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Arquitetura – Louvre Abu Dabi

Arquiteto: Jean Nouvel Interior de uma das salas do museu Louvre de Abu Dhabi. Apelidado como “o primeiro museu universal do mundo árabe”, se situa na baixa Saadiyat Island, um centro de turismo e cultura em desenvolvimento a 500 metros da costa da capital dos Emirados Árabes Unidos. Imagem de diversas lápides cristãs, judias e muçulmanas no museu do Louvre de Abu Dhabi. O acordo de concessão de 30 anos que assinaram com o Louvre da França, prevê que o país europeu fornecerá a experiência, obras de arte e exibições temporárias a mudança a mais de mil milhões de euros. ‘Fonte de luz’, do artista chinês Ai Weiwei, no Louvre de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). Aproximadamente 5% do museu está dedicado a arte moderna e contemporânea.   Um servidor público dos Emirados Árabes Unidos caminha baixo a cúpula do Louvre de Abu Dhabi. A majestosa cúpula de 180 metros de diâmetro e 7.500 toneladas que cobre o complexo está perfurada por estrelas de formas irregulares, que deixam entrar o sol criando reflexos caprichosos no pátio nos entornos do o museu. Uma mulher observa uma estátua exposta em uma galeria do Louvre de Abu Dhabi durante uma coletiva de imprensa. O percurso, composto por uns 600 objetos (a metade, empréstimos franceses e a outra metade, da incipiente coleção permanente), tem início no ano 6.500 a. C. Uma mulher posa em frente a uma série de painéis titulados ‘Untitled I-IX’, do pintor norte-americano Cy Twembly, no museu Louvre de Abu Dhabi. Vista da cúpula do museu do Louvre de Abu Dhabi. Dois terços do museu está coberto por uma cúpula de 180 metros de diâmetro que proporciona uma agradável sombra para fugir do sol abrasador do Golfo. O efeito buscado é o “de uma ágora”, segundo explicou o arquiteto Jean Nouvel. Vista exterior do museu do Louvre de Abu Dhabi, desenhado pelo arquiteto francês Jean Nouvel. O arquiteto inspirou-se na posição da ilha “entre a areia e o mar, a sombra e a luz”, segundo a página site do museu. Restauradores do museu consertam a escultura ‘O homem que caminha, sobre uma coluna’, de Rodin, feito em 2006 por Fonderie Coubertin, no museu do Louvre de Abu Dhabi. Duas mulheres passam em frente a uma tapeçaria medieval de ‘Daniel e Nebuchadnezzar’. Jack Lang, ex-ministro de cultura francês, declarou que o Louvre de Abu Dhabi será bem mais universal que o de Paris. “É uma oportunidade para abrir a ideia de um museu a diferentes continentes e civilizações”. Um trabalhador limpa uma janela sob a cúpula do museu Louvre de Abu Dhabi. “Quero pensar no conjunto como em uma medina árabe, com suas ruas estreitas que separam as casas”, disse o arquiteto Jean Nouvel, que defende como estratégia a junção com as tradições construtivas do local em frente aos edifícios que caem como “paraquedistas”. Uma empregada varre o chão perto do quadro ‘Napoleão cruzando os Alpes’, do francês Jacques-Louis David, no Louvre de Abu Dhabi. Treze museus franceses, incluídos o Museu D’Orsay e o Palácio de Versalles doarão também até 300 obras durante o primeiro ano, entre as que se incluem ‘A Belle Ferronière’, de Leonardo dá Vinci e um autorretrato de Vincent Vão Gogh. Um homem caminha por uma galeria do Louvre de Abu Dhabi. Será o primeiro de três museus que abrirão suas portas ao público em Saadiyat Island, onde os Emirados Árabaes Unidos planejam abrir o Guggenheim Abu Dhabi, desenhado por Frank Gehry, e o Museu Nacional Zayed, desenhado por Norman Foster. No recinto estão expostas mais de 250 obras de arte da coleção Emirati, incluindo obras do francês Edouard Manet, do holandês Piet Mondrian ou do turco Osman Hamdi Bey. Vista noturna do museu do Louvre de Abu Dhabi. O arquiteto Jean Nouvel declarou que para ele o melhor da arquitetura árabe é unir a geometria e a luz, por isso o “sol se filtra pela cúpula como uma chuva de luz delicada e protetora refletindo a interação constante de luzes e sombras no país”. Fotografias de KAMRAN JEBREILI/AP – SATISH KUMAR/REUTERS – GIUSEPPE CACACE/AFP 

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Estados Unidos rejeitam rendição do Talibã. Por quê?

