Arquivo

Word Trade Center, o 11 de setembro, Hiroshima e Nagasaki: Quando o marketing midiático esquece a história

Tragédia, principalmente para vítimas e familiares, doi a mesma dor. Independente de lugar, causa ou época. “As tragédias dos outros são sempre de uma banalidade exasperante.” Oscar Wilde  Hiroshima – Japão – 140 Mil Mortos   Nagasaki – Japão – 80 Mil Mortos   World Trade Center – USA – 2.750 Mil Mortos   [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Obama, Osama e a plateia

É tão fantasiosa a versão da Casa Branca sobre a execução de Bin Laden, que fica difícil aceitá-la. É a história mais mal-contada dos últimos tempos. Essa morte do Bin Laden se transformou numa novela tipo “O Quarteto de Alexandria”, do indiano Lawrence Durrell, que tem quatro narradores e quatro “verdades”, digamos assim. Em Washington, a Casa Branca e a CIA se comportam em tempo de ficção, até agora sem passar à opinião pública uma versão que tenha, ao menos, um pouco mais consistência. Desde o primeiro dia temos cobrado aqui no blog respostas precisas a determinadas questões. Então, vamos voltar, mais uma vez, às mesmas indagações feitas aqui, às 8h45m da manhã de segunda-feira: “Mas por que não foram exibidas imagens do corpo do terrorista? Em que circunstâncias foi morto? Resistiu ou foi executado?” Até agora, ninguém sabe. “Por que esse sepultamento marítimo, tão rapidamente? Já se passaram quatro dias, e nada. Não responderam às indagações mais básicas, nem às outras dúvidas que foram se acumulando e amontoando. Quantos helicópteros eram? Um deles teve pane? Mesmo assim conseguiu voar? Pelas imagens exibidas, o que ficou na fortaleza foram apenas alguns pedaços de fuselagem (ou carenagem, como se diz também). O helicóptero não ficou lá. Aí surge outra dúvida. O aparelho precisaria ter pousado, para que fossem retiradas as partes da carenagem que lá ficaram. Mas disseram que nenhum helicóptero pousou…[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A história está tão mal-contada que agora são os próprios norte-americanos que exigem explicações da Casa Branca e da Agência Central de Inteligência, a CIA. Na verdade as autoridades não esclarecem nada, nem mesmo as condições em que teriam sido feitas as filmagens. Quantos cinegrafistas estavam lá? Como enviavam as imagens? Se eram cinegrafistas, seria necessário instalar uma unidade portátil, porque câmaras de TV não enviam imagens sozinhas . Ou as imagens foram enviadas por celulares especiais? E por acaso havia iluminação para as filmagens? Essas indagações são pertinentes, porque a Casa Branca e a CIA se comportam como se no domingo as autoridades dos EUA estivessem assistindo a uma programação de imagens perfeitas, em alta definição. Será mesmo? As dúvidas se multiplicam cada vez mais. Pelo que foi dito até agora, não houve reação. Mas como acreditar nisso. O barulho desses helicópteros é insuportável, verdadeiramente ensurdecedor. Por isso, são ouvidos a quilômetros de distância. Helio Fernandes já chamou atenção para isso, é preciso insistir: Como acreditar que os helicópteros tenham se aproximado da fortaleza, sem que nenhum segurança ouvisse o barulho dos reatores e disparasse contra os aparelhos? E como acreditar que o homem mais perseguido do mundo, que sempre posou para fotos portando um moderno fuzil ou uma metralhadora portátil, estivesse sem armas em casa? Caramba, não havia uma bazuca, um lança-mísseis portátil, nada? É como se Bin Laden fosse um amador, um alienado, que não tinha armas nem seguranças em que pudesse confiar. E que submetia membros da própria família a esses riscos. É difícil acreditar nisso. Seria Bin Laden tão despreparado assim? Os dias passam, as dúvidas se avolumam. Surgem na internet versões de que Bin Laden era um homem muito doente e que inclusive já teria morrido há vários anos. Um capitão médico da Marinha dos EUA, Steve R. Pieczenik, deu entrevista ao programa radiofônico The Alex Jones Show, esta terça-feira, afirmando que Bin Laden sofria de grave doença renal e teria morrido no Afeganistão. Segundo ele, constava das informações oficiais da CIA que Bin Laden tinha também Síndrome de Marfan, que afeta vários órgãos e debilita o paciente. Pieczenik é ex-assistente do Secretário Adjunto de Estado de três administrações diferentes, Nixon, Ford e Carter, além de ter trabalhado como consultor nas gestões dos presidentes Reagan e Bush pai. Conheceu Bin Laden e atuou com ele na década de 80 no Afeganistão, contra os soviéticos. Piecznik dá declarações peremptórias sobre isso e desafia as autoridades para que o convoquem a prestar depoimento oficialmente. E agora, em quem acreditar? Só recorrendo ao “Quarteto de Alexandria”, para escolher qual a versão que se encaixa melhor para a Casa Branca. Uma das afirmações do governo americano que decididamente não se sustenta, por exemplo, é a de que o corpo de Bin Laden teria sido “sepultado” no mar poucas horas de ter sido executado. Ora, para que tanta pressa? Esse tese é inverossímil, não ter a menor sustentação. Basta lembrar que, como a notícia do “sepultamento’ em alto mar foi dada pelo The New York Times no início da madrugada, isso significa que Bin Laden teria sido “sepultado” pouco depois de morrer. Para que essa pressa, repita-se? É como se o presidente Barack Obama tivesse dado declarações julgando que a plateia inteira fosse subordinada a ele e nenhuma afirmativa jamais pudesse ser contestada. Está na hora de Obama começar a dizer a verdade. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

