De Platão a Foucault: 136 curtas de animação para aprender tudo sobre filosofia, sociologia e política. POR JÉSSICA CHIARELI EM WEB STUFF A empresa especializada em educação online Macat produziu uma série de animações curtas sobre as principais teorias de grande pensadores da humanidade. Ao todo, são 136 vídeos com duração de aproximadamente três minutos cada.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Todos eles foram disponibilizados gratuitamente no canal da instituição no Youtube. Os temas abordados são bastante amplos, contemplando desde filosofia clássica, com os pensamentos de Platão e Aristóteles, até a filosofia moderna, de Foucault e Judith Butler. Além deles, as animações abordam também os principais pensamentos de Charles Darwin, em “A Origem das Espécies”; Sun Tzu, “Arte da Guerra”; Aristóteles, “Política”; Henry David Thoreaus, “A Desobediência Civil”; Sigmund Freud, “A Interpretação dos Sonhos”; Virgina Woolf, “Um Teto Todo Seu”; Max Weber, “A Política como Vocação”; Thomas Hobbes, “Leviatã”; Immanuel Kant, “Crítica da Razão Pura”; Friedrich Hegel, “Fenomenologia do Espírito”; Levy Strauss, “Antropologia Estrutural”; Karl Marx, “O Capital”; Friedrich Nietzsche, “Para Além do Bem e do Mal”; Hannah Arendt “A condição Humana”; Simone de Beauvoir, “O Segundo Sexo”; entre outros. Os vídeos estão disponíveis apenas em inglês, no entanto é possível utilizar o serviço de legendas automáticas do Youtube, que pode ser ativada no canto inferior direito da tela de reprodução. Clique no link para acessar: 136 curtas de animação para aprender tudo sobre filosofia, sociologia e política
“A justiça nada mais é do que a conveniência do mais forte.” Platão
A “economia” da insegurança Pública. Enquanto a indústria brasileira segue em retração com a diminuição na produção e no número de encomendas, há um setor que movimenta a economia e que desconhece a crise. Trata-se do crime. Não costumamos pensar na criminalidade como um fator que contribui para o emprego e a renda de muitas famílias, contudo este é o caso em uma nação com o terceiro maior índice de homicídio intencional do continente. Nesse ranking indesejado, o Brasil receberia uma medalha de bronze (que teria de ser mantida com muito zelo para que não fosse surrupiada). À nossa frente estão apenas a Venezuela e a Colômbia.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Quando não é fatal, dificilmente um crime se encerra nele mesmo. Além dos evidentes, por vezes permanentes, danos psicológicos e físicos, o prejuízo ultrapassa aquilo que um simples inventário pode apontar. Levando-se em consideração uma situação menos traumática, a vítima de documentos furtados ou roubados há de perceber o quanto foi duplamente lesada. Sem uma identificação exigida pelo Estado, sem a qual algumas obrigações e tarefas burocráticas não podem ser realizadas, o vitimado, ao procurar uma unidade para expedição de uma segunda via do documento, terá a infeliz constatação de que o roubo, o furto ou o assalto ainda não acabou. Não bastasse o surrupio do que lhe pertencia, o prejuízo aumenta com as taxas cobradas pelos órgãos vinculados ao Estado, o mesmo que deveria proteger o cidadão para que ele não passasse por tal violência. Desse modo, um Estado incapaz de garantir a segurança de seus cidadãos ainda lucra com os efeitos da insegurança que não consegue coibir. Um pensamento crítico constatará que o crime compensou para o Estado que aumentará a sua arrecadação, mantendo a máquina pública ocupada em refazer um trabalho em razão da ação de criminosos. A criminalidade se alimenta da própria criminalidade Da mesma forma, muitos são os profissionais honestos que devem ao crime um acréscimo na sua produtividade. Os chaveiros, por exemplo, são muito beneficiados quando os seus serviços são requisitados após um arrombamento que inutiliza as fechaduras de um imóvel ou de um veículo. Quem também lucra com a ação criminosa são os vidraceiros, sempre chamados quando se faz necessária a troca de uma janela ou de uma vitrine arrebentada em uma invasão pouco discreta. Ainda se pode pensar nos eletricistas empregados para restabelecer a energia em uma residência cujos bandidos destruíram a