O Talibã já tentou se render, os Estados Unidos rejeitaram e guerra no Afeganistão não tem fim. Combatentes talibãs que queriam se render mostram armas a repórteres em Herat, Afeganistão (04/11/2010). Foto: Majid Saeedi/Getty Images  VOCÊ SABIA QUE o Talibã tentou se render pouco tempo depois de os Estados Unidos invadirem o Afeganistão?[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Segundo a tradição afegã, há séculos, quando uma força rival vence, os derrotados depõem as armas e se integram à nova estrutura de poder. Claro, com muito menos poder – às vezes, sem poder nenhum. É o que tem que ser feito para que a convivência entre vizinhos continue a ser possível. Não é que nem jogo de futebol, os times não voltam para suas respectivas cidades depois que tudo acaba. Para os norte-americanos, pode ser difícil lembrar que é assim que as coisas funcionam, já que os Estados Unidos não vivem uma guerra prolongada sobre o próprio território desde a Guerra Civil. Quando o Talibã quis se entregar, os Estados Unidos recusaram a rendição repetidas vezes, em uma série de trapalhadas arrogantes, relatadas por Anand Gopal em seu livro “No Good Men Among the Living”, uma investigação sobre a guerra do Afeganistão. Só a completa aniquilação do inimigo interessava ao governo Bush. O que eles queriam era empilhar mais e mais corpos de terroristas. O problema é que os talibãs já tinham parado de lutar: tinham fugido para o Paquistão ou se reinserido na vida civil. E a Al Qaeda se resumia a um punhado de combatentes. Mas se não há mais terroristas, como matá-los? Fácil: afegãos que colaboravam com os Estados Unidos entenderam o dilema do aliado militar e inventaram vilões. A demanda sempre acaba gerando oferta, e os Estados Unidos passaram a pagar por informações que levassem à morte ou à captura de soldados talibãs. De repente, havia talibãs por todos os lados e a vingança correu solta: para matar um vizinho ou mandá-lo para Guantânamo, bastava dizer aos Estados Unidos que se tratava de um membro do Talibã. Invadiam-se casas e arrombavam-se portas sem nem precisar explicar por quê. Os que foram poupados se tornaram senhores da guerra, enriqueceram e mandaram sua fortuna para o exterior. “Não estamos construindo novamente uma nação”, afirmou o presidente Donald Trump na segunda-feira. Bem, na verdade, nós, americanos, nunca construímos nada por lá – a menos que erguer arranha-céus em Dubai à base de dinheiro sujo conte. Depois de anos vivendo essa farsa e vendo seus esforços de rendição serem ignorados, o antigo Talibã voltou a pegar em armas. Na época em que foram derrubados do poder, a população tinha ficado feliz em vê-los partir. Mas os Estados Unidos conseguiram torná-los novamente populares. Os liberais passaram a campanha presidencial de 2008 reclamando que os EUA tinham “ignorado” o Afeganistão — quando, na verdade, as regiões sem a presença de tropas eram as únicas em paz, sem nenhum tipo de insurgência contra o governo afegão. Aí o então recém-empossado presidente Barack Obama resolveu aumentar o efetivo militar, ao mesmo tempo em que anunciava a retirada das tropas. Além disso, ampliou bombardeios noturnos, confiando no mesmo sistema questionável de inteligência que já tinha custava a vida a tantos inocentes. E agora Trump vem dizer que tem uma estratégia nova e melhor. Segundo ele, os Estados Unidos precisam fazer com que o Paquistão se envolva mais – só que, claro, o serviço de inteligência paquistanês sustenta o Talibã há decadas. O livro de Gopal é o relato cabal de um conflito que saiu dos trilhos. Parece um livro de ficção, mas é o perfil bem real de três afegãos que viveram a guerra: um senhor da guerra pró-Estados Unidos, um comandante talibã e uma dona de casa. Eu recomendaria a leitura a Trump. O livro traz uma grave advertência ao tipo de esforço de guerra que o presidente está prestes a intensificar. O problema é que tem mais de uma página – e, de acordo com seus assessores, esse é o máximo que ele consegue processar. No mais, a única coisa que interessa mesmo a Trump é o fato de o Afeganistão ter um monte de minerais – que ele acha que o país deve aos Estados Unidos. Antes de sair gastando os lucros que pretende fazer com os minérios afegãos, Trump deveria parar para pensar na dura realidade: os Estados Unidos estão perdendo a guerra para um inimigo que já tinha se entregado. É uma proeza para poucos. Ryan Grim/Tradução: Carla Camargo Fanha