Leia mais »

Barack Obama ordena o fim das atividades em Guantánamo

O xodó da mídia mundial, o afro americano presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumpre a primeira promessa de campanha. Obama assina ordem para fechar a prisão de Guantánamo em um ano e acabar com tortura O novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta quinta-feira uma ordem executiva determinando o fechamento da prisão de Guantánamo no prazo de um ano. Obama também exigiu a suspensão de interrogatórios violentos contra suspeitos de terrorismo, nos quais autoridades dos EUA já admitiram o uso de tortura. Segundo o “New York Times”, o presidente também ordenou o fechamento de prisões secretas da CIA (agência central de inteligência americana) que ainda estejam em funcionamento. ” Nós vamos fazer isso efetivamente e de maneira coerente com nossos valores e ideais. – A mensagem que estamos mandando para o mundo é de os Estados Unidos pretendem persistir na luta em andamento contra a violência e o terrorismo e nós vamos fazer isso de modo vigilante – disse Obama na cerimônia no Salão Oval da Casa Branca em que assinou a ordem executiva. – Nós vamos fazer isso efetivamente e de maneira coerente com nossos valores e ideais.” Obama já pediu, em seu primeiro dia de governo, a suspensão dos julgamentos em Guantánamo por 120 dias , e foi atendido por juízes militares. A ordem assinada nesta quinta inclui, segundo o “NYT”, a revisão imediata da situação dos 245 prisioneiros que ainda estão na base militar americana em Cuba. Será necessário determinar se eles serão transferidos, soltos ou se enfrentarão processos judiciais. ( Presidente despacha no Salão Oval pela primeira vez ) O jornal afirma, entretanto, que as ordens executivas ainda deixarão questões complexas sem solução. Entre elas, onde e quantos prisioneiros de Guantánamo serão julgados. ( Veja as imagens do segundo dia de Obama na Casa Branca ) A medida, segundo o “NYT”, não impedirá Obama de restabelecer os procedimentos de detenção e interrogatório de suspeitos de terrorismo no futuro. Alguns argumentam que as políticas de Bush podem vir a ser necessárias caso Osama bin Laden ou outros líderes da Al-Qaeda sejam presos. Parentes de vítimas do 11 de Setembro criticam; europeus elogiam. A promessa de Obama de ordenar o fechamento da prisão de Guantánamo já havia causado polêmica. Alguns parentes das vítimas do 11 de Setembro estavam consternados com a ordem de suspensão dos processos contra acusados de terrorismo que estão detidos na prisão em Cuba. Eles acreditam que os processos de comissões militares já existentes são justos e que Guantánamo fica em uma localização segura para manter os suspeitos de terrorismo. Grupos de direitos humanos, no entanto, ficaram satisfeitos com a notícia. Aliados europeus dos EUA, que há muito tempo se preocupam com Guantánamo, elogiaram a ação de Obama. Alguns, incluindo Portugal e Alemanha, já disseeram que vão ajudar a fechar a prisão. A prisão de Guantánamo foi aberta em 2002, como parte da “guerra contra o terrorismo” iniciada pelo governo de George W. Bush depois dos atentados de Nova York e Washington. Os tribunais de exceção foram criados em 2006 e atualmente são responsáveis por 21 casos, 14 deles já atribuídos a um juiz, em um total de 245 detentos, de acordo com dados do Pentágono. O Globo Online

Leia mais »