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Petróleo. O pré-sal e capacidade militar

A dimensão militar da pré-sal Em breve, o governo apresenta o novo marco regulatório para explorar a camada pré-sal sem ter estimulado o debate público sobre as graves implicações de o Brasil se transformar em um dos maiores produtores mundiais de óleo. A história prova que integrar o grande jogo mundial do petróleo gera repercussões geopolíticas, militares e financeiras globais. Porém, a informação de que petróleo e guerra necessariamente andam juntos está sendo escamoteada pelo discurso ufanista de que os recursos advindos da exploração do petróleo resolverão todos as injustiças sociais que marcam a trajetória do povo brasileiro. Falta a grandeza dos estadistas para tornar público o debate sobre os rumos que esta nação deseja para si. A mobilização em torno da institucionalidade do pré-sal seria um ótimo momento para fazê-lo. Explorar estas reservas, que podem chegar à onírica marca dos 100 bilhões de baris de óleo de excelente qualidade, não vai apenas garantir o ingresso de centenas de bilhões de dólares para o Estado brasileiro. Petróleo não é uma mercadoria como outra qualquer. Fundamentalmente, ele é o principal energético utilizado no mundo e tudo que o envolve impacta as finanças internacionais, podendo gerar crises de resultados imprevisíveis. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Esquerda”]A exploração desta riqueza nos dará a responsabilidade de integrar o reduzido grupo de nações que definem os rumos de toda a humanidade. Teremos bônus e ônus decorrentes da condição de grande jogador e precisamos ter ciência e consciência do que isto representa. Mas, quantas pessoas sabem disso? Ter reservas extraordinárias de petróleo e exportá-las mundo afora exige vontade de Nação de usar capacidade militar para garantir os canais de comercialização do óleo em qualquer parte do mundo. Frequentemente estaremos em guerra e seremos convocados a intervir com força sempre que nosso petróleo estiver ameaçado. Essa é a lógica desse setor, estimulada inclusive porque as indústrias militar e de petróleo são interconectadas. Fazer guerra para garantir o óleo dá um enorme ganho de escala ao seleto grupo de empresas como a estadunidense Halliburton, que lucram em ambos os lados do problema e chegam a influenciar eleições presidenciais. A defesa e a exploração da pré-sal, além da exportação em larga de óleo, abre espaço para que alguém reivindique a adoção pelo Brasil de capacidade atômica para dissuadir outros atores internacionais interessados em projetar o seu próprio poder sobre nossas reservas, meios de transporte e armazenamento de petróleo (cerca de 2/3 do petróleo brasileiro já são armazenadas nos navios da Petrobras, o que coloca a suscita o desenvolvimento de submarinos atômicos). Seguindo a lógica do petróleo&guerra, teríamos até de modificar a Constituição para permitir a adoção do poder atômico militar pelo País. Eventualmente, mesmo a ratificação do Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas seria questionada. É isso o que realmente desejamos? Só para se ter uma idéia do terreno que estamos adentrando. Nos anos 1980, os EUA pressionaram legal e também ilegalmente os grandes em níveis baixos os preços do produto. O objetivo era enfraquecer economicamente a então União Soviética, que tinha na exportação de gás natural e petróleo sua maior fonte de divisas internacionais, e que a duras penas conseguia até aquele momento rivalizar militarmente com os americanos. Com os preços mantidos artificialmente em baixa durante anos, devido à grande disponibilidade no mercado internacional, o ingresso de moedas fortes para os soviéticos caiu e, com ele, a própria URSS se desmanchou em 1991. Além do aumento das emissões de gases causadores do Efeito Estufa (uma contradição com a aposta no etanol) a discussão sobre a dimensão militar da pré-sal é tão difícil quanto urgente. O Brasil está às vésperas de tomar decisões que terão impacto sobre a atual e as futuras gerações de brasileiros, mas nenhuma instituição se dispõe à trabalhosa e inadiável tarefa de ouvir o povo brasileiro. Carlos Tautz é jornalista blog do Noblat

