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Tópicos do dia – 01/11/2011

10:39:03 Brasil: da série “Óleo de Peroba nele” Olhem só que gracinha da lavra do presidente do PCdoBolso: “O nosso partido sai engrandecido desses últimos acontecimentos.” Renato Rabelo, presidente do PC do B, partido do ex-ministro Orlando Silva, do Esporte. 11:47:38 É a crise! Informe da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima): Existem atualmente no Brasil, sil, sil, 64.866 pessoas com mais de R$ 1 milhão aplicado nos bancos, o que representa um aumento de 2,6% em relação a dezembro do ano passado. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Orlando Silva: “blindagem” do ministro é prato cheio pra imprensa internacional

Penso não se aplicar a presunção de inocência para afastar alguém de um cargo político enquanto se procede a apuração dos fatos. Itamar Franco, quando Presidente da República, o afastou o seu amigo Henrique Hargreaves, então Ministro da Casa Civil, que foi investigado, e quando isento de qualquer culpa voltou ao governo. Será tão difícil Dona Dilma agir assim no caso do Ministro Orlando Silva? Não se trata de linchamento, nem moral, nem político, mas uma simples tomada de posição em nome da ética e da moralidade da coisa pública. A propósito de falcatruas, provas e presunções lembro-me de duas frases emblemáticas; “Os políticos acreditam que uma tolice se torna fato se for espalhada aos berros”. Charles Pierce; “A ausência da evidência não significa evidência da ausência”. Carl Sagan O Editor Blindagem do ministro Orlando Silva representa mais uma desmoralização para o Brasil na imprensa internacional. A preservação do ministro do Esporte, Orlando Silva, no cargo, em meio a gravíssimas acusações de corrupção que envolvem também seu antecessor, Agnelo Queiroz, hoje governador do Distrito Federal, representam mais um vexame internacional para os brasileiros. Sem ter como responder, somos obrigados a aturar importantes jornais estrangeiros, como o espanhol “El Paíz” e o inglês “Financial Times”, a publicarem matérias que nos desmoralizam, dizendo que o governo do Brasil precisa combater a corrupção, o que significa afirmar que atualmente não o faz.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O pior é que, como dizia o genial cineasta Orson Welles quando esteve no Brasil, “it’s all true”, ou seja, é tudo verdade. Não há dúvida de que Lula fez um bom governo, superando inclusive uma grave crise internacional, e a sucessora Dilma Rousseff também está indo bem, administrativamente, se não levarmos em conta o problema da corrupção sistemática. E é tudo verdade. A desmoralização do país se agrava em função da Copa do Mundo de 2014, que torna ainda mais escandalosas as notícias sobre gravíssimas irregularidades justamente no setor que cuida dos preparativos do campeonato esportivo mais importante do mundo. A imprensa britânica, ainda mordida porque a Fifa não aceitou fazer as próximas Copas na Inglaterra, vai deitar e rolar. Sexta-feira, o jornal “The Guardian” já repercutia as más notícias sobre o Brasil. Os britânicos, que deveriam se contentar em difamar o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, nos últimos tempos vivem a acusar também João Havelange, o dirigente esportivo internacional mais importante da História, como se ele fosse tão corrupto quanto seu ex-genro. Não sabem (ou não querem saber) que Havelange sempre foi um empresário de sucesso, um homem rico, dono da Viação Cometa, uma das maiores transportadoras do país, e de várias outras empresas. Jamais precisou se corromper para ganhar dinheiro, o maior erro de sua vida foi colocar o genro na CBF, e hoje paga caro por essa falha. Na sexta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, já considerava decidida a demissão do ministro Orlando Silva. Em coletiva para jornalistas de vários países, na sede da entidade em Zurique, Valcke disse que está pronto para conversar com um novo interlocutor da presidente Dilma, em novembro, quando virá ao Brasil para discutir a organização da Copa do Mundo de 2014. “Terei um encontro com a nova pessoa indicada pela presidente para conduzir a Copa no plano governamental. Tenho a confiança de que a presidente tomará a decisão correta, independentemente do que acontecer com o ministro Orlando Silva”, anunciou. O maior escândalo esportivo do Brasil, na verdade, não são as fraudes com as ONGs no Ministério do Esporte. O que mais nos desmoraliza são os inacreditáveis gastos com a construção e reforma dos estádios de futebol, que sairão quatro ou cinco vezes mais caros do que obras semelhantes que acabam de ser realizadas na Itália e na Alemanha. Quase todas as reformas estão sendo feitas sem projeto previamente detalhados. Consequentemente, sem licitações sérias e disputadas com lisura. Os aditivos aos contratos se multiplicam, impunemente, enquanto os órgãos responsáveis pela fiscalização (os Tribunais de Contas da União e dos Estados) fazem seguidas denúncias que não adiantarão nada. Em matéria de corrupção, ninguém tirará do Brasil o título de campeão mundial. Neste particular, a Copa de 2014 realmente está destinada a ficar na História. E repetindo Orson Welles, é tudo verdade. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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Tópicos do dia – 22/10/2011

08:14:00 Abaixo-assinado pela proibição da prática das vaquejadas -> www.peticaopublica.com.br 08:15:45 Nomes exdrúxulos Continua o desfile de nomes estranhos que povoam o universo dos escândalos do PT. Nesta encrenca no Ministério do Esporte, surgem uma Ralcilene, ex-funcionária da pasta, e um Waucilon, candidato a deputado pelo PCdoB. 08:34:42 Turismo para todos Pesquisa do Ibope para a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem) mostra que 74% dos brasileiros das classes C, D e E viajaram de avião nos últimos cinco anos, e 53% se hospedaram em hotéis de rede. 08:36:28 O Vereador e o eleitor mendigo Vereador diz na internet que tem ‘vida de príncipe. Já o eleitor… [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Brasil: A republiqueta que funciona em caixa de sapato

O que era antes privativo dos mensaleiros e cuequeiros do PT, agora se propaga por partidos, também sempre decantados como éticos. Esse descalabro é mais um dos exemplos envolvendo partidos políticos, no caso PCdoB e Ongs. A “tunga” dos cumpanheros tem a única finalidade de se apropriar do dinheiro público. Sim, é inacreditável que um Ministro de estado seja acusado de receber propinas na garagem do prédio de seu escritório oficial. O que é de estranhar, especificamente em relação às denúncias complementares, e não ao fato em si, é qual a razão de o policial João Dias ter feito as denúncias mais detalhadamente em reunião com parlamentares da oposição, e não diretamente à Polícia Federal. Aliá, o PM alegou questões de saúde para o seu (dele) não comparecimento ao depoimento marcado à Polícia Federal. Ocorre que no mesmo horário ele estava reunido em uma das salas do Congresso Nacional com líderes de oposição. O certo seria ter entregue as provas para a Polícia Federal. Que eu saiba do que está normatizado na Constituição Federal, mais especificamente no art. 58, § 3º – “As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos internos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores” – portando somente na vigência de um CPI, o que não é o caso nessa que foi uma reunião privada, o senador Álvaro Dias não tem poderes próprios do judiciário nem do Ministério Público. E continua a pergunta que não quer calar, e nunca é respondida: e os empresários que corrompem os corrompidos? Quem são? Nomes! Queremos nomes! Faltou também ser revelado pelo insigne denunciante, e para que a denúncia se revestisse do máximo de credibilidade, qual foi a sua (dele) parte no butim. Assim como o escândalo do mensalão do DEM de Brasília a oposição não olha para o próprio umbigo. Quer dizer, sarjeta. O Editor Orlando Silva: Acusador afirma que entregou ‘gravação’ para revista Reunido a portas fechadas com lideranças da oposição, o PM João Dias forneceu detalhes sobre o esquema de cobrança propinas da pasta dos Esportes. Informou que o balcão funcionava no prédio do próprio ministério, forneceu nomes de empresas e de pessoas, esmiuçou reuniões e disse ter gravado uma delas. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Mais: João Dias declarou a senadores e deputados oposicionistas que já entregou a gravação à revista ‘Veja’. Disse que será veiculada no próximo fim de semana. Segundo João Dias, soam no áudio as vozes de assessores do Ministério dos Esportes que se reuniram com ele a pedido do ministro Orlando Silva. A conversa é de abril de 2008, época em que Orlando já ocupava a poltrona de ministro. Serviu para alinhavar um acordo nada republicano. Combinou-se que João Dias não denunciaria a engrenagem de cobrança de propinas. Algo que ameaçava fazer. Em troca do silêncio, a equipe de Orlando Silva isentaria duas ONGs do PM de irregularidades em convênios firmados com o ministério. Coisa de R$ 3,2 milhões. O acordo fora esboçado, segundo João Dias, numa reunião que ele mantivera antes com o próprio Orlando Silva. Esse diálogo prévio não foi gravado. Porém, disse o PM aos parlamentares, o áudio do segundo encontro, captado sem que os presentes soubessem, faz menção à combinação feita com o ministro. O blog conversou com três dos parlamentares que ouviram o relato de João Dias: Álvaro Dias (PSDB-PR), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Os três declararam-se impressionados com a riqueza de detalhes do relato. Em essência, o detrator de Orlando Silva contou o seguinte: 1. Rescisão retroativa: Combinou-se que João Dias, em litígio com os operadores do esquema de propinas, teria encerrados os convênios de suas ONGs. Embora o acerto seja de abril de 2008, o termo do encerramento dos negócios foi datado de dezembro de 2007. Por quê? Para evitar que irregularidades apontadas posteriormente caíssem na malha de órgãos de controle como TCU e da CGU. 2. Central de fraudes: João Dias disse que entrou em atrito com Orlando Silva e Cia. ao recusar-se a pagar propina de 20% sobre os convênios que celebrou. Pagou, segundo disse, entre 1% e 2%. A central de desvios funcionava, segundo o acusador, nas dependências do ministério. Envolvia convênios do programa ‘Segundo Tempo.’ 3. Taxa de ‘assessoramento’: O acusador deu nome aos operadores dos contratos. Os contatos com as ONGs era feito por Ralcilene Santiago, funcionária do ministério e militante do PcdoB, partido do ministro. Cuidava da checagem da documentação e da estruturação dos convênios o advogado Júlio Cesar Vinha. A intermediação custava às ONGs até 20% do valor dos contratos. Feita a título de “assessoramento”, a cobrança era, segundo João Dias, “propina”. 4. Provedores de notas frias: João Dias contou que participavam do esquema empresas cuja função era a de prover notas frias para encobrir os desvios. Ele citou três logomarcas: HP, Infinita e Linha Direta. 5. R$ 1 milhão por baixo da mesa: De acordo com o relato do PM, o programa ‘Segundo Tempo’, concebido para levar atividades esportivas a crianças e adolescentes, destina verbas a ONGs de fancaria. Cumprem os convênios pela metade ou descumprem integralmente. Essas entidades devolvem parte do dinheiro recebido na forma de propinas. João Dias citou quatro ONGs que teriam repassado ao esquema R$ 1 milhão. Detalhista, ele dá os nomes das entidades e as cifras dos respectivos convênios: Liga de Futebol Society do DF (R$ 2 milhões), Instituto Novo Horizonte (R$ 3 milhões), Fundação Toni Matos (R$ 1 milhão), Associação Nossa Senhora Imaculada (R$ 600 mil). 6. Caixa dois do PCdoB: No dizer de João Dias, ex-candidato a deputado distrital pelo PCdoB-DF, a usina de desvios montada na pasta dos Esportes funciona “em todo país”. A verba malversada destinava-se, segundo ele

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Os ladrões com ideologia são ainda piores do que os outros

Não há nenhuma reação consistente, pra valer, de nenhum segmento dos poderes da república.  A Toga se “encolhe” já que não se interessa pelo assunto visto que paira um silêncio generoso sobre a acusação dos “bandidos da Toga”, abrindo caminho, se é que é possível, a se desmoralizou mais ainda. O Legislativo, ah, o legislativo! Ceivado de Sarney, Calheiros, e Romeros, é subliminar parceira da falácia tão bem aplicada por uma oposição que se mostra um tanto quanto, nos subterrâneos dos interesses, uma espécie de “companheira dos “cumpaêiros” que mais e mais se mostra submissa às indecentes verbas parlamentares, que a todos interessa. O Editor O PMDB deveria reclamar de preconceito! As evidências de malandragem no Ministério do Esporte são maiores e bem mais graves do que aqueles que determinaram a queda do Ministro do Turismo, Pedro Novais, e do ministro da Agricultura, Wagner Rossi. E, no entanto, nota-se um cuidado muito maior do próprio governo ao tratar do caso. Por quê? Se formos levar em conta o volume de recursos, então, o esquema que havia no Turismo vira brincadeira de criança. Desde 2003, o programa Segundo Tempo liberou quase… R$ 800 milhões!!! O PCdoB pode não ter obtido sucesso em fazer a revolução socialista. Mas é inegável que o partido conseguiu um jeito de distribuir a renda ao menos entre os seus. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Insisto: por que Dilma foi quase fulminante nos outros casos e enrola tanto com o Ministério do Esporte? Como prova um dos posts abaixo, VEJA evidenciou o esquemão já em 2008. No fim de 2010, ainda no governo do Apedeuta, as coisas se agravaram. Mesmo assim, a então presidente eleita manteve Orlando Silva na pasta. Agora, como se nota, o próprio ministro é engolfado pelos fatos. No fim das contas, há aquela má consciência de sempre: a corrupção promovida por um partido de esquerda, ainda que apenas nominalmente de esquerda, seria diferente da de um outro, que não carrega esse pedigree. Eis aí uma das evidências, que se dá no terreno moral, a explicar por que todos os regimes socialistas, sem exceção, se tornaram ditaduras violentas e corruptas. Os esquerdistas se dão, mesmo!, todos os direitos e transformam suas vilanias e malandragens em atos de resistência política. Afinal de contas, eles têm um nobre propósito, não é?, que a direita não teria: a igualdade entre os homens. Em nome desse valor abstrato, eles podem praticar todas as safadezas concretas. E ai daquele que denunciar! Se o fizer, só pode estar interessado em prejudicar a nobre luta dos valentes em defesa do bem, do belo e da justiça social. Como se consideram monopolistas da virtude e da caridade, suas teses dispensam demonstração. Eles estão sempre certos porque são naturalmente bons, e seus adversários estão sempre errados porque naturalmente maus, de sorte que o mal praticado por um esquerdista é bem, e o bem exercido por um opositor seu, um mal. Isso demonstra quão genial foi George Orwell — que era simpático, na origem, às teses socialistas — no livro 1984, publicado em 1949. Ali aparecem (na versão para o português) a “novilíngua” (as palavras querem dizer o contrário do seu sentido de dicionário) e o “duplipensar”: por esse método, alguém pode pensar uma coisa e, ao mesmo tempo, o seu contrário. É a essência moral das esquerdas. Trotstky, o mais inteligente da geração de revolucionários russos de 1917, escreveu em 1936 o livro “Moral e Revolução”, em que fala de duas morais, a que serve e a que não serve aos bolcheviques: “A Nossa Moral e a Deles”. Trata-se de um dos textos mais indecentes jamais escritos. Falo com mais cuidado sobre esse monumento ao amoralismo num longo post, abaixo deste. É evidente que nem o PT nem essa turma do PCdoB que está agarrada às tetas do Ministério do Esporte querem revolução social, socialismo ou algo parecido. Isso hoje daria uma trabalheira danada, ainda que fosse viável, e haveria o risco de eles perderem seus privilégios. Não há o menor risco de o “comunismo”, na versão conhecida, voltar a ser influente no mundo. O mesmo, no entanto, não se diga sobre ditaduras. Isso é outra coisa. Evento recente em São Paulo (o do promotor que denunciou como “nazistas” moradores que se opõem à mudança de endereço de um albergue) demonstra que a idéia de um estado dominado por esses “monopolistas do bem”, que submeta o conjunto da sociedade às suas vontades (ainda que num regime de economia de mercado) é, sim, possível. Pior: dá para criar a mímica da democracia numa ditadura. Fui um pouquinho longe para falar sobre a moral particular dos esquerdistas? Fui, sim! O que estou evidenciando é que aquela canalha que fica na rede defendendo larápios se acha superior aos defensores de larápios de outras legendas. Afinal, eles seriam herdeiros da velha moral revolucionária, compreendem? No fundo, como lembrou Padre Vieira no “Sermão do Bom Ladrão”, citando São Basílio Magno, esses ladrões são piores do que os outros. Aqueles, ao menos, roubam correndo algum risco; estes roubam sem temor nem perigo. blog Reinaldo Azevedo

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Orlando Silva, ministro dos esportes, pisou na bola

Primeiro foram malas em refinados escritórios. Depois cuecas e meias. A propina agora chegou às caixas de sapatos. Em subsolos, porões apropriados para o habitat de ratos. O desvio agora é em torno de um tal “Progama Segundo Tempo”. Já imaginaram Tupiniquins, o que deve ter ocorrido no decorrer do primeiro tempo? Marx se revira na tumba. Os “comunistas” foram cooptados pelo materialismo burguês. Esse é o 5º ministro envolvido em tramoias. Essa é a verdadeira herança maldita que o retirante de Garanhuns deixou para Dona Dilma. O Editor Denúncias da Veja ao ministro do Esporte já eram conhecidas. A novidade é que agora há testemunhas. Já faz vários meses que a imprensa divulga graves denúncias contra o ministro do Esporte, Orlando Silva. Aqui no blog já comentamos muitas vezes essas fraudes das ONGs “esportivas” ligadas ao PCdoB. Agora é revista ‘Veja’ que acusa o ministro de chefiar o esquema de desvio de dinheiro público para os cofres do seu partido, o PCdoB. Silva, que está em Guadalajara, no México, onde assistiu à cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos ontem, disse estar “sereno, mas revoltado” com o que classificou de invenções e calúnias.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “Quero repudiar as mentiras que foram publicadas pela revista. Uma pessoa que está sendo processada, um bandido, me acusa e eu tenho que me explicar. Já solicitei ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que seja aberto um inquérito criminal para que isso seja apurado. Só encontrei um dos caluniadores (João Dias Ferreira), uma vez, em uma audiência, a pedido do então ministro Agnelo Queiroz. O outro (Célio Soares), nem sei quem é. E duvido que ele me conheça também”, afirmou o ministro. A reportagem da ‘Veja’ apenas repete as denúncias anteriores, mas acrescenta importantes informações, que ainda não tinham sido divulgadas. Afirma, por exemplo, que o próprio Orlando Silva teria recebido propina dentro da garage do ministério, em Brasília. As demais afirmações são antigas, pois é mais do que conhecido o esquema de corrupção para irrigar os cofres do PCdoB a partir do desvio de verbas públicas para ONGs de fachada. Os recursos eram destinados à compra de materiais esportivos para crianças carentes, por meio do programa Segundo Tempo, tocado pelo ministério desde o governo Lula. As denúncias sobre as ONGs foram facilmente comprovadas, porque apontavam as verbas distribuídas a organizações dirigidas por militantes do PCdoB, cujos projetos não foram desenvolvidos. Agora, Orlando Silva alega que as denúncias possam ter um fundo político, já que o ministério não realizará mais convênios com entidades privadas e estes serão feitos agora através de seleção pública. Ou seja, depois da porta arrombada é que se finge colocar uma tranca. Segundo o ministro, já foram apresentados mais de 500 projetos, mas apenas entre 150 e 200 serão selecionados. Suas alegações são patéticas: “Este ano, os parceiros passaram a ser escolhidos por seleção pública, porque houve mais pedidos do que possibilidade de atender a demanda. Também passamos a não realizar convênios com entidades privadas, pois as públicas garantem um melhor sistema de controle. Existe um processo no Tribunal de Contas da União para que a empresa relacionada a um dos acusadores devolva o investimento de cerca de R$ 3 milhões. Antes disso, houve a possibilidade de que houvesse uma prestação de contas mais clara, o que não aconteceu”, afirmou Silva. Em nota complementar à defesa feita por Orlando Silva em Guadalajara, o Ministério do Esporte anunciou que irá acionar a Polícia Federal para investigar denúncias de propina na pasta divulgadas neste sábado em matéria da revista Veja. O pedido já foi feito ao ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e terá como alvo denúncias feitas pelo policial militar João Dias em entrevista à revista. “Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias”, diz o ministro do Esporte, na nota. Segundo a nota, que dá mais detalhes do contrato do ministério com o denunciante, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, o policial teria firmado dois convênios, em 2005 e 2006 para atendimento a crianças e jovens, dentro do Programa Segundo Tempo. Como o contrato não teria sido cumprido, o ministério determinou a suspensão dos repasses em junho de 2010 , com a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje. “A avaliação do ministro do Esporte é de que foi esse o motivo para João Dias fazer agora acusações de desvios de verbas do Segundo Tempo por um suposto esquema de corrupção no Ministério”, diz a nota , enfatizando que Orlando Silva afirma com veemência ser caluniosa a afirmação de João Dias de que houve entrega de dinheiro nas dependências do Ministério e pretende tomar medidas legais. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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Brasil: Os donos do poder

