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Meio Ambiente e Poluição: Microplásticos estão virando o “fast food” dos peixes

Fast food marinho: larva que ingeriu microplástico referente a artigo publicado na revista Science. Fotografia de: Oona M. Lönnstedt e Peter Eklöv Vanessa Barbosa A poluição por lixo plástico nos oceanos vem ganhando contornos cada vez mais sombrios. Agora, os pesquisadores descobriram que as micropartículas de plástico, filamentos com menos de cinco milímetros, parecem ter um efeito “fast food” sobre os peixes. Na pesquisa, os cientistas identificaram uma espécie que pode realmente tornar-se viciada em comer microplásticos ao confundi-los com um alimento nutritivo. O estudo completo, publicado na revista Science e liderado por pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, é um dos primeiros a avaliar os impactos sobre a vida marinha desse material, bastante comum em produtos esfoliantes e outros cosméticos. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Realizada no mar Báltico, na Europa, onde existem altas concentrações de micropartículas de polietileno, a pesquisa descobriu que os espécimes mais jovens, em fase de crescimento, são os mais vulneráveis ao “pseudoalimento” indigesto. É como se eles fossem iludidos ao julgar que se trata de um recurso de alta energia que eles precisam comer aos montes. Naturalmente, esse tipo de dieta é um convite ao desastre: segundo a pesquisa, os peixes em águas com maior presença de plástico são fisicamente menores do que o grupo de controle de águas limpas, além de serem mais lentos e mais “burros”, demorando para fugir de predadores potenciais. Para agravar, os pesquisadores notaram que, não raro, os peixes optavam por comer microplástico mesmo quando opções naturais, como o planctôn, estavam prontamente disponíveis. O estudo alerta que, apesar de muitos contaminantes químicos serem conhecidos da Ciência, pouco se sabe sobre seus impactos ecológicos. “Os mecanismos pelos quais os microplásticos podem afetar embriões e larvas de organismos aquáticos, que são particularmente vulneráveis aos poluentes, são especialmente obscuros”, observam os pesquisadores. O aumento da utilização de plásticos é de tal forma significativo que, em 2050, os oceanos terão mais detritos desse material do que peixes, alertou um estudo recente da fundação da reconhecida velejadora britânica Ellen MacArthur, em parceria com a consultora McKinsey. No final, a poluição marinha por plástico expõe não apenas os animais marinhos e seus ecossistemas, como nós, humanos. Uma pesquisa divulgada em outubro passado mostrou que nada menos do que um quarto dos peixes vendidos nos mercados na Califórnia e na Indonésia contém, em suas entranhas, detritos plásticos. Pois é, o mundo dá voltas.

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Nível do mar subiu em média 8 centímetros desde 1992

O nível do mar subiu, em média, quase 8 centímetros em todo o mundo desde 1992 devido ao aquecimento global, informou nessa quarta-feira (26) a agência especial norte-americana (Nasa, a sigla em inglês), alertando que a tendência deverá manter-se nos próximos anos. Um grupo de cientistas da agência apresentou os mais recentes dados sobre o aumento do nível da água do mar em todo o mundo – que foi, em média, 7,62 centímetros superior ao de 1992 -, apesar de o panorama variar em diferentes regiões. Em alguns casos, o nível chegou a superar os 22 centímetros. A Nasa também publicou um vídeo, com os dados obtidos pelos seus satélites, em que se verifica, por uma gradação de cores, a evolução em cada parte do mundo nos últimos 23 anos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] As costas da Ásia e Oceania, no Pacífico, juntamente com o Mediterrâneo Oriental e a costa da América, foram as mais prejudicadas pela subida do nível do mar. O aquecimento global, provocado principalmente pela atividade humana, é o principal culpado pelo aumento do nível dos oceanos e dos mares, na medida em que é responsável pelo degelo da Antártida e pela subida da temperatura da água. “É muito provável que a situação piore no futuro”, alertou Steve Nerem, geofísico da Universidade do Colorado, durante a apresentação dos dados. Os cientistas alertaram que mesmo que sejam tomadas medidas para tentar reverter a situação, seriam necessários séculos para voltar aos níveis anteriores às alterações climáticas. A subida do nível da água do mar põe em risco o futuro de inúmeras cidades e povoações costeiras, ameaçando fazer desaparecer uma série de ilhas e, no caso do Pacífico em especial, países inteiros. Agência Brasil

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Nível do mar pode subir seis metros mesmo se aquecimento global for contido

Regiões costeiras e pequenas ilhas no oceano podem ser engolidas, alertam cientistas Getty Images O nível do mar pode subir ao menos seis metros a longo prazo, encobrindo áreas costeiras da Flórida e Bangladesh, mesmo se os governos alcançarem metas para conter o aquecimento global, diz um estudo publicado nesta quinta-feira (9). Grandes geleiras na Groenlândia e na Antártica derreteram quando as temperaturas estavam ao redor ou um pouco acima do que estão hoje em degelos antigos nos últimos três milhões de anos, escreveu uma equipe liderada pelos Estados Unidos na revista Science.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] E o mundo pode estar se encaminhando para uma repetição desse fenômeno, mesmo se governos conseguirem cortar as emissões de gases do efeito estufa para limitar o aquecimento global, cuja meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas é de até 2 graus Celsius acima do período pré-industrial. Alguns gases do efeito estufa podem durar por séculos na atmosfera. Andrea Dutton, da Universidade da Flórida e autora-líder do artigo, disse que pode levar muitos séculos para um aumento de seis metros no nível do mar, apesar de algumas evidências antigas de que há possibilidade de mudanças mais rápidas. “Esta é uma projeção de longo prazo. Não vai acontecer depois de amanhã”, disse ela. Um painel da ONU com cientistas climáticos disse em 2013 que o aquecimento global pode elevar os níveis do mar em 26 a 82 centímetros até o fim do século 21, acumulado a um ganho de 19 centímetros desde 1900. Fonte:Reuters

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