturando CO2 do ar, o processo precisa lidar com enormes volumes de gás para coletar a quantidade necessária de carbono, o que, em grande escala, pode aumentar o custo do processo”, afirmou a engenheira química Katy Armstrong, da universidade de Sheffield. Leia mais: Quantidade de gases do efeito estufa alcança nível recorde, diz ONU Outro que levanta dúvidas sobre a viabilidade da ideia é o pesquisador da Imperial College London Paul Fennell. “Se o objetivo deles é fazer nanofibras, é louvável, e vão ter um produto que vale a pena. Mas se a sua ideia é tirar CO2 da atmosfera e produzir uma quantidade de nanofibras suficiente para fazer diferença na mudança climática, eu ficaria muito surpreso se conseguir”, afirmou Fennell. As nanofibras se cristalizam em torno de eletrodos no experimento do grupo de Licht O professor Licht, no entanto, diz que vai ser preciso trabalhar conjuntamente, com recursos da sociedade, para testar o processo em larga escala. “Não tem pegadinha”, afirmou. De toda forma, outros químicos ficaram impressionados com o simples fato de a equipe do professor Licht ter produzido nanofibras a partir do carbono atmosférico. BBC

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Olimpíadas Rio:“Os velejadores devem se vacinar contra hepatite A”

As autoridades brasileiras reconheceram em junho a impossibilidade de limpar a baía de Guanabara antes que seja disputada a competição de vela durante as Olimpíadas de 2016, deixando de cumprir assim a promessa feita pelo Governo Lula em 2009, quando o Rio conseguiu trazer para si os Jogos. Cerca de 65% do esgoto dessa cidade de 6,5 milhões de habitantes escorre para o mar sem tratamento: calcula-se que diariamente sejam jogados na baía carioca entre 80 e 100 toneladas de lixo. As queixas dos esportistas nacionais e internacionais são constantes, ainda que o Comitê Organizador garanta a segurança dos atletas: “Um novo sistema de canalização vai levar todos os resíduos para fora da baía e mapeamos as correntes para saber como os dejetos se deslocam, de forma que a área de competição estará protegida por uma frota de ecobarcos e ecobarreiras”, afirma seu diretor de Comunicação, Mario Andrada. O biólogo Mario Moscatelli estuda a baía de Guanabara e exige sua recuperação há mais de 20 anos. Ele respondeu ao EL PAÍS por email. Pergunta. Qual é o problema da Guanabara: o despejo constante de resíduos ou a impossibilidade de limpar a baía? Resposta. Não é impossível tecnicamente, o que falta historicamente é uma gestão competente do poder público. No meu entender, faltam ações de curto e longo prazo para recuperá-la. No curto prazo, instalar unidades de tratamento nos rios, que hoje são avenidas de lixo, para blindar a baía, e também limpar seriamente praias e fundos. Isso leva uns dois anos. No longo prazo, cerca de 20 anos, poderiam ser implantadas políticas públicas de moradia, transporte e saneamento em todos os municípios vizinhos. Mas, infelizmente, não vejo na cultura política brasileira essa estratégia de longo prazo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A recuperação da baía não ocorreu porque os políticos se beneficiam de sua degradação: a cada certo período de tempo recebem recursos milionários para sua limpeza, mas não gastam com responsabilidade. A baía de Guanabara degradada é uma mina de ouro para gestores acostumados à impunidade. P. Há risco concretos para a saúde dos velejadores? R. A intensidade da contaminação dependerá diretamente das condições ambientais. Se chover e a maré estiver baixa, e houver ventos em direção ao oceano, haverá mais problemas. Meu conselho é que eles se vacinem contra a hepatite A. P. As autoridades brasileiras realmente acreditavam em 2009 que sua promessa de limpar 80% das águas era factível? R. Não… Simplesmente se comprometeram para ganhar as Olimpíadas. Desde o princípio não vi empenho algum em honrar os compromissos assumidos com o COI, o mundo e principalmente os cariocas. Algo muito parecido ao que aconteceu nos Jogos Pan-americanos de 2007. Agora dirão que falta dinheiro… Mas há cinco anos a economia ia muito melhor do que hoje e não tiveram interesse. A ausência de políticas públicas permanentes e eficientes de saneamento, moradia e transporte transforma os rios em zonas mortas cheias de resíduos e a baía em uma latrina. Podem ser investidos centenas de milhões de dólares no próximo século, mas a baía continuará sendo a latrina que é hoje, intencionalmente.

