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Tecnologia: Uma nova visão para o transporte aéreo em grandes cidades

Cientistas desenvolvem conceito de aeroporto para centros urbanos e avião capaz de decolar e pousar em pistas curtas. Segundo projeto, passageiros precisariam chegar apenas 15 minutos antes do voo. A estrutura do aeroporto “CentAirStation” é dividida em diferentes níveis Mesmo que dispositivos interconectados nos permitam conversar com qualquer pessoa, onde e quando quisermos, nós ainda vamos querer encontrá-las pessoalemente – de vez em quando. No futuro, poderemos viajar em carros sem motorista. Mas, se a distância for um pouco mais longa, precisaremos voar. O problema é chegar até o aeroporto muitas vezes já é uma jornada em si. Não é o que se pode chamar de conveniência.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Até agora, os aeroportos localizados no centro das cidades são poucos e afastados entre si. Mas isso deve mudar. Uma equipe internacional de estudantes e cientistas apresentou em Berlim sua visão de transporte aéreo urbano do futuro. Eles batizaram o conceito de aeroporto no centro da cidade deCentAirStation e de CityBird, a aeronave regional projetada para pistas curtas. O conceito foi desenvolvido por estudantes e cientistas da Escola de Arte de Glasgow, na Escócia, e da Bauhaus Luftfahrt, em Ottobrunn, ao sul de Munique. Embarque e desembarque facilitados Diferentes níveis A estrutura do CentAirStation teria 640 metros de comprimento e apenas 90 metros de largura, com pelo menos quatro níveis. O aeroporto teria como meta atender a 10,5 milhões de passageiros por ano. Mas a equipe de design afirma que ele teria um potencial de crescimento para até 15 milhões de passageiros por ano. “Isso exigiria um CentAirStation operando 16 horas por dia, com uma média de 30 pousos e decolagens por hora”, diz o projeto. O “CityBird” foi projetado para decolar e pousar em pistas curtas O novo pássaro urbano O CityBird foi concebido especificamente para atender à demanda de cidades com alta densidade populacional. A equipe se concentrou na proteção contra o ruído, na segurança e na capacidade de pousar e decolar sobre uma pista curta. Para conseguir decolar em uma pista de 640 metros, a equipe explica que as asas do CityBird seriam perpendiculares, e um sistema de levantamento ao longo de toda a extensão da asa melhoraria o desempenho da decolagem e pouso. Eles projetaram um sistema de catapulta para aumentar a velocidade da aeronave ao longo da pista. O avião também apresenta um “sistema automático para abortar a decolagem” (RTO, em inglês), para melhorar a segurança. Já para o pouso em pista curta, a ideia é o avião usar um ângulo de aterrissagem mais íngreme, navegação precisa e uma função automática de pouso. “O tempo em solo seria limitado em 15 minutos e seria obtido com o embarque e desembarque de passageiros por meio de duas portas enquanto a aeronave é reabastecida”, descreve a equipe. O avião é erguido através dos níveis do edifício diretamente para a pista Dentro do terminal O CentAirStation contaria predominantemente com “rotas verticais de passageiros” para permitir maior rapidez desde a chegada no aeroporto até a decolagem da aeronave. “Os passageiros vão precisar de somente 15 minutos entre a chegada no aeroporto e a decolagem”, diz o projeto. O taxiamento do avião também é futurístico: o avião é erguido por uma plataforma através dos níveis diretamente até a pista de decolagem. E os passageiros que chegam poderão sair do aeroporto apenas dez minutos depois de desembarcarem do avião. O edifício do aeroporto teria 640 metros de comprimento e apenas 90 metros de largura, com pelo menos quatro níveis Para o alto e avante O CentAirStation também prevê um nível ferroviário, para que os passageiros possam chegar ao aeroporto em trens suburbanos ou de alta velocidade. Passageiros que chegarem de carro, bicicleta ou outro tipo de transporte poderão entrar no CentAirStation através das entradas laterais. Cada plataforma é conectada por escadas rolantes e elevadores. Na verdade, todo conceito é baseado em elevação. E por que não? Se a ideia é voar, melhor começar subindo. DW

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Tecnologia – O que esperar do iCar?

