Jonas Kaufmann – Massenet: Le Cid – “O souverain, ô juge, ô père…”
Aguardando a noite chegar nesta quinta-feira
Aguardando a noite chegar nesta quinta-feira
From Tanglewood
Anna Netrebko Gliere: Concerto for Coloratura Soprano Primeiro movimento do concerto para Coloratura Soprano e Orquestra, de Gliere. Gravado em 2003 no Teatro Mariinsky, como celebração do trigésimo aniversário da fundação da Cidade de São Petesburgo, Rússia.
Farinelli – Lascia Ch’io PiangaAct II of Handel – Ato II da Ópera “Rinaldo” [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Ditador nazista era fã ardoroso da música do compositor e presença constante no Festival de Bayreuth, que inicia série de simpósios destinados à análise crítica da obra de Wagner. Hitler entre Winifred e Wieland Wagner, na abertura do Festival de Bayreuth, em 24 de julho de 1938[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Na tela, um convidado simpático, gentil e elegante, trajando smoking e gravata borboleta, conversa de forma descontraída com a diretora do festival e com os netos de Wagner. De repente, um alerta interrompe a exibição: “Parem o filme! Desligue o celular! Gravações são estritamente proibidas!” Pouco depois, a exibição é retomada. As gravações são proibidas durante a exibição dessa película histórica no Museu Richard Wagner, na Casa Wahnfried, em Bayreuth, porque uma possível difusão pela internet significaria uma infração aos direitos de imagem de uma das pessoas que aparecem nela: Verena Wagner, a última neta viva de Richard Wagner. O filme pertence ao espólio de um outro neto, Wolfgang Wagner, que o gravou quando tinha apenas 16 anos. A gravação foi exibida durante o simpósio Wagner no Nacional-Socialismo – sobre a questão do pecado original na arte. O que se vê na tela são imagens do Festival de Bayreuth de 1936: a subida até o Teatro do Festival, no alto da colina; o diretor Heinz Tietjen; o ministro da Propaganda, Josef Goebbels; o dirigente Wilhelm Furtwängler; uma sorridente Winifred Wagner, a diretora do festival e mãe de Wolfgang. E, depois da apresentação, o Führer no palco, ao lado do coral e dos solistas, recebendo os aplausos da plateia. A saudação nazista é feita várias vezes. Quem assiste às imagens não consegue evitar o desconforto de ver Hitler ser apresentado como uma pessoa agradável e simpática. Wagner no palco como antissemita Já quem esperava que o simpósio sobre Wagner e o nazismo trouxesse revelações sensacionais saiu dele decepcionado. O tema também não é nenhuma novidade em Bayreuth, como lembra o diretor do festival, Sven Friedrich. Ao longo dos próximos anos, a temática deverá ser aprofundada, em seus vários aspectos, na série de simpósios “Discurso Bayreuth”, que integra a programação paralela do festival. Richard e Cosima Wagner Já nos anos 1980 e 1990 houve uma exposição e um simpósio com o nome Hitler e os judeus. Nas proximidades do busto de Richard Wagner, na Colina Verde, ainda pode ser vista a exposição Vozes caladas, de 2012, sobre os colaboradores judeus do Festival de Bayreuth e o que aconteceu com eles. E, desde a abertura do Museu Richard Wagner, em 2015, o local tematiza também a evolução das convicções ideológicas do compositor. Mas o assunto está longe de ter se esgotado. Declarações como “mas Wagner não tem culpa disso” ou “vamos ignorar toda essa imundice que foi associada a Wagner” podem ser ouvidas ainda hoje. Friedrich lembrou a “dimensão metapolítica da obra de Wagner, que a tornou assimilável pelos nazistas”. O simpósio começou com um debate intenso sobre a atual encenação de Os mestres cantores de Nurembergue, sob responsabilidade do dirigente australiano Barrie Kosky, que tem raízes judaicas. Ele apresentou Wagner no palco, pela primeira vez, como um antissemita e, com os seus cenários – por exemplo o salão dos Julgamentos de Nurembergue –, incluiu o histórico de encenações da obra na sua interpretação. Para a autora alemã Irmela von der Lühe, a encenação de Kosky é a concretização de uma exigência que o escritor Thomas Mann fizera já em 1947. Ao palestrar sobre as relações entre Mann e Bayreuth, Von der Lühe lembrou que o Prêmio Nobel de Literatura