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Mais de 50% do semiárido brasileiro está em processo acentuado de desertificação, diz engenheiro florestal

Segundo Iêdo Bezerra de Sá, pesquisador da Embrapa, cerca de 10 a 15% do semiárido enfrenta ‘desertificação severa’; desmatamento da caatinga, que tem pouca visibilidade nacional e internacional, é principal fator neste processo. Irregularidade das chuvas contribui para que a degradação seja ainda mais acentuada em algumas regiões, diz o pesquisador. Mais de 50% das áreas do semiárido brasileiro já “estão com processo de desertificação acentuado”, e cerca de 10 a 15% do território enfrenta uma situação de desertificação severa. A soma das extensões de terras degradadas no Ceará, na Bahia e em Pernambuco equivale a “63 mil km²” de desertificação, informa Iêdo Bezerra de Sá, engenheiro florestal e pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Ele explica que a desertificação é um fenômeno de degradação ambiental que acontece particularmente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, a exemplo do Nordeste e de parte do Sudeste brasileiro. De acordo com o engenheiro florestal, no Brasil a desertificação no semiárido tem se agravado por causa do desmatamento na caatinga. “Ao desmatar a caatinga, os solos ficam completamente expostos a todas as intempéries”, frisa. Além do desmatamento, Bezerra de Sá enfatiza que a irregularidade das chuvas contribui para que a degradação seja ainda mais acentuada em algumas regiões.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Há locais, por exemplo, aqui onde estou agora, em Petrolina — que é no extremo oeste de Pernambuco —, em que chove 450 a 500 milímetros por ano. O grande problema é essa irregularidade das chuvas: elas caem de forma muito concentrada, chove muito em pouco tempo, ou seja, os 500 milímetros se concentram em apenas dois, três meses e, às vezes, 20%, 30% da chuva do ano cai em apenas um dia”. Caçadores ilegais, milícias e petroleira ameaçam Virunga, mais antigo parque nacional africano Mais da metade das espécies de grandes mamíferos herbívoros correm risco de extinção, diz estudo Ele informa ainda que o maior polo de produção de gesso do país, localizado em Araripe, no Ceará, responsável pela produção de 95% de todo o gesso produzido no país, utiliza energia de biomassa, mas aproximadamente “50% dessa energia é oriunda de desmatamentos ilegais e clandestinos. O governo sabe disso, as autoridades sabem disso e estamos com um trabalho muito importante de conscientização dessas empresas que utilizam biomassa na sua matriz energética”. Entre as soluções para tentar reduzir a desertificação, o pesquisador chama atenção para a necessidade de investir em planos de manejo florestal sustentável para a caatinga, de modo a utilizar o bioma de “forma contínua e sustentável” e recuperar as áreas degradadas, que levam de 30 a 40 anos para serem regeneradas. Confira a seguir trechos da entrevista. O senhor tem chamado atenção para o fato de que a desertificação é avançada em mais de 20 núcleos do Semiárido. Em que consiste esse fenômeno? Iêdo Bezerra de Sá: Desertificação é um termo utilizado pela UNCCD, que é a sigla em Inglês de Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas, que trata da degradação ambiental em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas. Então, podemos utilizar o termo desertificação somente em regiões que têm essa climatologia. No Brasil essa situação se encontra no Nordeste e em parte do Sudeste, ou seja, no Norte de Minas Gerais. Isso significa dizer que só podemos utilizar o termo “desertificação” para nos referirmos a essas regiões. Por exemplo, não se pode utilizar o termo para tratar de um problema sério que há no Rio Grande do Sul, ou para indicar a situação de uma área muito grande em Roraima ou em Rondônia, porque elas não estão nessa situação climática de aridez ou de semiaridez. No caso do Brasil, no semiárido encontra-se uma área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, o equivalente a duas vezes o tamanho de Espanha e Portugal juntos. Quando falamos isso na Europa, as pessoas reagem de forma apreensiva por se tratar de uma área muito grande. Agora, desertificação não é um termo binário, branco ou preto, porque existe uma gradação. Na Embrapa fazemos um mapeamento que demonstra uma gradação que vai de uma desertificação muito baixa até uma degradação moderada, acentuada ou severa, porque há lugares que são muito preocupantes, que têm uma severidade do processo muito forte, enquanto em outros lugares a degradação é mais branda. O que temos de fazer é tentar frear os vetores de crescimento dessas áreas, e para isso desenvolvemos algumas tecnologias que são transferidas para as regiões que percorremos. No Brasil, este processo começou justamente por conta da retirada da cobertura vegetal florestal; em outras palavras, por causa do desmatamento. O desmatamento da caatinga gerou todo esse processo, porque ao desmatar a caatinga os solos ficam expostos a todas as intempéries: há uma insolação muito forte, de mais de duas mil horas/ano de sol, e um regime de chuvas muito complicado, porque não é a questão de quantidade de chuvas, mas sim a sua irregularidade na distribuição. Há locais, por exemplo, aqui onde estou agora, em Petrolina — que é no extremo oeste de Pernambuco —, em que chove 450 a 500 milímetros por ano. Essa quantidade foi verificada em uma série histórica de mais de 30 anos de acompanhamento dos regimes de chuvas. O grande problema é essa irregularidade das chuvas: elas caem de forma muito concentrada, chove muito em pouco tempo, ou seja, os 500 milímetros se concentram em apenas dois, três meses e, às vezes, 20%, 30% da chuva do ano cai em apenas um dia. Isso gera um fator de degradação muito forte. Aliado a isso, não só no semiárido do Brasil, mas no semiárido do mundo inteiro, os solos de fertilidade natural são baixos. Não é que não existam solos bons no semiárido, ao contrário, mas o que predomina aqui na região são solos de baixa fertilidade natural, são solos rasos, são aqueles com pouca profundidade. Ou seja, quando se começa a cavar, logo se chega à rocha que formou esse solo, e esse também é um