Há cada vez mais boatos sobre um carro elétrico da Apple. Agora um jornal alemão traz novas revelações: primeiro modelo seria desenvolvido num laboratório secreto em Berlim e lançado dentro de poucos anos. Autonomia total, semiautomático ou com propulsão elétrica, o futuro do automóvel está sendo testado numa série de empresas e laboratórios por todo o mundo. Ainda não se pode prever que tecnologias conseguirão se impor, mas certo está que a onipresente Apple vai querer participar. Na internet corre o boato de que a multinacional sediada na Califórnia estaria desenvolvendo um novo carro na Alemanha. O jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) afirma ter descoberto em Berlim um laboratório secreto para fins de desenvolvimento. Nele atuariam de 15 a 20 engenheiros, peritos em software e hardware e técnicos em distribuição.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Montado na Áustria pelo conglomerado Magna, o assim chamado iCar deverá chegar aos mercados em 2019 ou 2020, como veículo de pequeno porte. De início, trata-se de um automóvel elétrico – versões semi- ou totalmente automatizadas deverão seguir. Segundo o FAZ, o primeiro automóvel da Apple estaria planejado como modelo para carsharing, a exemplo de serviços já existentes, como o DriveNow, da BMW e Sixt, ou car2go, da Daimler e Europcar. Noite de Natal prolongada Já em 2015, o Wall Street Journal noticiava que, sob o codinome “Project Titan“, a Apple designara centenas de funcionários para trabalhar no desenvolvimento de um carro elétrico. Supunha-se que a oficina secreta era localizada em Sunnyvale, nas proximidades do quartel-general da megaempresa. Concorrência avança: protótipo de carro automático da Google Na época, a reação do diretor executivo Tim Cook foi misteriosa: “Você se lembra quando era criança, a noite de Natal era tão emocionante e você não estava certo do que encontraria ao descer as escadas? Bem, vai ser noite de Natal por algum tempo.” Até o momento o grupo não se pronunciou sobre os novos rumores. E agora os applemaníacos têm mais um motivo para aguardar ansiosos o próximo grande evento da Apple, a Worldwide Developers Conference, a se realizar de 13 a 17 de junho de 2016. Mais especulações Nesse meio tempo, ganham impulso as especulações desencadeadas pelo artigo do FAZ. Afinal, argumenta-se, não seria nada improvável a multinacional ter escolhido justamente a Alemanha, país dos automóveis, como central para suas pesquisas. E Berlim, além de ser cidade da moda, traria outra vantagem: como a Alemanha não é exatamente conhecida como terra da ousadia empresarial e startups corajosas, teria sido bastante fácil para a Apple recrutar suficientes desenvolvedores criativos e inconformistas para trabalhar em seu projeto. O jornal de Frankfurt confirma que os 15 a 20 pais berlinenses do iCar estavam disponíveis precisamente por não conseguirem avançar com suas ideias nas firmas em que trabalhavam: “os antigos chefes deles entravavam o caminho”. O site Macrumors.com pega o mote e antecipa o lançamento, não sem um toque de arrogância: “Esse é exatamente o problema da tech culture da Alemanha: falta de CEOs progressistas! Assumir riscos nunca foi parte da cultura alemã. Com todos os talentos que a Apple contratou, eles devem conseguir criar algo incrível.”

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Uber concorda em pagar US$ 25 milhões em processo na Califórnia

Empresa foi processada por não rastrear antecedentes criminais de 25 motoristas e por falta de licença para operar em aeroportos. Uber foi processada pelas cidades de Los Angeles e San Francisco (Foto: Youtube)  A Uber concordou em pagar US$ 25 milhões referentes a um processo contra a empresa aberto pelas cidades de Los Angeles e São Francisco, na Califórnia, EUA. Procuradores das duas cidades processaram a empresa por enganar clientes em relação ao histórico de seus motoristas, por estar em desconformidade com o processo de inspeção dos taxímetros e por não ter licença para buscar e deixar passageiros em aeroportos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em um acordo firmado na última quinta-feira, 8, a Uber se comprometeu a pagar US$ 5 milhões para cada cidade, mais US$ 15 milhões adicionais, caso falhe em sanar os problemas apontados no processo. Na quinta-feira, a Uber declarou estar dentro das conformidades exigidas pelas duas cidades. A empresa afirmou que deixou de usar o slogan “A viajem mais segura” em seus anúncios e só permite que seus motoristas busquem e deixem passageiros em aeroportos da Califórnia nos quais têm explícita autorização para atuar. Se os tribunais determinarem que a empresa está respeitando tais regulações, a Uber terá de pagar apenas o total de US$ 10 milhões, divididos entre as duas cidades. No ano passado, como parte do processo, procuradores da Califórnia afirmaram ter encontrado evidências de que a Uber falhou em não detectar os antecedentes criminais de 25 motoristas da empresa, que incluíam condenações por sequestro e assassinato. Fontes: The Wall Street Journal-Uber Settles With California Regulators for Up to $25 Million