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USA e Oriente Médio – Armas, armas e mais armas

Como os EUA estão ‘inundando’ o Oriente Médio de armas Acordo entre os EUA e a Arábia Saudita prevê um pacote de defesa de US$ 110 bilhões Direito de imagemAFP|GETTY IMAGES Não foi à toa que o presidente americano, Donald Trump, visitou a Arábia Saudita em sua primeira turnê oficial como presidente dos Estados Unidos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A viagem consolidou um acordo de venda de armas para Riad avaliado em US$ 110 bilhões. Os sauditas receberão dos EUA, durante os próximos dez anos, tanques, aviões de combate, barcos de guerra e mísseis de precisão guiados. Apesar das várias críticas ao seu histórico de repressão, violação de direitos humanos e das mulheres e por financiar mesquitas e escolas islâmicas que difundem visões fundamentalistas do islamismo mundo afora, a Arábia Saudita é um dos principais parceiros dos EUA no Oriente Médio – e, segundo a instituição americana Council on Foreign Relations, o maior importador de armas do país. Aumento Uma análise do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri), indica que, nos últimos quatro anos (2012-2016), as importações de armas por nações do Oriente Médio aumentaram 86%. “A Arábia Saudita foi o segundo maior importador de armas do mundo entre 2012 e 2016 (atrás da Índia), com um aumento de 212% desde o período de 2007-2011”, diz o estudo. No mesmo período, segundo o Sipri, os EUA foram o maior exportador de armas do planeta. “Suas exportações aumentaram 21% comparado ao período de 2001-2011. Quase a metade destas exportações foram para o Oriente Médio.” Se é certo que este aumento ocorreu durante a presidência de Barack Obama, seu governo também impôs certas restrições à venda de armas a determinados países por conta de preocupações com direitos humanos. Em 2017, no entanto, o governo Trump começou a revogar estas restrições. O Catar assinou um acordo para a compra de 36 caças F-15 dos Estados Unidos Direito de imagemGETTY IMAGES Em março, o Departamento de Estado suspendeu um bloqueio imposto por Obama à venda de armas para o Bahrein, depois de acusações de abusos contra grupos de oposição ligados à maioria xiita no país. A decisão permitirá, agora, a venda de aviões de combate F-16 e de outras armas ao Bahrein, como parte de um pacote avaliado em cerca de 2,7 bilhões. A base da Quinta Frota da Marinha dos Estados Unidos, que patrulha o estratégico Golfo Pérsico, fica no Bahrein. Preocupações No início do mês de junho, houve tentativas no Senado americano de bloquear um pacote de US$ 500 milhões em mísseis guiados para a Arábia Saudita, por causa de preocupações com a campanha militar saudita na guerra do Iêmen. Todas as facções envolvidas neste conflito – que começou em 2014, já matou mais de 10 mil pessoas e afundou grande parte do país em uma escassez generalizada de alimentos – foram acusadas de cometer abusos de direitos humanos e crimes de guerra. Muitos senadores se opunham à venda de armas à Arábia Saudita pelo seu papel no conflito. O