fiação para apressar o roubo e a fuga. Essa lista de profissionais beneficiados pelo crime ainda pode ser aumentada indefinidamente conforme o olhar aguçado e crítico de quem se dispuser a pensar a respeito. Como uma praga, a criminalidade se alimenta da própria criminalidade. Há empresários e comerciantes, que o são de fachada, sem deixarem de ser bandidos, que enriquecem com a venda de itens roubados, gerando um sistema de vício, como um círculo a rodar em uma estrada em declive, arrastando o que há em seu caminho, e a desafiar qualquer barreira que seja posta para barrá-lo. Em metrópoles, cidades médias e pequenas, cada vez mais necessária também se faz a contratação de uma empresa privada de segurança para prevenir ou afastar a ação de criminosos cada vez mais ousados e criativos. Mais uma vez, sem que nos apercebamos da enorme influência que o crime tem para a economia, um grande número de famílias brasileiras se beneficia dos atos ilegais de pessoas que resolvem invadir e roubar uma residência, um estabelecimento comercial ou industrial. Sem o crime não haveria a necessidade de seguranças contratados, nem de câmeras de vigilância, nem de sensores de presença, nem de armas de ataque e de defesa, nem de qualquer aparato que afaste a ação daqueles que tomam sem pedir, que obtêm pela imposição como se fossem alheios às normas que estruturam a sociedade. Assim, quando utilizado um olhar mais abrangente, percebe-se que o crime compensa para todos aqueles que empregam e são empregados no combate direto à ação delituosa. Mesmo sem saber, o filho de um instalador de cerca elétrica pode dever as suas aulas de inglês ou de violão à necessidade de proteção dos moradores de uma rua violenta que contrata e paga pelo serviço de seu pai. Em tempos de crimes virtuais, famílias são mantidas e sustentadas pelos vencimentos de programadores que travam batalhas contra crackers que tentam, noite e dia, invadir o banco de dados de instituições financeiras e de outros estabelecimentos comerciais para se apropriarem de dinheiro e de mercadorias. Semelhante situação se dá para os familiares de corretores de imóveis que se beneficiam com a alta comissão obtida com a venda de residências luxuosas compradas com o dinheiro oriundo da corrupção, que desvia a verba pública que deveria ser empregada no bem comum para o usufruto egoísta de um particular. Mesmo no extremo do crime violento, quando a vida é cessada bruscamente, para alguém há de compensar. A funerária não julga os mortos que lhe chegam. Sejam vítimas ou praticantes do crime, se os familiares e amigos tiverem condições de pagar pelo serviço, os profissionais prepararão o corpo para as despedidas daqueles que lhes tinham afeto. Porém, mesmo quem se beneficia indiretamente da ilicitude, frequentemente é vítima dele também, pois esta é uma indústria voraz que jamais deixa de produzir em suas mais variadas atividades. Portanto, a criminalidade persiste porque o ser humano apresenta uma predisposição para o ilícito. Sigmund Freud, inspirado por Platão, afirmava que os homens maus fazem o que os homens bons apenas sonham em fazer. Não é sem propósito que a tradição das religiões monoteístas condena a prática do roubo, expressando essa determinação como um mandamento. Antes de ser uma obrigação com o sagrado, tal evitação é um compromisso com a ordem social. Não haveria necessidade de tal proibição se o ser humano não se sentisse impelido a tomar do outro o que não lhe pertence. Nota-se que há uma legislação contra o crime desde os primórdios da civilização (alguém há de se lembrar da Lei de Talião). Então, em nosso
Estou percebendo que os ditos ali são somente para ser aplicados à ralé. As excelências, notadamente as incensadas como paladinos, estão acima dessas bobagens. Quaisquer fatos desabonadores que porventura cometam, é campanha contra tais impolutos. Entendo que a ética, que alguns confundem com lei, externa na realidade um sentimento de justiça social. Na Taba dos tapuias, Platão não seria ouvido, nem Diógenes teria sequer a oportunidade de acender sua lanterna. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
“Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo.” Platão