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Mobilidade Urbana: Metrô de SP tem menor oferta de linhas entre principais metrópoles do mundo

Passagem é mais barata que em grandes cidades da América e Europa, mas extensão é uma das menores, deixando metrô paulistano pequeno para uma tarifa tão grande. São seis horas da tarde em uma das estações de metrô mais movimentadas de São Paulo, a Sé, no coração da cidade. Por ali circulam, diariamente, 620.000 passageiros. Nesse horário de pico, as pessoas se empurram na tentativa de entrar no vagão que já chega apertado. A tensão é tamanha, que há seguranças nas plataformas para tentar evitar acidentes com o empurra-empurra.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A tarifa aumentou, e parece que a gente tá aqui pedindo esmola”, disse a diarista Débora, de 47 anos (ela não quis ter seu sobrenome divulgado), ao se referir à demanda por um transporte melhor. MAIS INFORMAÇÕES GRÁFICO O metrô ao redor do mundo Mais tempo no ônibus que no trabalho Paulo Mendes da Rocha: “O que está em debate em São Paulo é a estupidez do automóvel” Metrô em São Paulo: O que é possível construir em 15 anos? VÍDEO Sexta-feira, seis horas da tarde, na estação Sé do metrô de São Paulo Tarifa de transporte em São Paulo vai a 3,80 reais e MPL marca protesto O preço para andar de transporte público na capital paulista tem sido mote de diversas manifestações lideradas pelo Movimento Passe Livre. Mas, comparando com o valor de outras sete cidades da Europa e América, a tarifa paulistana, que no início do ano subiu de 3,50 para 3,80 reais juntamente com o ônibus e os trens, não fica entre as mais caras. Porém, levados em conta fatores como quilômetros de extensão, número de linhas e o tamanho da população, o metrô em São Paulo fica pequenoperto de uma tarifa tão grande. O bilhete paulistano só é mais caro que o da Cidade do México e de Buenos Aires. Convertidos os valores em dólares, a capital mexicana tem o menor preço: 0,27 dólares, contra 0,94 em São Paulo. A tarifa mais cara é a de Londres: 8,61 dólares. Mesmo ficando longe desse valor, a tarifa paulista é alta. Débora afirma abastecer seu Bilhete Único toda semana com 70 reais. Por mês, são cerca de 300 reais, ou um terço do salário mínimo (880 reais). A capital da Inglaterra, com o metrô mais caro, foi também a primeira do mundo a construir linhas debaixo da terra e tem hoje a maior extensão de trilhos: inaugurado em 1863, o metrô inglês tem 400 quilômetros de extensão para uma população de oito milhões de pessoas. São Paulo começou a construir a sua linha em 1974. Hoje tem 68 quilômetros para uma população de 11 milhões de pessoas. Menor que São Paulo, somente o metrô de Buenos Aires, com 60 quilômetros de extensão. Mas a capital argentina tem uma população quase quatro vezes menor que a de São Paulo. A diarista Débora usa o metrô todos os dias. Ela estava na estação da Sé esperando o tumulto diminuir antes de tentar entrar em um vagão. “Falta trem, né? Se tivesse mais, melhoraria”, disse. Alguns até conseguiam entrar no trem apertado. Outros tantos seguiam amontoados, no que deveria ser uma fila. O calor só aumentava. “Prefiro esperar para não acabar me machucando”, disse a analista de Recursos Humanos, Kelly Siqueira, de 37 anos, que aguardava a filadiminuir. O tempo que ela fica esperando, uma média de meia hora todos os dias, é metade do que ela gasta no percurso até onde mora, na Vila Carrão (zona sudeste). No comparativo com os outros países, a quantidade de linhas do metrô também deixa São Paulo na lanterna. Somente Santiago do Chile, com cinco milhões de habitantes, tem o mesmo número de linhas que São Paulo: cinco. Mas a extensão do metrô chileno, que começou a ser construído em 1975, é de 94 quilômetros. Em Paris, com dois milhões de habitantes, são 16 linhas. Nova York, com uma população de oito milhões de pessoas, há 21 linhas de metrô. No comparativo, não foram levadas em conta as linhas de trens das cidades. Veja o gráfico completo aqui. Os atrasos sucessivos do metrô As cinco linhas do metrô paulistano transportam por dia 4,7 milhões de pessoas. Se colocada sobre um mapa da cidade, a malha metroviária de São Paulo é curta demais para uma cidade tão grande. À problemática dessa limitada extensão se somam os sucessivos atrasos na entrega de novas estações. Neste momento, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) trabalha na expansão das linhas 5-lilás e 2-verde. Além disso, tenta concluir o projeto inicial da linha 4-amarela. A primeira previsão era de que as obras dessa linha, iniciadas em 2004, fossem concluídas em 2012. Das 11 estações prometidas da linha amarela, falta entregar quatro. Há um ano, após sucessivos atrasos na entrega de obras da linha amarela, o Governo estadual rompeu o contrato com o consórcio responsável pelas obras, o Isolux Córsan-Corviam. Na época, a expectativa era que uma nova concorrência fosse aberta até setembro do ano passado para a retomada das obras. O edital, porém, foi publicado somente no final de novembro. A entrega das propostas técnicas e comerciais de consórcios interessados em assumir essas obras  ficou marcada, inicialmente, para o dia 13 de janeiro. Mas essa data também foi adiada. Segundo o Metrô, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) – que está financiando as obras – solicitou o adiamento, após alguns questionamentos das concorrentes em relação ao edital. A nova data para o recebimento e abertura das propostas é o dia 17 de março. A divulgação da vencedora deve ocorrer no mesmo mês. A partir de então, o prazo do Metrô para a entrega das estações dessa linha varia de 12 a 36 meses, dependendo da estação (Faltam as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi, Vila Sônia). Ou seja, na mais otimista das hipóteses, a conclusão da linha amarela deve ser feita em 2019. A expansão da linha lilás também está atrasada. Prevista para ser entregue em 2014, ganhou prazo novo no ano passado: 2018.