O caso Palocci, independentemente do desfecho que tenha, deveria ser examinado como mais um exemplo vexaminoso do poder à brasileira. Infelizmente, não foi nem será, já que tudo fica sempre limitado a uma rixa entre petistas e tucanos, sob a noção tácita do “todos temos rabo preso”. A declaração da presidente Dilma Rousseff, depois de vários dias de silêncio, de que Palocci estaria prestando esclarecimentos aos “órgãos de controle”, e pedindo que a questão não seja “politizada”, foi mais um antídoto contra o oba-oba em torno de seu perfil mais discreto que o de Lula (como se alguém pudesse ser menos discreto do que ele). Não é apenas aos órgãos de controle que ele deve prestar esclarecimentos; é à sociedade. E quem politizou a questão foi o próprio governo, ao fazer comparações com outros ex-ministros que prestam consultoria e ao mentir que esses órgãos estariam informados do salto de patrimônio. O que dizer então da interferência de Lula? Certo, ao ver que o governo tinha feito besteira ao ameaçar o PMDB de perder ministérios em função da crise, a malemolência e popularidade do ex-presidente pareceram úteis. Mas onde estava Dilma até quinta-feira, quando enfim veio a público e tomou a defesa do ministro da Casa Civil?[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Os termos foram lamentáveis, mas de qualquer forma seu papel como presidente não é ficar quieta diante de acusações desse porte contra o ocupante de um cargo tão fundamental, que ela mesma ocupou antes de sair à sucessão de Lula e depois entregou à sua grande amiga Erenice Guerra, que o converteu em balcão de negócios familiares. Se toda vez que passar por uma crise Dilma tiver de recorrer a Lula, convenhamos, jamais terá autonomia suficiente para fazer as mudanças de rumo necessárias. Que mudanças de rumo? A primeira seria justamente essa: limitar o balcão de negócios entre parentes e amigos na máquina pública, na qual o dinheiro do contribuinte escorre para o ralo de propinas, superfaturamentos e fraudes, como se vê agora em Campinas. Ao contrário do que prometeu ao longo de 22 anos, Lula não fez nada para mudar isso em seus oito anos de presidência. Ao contrário. Não só o número de escândalos aumentou, com destaque para o do mensalão, mas também se deu um carimbo oficial a essas “praxes” com o dinheiro público, com a máxima autoridade brasileira alegando repetidamente o “todo mundo faz” e o “eu não sabia”. (Será que ele não sabia também que seus filhos ganhariam passaportes diplomáticos como presente de Natal, nos estertores de seu segundo mandato?) A ascensão do PT ao Planalto Central foi a confirmação prática da boutade de que “a esquerda é a direita fora do poder”. Que o médico Palocci tenha multiplicado seu patrimônio vinte vezes em quatro anos apenas fazendo consultorias e palestras sobre economia, e que num ano só – justamente o ano eleitoral de 2010 – sua empresa tenha faturado R$ 20 milhões junto a empreiteiras e bancos, pouco antes de ser disfarçada de escritório imobiliário, são motivos mais que suficientes para ser chamado às falas pelos outros poderes. E não vale fazer como Renan Calheiros e brandir impunemente meia dúzia de notas fiscais forjadas, ou justificar a obscuridade com cláusulas contratuais que tampouco foram vistas; é preciso revelar o raio X desses negócios. Lula, de novo usando analogia boba vinda do futebol, teve o desplante de dizer que Palocci é um Pelé em sua área. Não, ele é melhor que Pelé: nem os negócios do atleta do século foram tão obscuros assim… E Pelé precisa fazer publicidade para ganhar tanto dinheiro num ano. Nem o “craque” Lula vai conseguir juntar essa quantia com suas “palestras”. Todos os dias lemos nos jornais o articulismo chapa branca assegurar que o Brasil vai muito bem, que em trinta anos estará igual aos Estados Unidos em termos de igualdade, que Lula foi o responsável direto pela criação de empregos e distribuição de renda dos últimos anos, etc. Ou seja, se o governo FHC deu as bases econômicas, Lula fez a virada social. Mas e a política, a ética, o desenvolvimento cultural da nação? Uma esquerda digna do nome não deveria cobrar impostos cada vez mais altos para as camadas mais