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Petrobras – Refinaria Abreu Lima

Essa campanha histérica da mídia contra Abreu e Lima, Comperj e refinarias em geral fez os internautas lembrarem como os mesmos personagens ficaram tristes, a ponto de negarem a sua existência, com a descoberta do pré-sal. Hoje o Brasil exporta mais de 50 bilhões de dólares em petróleo, por ano. É nosso principal produto na balança comercial. Refinar um pouco mais de petroleo aqui mesmo, de maneira a reduzir importações de diesel russo e americano é, para dizer o mínimo, prudente e necessário, pois se acontecer alguma guerra pro lado de lá, vamos ficar numa situação ridícula: cheios de petróleo bruto mas com nossos caminhões, onibus e carros parados, faltando diesel e gasolina e com preços estratosféricos (atingindo nossa competitividade). O pessoal do agronegócio deveria romper com essa cultura colonizada e burra, porque seriam também prejudicados.

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Brasil e petróleo

Como entender um país que tem Petróleo Leve no Pré-sal, 18 grandes refinarias (tinha), Gasodutos, e tinha a BR Distribuidora, venda tudo a preço de tomate em fim de feira, reduza a produção de suas refinarias e venda óleo cru para ser refinado fora do Brasil, para comprar gasolina a peso de ouro? É muito roubo para um só país(?)

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A reserva estratégica de petróleo dos EUA guardada em cavernas – e que Trump quer vender

Trump quer vender parte das reservas estratégicas para reduzir custo de manutenção  Nas últimas semanas, autoridades americanas deram a entender que, como parte das sanções ao governo de Nicolás Maduro, estava sendo cogitada a interrupção de importações de petróleo da Venezuela, o terceiro maior exportador de petróleo para os Estados Unidos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Seria uma reação à convocação, por Maduro, de uma eleição para compor uma Assembleia Constituinte na Venezuela, processo muito criticado por Washington e outros países. Uma das razões pelas quais os Estados Unidos podem se dar ao luxo de discutir isso sem que haja risco de “suicídio econômico” está enterrada em um sistema de cavernas no Estado da Lousiana, no sul do país. O governo armazena ali cerca de 700 milhões de barris de petróleo in natura, suficiente para suprir as necessidades do país por vários meses, um recurso importante caso haja alguma crise de desabastecimento. No fim das contas, as importações foram mantidas. Na segunda-feira, um dia após Maduro anunciar sua vitória na votação, o governo americano anunciou medidas que se limitam a sanções pessoais contra o presidente venezuelano. “As eleições ilegítimas de ontem confirmam que Maduro é um ditador que despreza a vontade do povo”, afirmou o secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin. Esse episódio deixa clara a importância dessa reserva estratégica, que pode ter um papel ainda mais vital caso os Estados Unidos decidam ampliar as sanções. Mas não faz muito tempo que o presidente Donald Trump propôs vender boa parte dela para aliviar os problemas fiscais de seu governo. Por quê? Embargo árabe O governo dos Estados Unidos armazena quase 700 milhões de barris em cavernas no Estado da Louisiana – Direito de imagemENERGY.GOV VÍA WIKIMEDIA COMMONS A origem dessa reserva remonta a 1973, quando países árabes impuseram um embargo à exportação de petróleo para o Ocidente como retaliação por seu apoio a Israel. Isso foi um grande golpe para a economia global, do qual os Estados Unidos não escaparam. Os preços da gasolina dispararam. Filas enormes se formaram nos postos do país. E boa parte da infraestrutura industrial americana, baseada na premissa do combustível barato, ficou sob ameaça. Em 1975, os Estados Unidos reagiram criando seu estoque em meio a cavernas rodeadas por formações salinas. A manutenção desse sistema custa cerca de US$ 200 milhões (R$ 622,5 milhões). Em troca, o país costuma sair ileso de episódios que envolveram interrupções nas importações de petróleo, como a Guerra do Golfo, em 1991. A reserva também foi acionada em outros momentos, como, por exemplo, após a destruição provocada pelo furacão Katrina, quando a infraestrutura energética americana foi afetada, e o petróleo em estoque foi usado como medida de compensação. A reserva tem o equivalente a 688 milhões de barris 141 dias: É o tempo de importação de petróleo que o estoque é capaz de cobrir 270 milhões de barris:Trump quer vendê-los para reduzir o custo de manter a reserva Risco latente Em meio aos frequentes episódios de risco ao abastecimento de petróleo enfrentados por Washington, um dos casos recentes mais notórios de interrupção do fornecimento teve como protagonista a Venezuela, lembra Jorge Piñon, diretor do Programa de Energia do Caribe e América Latina da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. “Às vezes, nos esquecemos que, em 2002 e 2003, o fluxo de petróleo in natura venezuelano para os Estados Unidos foi afetado por uma greve no setor desse país”, diz o especialista. O mercado americano deixou de receber por um tempo cerca de 1,5 milhão de barris que vinham da Venezuela. Hoje, o impacto de uma interrupção seria menor, garante Piñon, pela redução de importações venezuelanas em anos recentes. Estados Unidos não é o único país a manter um estoque de petróleo para situações de emergência Direito de imagemGETTY Os Estados Unidos não são o único país que emprega esse enorme sistema de armazenamento de petróleo. O Japão tem, por exemplo, cerca de 500 milhões de barris em tanques no sudoeste do país. E outras potências, como a China, estão expandindo instalações com o mesmo propósito. Trump quer vender A reserva estratégica americana foi criada na década de 1970 Direito de imagemGETTY IMAGES Ironicamente, em um momento em que a reserva estratégica pode adquirir ainda mais relevância por causa da crise venezuelana, Trump vem considerando vender uma parte substancial dela. Em maio, o governo americano propôs isso para reduzir a dívida pública. Seriam vendidos cerca de 300 milhões de barris, quase metade do estoque, ao longo da próxima década. Isso poderia render ao país US$ 16 bilhões, garante Trump. O que ninguém sabe é quanto custaria para os Estados Unidos uma crise externa que deixasse o país sem petróleo por um período de tempo e na qual não fosse possível recorrer a essa reserva de emergência. Por enquanto, a proposta continua em discussão. Enquanto isso, abaixo das formações salinas da Louisiana, um tesouro segue armazenado e permitindo aos americanos respirarem mais tranquilos em sua interação com o conturbado mundo da indústria de petróleo.

