Arquivo

Clarice Lispector – Versos na tarde – 23/02/2014

Precisão Clarice Lispector ¹ O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição. ¹ Clarice Lispector * Ucrânia – 10 de Dezembro de 1920 d.C + Rio de Janeiro, RJ – 9 de Dezembro de 1977 d.C >> biografia de Clarice Lispector [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Helena Ortiz – Versos na tarde – 06/02/2014

Condição humana Helena Ortiz ¹ visto preto e meu marido é vivo sou seu lençol mãe de seu filho ausente lavo seus colarinhos não dormimos juntos juntos só colocamos sal nas feridas ¹ Helena Ortiz * Porto Alegre, RS. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Cecília Meireles – Versos na tarde – 04/01/2014

Poema Cecília Meireles¹ Aqui está minha vida. Esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento. Aqui está minha voz, esta concha vazia, sombra de som curtindo seu próprio lamento. Aqui está minha dor, este coral quebrado, sobrevivendo ao seu patético momento. Aqui está minha herança, este mar solitário que de um lado era amor e, de outro, esquecimento. ¹Cecília Benevides de Carvalho Meireles * Rio de Janeiro, Brasil – 7 de Novembro de 1901 d.C + Rio de Janeiro, Brasil – 9 de Novembro de 1964 d.C. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Clarice Lispector – Prosa na tarde – 17/09/2013

Dá-me a tua mão Clarice Lispector¹ Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois,  de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir – nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio. ¹ Clarice Lispector * Tchetchelnik, Ucrânia – 10 de Dezembro de 1920 d.C + Rio de Janeiro, RJ – 9 de Dezembro de 1977 d.C >> Biografia de Clarice Lispector [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Emily Dickinson – Versos na tarde – 03/08/2013

Poema Emily Dickinson¹ Eu sou Ninguém! E tu quem és? Também tu és – Ninguém? Então somos dois? Não digas nada! Haviam de apregoar – sabes! Como é aborrecido – ser – Alguém! Como é público – qual rã – Dizer-se o nome – Junho fora – A um Charco admirador! ¹Emily Dickinson * Boston, Usa – 10 de Dezembro de 1830 d.C + Boston, Usa – 15 de Maio de 1886 d.C >> Biografia de Emily Dickinson [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Emily Dickinson – Versos na tarde – 28/03/2013

Poema Emily Dickinson¹ Não posso ter vergonha Porque não posso ver Esse amor que me ofereces – A magnitude Inverte a Pudicícia. E não posso orgulhar-me Porque Altura tão alta Implica Alpinas Exigências E os Serviços da Neve. ¹Emily Dickinson * Boston, Usa – 10 de Dezembro de 1830 d.C + Boston, Usa – 15 de Maio de 1886 d.C >> Biografia de Emily Dickinson [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »