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Paulo Bonfim – Versos na tarde – 02/07/2016

Soneto V Paulo Bonfim¹ Toma de minhas fibras mais secretas, De meus cansaços, de meus destinos, E tece teu bordado de destinos, Tuas tapeçarias tão inquietas Como falcões nascidos de poetas. Toma de mim, dos nervos assassinos, Do marulhar ternura, dos felinos Momentos que caminham para as setas. A manhã vem surgindo, olhos de caça Bebem no tanque rubro do horizonte. Célere a vida pára e depois passa. Toma de mim agora que contemplo Tuas pupilas, fere-me, sou fonte, Sobre as pedras saciadas do teu templo. ¹ Paulo Bonfim * São Paulo, SP. – 30 de setembro de 1926 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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