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Poluição – O petróleo é o único e maior vilão?

Qual é a indústria que mais polui o meio ambiente depois do setor do petróleo? Mesmo fibras naturais como o algodão tem forte impacto ambiental Direito de imagemTHINKSTOCK É fácil citar a indústria do petróleo como principal vilã da poluição. Mas poucos talvez saibam que o segundo lugar nesse ranking pertence à indústria da moda.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Se você veste calças ou malhas de poliéster, por exemplo, fique sabendo que a fibra sintética mais usada na indústria têxtil em todo o mundo não apenas requer, segundo especialistas, 70 milhões de barris de petróleo todos os anos, como demora mais de 200 anos para se decompor. A viscose, outra fibra artificial, mas feita de celulose, exige a derrubada de 70 milhões de árvores todos os anos. E, apesar de natural, o algodão é a uma fibra cujo cultivo é o que mais demanda o uso de substâncias tóxicas em seu cultivo no mundo – 24% de todos os inseticidas e 11% de todo os pesticidas, com óbvios impactos no solo e na água. Nem mesmo o algodão orgânico escapa: uma simples camiseta necessitou de mais de 2.700 litros de água para ser confeccionada. A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo Direito de imagemGETTY IMAGES Usar e jogar fora Mas talvez o maior dano causado pela indústria da moda seja a tendência da “moda rápida”, marcada especialmente pelos preços baixos. O consumo multiplica os problemas ambientais. O custo da “moda rápida” Uma peça de roupa que usamos menos de 5 vezes e jogamos fora após 1 mês produz mais 400% de emissões de carbono que uma usada 50 vezes e mantida por 1 año Fonte: HBS GETTY O chamado “segredo sujo” da moda deu origem a iniciativas que buscam uma maior responsabilidade ambiental. Na Argentina, a Industry of All Nations foi fundada como uma “empresa de design e desenvolvimento com o compromisso de repensar métodos de produção”. O objetivo é produzir “roupa limpa”. “Eu e meus irmãos nos demos conta de que, em um mundo tão grande, quase todos os produtos são feitos em dois ou três países asiáticos. E a única razão é porque é mais barato produzi-los lá”, explica Juan Diego Gerscovich, fundador da empresa familiar. “A IOAN, como diz o nome, existe para que voltemos à produção e aos produtores originais, para que voltássemos à fonte”. Os hermanos Gerscovich, que são argentinos e vivem Los Angeles, começaram produzindo sandálias, usando os serviços de uma fábrica há 120 anos no ramo. Sandálias já eram produzidas de modo quase sustentável, segundo empresários Direito de imagemINDUSTRY OF ALL NATIONS “Era uma empresa sustentável sem saber, pois as sandálias eram de juta e algodão. A empresa produzia um milhão de unidades. A única coisa que fizemos foi mudar as tiras, que eram de material sintético, para algodão”. Mas foi um segundo produto que soou o “alarme da contaminação”. Os irmãos queriam produzir jeans, mas abandonaram a ideia quando “se deram conta de que se te uma questão muito tóxica”. Decidiram resgatar o método tradicional de produção do tecido, com o uso de algodão orgânico e índigo – uma tintura obtida da planta Indigofera tinctoria. Gerscovich encontrou um pequeno vilarejo no sul da Índia, Auroville, onde levaram anos investigando como reviver a indústria local. “Era uma indústria muito importante e conectada à cultura indiana, mas a Revolução Industrial trouxe os corantes químicos, e a indústria do tecido natural desapareceu… era muito mais econômico e rápido com os métodos modernos.” Fabricação artesanal de tintura Direito de imagemINDUSTRY OF ALL NATIONS O processo natural requer ainda mais tempo e investimento, mas o empresário argentino diz que ele é muito menos agressivo para o meio ambiente. O desaparecimento da indústrias fez com que fosse necessário treinar tecelões, pois ninguém na comunidade sabia fazer jeans. Mais que um negócio A empresa depois se dedicou à produção de suéteres com lã de alpacas bolivianas. “E sem corantes”, ressalta Gersovich. Os suéteres de lã de alpaca vendidos pela empresa dos irmãos Gersovich não usam corantes Direito de imagemINDUSTRY OF ALL NATIONS “A cooperativa que produz os suéteres na Bolívia conhece nossa filosofia e montou um pequeno laboratório para começar a desenvolver tintas naturais.” A idea original dos irmãos Gerscovich é não apenas fazer a roupa, mas empoderar comunidades. “O mais importante é que, como seres humanos, mudemos de mentalidade: precisamos consumir menos”, diz o empresário. Corantes naturais Direito de imagemINDUSTRY OF ALL NATIONS A IOAN, assim como outras iniciativas do gênero, produzem suas peças em mais tempo e a um custo maior. Um par de jeans, por exemplo, custa US$ 170, valor bem superior ao de muitas marcas no varejo mundial. “Vamos reduzir custos à medida que as vendas cresçam. Mas jamais chegaremos aos níveis das grandes cadeias (de lojas de roupa). Seus preços são uma invenção. Estão desrespeitosos 100% com seus produtores.”

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