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Petrobras e Fernando Henrique Cardoso

Do site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) Para refrescar a memória dos entusiastas da CPI da Petrobras – eu acho necessário que a CPI seja instalada –  o presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Fernando Leite Siqueira, selecionou dez estragos produzidos pelo Governo FHC no Sistema Petrobrás, que seguem: 1993 – Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica. Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do orçamento, envolvendo vários parlamentares apelidados de `anões do orçamento`, no Congresso Nacional, assunto que desviou a atenção do País, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás. Todavia, isto causou um atraso de cerca de 6 meses na programação da empresa, que teve de mobilizar as suas melhores equipes para rever e repriorizar os projetos integrantes daquele orçamento; 1994 – ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais na sua parcela dos combustíveis em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras derivados teve aumentos de 32%, acima da inflação, nas suas parcelas. Isto significou uma transferência anual, permanente, de cerca de US$ 3 bilhões do faturamento da Petrobrás, para o cartel dessas distribuidoras. A forma de fazer isto foi através dos 2 aumentos mensais que eram concedidos aos derivados, pelo fato de a Petrobrás comprar o petróleo em dólares, no exterior, e vender no mercado em moeda nacional. Havia uma inflação alta e uma desvalorização diária da nossa moeda. Os dois aumentos repunham parte das perdas que a Petrobrás sofria devido a essa desvalorização. Mais incrível: a Petrobrás vendia os derivados para o cartel e este, além de pagá-la só 30 a 50 dias depois, ainda aplicava esses valores e o valor dos tributos retidos para posterior repasse ao tesouro no mercado financeiro, obtendo daí vultosos ganhos financeiros em face da inflação galopante então presente. Quando o plano Real começou a ser implantado com o objetivo de acabar com a inflação, o cartel reivindicou uma parcela maior nos aumentos porque iria perder aquele duplo e absurdo lucro.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] 1995 – Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo de informações corretas. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no governo de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão com um claro viés neoliberal da Constituição Federal. Emitiu um decreto, 1403/95 que instituía um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem a Brasília falar com parlamentares. Se descobertos, seriam demitidos. Assim, tendo tempo para me aposentar, solicitei a aposentadoria e fui para Brasília por conta da Associação. Tendo recursos bem menores que a Petrobrás (que, no governo Itamar Franco enviava 15 empregados semanalmente ao Congresso), eu só podia levar mais um aposentado para ajudar no contato com os parlamentares. Um dos nossos dirigentes, Argemiro Pertence, mudou-se para Brasília, às suas expensas, para ajudar nesse trabalho; Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás assinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o `apagão` no setor elétrico brasileiro. As empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás naquele país só tinham como mercado o Brasil. Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isto pressionaram o Governo a determinar que Petrobrás assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a Taxa de Retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento. O contrato foi ruim para o Brasil pelas seguintes razões: mudança da matriz energética para pior, mais suja, ficar dependente de insumo externo dominado por corporações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte; foi ruim para a Bolívia que só recebia 18% pela entrega de uma de suas últimas riquezas, a mais significativa. Evo Morales elevou essa participação para 80% (a média mundial de participação dos países exportadores é de 84%) e todas as empresas aceitaram de bom grado. E foi péssimo para a Petrobrás que, além de tudo, foi obrigada a assinar uma cláusula de `Take or Pay`, ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim, por mais de 10 anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos sem conseguir vender o gás no mercado nacional. Em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer. Havia sido assinado um acordo de aumento de salário de 13%, que foi cancelado sob a alegação de que o presidente da Petrobrás não o havia assinado. Mas o acordo foi assinado pelo então Ministro das Minas e Energia, Delcídio Amaral, pelo representante do presidente da Petrobrás e pelo Ministro da Fazenda, Ciro Gomes. Além disto, o acordo foi assinado a partir de uma proposta apresentada pelo presidente da Petrobrás. Enfim, foi deflagrada a greve, após muita provocação, inclusive do Ministro do TST, Almir Pazzianoto, que disse que os petroleiros estavam sendo feitos de palhaços. FHC reprimiu a greve fortemente, com tropas do exercito nas refinarias, para acirrar os