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Ônibus movidos a hidrogênio, que não poluem, começam a circular em São Paulo

Desde segunda-feira (22) circulam em São Paulo os primeiros ônibus de transporte urbano movidos a hidrogênio. Os veículos têm tecnologia de propulsão que não emite poluentes. Ônibus movido a hidrogênio que circula na Alemanha – Foto Info O escapamento dos ônibus eliminam apenas vapor d’água. Os coletivos também oferecem mais espaço aos passageiros, aperfeiçoamento dos sistemas de controle, integração a bordo e nacionalização de todo o sistema de tração. De acordo com informações do Ministério de Meio Ambiente, esses ônibus apresentam 45% de energia renovável, 31% a mais que o resto do mundo, o que coloca o Brasil em posição de destaque mundial. Além do Brasil, os únicos países capazes de desenvolver e operar esse tipo de coletivos são Alemanha, Canadá e Estados Unidos. Segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), os ônibus circularão no trecho Diadema/Morumbi, do Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD). As carroçarias dos veículos têm desenhos de pássaros representativos da fauna brasileira e foram batizados com o nome de três espécies: Ararajuba (ave da Amazônia e que representará as regiões Norte e Nordeste) Tuiuiú (ave símbolo do Pantanal) e Sabiá Laranjeira, considerada por decreto presidencial um dos quatro símbolos nacionais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em nota, a EMTU explicou que o projeto é totalmente brasileiro, desenvolvido sob contrato de pesquisa financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com recursos do Global Environment Facility – GEF e da Agência Brasileira de Inovação – FINEP, por meio do Ministério de Minas e Energia. No documento, a empresa informou que cabe à EMTU monitorar os testes realizados pelos veículos e apresentar especificações técnicas dos equipamentos. Acrescentou que os resultados dos testes com o protótipo serviram para aperfeiçoar o projeto dos três novos veículos fabricados no Brasil. Os testes começaram em 2010, com o lançamento de um veículo protótipo que ainda circula no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD), na região metropolitana de São Paulo. Armando Cardoso/Info

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Sugestão para a “nova” Praça Portugal

Nova Praça Portugal? Já que adoramos tanto a destruição do patrimônio histórico para beneficiar o bicho automóvel – aliás não sei pra que essa besteira de se preocupar com pedestres, história, memória afetiva e outras baboseiras. Né não? – seguem duas sugestões para imortalizar os devastadores: 1 – Eleger o Tatu como animal símbolo da cidade; 2 – Construir esse monumento – foto acima – dedicado a louvar às quatro-rodas, no lugar da Praça Portugal. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Será este o ônibus do futuro?

O canadense Charles Bombardier projeta objetos. Objetos fantásticos, como um juiz de hóquei robótico, um rebocador que cria ondas para torneios de surfe e montanhas-russas magnetizadas onde os passageiros se sentam em esferas metálicas que flutuam sobre o circuito. Por isso, eis aqui alguém capaz de repensar com competência o conceito de transporte. Ônibus canadense faria recarga ao se deslocar pelas ruas e teria wi-fi por painéis solares Antes talvez seja importante ressaltar que Bombardier não é nenhum visionário maluco. Seu sobrenome e seus primeiros anos de carreira pertencem à gigante canadense responsável pela fabricação de aviões, trens e outros veículos. Ele é também um designer influente e um investidor conhecido.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O jornal Globe & Mail, de Toronto, publica muitas das ideias de Bombardier na seção “Prototypes”, e foi a publicação que pediu a ele que reinventasse os ônibus para uma das cidades mais movimentadas do Canadá. O resultado é o Xoupir (pronuncia-se “zupir”), uma fantasia elétrica que pode finalmente tornar o ato de andar de ônibus em algo sexy. Recarga sob o asfalto Designer Charles Bombardier já atuou na empresa da família, fabricante de aviões e trens Motores elétricos moveriam as quatro rodas na traseira de estilo Batmóvel, e o ônibus recarregaria as baterias através de uma rede sem fio e por bobinas de indução escondidas sob o asfalto – ligadas apenas quando o veículo passasse sobre elas. Painéis solares instalados no teto forneceriam energia para a estação WiMax a bordo, uma unidade que ofereceria wi-fi ultrarrápido para os passageiros e qualquer outra pessoa localizada a um raio de 1,5 quilômetro. As janelas modificariam sua transparência de acordo com o tempo, enquanto o corpo do ônibus, forrado com diodos orgânicos emissores de luz, poderia exibir uma série de anúncios para os pedestres e motoristas ao redor. É claro que a passagem seria paga com um aplicativo de smartphone ou um leitor biométrico. Tecnologias já existentes Mas talvez o aspecto mais audacioso do Xoupir seja este: ele é inteiramente baseado em tecnologias já existentes. É verdade que a indução não é o método de recarga elétrica mais eficiente e ainda não existem ruas largas o suficiente para permitir a instalação de bobinas sob sua superfície. Mas uma autoridade municipal poderia, um dia, abrir corredores e faixas exclusivas com esse tipo de pavimentação. E a possibilidade de oferecer wi-fi e anúncios poderia gerar parte do financiamento necessário. Pode ser que o transporte público do futuro não se pareça em nada com o Xoupir, mas certamente terá muitos de seus componentes. Fonte:Globe & Mail/BBC

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Ciclovia

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Mônica Waldvogel e os ciclistas