país lança ataques aéreos contra rebeldes houthi – que controlam a maior parte do Iêmen – dizendo estar “defendendo o governo legítimo” do presidente, Abdrabbuh Mansour Hadi. A venda, no entanto, foi aprovada por uma estreita margem no Senado americano. O Catar também é outro grande importador de armamentos. Segundo o Sipri, nos últimos anos, “as importações de armas do Catar aumentaram 245%”. Na semana passada, o secretário americano de Defesa, James Mattis, assinou um acordo de US$ 12 bilhões para a venda de 36 aviões de combate F-15 ao Catar. Situação ‘confusa’ Segundo um estudo do Sipri, as importações de armas do Catar aumentaram 245% nos últimos cinco anos Direito de imagemREUTERS O acordo ocorreu no momento em que Arábia Saudita lidera, junto com outros países da região, um duro bloqueio econômico e diplomático contra o vizinho Catar, por supostamente “apoiar a terroristas”. O presidente Donald Trump elogiou a ação. “Dizem que vão adotar uma linha dura contra o financiamento do extremismo e todas as referências apontam para o Catar. Talvez este seja o começo do fim do horror do terrorismo”, escreveu Trump no Twitter. Já o democrata Ted Lieu disse, em uma audiência no Congresso, que “é muito confuso para os líderes mundiais e os membros do Congresso quando a Casa Branca faz duas coisas exatamente opostas” em relação ao Catar. Cabe lembrar que o Catar abriga a maior base militar americana no Oriente Médio, a base aérea Al-Udeid, que foi essencial para missões militares e de contraterrorismo dos Estados Unidos e de seus aliados no Afeganistão, no Iraque e na Síria. Principal mercado Tudo parece indicar que o Oriente Médio, uma região submersa em numerosos conflitos, continuará sendo um dos principais importadores de armas do mundo. E os Estados Unidos, seu principal fornecedor. “Durante os últimos cinco anos, um dos principais mercados de armas dos Estados Unidos foram as nações do Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita”, disse à BBC Pieter Wezeman, pesquisador do Sipri. “E mesmo que Obama tenha imposto algumas restrições, no total, essas restrições foram quase invisíveis.” “Tudo parece indicar que agora, com Trump, será inclusive mais fácil adquirir armas dos EUA do que era antes – para países como Arábia Saudita, Bahrein e vários outros na região”, conclui. A guerra no Iêmen afundou o país numa escassez de alimentos Direito de imagemAFP Estratégia A pergunta é: será que Donald Trump tem uma estratégia para o Oriente Médio, para além da venda de armas? Segundo a correspondente da BBC no Departamento de Estado, Barbara Plett Usher, em Washington se fala de uma “aparente desconexão entre o desejo de vender mais armas para a região e uma estratégia articulada para pôr fim aos conflitos ali”. Pieter Wezeman afirma que Trump não parece ter uma estratégia mais abrangente do que “vender armas para criar empregos nos Estados Unidos”. “Ele parece ter jogado fora qualquer preocupação com direitos humanos”, diz. “E parece extremamente disposto a fornecer qualquer tipo de armas que os países do Oriente Médio queiram

