Ingleses trocam literatura por Facebook e Twitter, diz pesquisa
O estudo mostra que jovens têm em SMS, e-mails e redes sociais a maior fonte de contato com leitura Os jovens britânicos estão abandonando Dickens, Shakespeare e Keats em troca do Facebook e Twitter, e um em cada seis deles passa um mês sem ler livro algum, apontou uma pesquisa. O levantamento, que envolveu entrevistas com 18.141 crianças e jovens dos oito aos 17 anos, também constatou que menos de metade dos entrevistados optam por ler livros não obrigatórios para a escola ao menos uma vez por mês. A exposição do grupo à palavra escrita deriva principalmente de mensagens de texto, e-mails e de visitas a sites de redes sociais como o Facebook e o Twitter. A pesquisa foi realizada pelo National Literacy Trust, uma organização assistencial britânica. “Fazer com que essas crianças leiam e ajudá-las a amar a leitura é uma maneira de mudar suas vidas e lhes dar novas oportunidades e aspirações”, afirmou Jonathan Douglas, o diretor da organização, em comunicado. Os alunos mais velhos mostravam “probabilidade bem superior à dos mais novos” de não terem lido qualquer livro nos 30 dias anteriores, de acordo com a pesquisa. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]A tendência que isso revela pode ter consequências significativas para jovens a caminho de se tornarem adultos. “Estamos preocupados com a possibilidade de que um em cada seis adultos venha a enfrentar problemas de leitura sérios, porque sua capacidade de ler pode ser igual ou inferior à de uma criança de 11 anos”, disse Douglas. Dadas as indicações de que a frequência de leitura apresenta correlação direta com realizações pessoais, abordagens novas são “urgentemente necessárias” para encorajar os jovens a lerem mais, afirmou a organização. A organização descreveu uma proposta do secretário da Educação britânico, Michael Gove, para que os alunos de escolas britânicas leiam 50 livros por ano na faixa dos 11 anos de idade, como “um imenso desafio”, tendo em vista as constatações da pesquisa. Alice Baghdjian/Reuters