O Diário entende que, nos dias de hoje, você pode avaliar a grandeza de uma cidade pelo número de ciclistas. Copenhague é grande. Amsterdã é grande. Paris é grande. Londres é grande. Nova York quer se tornar grande com ações urgentes que a secretária de transporte da cidade — uma ativista das bicicletas, escolhida pelo prefeito Michael Bloomberg exatamente por isso — vem promovendo em ritmo frenético. A bicicleta é uma causa mundial, dados os congestionamentos, a poluição e os malefícios ao meio ambiente trazidos por automóveis numa quantidade assombrosa e insustentável. E é uma causa também do Diário. Simbolicamente, nos locomovemos todos de bicicleta. Não é assim, porém, que pensam muitos influentes jornalistas brasileiros dos meios tradicionais. Eles parecem viver num universo paralelo, fechados para as coisas que estão movimentando pessoas mundo afora. Uma demonstração sensacional disso foi dada pela jornalista Mônica Waldvogel. Num programa, ela ridicularizou, estrepitosamente, as bicicletas. Perdeu em alguns momentos a respiração ao rir dos ciclistas.  Em que planeta vive ela? No Planeta Globo? Todos lá são assim? Bem, a fala de MW suscitou seu oposto: um texto de um dos melhores blogueiros de bicicletas do país, Max Leisner. O Diário, orgulhosamente, reproduz a carta aberta enviada por Max a MW. Prezada Sra. Waldvogel, A semana que passou foi particularmente pesada para as pessoas que, como aquele amigo ao qual a senhora se refere no vídeo que tive a infelicidade de assistir hoje pela manhã, consideram a bicicleta como um meio de transporte, de vida saudável e de desenvolvimento urbano sustentável. Dois desses risíveis sonhadores – um com 21 e outro com 41 anos – foram atropelados e mortos em menos de 24 horas. O primeiro vítima de um motorista embriagado, e o segundo supostamente de um caminhoneiro que dormiu ao volante. Em ambos os casos, podemos argumentar que as mortes foram acidentais, já que ninguém, por mais embriagado ou sonolento que esteja, desejaria matar uma pessoa. Logicamente que isso não exime a responsabilidade dos motoristas, e muito menos traz de volta à vida os ciclistas mortos. Mas fica, lá no fundo, aquela sensação de que se os condutores estivessem em pleno domínio de suas faculdades mentais, tudo poderia ter sido evitado. Entra em cena – literalmente – o vídeo mencionado acima. Depois de assistí-lo várias vezes – primeiro para ter certeza de que aquilo que eu pensei ter ouvido realmente foi dito, e depois para ter certeza de que  não foi desdito – minha primeira reação foi torcer para que o que vi tenha sido uma infelicidade de edição, daquelas em que só nos é mostrado o conteúdo podre, visando confundir a percepção do ouvinte ou prejudicar a imagem do interlocutor. Se esse for o caso, minha retratação virá prontamente – assim que o conteúdo integral for apresentado. Se não for, então me vejo obrigado a estender um pouco essa cartinha, não tanto com a pretensão de que a senhora chegue a recebê-la, mas mais como catarse. Afinal, com os dois ciclistas que morreram eu só posso falar em pensamento. Para os familiares deles, não teria palavras. Mas  para as suas declarações, e principalmente para o seu comportamento enquanto elas foram feitas, eu tenho muitos pensamentos, muitas palavras, e nenhum impedimento para externá-los. Em primeiro lugar, a senhora deixa claro que em sua opinião a bicicleta não é um meio de transporte. Aí vem minha primeira dúvida: se eu vou de casa para o trabalho de bicicleta, como fazem milhares de pessoas por opção ou necessidade no Brasil e outros milhares mundo afora, e ela não é um meio de transporte, o que é então – além é claro de um obstáculo no caminho de motoristas bêbados, sonolentos e apressados? Ou de motivo de ironias, chacotas e piadas em rodinhas de bate-papo de gente inteligente e valente como a senhora, que munida apenas de um Ipod enfrenta engarrafamentos gigantescos? Enquanto a sua resposta não vem, eu tenho a minha, inspirada nesse mesmo vídeo. A bicicleta é a muleta do ciclista, que por sua vez é um animal com necessidades especiais de locomoção. Para esse animal, o carro, que seria a opção in, não serve. Ele realmente tem necessidades especias, tipo fazer exercício, sentir o vento no rosto, contribuir com o desenvolvimento urbano sustentável (eu sei, eu sei, isso é uma ameaça séria para os amantes de engarrafamento, mas….), diminuir a conta de combustível (eu sei, eu sei, quem pode comprar um Ipod nem sabe o preço do litro da gasolina, mas….) e outras tolices de eco-chatos e demais formas de existência nocivas ao bem estar do cidadão comum. Na verdade, se a bicicleta não for isso, seria ótimo que passasse a ser. Porque nesse caso, de cara, duas coisas ótimas iriam acontecer: 1) na qualidade de portadores de necessidades especiais de locomoção, os ciclistas teriam direto à vagas privilegiadas em supermercados, bancos, escolas e nas ruas. E a partir daí a polícia não precisaria mais ser mobilizada para arrombar cadeados de bicicletas presas a postes de luz; 2) na qualidade de animais, os ciclistas passariam a ser protegidos por associações, instituições e similares, e poderiam trafegar pelas ruas sentindo-se assimilados pela comunidade ao invés de expurgados. Mas, francamente, não tenho muitas ilusões a esse respeito. Como a senhora mesmo diz, “já imaginou hi hi hi um bando de paulistanos ho ho ho  indo trabalhar de bicicleta rá rá rá?” É, não dá pra imaginar. Se isso acontecesse, o Brasil – ou São Paulo ao menos – transformar-se-ia subitamente numa Amsterdam, numa Copenhagen ou numa Minneapolis – que como todos sabemos são lugares de péssima qualidade de vida, haja visto a probabilidade cada vez menor de engarrafamentos (onde escutar música então, oh céus??). E quem, em sã consciência, poderia desejar isso? Alias, “como a senhora mesmo diz” é realmente o grande motivo que me traz ao teclado. Monica Waldvogel, quer eu concorde, goste, acredite ou não, é uma formadora de opinião. E como tal, suas palavras tem um eco que vai além do seu universo particular.

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