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Chinês constrói carro elétrico com R$ 15 mil

Chen Yinxi, de 27 anos, levou 6 meses para fabricar o veículo.  Embora tenha visual agressivo, a velocidade máxima é de 60 km/h. Chen Yinxi, 27 anos, é estudante de engenharia e fã de carros (Foto: STR / AFP) Um chinês de 27 anos construiu em casa um carro elétrico totalmente funcional em apenas 6 meses, segundo as agências Reuters e France Press. O belo esportivo vermelho é obra de Chen Yinxi, um estudante de engenharia e fanático por carros, que gastou cerca de 30 mil iuanes (R$ 15 mil) no veículo. Carro levou 6 meses para ser feito artesanalmente (Foto: STR / AFP) Embora tenha visual agressivo, que inlcui portas no estilo “tesoura” com abertura para frente, o carro elétrico de Yinxi pode alcançar apenas 60 km/h. Modelo tem velocidade máxima de 60 km/h (Foto: REUTERS/Stringer) Yinxi quer trabalhar na indústria automotiva (Foto: REUTERS/Stringer) G1 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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A caminho de uma Terra sem água?

Crise hídrica brasileira é parte de fenômeno global. Consumo abusivo de recurso renovável, porém limitado, pode gerar, em trinta anos, inferno de desabastecimento e guerras Cena do game “Dystopia”, ambientado num futuro em que a falta de água estendeu-se por todo o planeta, tornando-se profunda e permanente Em 2030, a população mundial deverá ser de uns 8,5 bilhões de pessoas e, se a humanidade continuar a viver do mesmo modo, o déficit de água doce do planeta chegará a 40%, diz informe das Nações Unidas sobre os recursos hídricos divulgado em março em Nova Deli. Todo o nosso sistema vital e econômico gira em torno de um recurso natural limitado. Maximizá-lo e geri-lo de forma eficaz constitui o grande desafio do século XXI. Cada vez que abrimos a torneira, acontece um pequeno milagre. Por trás deste gesto tão cotidiano há muito mais que um jorro de H2O (elemento composto de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio) em estado líquido. A água é o sistema sanguíneo deste planeta; um ciclo natural sobre o qual a atividade humana exerce enorme pressão.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A quantidade de água doce na Terra hoje é praticamente a mesma que na época em que César conduzia o império romano. Mas nos últimos 2000 anos, a população pulou de 200 milhões para cerca de 7,2 bilhões, e a economia mundial cresceu ainda mais rapidamente (desde 1960, o PIB aumentou a média de 3,5% anual). A conjunção da demanda de alimentos, energia, bens de consumo e água para este grande empreendimento humano requereu um grande controle sobre a água”, resume Sandra Postel, diretora da organização norte-americana Global Water Policy Project. “Há muito pouca água no planeta azul”, constata Elias Fereres, catedrático da Universidade de Córdoba que exerceu numerosos cargos relacionados com a agricultura e a ecologia. Fereres refere-se a que, embora 70% da superfície da Terra esteja coberta de água, somente cerca de 1% é água doce, além daquela presa como gelo nas calotas polares e geleiras. Sobre esse 1% não apenas repousa nossa principal fonte de vida, mas também o motor do mundo desenvolvido. “A água tem tanto valor que não tem preço, e a chave do seu uso está em obter o máximo aproveitamento sem aumentar as desigualdades econômicas, sociais e ambientais”, sustenta o catedrático. Onde residem essas desigualdades? “O avanço da população global e do crescimento econômico ocorrido nos anos cinquenta deve-se em grande