de 1929, que então vivia no exílio californiano, rejeitou o convite para ser presidente de honra de uma planejada fundação para a reabilitação do desacreditado Festival de Bayreuth, ao menos “enquanto não estiver às claras tudo o que houver sobre o pecado original de Bayreuth”. Encenação tematiza antissemitismo de Wagner E em 2017 já está tudo às claras? O espólio de Wolfgang Wagner foi entregue ao arquivo histórico da Baviera em 2013 e levará anos para ser estudado. Outras fontes devem estar faltando, o que não se sabe exatamente. Mas uma encenação como esta de Kosky teria sido possível em 1951, na reabertura do Festival de Bayreuth? Em vez de uma enfrentamento crítico com o histórico da obra, o que se viu então foi uma encenação descompromissada e focada no aspecto mítico, a cargo de Wieland Wagner. Trata-se de repressão do passado? Uma coisa é certa: havia muitos convidados do exterior na reinauguração, sobretudo da França, e entre eles muitos judeus que sobreviveram ao Holocausto e eram admiradores fervorosos de Wagner. O reinício do Festival de Bayreuth foi acompanhado com interesse em todo o mundo. Uma questão de música ou ideias? Em 1949, Thomas Mann escreveu, numa carta: “Está lá – na fanfarrice, no eterno ficar dando discurso, na necessidade de falar mais alto que os outros, de querer dar palpite em tudo – uma inominada imodéstia que serviu de modelo a Hitler – com certeza, há muito ‘Hitler’ em Wagner.” Ainda assim, Mann via Wagner mais como um cosmopolita europeu do que como um proto-nazista. E muito antes da catástrofe da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, esse crítico de primeira hora de Hitler escreveu: “A ideia de que esse velhaco idiota por lá desfrute de um romantismo heroico-açucarado é repulsiva para além de todas as medidas.” Com frequência se constata que o espírito no qual Wagner escreveu suas obras é, desde o início, racial e antissemita. Esse aspecto foi abordado na palestra Hitler e sua Bayreuth à parte: Richard Wagner como analista do século 20, da escritora suíça Micha Brumlik. Segundo ela, no artista há “processos pré-conscientes e inconscientes que se incorporam em seu trabalho, e o que se manifesta é mais do que o autor pretendia.” O uso que os nazistas fizeram de Wagner e a bajulação do Festival de Bayreuth em torno de Hitler costumam ser apresentados como mal-entendidos ou relativizados com o argumento do distanciamento histórico, afinal Wagner morreu em 1883. Em 1923, porém, o genro de Wagner, Houston Stewart Chamberlain, e a nora do compositor, Winifred Wagner, saudaram Hitler como o novo Parsifal e
Placido Domingo & Jonas Kaufmann Franz Lehar – Dein ist mein ganzes herz [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Anna Netrebko Gliere¹: Concerto for Coloratura ¹Reinhold Moritzevich Glière – Kiev 11/01/1885 – 23/06/1956 Primeiro Movimento do Concerto para Coloratura e Orquestra [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Plácido Domingo e Anna Netrebko >>>Biografia de Anna Netrebko [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Anna Netrebko Anna Yuryevna Netrebko (em russo: Анна Юрьевна Нетребко; Krasnodar, 18 de setembro de 1971) é uma soprano russa bastante conhecida e admirada por sua voz suntuosa e por sua beleza. Começou a trabalhar lavando chãos no Teatro Mariinsky de São Petersburgo (“casa” da Ópera de Kirov). Lá, ela chamou a atenção do maestro Valery Gergiev, que se tornou seu orientador vocal. Guiada por Gergiev, ela fez a sua estréia no Mariinsky como Susanna em Le Nozze di Figaro (“As Bodas de Fígaro”).