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Dilma, vetos e jornalistas analfabetos

O jornalista Alcelmo Goes, O Globo, escreve, liberdade de imprensa é pra isso mesmo, permitir inclusive que analfabetos emita opiniões, escreve que a presidente da República “amarelou” na questão dos Royalties do petróleo, e a compara a Poncio Pilatos, no que diz respeito ao veto presidencial, derrubado no Congresso Nacional. É não. É respeito ao ato jurídico perfeito, abrigado na Constituição Federal, e o jornalista é um ignorante, por ignorar a Constituição. E analfabeto jurídico. E isso não tem nada a ver com partido político. Aliás, não sei por que ainda perco tempo rebatendo essas “disnotícias.” Devem servir chá de alfafa nas redações. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Chávez e o New York Times

No NY Times: “Chávez um político brilhante, mas incompetente. Culpou os Estados Unidos por seus fracassos na economia, na geração de empregos e na luta contra a criminalidade.” Mas nenhuma palavra sobre o fornecimento de petróleo – 20% do consumo diário – da Venezuela de Chávez ao país do Obama. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Saara e Afeganistão

Sei não. Quer dizer, penso que sei. Pelo andar da carruagem quer dizer dos beduino$, o Saara equatorial caminha para ser um novo Afeganistão. Haverá petróleo sob as escaldantes areias? Divaga Zé Bêdêu, o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira em Fortaleza. A angelical criatura acredita até que o senador boiadeiro é vítima de campanha insidiosas de adversários políticos. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Petróleo, Brasil, Iraque, Líbia e o nosso pré-sal

Desde sua descoberta no início do século XX, o petróleo passou a ser a principal fonte de energia, gerando um progresso acelerado aos países que se industrializaram e formaram grandes potências econômicas, mas ao mesmo tempo criando uma monumental dependência das reservas existentes. O petróleo é o elemento principal da economia das grandes potências, originando progresso e riqueza, mas o mesmo não acontece com os países produtores. A economia mundial está totalmente dependente do petróleo, sem ele as grandes potência param. O texto abaixo trata da importância que o Brasil deve dar às reservas do pré-sal. O Editor A próxima crise do petróleo. Fernando Siqueira, presidente da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras), esteve no PDT do Rio e deu importantes declarações, que interessam a todos e vamos transcrever alguns trechos, conforme tiramos do gravador.  O petróleo é o mais eficiente de todos os fornecedores de energia. Tem relação de 100 para um. Com o petróleo, com 1 unidade de energia gasta, tem 100 unidades de energia. No mar, isso cai: para uma unidade de energia, obtém 23. O segundo colocado é o carvão, de nove para um. Uma unidade de energia, nove. O petróleo é o mais fácil de transportar, manusear; outra função é petroquímica. Ou seja, 85 por cento dos produtos que consumidos hoje, na vida moderna (dvs, plástico, automóveis etc.) derivam de produtos do petróleo. É difícil substituir todos esses produtos. Para substituí-los serão necessários 25 anos. O mais perto é a biomassa, derivada do etanol e a indústria derivada da glicerina – a indústria química.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Hoje os países desenvolvidos calcaram seu desenvolvimento nesse produto, que eles não têm. Como não têm, e o seu desenvolvimento é calcado no petróleo, querem tomá-lo de quem tem. Saddam Hussein foi morto por isso, com a desculpa de que possuía armas de destruição em massa. Dois anos antes da invasão americana, estive lá, alertei os iraquianos por isso. Infelizmente aconteceu. Agora Kadafi foi assassinado também por conta do petróleo líbio. Por quê? A Líbia tem 60 bilhões de barris. Arábia Saudita e Kuwait já estão sob controle americano. A Arábia Saudita tem 265 bilhões de barris, o Irã 160 bilhões, o Iraque 120 bilhões de barris de petróleo. A Venezuela, oficialmente, tem 80 bilhões de barris. O petróleo é o produto mais cobiçado do mundo. Por quê? Os EUA têm 20 bilhões de barris e consumem 10 bilhões por ano. Por isso eles estão na absoluta insegurança. A Europa está pior ainda, porque não tem nada. A China tem 12 bilhões e consome cinco bilhões por ano. A Europa não tem nada e consome 8 bilhões por ano. Todos eles precisam do petróleo para manter o seu desenvolvimento. Por isso não acatam a autodeterminação dos povos. A indústria do petróleo é a mais violenta de todos. Quase todos conflitos depois da Segunda Guerra Mundial tiveram o petróleo como fundo. Agora a coisa está ficando mais séria porque especialistas independentes prevêem que estamos entrando no pico mundial de produção. Entre agora e 2014, vamos atingir 86 milhões de barris por dia de produção, vamos consumir esses 86 milhões. E a partir, vai cair a produção do mundo, por não se ter capacidade de produção a curto prazo. Aí o que se faz, já que a demanda não vai cair na mesma proporção? Vai se intensificar a crise e o petróleo vai subir ainda mais. Um barril de petróleo a 200 dólares representa uma brutal sangria na economia dos EUA. Por isso, quando descobrimos o pré-sal em 2007, a primeira providencia dos EUA, no governo Bush, foi criar a IV Frota da Marinha dos EUA. Quem está no Atlântico Sul? Brasil e Argentina. E o pré-sal. Sergio Caldieri/Tribuna da Imprensa