parte à engenharia de água: barragens para reservatórios, canais para movê-la, bombas para extraí-la do subsolo. Desde 1950, o número de barragens passou de 5 mil a 50 mil. Construíram-se uma média de duas por dia durante meio século. Na maior parte do mundo, a água já não circula seguindo fisicamente o processo natural, mas de acordo com a vontade do homem”, sublinha Postel. Seu autor, Richard Connor, lamenta a “escassa importância” que os governos outorgam à água, espalhando a ideia de que se trata de um bem comum inesgotável. “É um serviço essencial para o crescimento, mas as pessoas não têm essa percepção. Ao invés disso, veem a energia como fator econômico de primeira ordem e inclusive geopolítico, para a segurança de um país, razão pela qual recebe muito mais apoio. Relegar a água na ação política é um erro que, no final, se paga caro e compromete o desenvolvimento”, argumenta.No século passado, essas infraestruturas permitiram cobrir as necessidades da agricultura – que consome 70% da água doce –, a indústria – representa 20% – e o uso doméstico – os 10% restantes – em grande parte do globo. Mas o aumento da demanda, devido em grande medida ao desenvolvimento dos países emergentes, está rompendo um equilíbrio que já é muito precário. “Prevê-se que em 2030 o mundo terá de confrontar-se com um déficit de 40% de água em uma situação climática em que tudo continua igual”, alerta o último informe da ONU sobre recursos hídricos. Os acontecimentos deram razão a aqueles cientistas que, como Postel, prenunciaram que “a água será para o século XXI o que o petróleo foi para o XX”. Se o chamado ouro negro é cobiçado – a ponto de provocar conflitos bélicos – isso se deve a que suas reservas são finitas e não estão nas mãos de todos. O mesmo sucede com a água doce, uma vez alcançado um volume de demanda superior a sua capacidade de regeneração, o que se define como estresse hídrico. Alexandra Taithe, responsável pela Fundação para a Investigação Estratégica e especialista na interação entre água e energia, traça um panorama inquietante. “Nos países do Sul e do Leste do Mediterrâneo”, adverte, “os poderes públicos optaram por soluções consistentes para aumentar a água disponível. Esta política, que recorreu tanto à dessalinização da água do mar como à exploração dos aqüíferos ou transferências massivas, tem um custo energético muito elevado.” Segundo seus cálculos, em 2025 a demanda de eletricidade para abastecimento de água destes países representará cerca de 20% do total do que precisam os estados. Hoje, supostamente são 10%. A dessalinização, às vezes apresentada como uma panacéia para combater a escassez, é o sistema que mais energia devora. Nem todo o mundo pode permirtir-se. A Arábia Saudita, o pais com maior capacidade de produção, gera 5,5 milhões de metros cúbicos por dia. Pois bem, para obter essa quantidade, consome o equivalente a 350 mil barris de petróleo diário. Por sua vez, a fabricação de eletricidade e a extração de combustíveis fósseis precisam de grandes quantidades de água. Por exemplo, segundo Taithe, na França 60% do caudal dos rios destina-se ao processo de esfriamento das centrais térmicas e nucleares. É preciso dizer que a França é o segundo país em produção de energia atômica do mundo e que esta água – em princípio não contaminada – é devolvida às bacias e aos lagos… com alguns graus a mais, o que favorece a proliferação de algas e reduz a população de peixes. No ciclo de água, tudo está interrelacionado. Qualquer manipulação da ordem natural tem efeitos colaterais. A extração de

