Arquivo

A lista Fachin: por que não descobriram antes?

Os nomes vazados do processo de Fachin Os nomes divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo não podem ser verdade. Se for verdade, não deveria ter sido dito. Em sendo verdade e já tendo sido dito, os que disseram podem proclamar uma convulsão social. E se tudo o que está sendo dito for verdade, por que demorou tanto tempo para ser dito? [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Como pode um país com quase 30 milhões de desempregados ter esperado tanto para ver que uma das razões fundamentais de sua miséria e desemprego com certeza foram por causa desses homens que detêm o poder público e os corruptores da iniciativa privada que roubaram tanto. Se for verdade, tudo o que está sendo dito pode conflagrar um povo com fome, sem saúde pública para assisti-los, sem escolas para seus filhos estudarem, sem segurança pública para garantir o ir e vir. Sendo verdade, os que disseram parecem não querer a paz. Então o que querem esses homens? Por que vazar as informações dos corruptos e não prendê-los, sequestrando seus bens, os colocando em disponibilidade até termos certeza de que são eles mesmos os ladrões, para que posteriormente possamos levá-los às mesmas condições que vivem os desempregados e à margem da sobrevivência? Os miseráveis da Revolução Francesa eram um povo em número infinitamente menor do que os 200 milhões de brasileiros, e se o Brasil tem por volta de 30 milhões de desempregados, e esses desempregados tem pelo menos dois ou três dependentes, são por volta de 120 milhões na miséria ou que vivem quase no limite da sobrevivência. Os franceses tinham seus miseráveis que fizeram a revolução. Mas sendo a França o berço de cultura, até os miseráveis tinham cultura. Aqui, temos um país com apenas 500 anos, pobre, sem cultura, onde este povo marginalizado não tem conhecimento do certo e do errado. É um povo sem instrução e pouca cultura para fazer a definição social da forma violenta necessária para reagir contra esses que são os responsáveis pelas condições de vida do atual momento do Brasil. Que definição ou que expectativa podem dar os sociólogos sobre tal fenômeno? Não se fala mais do anormal ex-governador do Rio de Janeiro. Não pode haver qualquer dúvida de que é um doente que conviveu produzindo outros doentes da corrupção. Há uma definição de que o louco pode fazer outros loucos. Com certeza esse é o caso. O louco, que não conhecia os limites da dignidade, não merece esse povo que não participou das bandalheiras, que não tem o direito de sofrer sem ter o mínimo de reação. Os que estão reagindo pelo povo, com o maior respeito às leis, parecem estar reagindo com um pouco de hipocrisia. A reação a essa gente não pode ser simplesmente a tornozeleira eletrônica. O nível de assalto ao poder público requer uma bola de ferro presa aos pés dos assaltantes do Estado. A reação a essa gente não pode ser o presídio, mas os campos de concentração, vivendo à sorte, com sol e chuva e com todo tipo de intempéries. Se alimentando do que eles mesmos produzem nos campos de concentração. É o mínimo que o povo sofrido pode aguentar sem reagir. > > ‘The New York Times’: Políticos mais poderosos do Brasil na mira da justiça > > ‘El País’: Justiça do Brasil ordena investigação a oito ministros de Temer > > ‘Financial Times’: No Brasil, Justiça ordena investigação a políticos mais poderosos

Leia mais »

Juiz decide que pagamento de propina na Petrobras não é dano ao Erário

A Justiça Federal em Curitiba decidiu negar andamento a uma ação de improbidade administrativa do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores das investigações da Operação Lava Jato, e a empreiteira Galvão Engenharia, além de executivos da empresa. Na decisão, proferida na segunda-feira (9), o juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba, entendeu que, no caso concreto, o pagamento de propina para fraudar as licitações da Petrobras não pode ser considerado como dano ao Erário.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Na ação, o MPF pedia que os acusados fossem condenados a ressarcir R$ 756 milhões aos cofres públicos, quantia equivalente a dez vezes ao valor que teria sido pago em propina pela empreiteira por meio de “operações fictícias” em contratos da estatal. O Ministério Público também pedia que a Galvão Engenharia fosse impedida de assinar contratos com a administração pública e de receber incentivos fiscais. De acordo com as investigações, a empresa participava do cartel de empreiteiras que fraudava as licitações na estatal. Na decisão, o juiz entendeu que “os atos ímprobos” podem ter causado dano ao Erário, mas os danos não decorrem do pagamento de propina, mas do superfaturamento dos contratos. “No caso concreto, porém, não se pode considerar o pagamento da vantagem indevida como dano ao Erário, por uma singela razão: ainda que tenha sido fixada com base no valor do contrato, a propina foi paga pelas próprias empreiteiras, e não pela Administração Pública. O que a Petrobras pagou, em verdade, foi o preço do contrato e em razão de um serviço que, em tese, foi realizado a contento. Logo, o pagamento da propina não implica dano ao erário, mas desvantagem, em tese, às próprias contratadas”, decidiu. O MPF pode recorrer da decisão do juiz.