pobres, barganhar cargos com retrógrados como Sarney, perpetuar o que Raymundo Faoro chamou de patrimonialismo. Ir contra o status quo seria mudar tudo isso, em vez de privatizar a máquina pública para ações entre amigos – e ainda querer chamá-las de “lobbies legais”. O poder à brasileira funciona segundo a mentalidade oligárquica e isso tem preço social e econômico. A sorte de seus donos é que o povo vai às ruas protestar contra jogadores de futebol, mas Palocci pode circular em qualquer cidade sem receber uma vaia sequer. Por que não me ufano. Quer exemplo maior da mentalidade do poder à brasileira do que o fato de Aldo Rebelo ser o relator do Código Florestal? Ele é do PC do B, nacionalista a ponto de querer farinha de mandioca em pizza, também se envolveu em escândalos e… agora é responsável por uma emenda que tem sido acusada de favorecer os ruralistas e o “agribusiness” mais ambientalmente desmatador. Décio Pignatari tem razão: o Brasil nunca teve surrealismo porque o país mesmo já é surreal. Faltam os escritores que mostrem isso. Daniel Piza/O Estado de S.Paulo

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Eleições 2010. Na surdina políticos querem cassar os eleitores

Atenção Tupiniquins! Enquanto vocês se ocupam com a convocação ou não do Ronaldo, a turma no Congresso, não dorme. A corja política ta armando uma tramóia sem precedentes contra a democracia. Os escroques refestelados no Congresso e nos Partidos Políticos, querem nos tirar o direito de escolha eleitoral. O nome da imundice é Lista Fechada. Decorem, pois iremos ouvir falar muito dessa indecência. Vão imaginando aí o seguinte. Tudo quanto é bandido sonha com um mandato para obter foro privilegiado, imunidade, verba indenizatória, passagens aéreas e mais um monte de mordomias. Para serem eleitos, e terem direito a essa prerrogativa constitucional, já são capazes de vender a mãe no dia de natal, cobrar o frete e não entregar. Agora, quanto vocês acham que um facínora irá pagar – provavelmente através dos delubianos “recursos não contabilizados” – para um partido político, para figurar em uma dessas listas fechadas? Ao contrário do que acontece hoje onde o eleitor escolhe qualquer um dos candidatos aos cargos, no novo modelo que os indecentes projetam, você aí abestado, vai votar somente no partido. Vai existir uma lista fechada elaborada pelos cardeais, quer dizer, raposas partidárias, sem que vocês, eu, nós, tenhamos a menor interferência. Serão eleitos, em ordem decrescente da tal lista, somente os candidatos que integrarem a lista. Lindo não? O voto de lista cria a Bolsa Mandato por Elio Gaspari A iniciativa da caciquia dos partidos políticos destinada a instituir o voto de lista no sistema eleitoral não é uma manobra destinada a desviar a atenção dos escândalos que corroem o Congresso. Ela é o próprio escândalo, pois pretende cassar o direito dos eleitores de escolher diretamente seus candidatos a deputado e vereador. O projeto de mutilação dos direitos dos cidadãos brasileiros tem o apoio das cúpulas de todos os grandes partidos, salvo o PSDB, que está no muro. Segundo seu líder na Câmara, deputado José Aníbal, o governador José Serra, candidato à Presidência da República, “passou posição de simpatia à ideia”. A natureza escandalosa da manobra está sinalizada numa frase do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), um dos principais operadores da manobra: “Sou a favor do voto distrital misto. Mas exige emenda constitucional. Esse projeto, não”. Isso equivale a dizer que um sujeito viria a um jantar com a atriz Charlize Theron, mas chegará com Susan Boyle. Ibsen Pinheiro é a favor do voto distrital misto, modelo vigente na Alemanha, mas a iniciativa exige o voto de três quintos da Câmara, ou seja, 308 dos 513 deputados. Como eles lhe faltam, defende um modelo que não tem nada a ver com a ideia inicial, mas pode ser aprovado pela maioria simples de 129 parlamentares. Para dar nome aos números, deve-se lembrar que pelo menos 262 deputados integram a bancada dos distribuidores de passagens internacionais para parentes e amigos. do O Globo

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Política de cotas beira a estupidez