[ad#Retangulo – Anuncios – Duplo] Depois disso, ela desempenhou diversos papéis junto com a companhia como Pamina em Die Zauberflöte (“A Flauta Mágica”) e Rosina em Il Barbiere di Siviglia (“O Barbeiro de Sevilha”). Netrebko nasceu em Krasnodar (Rússia), em uma família de origem cossaca de Kuban. Quando estudante no Conservatório de São Petersburgo, Netrebko trabalhava como porteira no Teatro Mariinsky de São Petersburgo. Mais tarde, ela fez o teste para o Mariinsky Theatre, onde o maestro Valery Gergiev reconheceu-a de seu trabalho anterior no teatro. Em seguida, ele se tornou seu mentor vocal. Sob a orientação de Gergiev, Netrebko fez sua estréia nos palcos de ópera no Mariinsky, aos 22 anos, como Susanna em As Bodas de Fígaro. Ela passou a cantar muitos papéis de destaque com a Opera Kirov, incluindo Amina em La sonnambula, Pamina em Die Zauberflöte, Rosina em Il Barbiere di Siviglia, e Lucia em Lucia di Lammermoor. Em 1994, ela cantou a Rainha da Noite em Die Zauberflöte com a Riga Independent Opera Avangarda Akademija sob o maestro David Milnes. Em 1995, aos 24 anos de idade, ela fez a sua estréia nos Estados Unidos como Lyudmila em “Ruslan e Lyudmila”, de Mikhail Glinka, na Ópera de São Francisco. Em 2002, Netrebko estreou na Metropolitan Opera como Natasha na primeira produção da companhia de “Guerra e Paz”, de Prokofiev. No mesmo ano, ela participou no Festival de Salzburgo, regido por Nikolaus Harnoncourt. Vale a pena reservar algumas horas (ou muitas) para ouvir o CD de estréia da soprano russa Anna Netrebko. Aos 32 anos, bela como uma Juliette Binoche do canto lírico, ela vem se consolidando como um dos maiores nomes femininos da ópera mundial, espécie de diva do século XXI. A escalada rumo ao estrelato torna-se ainda mais surpreendente quando se leva em conta o universo musical em que ela transita: rígido ao extremo, repleto de regras, hierarquias e vaidades aniquiladoras. Gravado com a Filarmônica de Viena, sob regência de Gianandrea Noseda, o CD Opera Arias tem a chancela do Deutsche Grammophon, o selo de música clássica e lírica mais prestigiado da indústria fonográfica. A estréia, precoce para o gênero, é fruto direto do fascínio que a voz da soprano provocou nos ouvidos de nomes como o maestro Nikolaus Harnoncourt e a cantora Renata Scotto, com quem ela estuda técnica vocal. A unanimidade em torno de Anna Netrebko é tamanha que ela já vem sendo comparada a divas lendárias, como a australiana Joan Sutherland, de quem seria uma espécie de sucessora. Opera Arias transita por obras de Wolfgang Amadeus Mozart (Idomeneo, Don Giovanni), Hector Berlioz (Benvenuto Cellini), Gaetano Donizetti (Lucia di Lammermoor), Charles Gounod (Faust), Antonín Dvorák (Rusalka), Jules Massenet (Manon), Vincenzo Bellini (La Sonnambula) e Giacomo Puccini (La Bohème). O resultado vem em forma de epifanias auditivas. De timbre aveludado e suave ao ouvido, a voz de Anna Netrebko oscila entre o intimismo e a grandiloqüência com a mesma desenvoltura, sem medo de trechos mais complexos e traiçoeiros. Há uma razão para tanta qualidade, além, obviamente, do talento nato. A soprano (escala mais aguda do canto lírico) lapidou seu talento optando invariavelmente por personagens difíceis e desprezando os menos ambiciosos das grandes óperas. Em Don Giovanni, por exemplo, ela escolheu Dona Anna em vez de Zerlina, que teoricamente seria mais adequada à sua voz. Essas escolhas forjaram a trajetória da estrela desde o seu descobrimento, há 12 anos, no Teatro Mariinsky, em São Petersburgo, numa história que faz lembrar os contos da Gata Borralheira. Anna era faxineira do teatro, onde acompanhava no local os ensaios da Ópera do Kirov. Foi lá que Valery Gerkiev, diretor da companhia, resolveu fazer uma audição com ela, que escolheu as árias de Rainha da Noite, do repertório de A Flauta Mágica (Mozart), tidas como penosas até para sopranos experientes. Foi, logicamente, aprovada, e em seguida se dedicou a interpretar clássicos da ópera russa, em especial autores como Prokofiev (Guerra e Paz) e Glinka (Lyudmila, Ruslan). De lá para cá, Anna se apresentou em palcos célebres, como a Ópera de São Francisco (onde foi treinada por Lotfi Mansouri), o Metropolitan (Nova York), o Bolshoi (Moscou) e o Covent Garden (Londres). A repercussão foi estrondosa. Para o Washington Post, ela representa “não menos que uma nova era de ouro da voz desde Plácido Domingo”. O San Francisco Chronicle também foi enfático: “Anna Netrebko tem tudo que precisa para se tornar uma grande estrela da ópera”. Em um universo fechado, que representa uma parcela ínfima do faturamento da indústria fonográfica, o surgimento de divas como Anna costuma passar despercebido pela maioria, permanecendo restrito aos especialistas e