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Síria: USA x Rússia

EUA e Rússia podem estar em rota de colisão na Síria Caça americano F/A-18E Super Hornet, semelhante ao que derrubou aeronave síria Derrubada de aeronave síria é mais recente sinal do crescente envolvimento militar de Washington no conflito, o que pode levar a um confronto direto com forças russas. Nenhum dos dois lados, porém, tem interesse nisso.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Quando o caça F/A-18E Super Hornet derrubou um avião militar sírio de fabricação russa SU-22, depois que a aeronave supostamente atacou combatentes apoiados pelos Estados Unidos perto da cidade de Raqqa, não demorou muito para que a Rússia respondesse ao que considerou uma “agressão” às forças do governo sírio, apoiadas pelo Kremlin. As autoridades russas não só suspenderam o chamado “canal para redução de conflitos” com os Estados Unidos, criado para evitar possíveis incidentes militares entre os dois países, como ainda disseram que seus militares derrubariam qualquer avião estrangeiro a oeste do rio Eufrates, que consideram área para operações do Kremlin. Yezid Sayigh, especialista em Síria do centro de estudos Carnegie Middle East Center, diz que a questão-chave sobre o incidente é a razão para o governo do presidente Bashar al-Assad enviar um avião de combate a Raqqa, o que não havia feito há anos. “Minha avaliação é que o regime está testando lá e em Badia, a área desértica do sudeste sírio, as ‘linhas vermelhas’ dos Estados Unidos, e os Estados Unidos estão simplesmente delineando essas linhas vermelhas, não mais do que isso”, avalia. Riscos de recrudescimento O incidente chamou a atenção para o conflito na Síria entre as forças apoiadas pela Rússia e as apoiadas pelos Estados Unidos, o qual tem potencial para colocar os dois países em combate direto na batalha pelo futuro da Síria. Antes da derrubada do avião de guerra, as forças dos Estados Unidos atingiram as forças pró-governo sírio três vezes nas últimas semanas para contra-atacar o que afirmaram ser ataques a grupos aliados. Soldados russos em Aleppo: apoio militar de Moscou tem sido vital para sobrevivência do governo sírio Os EUA elevaram recentemente o apoio militar a seus aliados na Síria, num esforço para expulsar o chamado “Estado Islâmico” da cidade de Raqqa, considerada a última fortaleza dos jihadistas no país. “Os riscos de recrudescimento e de confronto direto entre os Estados Unidos e a Rússia aumentaram, e alguns podem até dizer que isso já existe, pois o número de incidentes aumentou”, ressalta Jonathan Stevenson, ex-assessor da Casa Branca para assuntos de segurança político-militares, Oriente Médio e África do Norte. “É uma situação muito perigosa”, alerta Iwan Morgan, professor de estudos americanos na universidade britânica University College London. “As chances de confronto aumentaram significativamente.” Embora vejam um risco maior de confronto direto, tanto Stevenson quanto Morgan avaliam que nem os Estados Unidos nem a Rússia têm interesse em deixar a situação se acirrar ainda mais. O governo dos EUA provavelmente quer evitar ver as coisas piorarem a tal ponto que se torne necessário um emprego de tropas terrestres na Síria maior do que o pretendido, de acordo com Stevenson. Novas hostilidades são prováveis Na opinião do especialista, a Rússia também teme que uma piora na situação possa sobrecarregar suas forças militares a ponto de elas não conseguirem responder à altura das capacidades dos Estados Unidos. Morgan pondera que, embora nem os Estados Unidos nem a Rússia tenham interesse no confronto, “é claro que você poderia dizer isso sobre muitos conflitos na história que mesmo assim chegaram a um certo ponto e transbordaram”. Ele acrescenta, ainda, que um possível confronto entre os Estados Unidos e o Irã, outro país que apoia o governo sírio, também é preocupante. Já em maio, num incidente que recebeu comparativamente pouca atenção, caças americanos atacaram forças xiitas que haviam se aproximado demais dos soldados dos Estados Unidos na fronteira da Síria com o Iraque. Os analistas concordam que, embora seja difícil discernir uma estratégia mais ampla dos EUA – que vá além da atual operação contra o “Estado Islâmico” –, a mudança de regime está, ao menos por enquanto, fora da agenda de Washington. Mas Stevenson avalia que novas hostilidades entre a Rússia e os Estados Unidos – intencionais ou acidentais – são prováveis, especialmente se o uso do canal para redução de conflitos se tornar mais esporádico e os EUA aumentarem gradualmente suas operações em apoio às forças da oposição.