Brasil: da série ” O tamanho do buraco”! Na contra mão da história o país do Tupiniquins recria o apartheid. Não se passa uma semana sem que algum “iluminado” defenda a criação de cotas raciais, sociais, etc., pra tudo o que for pensado. Desde Cristo que as sociedades civilizadas lutam contra políticas de eugenia. Uma bobagem monumental é o discurso dialético dos defensores dessa política fundamental. O país do Obama, onde problemas raciais sempre estiveram no centro das discussões sociológicas e antropológicas, praticamente erradicou programas de política de cotas. Afirma o geneticista Sérgio Danilo Pena em artigo publicado na Folha de São Paulo: …”Certamente, a humanidade do futuro não acreditará em raças mais do que acreditamos hoje em bruxaria. DO PONTO DE VISTA BIOLÓGICO, RAÇAS HUMANAS NÃO EXISTEM. Essa constatação, já evidenciada pela genética clássica, hoje se tornou um fato científico irrefutável com os espetaculares avanços do Projeto Genoma Humano. É impossível separar a humanidade em categorias biologicamente significativas, independentemente do critério usado e da definição de “raça” adotada. Há apenas uma raça, a humana. Sabemos, porém, que raças continuam a existir como construções sociais. Alguns chegam mesmo a apresentar essa constatação com tom de inevitabilidade absoluta, como se o conceito de raça fosse um dos pilares da nossa sociedade. Entretanto, não podemos permitir que tal construção social se torne determinante de toda a nossa visão de mundo nem de nosso projeto de país.”… Não Brasil não há discriminação. Ninguém é reprovado no vestibular por causa da cor ou por apresentar esta ou aquela deficiência física. Por aqui sempre imperou, bem ou mal, a meritocracia tanto no acesso às universidades, via vestibular, quanto ao serviço público – exceções nepotistas à parte – via concurso. O que há é a ineficiência do Estado para garantir escola pública decente para todos, de qualquer cor. Em nome de uma intitulada “dívida social”, a pajelança verde amarela vai implantando uma absurda e retrógrada sociedade de classes. Divididas! O editor A Política de cotas chega à fase do delírio A CCJ (Comissão de Constsituição e Justiça) da Câmara aprovou um projeto do deputado Flávio Dino (PC do B-MA) que reserva 10% das vagas de instituições públicas de ensino médio e superior para portadores de deficiência. Não foi submetida a plenário e seguiu direto para o Senado. Nenhum deputado quis propor recurso para que a proposta tivesse de passar pelo plenário da Câmara. A razão é simples e óbvia: algum jornal se lembraria de brindar a vítima com um título mais ou menos assim: “Fulano recorre contra cota para deficientes”. Ninguém quer passar por inimigo de deficientes. Flávio Dino – um “Dino” no PC do B… Quem diria? – não deixa de prestar um serviço à causa dos valores universais da democracia, que estão sendo agredidos pelas políticas de cotas. No próprio Senado, há um outro projeto que reserva 50% das vagas para alunos egressos da escola pública, com um subcritério de distribuição das vagas segundo a cor da pele. Aprovados os dois, já teríamos 60% das vagas reservadas ao cotismo. Até o Dino do PC do B se assustou com a aprovação e reconheceu que a tramitação no Senado vai ser difícil. Por quê? Ora, porque sobram minorias, mas já começam a faltar vagas. Fiz certa feita uma ironia afirmando que o verdadeiro negro do mundo é o macho, branco, heterossexual e católico. Estamos chegando lá. Em breve, será preciso garantir cota para essa minoria, a cada dia mais achincalhada e discriminada, não? Se os oriundos da escola pública, os negros e os deficientes tiverem cotas, por que não podem tê-las outras “minorias” que também são objeto de suposta discriminação, o que as impede de se desenvolver plenamente? Por que não impor cotas para os gays, ciganos, portadores do vírus HIV, alérgicos, filhos de pais separados, dependentes químicos… Em suma: cada “discriminado” sabe onde lhe aperta o sapato e cumpre se mobilizar junta a seus pares para exigir “reparação”. O excesso de cotas pode, quem sabe?, levar a uma revisão dessa estupidez. O princípio constitucional do acesso universal à educação está indo para o diabo. Já que o tema está na moda, observem que estamos criando o sistema brasileiro de castas: será preciso pertencer a uma delas para ter acesso à educação. O mérito que se dane. E quem teve a má sorte de nascer branco, não ser muito pobre e não ter nenhuma deficiência? Fazer o quê? O sistema de castas tem os seus intocáveis. por Reinaldo Azevedo

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