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Pablo Neruda – Poesia – 27/01/24

Boa noite. As Máscaras Pablo Neruda¹ Piedade para estes séculos e seus sobreviventes alegres ou maltratados, o que não fizemos foi por culpa de ninguém, faltou aço: nós o gastamos em tanta inútil destruição, não importa no balanço nada disto: os anos padeceram de pústulas e guerras, anos desfalecentes quando tremeu a esperança no fundo das garrafas inimigas. Muito bem, falaremos alguma vez, algumas vezes, com uma andorinha para que ninguém escute: tenho vergonha, temos o pudor dos viúvos: morreu a verdade e apodreceu em tantas fossas: é melhor recordar o que vai acontecer: neste ano nupcial não há derrotados: coloquemo-nos, cada um, máscaras vitoriosas. ¹Neftalí Ricardo Reyes * Parral, Chile – 12 de Julho de 1904 + Santiago, Chile – 23 de Setembro de 1973

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Louise Glück

R.I.P. Louise Glück, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura Glück ficou conhecida ao publicar, em 1992 “The Wild Iris”, que lhe rendeu um prêmio Pulitzer

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Peruana ganha Prêmio Goldman, o ‘Nobel de Ecologia’

Máxima Acuña lutou contra uma das maiores mineradoras do mundo Agência ANSA Uma camponesa peruana foi um dos vencedores do Prêmio Goldman, conhecido como o “Nobel de Ecologia“, que todos os anos é dado a ativistas que se dedicaram a salvar o meio-ambiente. Em Los Angeles, Máxima Acuña e outras cinco pessoas compareceram à premiação, que a senhora da região de Cajamarca, área que se encontra a mais de 4 mil metros de altitude das cordilheiras dos Andes, nem sabia que existia há poucas semanas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] No palco, ao receber o prêmio, a peruana entoou uma canção sobre a luta dos camponeses do país para defender o meio-ambiente. “É por isso que eu defendo a terra, a água, por que é vida. Eu tenho medo do poder das grandes empresas e continuarei a lutar pelos meus companheiros que foram mortos e por todos nós que lutamos em Cajamarca”, disse a senhora em seu discurso. A história de Acuña chamou a atenção do mundo nos últimos meses pela coragem e persistência da mulher. Tudo começou em 1994 quando a camponesa e seu marido compraram um pedaço de terra, que foi chamado de Tragadero Grande, onde o casal começou a cultivar uma pequena plantação de legumes e vegetais, a criar alguns animais e a cuidar de sua filha. A família vivia tranquila em paz quando, em 2010, uma grande companhia de mineração norte-americana viu no terreno uma oportunidade de expandir seus negócios no Peru. Em parceria com a empresa peruana Buenaventura, do mesmo ramo, a gigante Newmont, que é o segundo maior grupo de extração de ouro do mundo, viu no Tragadero Grande o local ideal para a criação da escavação a céu aberto na mina Conga, que já havia recebido um investimento de US$ 4,8 bilhões. A ideia da companhia já estava tão preparada que o lago onde Acuña pegava água para usar na casa e dar para os animais, a Laguna Azul, seria drenado e transformado em local para descarregar detritos. No ano seguinte, um grupo de policiais exigiu que Acuña saísse do local. Quando a ordem foi negada, mãe e filha apanharam. Para que a camponesa aprendesse a lição a casa foi destruída e a peruana, acusada de ocupar o espaço ilegalmente. De nada valeu a sua palavra de que o terreno era sua propriedade. Além de tudo, Acuña quase foi condenada a três anos de prisão e à uma multa de US$ 2 mil e teve sua plantação destruída e seus animais roubados. Uma manifestação que aconteceu em 2012 contra a mineradora deixou cinco mortos e vários feridos. Neste ponto, a camponesa decidiu pedir ajuda para a Grufides, ONG peruana que defende as comunidades locais. Com ajuda da advogada Mirtha Vásquez, a peruana conseguiu provar que é a proprietária legítima de Tragadero Grande. Assim, Newmont e Buenaventura tiveram que parar o projeto. No entanto, a situação ainda pode mudar, já que a batalha judicial ainda não chegou ao fim e as mineradoras pretendem recorrer da decisão da Justiça na Suprema Corte.

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