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‘Ilha do Petróleo’, no Rio, pode ser o maior centro de pesquisa do mundo

Complexo reúne laboratórios das 16 principais multinacionais de tecnologia do setor, com investimentos de US$ 500 milhões. Em área de 400 mil metros quadrados na Ilha do Fundão, no Rio, que já vem sendo chamada de “ilha do petróleo”, estão sendo construídos alguns dos principais centros de pesquisa e desenvolvimento do setor no mundo. O complexo agrega as 16 principais multinacionais de tecnologia do setor, que já destinaram US$ 500 milhões ao projeto de construção de laboratórios. A expectativa das empresas é, no mínimo, equiparar o polo do Rio ao da cidade texana de Houston, referência mundial e considerada atualmente “a capital do petróleo”. Maior aposta de crescimento da economia brasileira até 2020, a produção de petróleo no pré-sal é o centro de atração dos projetos tecnológicos. O complexo do Fundão terá prédios futuristas no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no entorno do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes), já considerado de excelência em projetos de prospecção em águas profundas. A principal vantagem apontada por técnicos é que, diferentemente de Houston, onde as empresas ficam afastadas, no Parque Tecnológico do Rio estarão concentradas. “Esse tipo de concentração traz oportunidade única no mundo. É uma intensa troca de inovação e experiência, voltada especificamente para desenvolver a melhor e mais ampla tecnologia para o pré-sal”, sintetiza Maurício Guedes, presidente do Parque Tecnológico. O complexo vem sendo construído aos poucos. Deve estar operando integralmente a partir de 2013. “Certamente veremos um salto de qualidade na engenharia de projetos dentro de quatro ou cinco anos”, estima. Hoje, a tecnologia usada para explorar o pré-sal da Bacia de Santos é a mesma desenvolvida para o pós-sal. A produção ainda é considerada experimental. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Distante 300 quilômetros da costa e a uma profundidade superior a 7.000 metros, o óleo dos reservatórios abaixo da camada de sal na Bacia de Santos possui particularidades que exigem outra concepção. Sem manutenção. O engenheiro Carlos Thadeu Fraga, presidente do Cenpes, diz que a meta da companhia para a exploração das áreas é eliminar a necessidade de plataformas de superfície e colocar toda tecnologia de separação do óleo e da água, bem como o processamento, em cápsulas submarinas resistentes ao desgaste do sal e com capacidade para operar por 20 anos sem necessidade de manutenção. Essas plantas funcionarão movidas por geradores elétricos submarinos que bombearão petróleo e gás, por dutos no fundo do Atlântico, para estações coletoras a centenas de quilômetros de distância. “A planta instalada na superfície exige energia para puxar o petróleo do fundo do mar, além de injetar água para pressionar a expulsão deste óleo de seus reservatórios. Se a planta desce para o fundo, eliminamos a necessidade de gerar energia por um percurso de 3.000 metros de água, com elevada instabilidade. Este é o principal desafio mundial hoje”, afirmou Roberto Leite, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Chemtech, braço da alemã Siemens para engenharia e TI, instalada no Parque Tecnológico. Exemplo. Até hoje a instalação de equipamentos de produção no fundo do mar possui como maior exemplo a tentativa da plataforma de Perdido, da Shell, que teve custo aproximado de US$ 3 bilhões, no Golfo do México. A unidade foi montada sobre um cilindro de aço flutuante na mesma distância da costa que o pré-sal de Santos. A automação é completa e os dados da unidade são analisados de uma base de engenheiros em New Orleans. Considerada uma nova fronteira na exploração e produção, a experiência terá que ser superada, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Ele afirma que o elevado custo poderia inviabilizar a operação do pré-sal. Hoje, a Petrobrás sustenta o valor de US$ 40 por barril como mínimo necessário para garantir a extração. “Considerando que o petróleo mais recente no mundo foi apresentado a um custo viável de US$ 70 por barril, o nosso está bastante adequado”, diz o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Para ele, cada US$ 1 reduzido no custo exploratório e de desenvolvimento é comemorado. Desde a descoberta das reservas a Petrobrás conseguiu, com novas tecnologias, reduzir de US$ 240 milhões para US$ 60 milhões o custo de perfuração de um poço. A produtividade de cada poço também contribuiu para a redução. Uma plataforma flutuante FPSO, estruturada para ser conectada a 30 poços, com produção de 5.000 barris em cada um, teve que ser revista para uma quantidade menor de poços, já que o primeiro tem rendido média de 20 mil barris por dia. Kelly Lima/RIO – O Estado de S.Paulo