admiradores. Essa reclusão que cerca os astros eruditos não significa, porém, que sejam pessoas estranhas, obcecadas pela perfeição, como poderiam julgar alguns. A soprano leva uma vida comum: freqüenta boates e já se declarou admiradora de ícones pop como Justin Timberlake e Christina Aguilera. O que, definitivamente, nada tem de comum é sua voz, e como essa voz encontrou abrigo no canto lírico. Em 2003, ela lançou o seu primeiro disco gravado em estúdio, Opera Arias, que se tornou um dos discos de música erudita mais vendidos do ano. No ano seguinte, lançou outro disco, Sempre Libera. Em 2005, participou novamente no Festival de Salzburgo, interpretando Violetta Valéry na ópera “La Traviata”, de Verdi, ao lado do tenor mexicano Rolando Villazón e sob a batuta de Carlo Rizzi. Em março de 2006, Netrebko se esforçou em se tornar cidadã austríaca, recebendo a sua cidadania no fim de julho. De acordo
Semana da Ópera-Anna Netrebko¹ & Rolando Villazón Ária “Sempre Libera” da Ópera La Traviata² de Giuseppi Verdi conducted by Carlo Rizzi ²La traviata (em português significa figurativamente, “A mulher caída”) é uma ópera em quatro cenas (três ou quatro atos) de Giuseppe Verdi com libreto de Francesco Maria Piave. Foi baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Estreou a 6 de março de 1853 no Teatro La Fenice, em Veneza. ¹Anna Yuryevna Netrebko (em russo: Анна Юрьевна Нетребко; Krasnodar, 18 de setembro de 1971) é uma soprano russa bastante conhecida e admirada por sua voz suntuosa e por sua beleza. Começou a trabalhar lavando chãos no Teatro Mariinsky de São Petersburgo (“casa” da Ópera de Kirov). Lá, ela chamou a atenção do maestro Valery Gergiev, que se tornou seu orientador vocal. Guiada por Gergiev, ela fez a sua estréia no Mariinsky como Susanna em Le Nozze di Figaro (“As Bodas de Fígaro”). Depois disso, ela desempenhou diversos papéis junto com a companhia como Pamina em Die Zauberflöte (“A Flauta Mágica”) e Rosina em Il Barbiere di Siviglia (“O Barbeiro de Sevilha”). Netrebko nasceu em Krasnodar (Rússia), em uma família de origem cossaca de Kuban. Quando estudante no Conservatório de São Petersburgo, Netrebko trabalhava como porteira no Teatro Mariinsky de São Petersburgo. Mais tarde, ela fez o teste para o Mariinsky Theatre, onde o maestro Valery Gergiev reconheceu-a de seu trabalho anterior no teatro. Em seguida, ele se tornou seu mentor vocal. Sob a orientação de Gergiev, Netrebko fez sua estréia nos palcos de ópera no Mariinsky, aos 22 anos, como Susanna em As Bodas de Fígaro. Ela passou a cantar muitos papéis de destaque com a Opera Kirov, incluindo Amina em La sonnambula, Pamina em Die Zauberflöte, Rosina em Il Barbiere di Siviglia, e Lucia em Lucia di Lammermoor. Em 1994, ela cantou a Rainha da Noite em Die Zauberflöte com a Riga Independent Opera Avangarda Akademija sob o maestro David Milnes. Em 1995, aos 24 anos de idade, ela fez a sua estréia nos Estados Unidos como Lyudmila em “Ruslan e Lyudmila”, de Mikhail Glinka, na Ópera de São Francisco. Em 2002, Netrebko estreou na Metropolitan Opera como Natasha na primeira produção da companhia de “Guerra e Paz”, de Prokofiev. No mesmo ano, ela participou no Festival de Salzburgo, regido por Nikolaus Harnoncourt. Em 2003, ela lançou o seu primeiro disco gravado em estúdio, Opera Arias, que se tornou um dos discos de música erudita mais vendidos do ano. No ano seguinte, lançou outro disco, Sempre Libera. Em 2005, participou novamente no Festival de Salzburgo, interpretando Violetta Valéry na ópera “La Traviata”, de Verdi, ao lado do tenor mexicano Rolando Villazón e sob a batuta de Carlo Rizzi. Em março de 2006, Netrebko se esforçou em se tornar cidadã austríaca, recebendo a sua cidadania no fim de julho. De acordo com uma entrevista a um semanário austríaco, ela vai viver em Viena e Salzburgo. Netrebko cita o processo moroso e humilhante de obtenção de vistos (como cidadã russa) por suas muitas performances no exterior, como a principal razão para a obtenção da cidadania austríaca. Anna Netrebko recebeu seu treinamento vocal no Conservatório de São Petesburgo. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]