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Nietzsche e o Cinema

5 Filmes Influenciados Pela Filosofia De Nietzsche Que Você Precisa Assistir Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade? Essa é uma das grandes perguntas propostas pelo filólogo, crítico cultural, poeta e compositor alemão do século XIX, Friedrich Wilhelm Nietzsche. E quanto mais o tempo passa, mais essa pergunta faz sentido. Os tempos mudam, mas a história continua para sempre.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O mesmo acontece com o cinema, veja Laranja Mecânica, de Kubrick, uma crítica sobre a sociedade da época. Mesmo tendo sido realizado nos anos 1970 continua completamente atual hoje em dia, 40 anos depois. Nietzsche escreveu diversos textos que serviram de inspiração para a psicologia, filosofia e a arte. Pensando em suas contribuições dialéticas separamos 5 filmes, com a promessa de prepararmos outros 5. Confira: 1 – Cidadão Kane (1941) | Orson Welles Baseado na vida do magnata das comunicações William Randolph Hearst,Baseado na vida do magnata das comunicações William Randolph Hearst, conhecemos a história de Charles Foster Kane, o homem que construiu um império a partir do nada, mas que vivia uma vida pessoal extremamente ruim. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro.  A crítica considerou esta obra de Welles não só como um marco na história do cinema quanto ao roteiro, filmagem e cenário, como a considerou mais tarde como o melhor filme da história do cinema de todos os tempos. O conflito existencial em Nietzsche:  O filme termina e ninguém revela o mistério de “Rosebud”. Somente ao expectador é revelado o significado da palavra nos últimos segundos do filme. O que o leva à reflexão após o término do filme. “Rosebud” se traduz do inglês por “Botão de Rosa” e é uma referência poética clara ao órgão genital feminino do prazer: o clitóris. A anatomia da genitália feminina é frequentemente associada à forma de um botão de rosa pelos poetas. Assim, “Rosebud” simboliza aquilo que há de mais íntimo, de mais misterioso, mais escondido, mais particular, mais encoberto. “Se uma mulher tem inclinações eruditas é porque, em geral, há algo de errado na sua sexualidade. A esterilidade predispõe a uma certa masculinidade do gosto; é que o homem, com vossa licença, é de fato ‘o animal estéril’”. Friedrich Nietzsche 2 – Festim Diabólico (1948) | Alfred Hitchcock Festim Diabólico (1948) | Alfred Hitchcock Baseado em uma história real. Na cidade de Nova York, Brandon e Phillip assassinam seu amigo David, por considerarem-se superiormente intelectuais em relação a ele. Com toda a frieza e arrogância resolvem provar para eles mesmos sua habilidade e esperteza: esconderam o cadáver em um grande baú.  E este servira como mesa e exposta no meio da sala de estar do apartamento, durante uma festa que realizaram em seguida.  É interessante destacar que para muitos críticos este não é um filme tão respeitável quanto Psicose ou Janela Indiscreta. Na época de seu lançamento, Festim Diabólico,  fracassou crítica e comercialmente. A natureza humana em Nietzsche: No filme, o foco de toda a tensão está escondido em uma arca: o corpo do jovem assassinado. A motivação do crime é uma teoria a defender que apenas os seres humanos “superiores” são capazes de cometer um assassinato a sangue frio. 3 – 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) | Stanley Kubrick Durante a pré-história, um misterioso Monolito Negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no Século XXI, uma equipe de astronautas a bordo na nave Discovery é enviada a Júpiter para investigar o enigmático monolito. A fuga do “eu” existencial em Nietzsche  O homem frente à máquina e a sua disposição em desobedecer e quebrar as regras para conseguir aquilo que ambiciona lhe confere uma profundidade dramática que não pode ser observada em nenhum dos outros personagens. Esta contradição é interessante porque é ela que estabelece o principal parâmetro de comparação entre as duas épocas retratadas no filme. Se na alvorada da humanidade o homem ainda é um ser em formação, incompleto, que precisa descobrir o mundo para descobrir a si mesmo, já em sua alvorada ele ainda é incompleto. Através do advento da inteligência artificial ele confere a outrem o direito de pensar e tomar as decisões por ele, decretando assim o seu próprio fim como indivíduo… Neste processo para reencontrar a si mesma a humanidade precisará redescobrir a sua gênese e só então voltar a se perguntar sobre a estranheza do mundo à sua volta. “Nós fazemos acordados o que fazemos nos sonhos: primeiro inventamos e imaginamos o homem com quem convivemos – para nos esquecermos dele em seguida”. Friedrich Nietzsche 4 – Apocalypse Now (1979) | Francis Ford Coppola Baseado na obra Heart of Darkness, de Joseph Conrad, Apocalypse Now conta a história do capitão Willard, um combatente no Vietnã que recebe uma missão especial e confidencial: encontrar e matar um homem no meio da selva vietnamita. O problema é que o homem é o coronel Walter Kurtz, um dos mais condecorados e respeitados oficiais do exército americano. O coronel parece ter enlouquecido e formado uma própria seita onde é tratado como Deus por seus seguidores. Willard e sua equipe partem em um barco ao encontro de Kurtz e de si mesmos, enquanto presenciam os horrores e a estupidez da guerra. A dualidade do ser em Nietzsche: Apocalypse Now é uma jornada psicologicamente devastadora e surreal. É um complexo estudo sobre a dualidade e o conflito existente em cada ser humano. Uma análise pungente e hipnotizante sobre o frágil cordão que divide o nosso lado racional e irracional.  É muito mais do que um filme sobre a estupidez da guerra. Assume a posição de uma profunda reflexão sobre o ser humano e seus limites. “Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti”. Friedrich Nietzsche 5 – O Cavalo de Turim (2011) | Béla Tarr, Ágnes Hranitzky O velho fazendeiro Ohlsdorfer (Janos Derzsi) e sua filha (Erika Bok) dividem um cotidiano dominado pela monotonia. A realidade dos dois