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É a economia estúpido

EUA anunciam venda bilionária de caças ao Catar Caças F15: negócio entre EUA e Catar vale 12 bilhões de dólares e pode envolver até 36 jatos Em meio à crise no Oriente Médio, Washington fecha venda de aviões de guerra no valor de US$ 12 bilhões e faz operações navais conjuntas com país árabe, que abriga maior base militar americana na região.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Os Estados Unidos fecharam uma venda bilionária de caças ao Catar e começaram manobras navais conjuntas com o país nesta quinta-feira (15/06), ressaltando seu compromisso com seu aliado militar, apesar da crise entre Doha e governos vizinhos. Washington tem enviado sinais contraditórios a seu aliado de longa data em relação à sua posição sobre a crise diplomática, desatada após a Arábia Saudita e seus aliados suspenderem relações com o Catar, impondo sanções ao emirado. Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, expressou seu apoio às acusações contra o Qatar, afirmando que o emirado tem sido “historicamente um financiador do terrorismo em um nível muito alto”. Mas funcionários do Pentágono e do Departamento de Estado têm se esforçado desde então para tranquilizar o emirado, que abriga cerca de 10 mil soldados americanos, a maior base aérea dos EUA no Oriente Médio e a central de comando para operações militares dos EUA no Iraque, Síria e Afeganistão. Visita a Washington O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, recebeu seu homólogo do Qatar, Khalid al-Attiyah, em Washington nesta quarta-feira, para a assinatura do acordo para a venda de caças F-15. “A venda de 12 bilhões de dólares dará ao Qatar uma capacidade de tecnologia avançada e aumentará a cooperação de segurança e de interoperabilidade entre os Estados Unidos e Qatar”, disse o Pentágono, sem fornecer detalhes adicionais sobre a venda. A agência de notícias Bloomberg relatou que ela pode envolver até 36 caças. “O Catar e os Estados Unidos solidificaram sua cooperação militar lutando lado a lado por muitos anos, em um esforço para erradicar o terrorismo e promover um futuro de dignidade e prosperidade”, disse Attiyah em comunicado. Os militares americanos haviam anunciado um negócio semelhante de 21,1 bilhões de dólares em novembro, envolvendo 72 caças F-15 para o Catar nos dias finais da administração Obama. Não ficou imediatamente claro se os dois negócios se tratam do mesmo acordo. Representantes do governo do Qatar não responderam imediatamente à essa questão na quinta-feira. Exercícios militares conjuntos O Pentágono enviou dois navios de guerra para realizar manobras conjuntas com a Marinha do Catar, no Golfo. Os navios atracaram no Porto Hamad, ao sul da capital Doha, na quarta-feira, segundo o Ministério da Defesa do Catar. Washington expressou crescente preocupação com o impacto da crise diplomática em suas operações militares contra o “Estado Islâmico“. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse na semana passada que a crise estava “atrapalhando” a campanha e pediu que a Arábia Saudita e seus aliados aliviassem seu “bloqueio”. A Arábia Saudita e seus aliados Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein disseram que não haverá retomada das relações até o Qatar suspender seu apoio a organizações como a Irmandade Muçulmana, que os quatro governos consideram um grupo terrorista. Mas o Qatar e seus aliados – liderados pela Turquia – dizem que o emirado tem todo o direito de conduzir uma política externa independente e chamaram as sanções impostas como “desumanas e anti-islâmicas”. md/afp/ap

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Trump, Síria, Rússia, Gás, Óleo, Armas Químicas e estórias mal explicadas.