Leia mais »

Monitoramento Remoto – Pais ausentes, filhos presentes

Pais vigiam acampamento pela web Colônias para crianças e adolescentes oferecem de fotos a imagens em tempo real dos filhos em atividades Pode até parecer neurose ou mesmo excesso de zelo, mas eles, os pais, estão cada vez mais cuidadosos na hora de decidir mandar os filhos para um acampamento de férias. Entre os quesitos fundamentais – como ser uma empresa idônea, com boa orientação pedagógica, instalações confortáveis e excelente comida – , exigem ferramentas que possibilitem vigiar a prole o tempo todo, mesmo a distância. Não por outro motivo, hoje, os acampamentos oferecem desde sites com jornais atualizados diariamente, com fotos da garotada nas atividades, até câmeras que transmitem em tempo real tudo que se passa por lá. “Antes, o mundo não era tão violento e os pais não tinham à disposição tantas ferramentas de controle como hoje”, explica Rodrigo Oehlmeyer, diretor do acampamento Eterna Amizade. “Começamos com um jornalzinho eletrônico, mas os pais ligavam reclamando que os filhos quase não apareciam ou que na foto não estavam sorrindo. Passamos a dar close e fazer vídeos das atividades.” Em geral, os acampamentos têm programação tão intensa que as crianças acabam esquecendo até que estão longe de casa e dos pais. Elas passam o dia divididas entre gincanas, futebol, vôlei, brincadeiras na piscina e atividades de aventura, como arvorismo. “Quando minha mãe liga, eu falo rapidinho porque estou sempre brincando e não quero perder tempo”, diz Ada Manoel, de 14 anos, que está fazendo as malas para mais uma temporada de férias. “A primeira vez que Ada acampou fiquei com o coração na mão”, diz a mãe, Viviane, de 36 anos. “Telefonei todos os dias, mandei e-mails e assisti a tudo que passava no site do acampamento.” Até que um dia, a filha escreveu que não estava com saudades e que ela não precisava mais ligar. “Fiquei decepcionada.” Mesmo com a retaliação da filha, ela continua ligando, quando Ada vai acampar. “Eu tenho saudade. A casa fica muito vazia”, explica. “Não gosto nem de ajudá-la a fazer as malas.” Alguns acampamentos como o Eterna Amizade proíbe que as crianças levem celular. “Queremos que ela faça novas amizades. O celular atrapalha”, diz Oehlmeyer. Mas, para os pais, acostumados a controlar os filhos pelo telefone na cidade, isso é mais um motivo de insegurança. “Mesmo com toda tecnologia que oferecemos, flagrei uma mãe dentro do acampamento, escondida atrás de uma árvore, vigiando o filho.” No acampamento Estância Peralta, em Brotas, o celular foi proibido por questão de segurança. “O aparelho não é mais apenas um telefone, mas uma ferramenta multimídia“, diz a proprietária Maria Pia Coimbra, de 67 anos. “Tenho medo, por exemplo, que uma das meninas seja fotografada no banho e que sua imagem vá parar na internet.” Na sua quinta temporada no acampamento, Taísa Marques Figueiredo Luna, de 12 anos, explica que, quando quer ligar para sua mãe, vai ao orelhão, que fica à disposição de todos. “Também mando e-mail para os meus pais.” Mesmo sabendo das regras, há pais que mandam celulares escondidos dentro da mala. “Mas as crianças brincam tanto que se esquecem do aparelho. Não ligam e não atendem. Daí, eles ficam mais preocupados”, diz Maria. O Peralta chegou a instalar câmeras em quase todos os ambientes de atividades, como a piscina, o ginásio e o refeitório, para mandar imagens em tempo real para os pais. “Os adolescentes ficaram revoltados, achando que se tratava de uma invasão de privacidade.” Para contentar pais e filhos, Maria deixou a câmera só no refeitório, que é ligada duas vezes ao dia, no jantar e no almoço. “Um dos objetivos do acampamentos é estimular a independência, novas amizades e o senso de responsabilidade dos acampantes”, diz Ricardo Moraes, de 39 anos, gerente-geral do Paiol Grande. As crianças se submetem a regras, como arrumar o quarto, a mala e cumprir horários. “Hoje os pais são mais preocupados que antes.” Há 60 anos, quando o Paiol começou não existia celular nem internet e a estrada que leva a seus alojamentos, em Campos do Jordão, era de terra. “Os pais encontraram também nesses recursos um jeito de participar da diversão de seus filhos”, diz a psicóloga Lídia Aratangy, autora de livros de relacionamento entre pais e filhos. “Eu acompanho pelo computador minha filha ficando moreninha, brincando na piscina, sendo feliz”, diz o bancário Henrique Frigo, de 29 anos, pai de Camila, de 7 anos. “Mandá-la para um acampamento é ficar longe, mas dar espaço para Camila fazer o que tem vontade, só que com a internet consigo ainda participar desse momento bom, o que me dá alegria.” do Estadão

Leia mais »