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Orlando Silva: “blindagem” do ministro é prato cheio pra imprensa internacional

Penso não se aplicar a presunção de inocência para afastar alguém de um cargo político enquanto se procede a apuração dos fatos. Itamar Franco, quando Presidente da República, o afastou o seu amigo Henrique Hargreaves, então Ministro da Casa Civil, que foi investigado, e quando isento de qualquer culpa voltou ao governo. Será tão difícil Dona Dilma agir assim no caso do Ministro Orlando Silva? Não se trata de linchamento, nem moral, nem político, mas uma simples tomada de posição em nome da ética e da moralidade da coisa pública. A propósito de falcatruas, provas e presunções lembro-me de duas frases emblemáticas; “Os políticos acreditam que uma tolice se torna fato se for espalhada aos berros”. Charles Pierce; “A ausência da evidência não significa evidência da ausência”. Carl Sagan O Editor Blindagem do ministro Orlando Silva representa mais uma desmoralização para o Brasil na imprensa internacional. A preservação do ministro do Esporte, Orlando Silva, no cargo, em meio a gravíssimas acusações de corrupção que envolvem também seu antecessor, Agnelo Queiroz, hoje governador do Distrito Federal, representam mais um vexame internacional para os brasileiros. Sem ter como responder, somos obrigados a aturar importantes jornais estrangeiros, como o espanhol “El Paíz” e o inglês “Financial Times”, a publicarem matérias que nos desmoralizam, dizendo que o governo do Brasil precisa combater a corrupção, o que significa afirmar que atualmente não o faz.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O pior é que, como dizia o genial cineasta Orson Welles quando esteve no Brasil, “it’s all true”, ou seja, é tudo verdade. Não há dúvida de que Lula fez um bom governo, superando inclusive uma grave crise internacional, e a sucessora Dilma Rousseff também está indo bem, administrativamente, se não levarmos em conta o problema da corrupção sistemática. E é tudo verdade. A desmoralização do país se agrava em função da Copa do Mundo de 2014, que torna ainda mais escandalosas as notícias sobre gravíssimas irregularidades justamente no setor que cuida dos preparativos do campeonato esportivo mais importante do mundo. A imprensa britânica, ainda mordida porque a Fifa não aceitou fazer as próximas Copas na Inglaterra, vai deitar e rolar. Sexta-feira, o jornal “The Guardian” já repercutia as más notícias sobre o Brasil. Os britânicos, que deveriam se contentar em difamar o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, nos últimos tempos vivem a acusar também João Havelange, o dirigente esportivo internacional mais importante da História, como se ele fosse tão corrupto quanto seu ex-genro. Não sabem (ou não querem saber) que Havelange sempre foi um empresário de sucesso, um homem rico, dono da Viação Cometa, uma das maiores transportadoras do país, e de várias outras empresas. Jamais precisou se corromper para ganhar dinheiro, o maior erro de sua vida foi colocar o genro na CBF, e hoje paga caro por essa falha. Na sexta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, já considerava decidida a demissão do ministro Orlando Silva. Em coletiva para jornalistas de vários países, na sede da entidade em Zurique, Valcke disse que está pronto para conversar com um novo interlocutor da presidente Dilma, em novembro, quando virá ao Brasil para discutir a organização da Copa do Mundo de 2014. “Terei um encontro com a nova pessoa indicada pela presidente para conduzir a Copa no plano governamental. Tenho a confiança de que a presidente tomará a decisão correta, independentemente do que acontecer com o ministro Orlando Silva”, anunciou. O maior escândalo esportivo do Brasil, na verdade, não são as fraudes com as ONGs no Ministério do Esporte. O que mais nos desmoraliza são os inacreditáveis gastos com a construção e reforma dos estádios de futebol, que sairão quatro ou cinco vezes mais caros do que obras semelhantes que acabam de ser realizadas na Itália e na Alemanha. Quase todas as reformas estão sendo feitas sem projeto previamente detalhados. Consequentemente, sem licitações sérias e disputadas com lisura. Os aditivos aos contratos se multiplicam, impunemente, enquanto os órgãos responsáveis pela fiscalização (os Tribunais de Contas da União e dos Estados) fazem seguidas denúncias que não adiantarão nada. Em matéria de corrupção, ninguém tirará do Brasil o título de campeão mundial. Neste particular, a Copa de 2014 realmente está destinada a ficar na História. E repetindo Orson Welles, é tudo verdade. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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