Vamos lá! Pontuando; 1. Trump mandou 59 mísseis mar/terra Tomahawks nos peitos do Assad. 2. Em dois dias o Trump desceu o “big stick” na “titela” do genocida da Síria. Ainda não estou fazendo juízo de valor, não das personas, mas, sim, dos fatos. É o que a mídia informa. 3. Nessa altura o maluco da Coreia do Norte deve estar ‘travado’. O Trump postou no Twitter que se o ‘doidin’ lançar mais foguetes em direção ao Japão, os USA irão atacar aquela ‘po**a’ sozinhos mesmo. Detalhe: durante o ataque à base aérea Síria, Trump estava jantando em sua mansão, na Flórida, com o presidente chinês.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] 4. Os malucos mundo afora haverão de começar a levar o Trumpo a sério. A ‘negada tá se ligando’ que o loirão é meio ‘po**a’ louca. Não duvido nada se surgirem vídeos nas redes sociais, mostrando ‘o paixão Assad’ servindo comida para desabrigados e beijando criancinhas. 5. Não bastasse o ‘imbroglio’ no oriente médio, um provável terrorista, hoje, na Suécia, em Estocolmo, jogou um caminhão sobre pedestres, matando três pessoas e ferindo várias outras. Trump estava certo em relação a Suécia quando comentou há três semanas, sobre o aumento dos crimes na gelada terra dos Vikings. A Suécia sofre com uma onda de crimes e violências, principalmente crimes sexuais, causados por imigrantes. E agora esse possível ataque terrorista. Quero ouvir um sueco se manifestando contra a política das muralhas. 6. Sobre os ataques do Trump na Síria; ele fez exatamente o que disse que não faria; fez exatamente o que tinha dito pro Obama não fazer; e fez exatamente o que a Hilária disse que iria fazer, se eleita. 7. Ora!, quando até a Hilária Clinton concorda com a ação do Trump em atacar o Assad, ai vê-se, os que não absorvemos informações por osmose, e aprendemos a ler o que não está escrito,que tem “alguma coisa errada” nessa “estória”. 8. Acabei ainda não, tolinhos abstraídos do decidido na Conferência de Bretton Woods – USA, New Hampshire, 1944 – , a Arábia Saudita, que no momento está bombardeando o Iêmen porque quer passar por lá, as “pipelines” de gás e óleo que veem do Iêmen pela Síria, para vender para Europa não parar, nem congelar. O Assad não quer deixar esse gasoduto/oleoduto, e chamou o Putin, o Trump de São Petersburgo, para dar “uma mãozinha” no enrosco, e ajudar a defender o cofre do Assad. Detalhe; os russos são os maiores vendedores de gás e óleo para a Europa. Hahahaha! 9. Por outro lado – não esqueçamos que o Putin nasceu na ‘humanitária’ KGB – a ‘versão’ dos russos para “ataque químico do Assad”, hahaha, é que na verdade o Assad atacou uma base dos rebeldes (estado islâmico/al-qaeda/al-nusra) e nessa base, que era um depósito de munições, eles, os grupos acima, estavam produzindo, e estocando armas químicas. Hahahahahaha. Essa é a guerra híbrida. A guerra da informação. 10. Esse cenário, de “quase-3a. guerra-mundial”, é o cenário ideal pro ‘deep-state’ (governo paralelo). Não aumenta, mas também não diminui. Aí fica todo mundo vivendo nesse cenário de tensão quase-guerra. Assim, entre outras coisas, fica mais fácil ainda de manipular a narrativa oficial e controlar a opinião pública. 11. Ao mesmo tempo tem economista que diz que a única maneira de “salvar” esse sistema financeiro atual, usado no mundo inteiro e, baseado em moeda pintada, sem lastro, só papel, é a deflagração de uma guerra mundial – ave Keynes!, e acreditam que o governo paralelo está caminhando para isso. 12. Hipocrisias à parte, milhares de crianças morrem a míngua na África e no resto do terceiro mundo, e centenas já morreram em Aleppo em bombardeios com bombas “aceitáveis”. Guerra com regras e cavalheirismo das liças, é um deslavado cinismo. Para quem perdeu os seus, a dor é a mesma, se por bombas, armas químicas, gás sarin, diarreia ou seja lá o que for. O mundinho se indigna com o uso de armas químicas, entre “cravates noir, champanhe et champion”, claro, mas queda-se silente/conivente com o genocídio pela fome.