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Líbia: o cinismo do bombardeio salvador

Após dividirem o Sudão – norte e sul, sendo que no sul estão as reservas de petróleo – os libertários” neocolonialista tentam destronar o ditador Kadaffi, sentado que está em “zilhões” de barris de petróleo. “E la nava va!” O Editor Delenda Kadafi: A última Guerra Neocolonial Perderam a vergonha e o senso comum. Antes justificavam a guerra como necessária para salvar civis inocentes, agora dizem que estão lutando pelo futuro da Líbia. Mas quando foi, nos últimos mil anos, que eles pensaram por um segundo nos civis e no futuro da Líbia? Agindo descaradamente como lobistas de seus aviões e outras armas ou como espertos politiqueiros de olho nas próximas eleições, Obama, Sarkozy, o pilantrinha francês, e Cameron, o cínico premiê britânico, escreveram, a seis mãos (que ridículos) um artigo que está sendo do publicado hoje na França. O título sujestivo: “Com Kadafi a Líbia não tem futuro”. O subtítulo poderia ser: O último berro de um neocolonalismo que está sendo atropelado pela História. Como já disse várias vezes, mas é bom repetir sempe, não estou aqui para defende este Kadafi, um ditador grotesco nem melhor nem pior que dúzias de tiranos que, há trinta anos, vem sendo cinicamente sustentados pelos EUA e pela Europa, na África e no Oriente Médio. Mas não posso deixar de lembrar que foi em defesa da Civilização e do futuro da África e do Oriente Médio que esta corja colonial e neocolonial vem, nos últimos 500 anos, destruindo, com método e esmero, este continente e esta região. Enfim, são canalhas para a História que não esquece nem perdoa. por: Chico Barreira blog fatos novos nova ideias

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