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Ônibus movidos a hidrogênio, que não poluem, começam a circular em São Paulo

Desde segunda-feira (22) circulam em São Paulo os primeiros ônibus de transporte urbano movidos a hidrogênio. Os veículos têm tecnologia de propulsão que não emite poluentes. Ônibus movido a hidrogênio que circula na Alemanha – Foto Info O escapamento dos ônibus eliminam apenas vapor d’água. Os coletivos também oferecem mais espaço aos passageiros, aperfeiçoamento dos sistemas de controle, integração a bordo e nacionalização de todo o sistema de tração. De acordo com informações do Ministério de Meio Ambiente, esses ônibus apresentam 45% de energia renovável, 31% a mais que o resto do mundo, o que coloca o Brasil em posição de destaque mundial. Além do Brasil, os únicos países capazes de desenvolver e operar esse tipo de coletivos são Alemanha, Canadá e Estados Unidos. Segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), os ônibus circularão no trecho Diadema/Morumbi, do Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD). As carroçarias dos veículos têm desenhos de pássaros representativos da fauna brasileira e foram batizados com o nome de três espécies: Ararajuba (ave da Amazônia e que representará as regiões Norte e Nordeste) Tuiuiú (ave símbolo do Pantanal) e Sabiá Laranjeira, considerada por decreto presidencial um dos quatro símbolos nacionais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em nota, a EMTU explicou que o projeto é totalmente brasileiro, desenvolvido sob contrato de pesquisa financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com recursos do Global Environment Facility – GEF e da Agência Brasileira de Inovação – FINEP, por meio do Ministério de Minas e Energia. No documento, a empresa informou que cabe à EMTU monitorar os testes realizados pelos veículos e apresentar especificações técnicas dos equipamentos. Acrescentou que os resultados dos testes com o protótipo serviram para aperfeiçoar o projeto dos três novos veículos fabricados no Brasil. Os testes começaram em 2010, com o lançamento de um veículo protótipo que ainda circula no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD), na região metropolitana de São Paulo. Armando Cardoso/Info

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