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Magnus Wennman – Fotografia – A vida como não deveria ser

Fotografia de Magnus Wennman¹ Walaa², de 5 anos, Dar-El-Ias ²Walaa, 5, quer ir para casa. Ela tinha seu próprio quarto em Aleppo, ela nos diz. Lá, ela nunca chorava na hora de dormir. Aqui, no campo de refugiados, ela chora todas as noites. Descansar a cabeça sobre o travesseiro é horrível, diz ela, porque a noite é horrível. Foi quando os ataques aconteceram. De dia, a mãe de Walaa muitas vezes constrói uma pequena casa de travesseiros, para ensiná-la que ela não tem nada a temer. ¹Magnus Wennman, um fotojornalista premiado de Estocolmo, publicou uma série de fotos revelando o que está acontecendo com as crianças do Oriente Médio às portas da Europa quando elas fogem do conflito na Síria. Para criar “Where The Children Sleep”, ele viajou pelas regiões onde essas crianças e suas famílias estão fugindo para nos contar as suas histórias. Em entrevista à CNN, Wennman, que tirou as fotos para o jornal sueco Aftonbladet, disse que o conflito e a crise podme ser complicados para as pessoas entenderem, “mas não há nada difícil de entender como as crianças precisam de um lugar seguro para dormir. Isso é fácil de entender”, disse ele. “Elas perderam a esperança”, acrescentou Wennman. “É preciso muito para uma criança deixar de ser uma criança e para parar de se divertir, mesmo em lugares muito ruins.” [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Magnus Wennman – Fotografia – A vida como não deveria ser

Fotografia de Magnus Wennman¹ Moyad², de 5 anos, Amman ²Moyad, 5, e sua mãe precisavam comprar farinha para fazer uma torta de espinafre. De mãos dadas, eles estavam em seu caminho para o mercado em Daraa. Eles passaram por um táxi em que alguém tinha colocado uma bomba. A mãe de Moyad morreu instantaneamente. O menino, que foi levado de helicóptero para a Jordânia, tem estilhaços alojados na cabeça, costas e pélvis. ¹Magnus Wennman, um fotojornalista premiado de Estocolmo, publicou uma série de fotos revelando o que está acontecendo com as crianças do Oriente Médio às portas da Europa quando elas fogem do conflito na Síria. Para criar “Where The Children Sleep”, ele viajou pelas regiões onde essas crianças e suas famílias estão fugindo para nos contar as suas histórias. Em entrevista à CNN, Wennman, que tirou as fotos para o jornal sueco Aftonbladet, disse que o conflito e a crise podme ser complicados para as pessoas entenderem, “mas não há nada difícil de entender como as crianças precisam de um lugar seguro para dormir. Isso é fácil de entender”, disse ele. “Elas perderam a esperança”, acrescentou Wennman. “É preciso muito para uma criança deixar de ser uma criança e para parar de se divertir, mesmo em lugares muito ruins.” [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Magnus Wennman – Fotografia – A vida como não deveria ser

Fotografia de Magnus Wennman¹ Ralia, 7 anos, e Rahaf, 13 anos, Beirute² ²Ralia, 7, e Rahaf, 13, vivem nas ruas de Beirute. Eles são de Damasco, onde uma granada matou sua mãe e seu irmão. Junto com seu pai, eles têm dormido na rua por um ano. Eles se amontoam  juntos em suas caixas de papelão. Rahaf diz que ela está com medo dos “bad boys”, Ralia começa a chorar. ¹Magnus Wennman, um fotojornalista premiado de Estocolmo, publicou uma série de fotos revelando o que está acontecendo com as crianças do Oriente Médio às portas da Europa quando elas fogem do conflito na Síria. Para criar “Where The Children Sleep”, ele viajou pelas regiões onde essas crianças e suas famílias estão fugindo para nos contar as suas histórias. Em entrevista à CNN, Wennman, que tirou as fotos para o jornal sueco Aftonbladet, disse que o conflito e a crise podme ser complicados para as pessoas entenderem, “mas não há nada difícil de entender como as crianças precisam de um lugar seguro para dormir. Isso é fácil de entender”, disse ele. “Elas perderam a esperança”, acrescentou Wennman. “É preciso muito para uma criança deixar de ser uma criança e para parar de se divertir, mesmo em lugares muito ruins.” [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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