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Dr. Janot, seus procuradores deram razões para o Cunha sorrir…

O bordão de que uma imagem vale mais do que mil palavras é coisa que se confirma com esta aí de cima. Enquanto os mais “badalados” membros do Ministério Público se dedicam a investigar o “barco de lata” e o “apartamento de Lula”, Eduardo Cunha nada de braçada na certeza da impunidade. Apareceram ontem mais depósitos no exterior, em contas de uma empresa de fachada no Panamá, cujos testas-de-ferro estão envolvidos em falcatruas na Argentina e, possivelmente, na de um brasileiro que esteve envolvido no caso Banestado.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Coisas que este humilde blogueiro, na meia hora que lhe sobrou de um free-lance que o atormenta há três dias, já levantou estes indícios e publicará em breve o que se confirmar. E alguém, antes, quiser apurar, sem problemas. A imprensa, porém, está totalmente envolvida em escrafunchar cada segundo da vida de Lula depois que deixou a Presidência – e que não está, portanto, sujeito a nenhum “código de conduta” senão o da lei que vale para todos nós, mortais. Largou Cunha de mão, embora este, sim, esteja submetido a deveres funcionais que deveriam ser extremamente rígidos. O sorriso mofino de Cunha ao lado de Janot é o retrato da felicidade já nem tão íntima do presidente da Câmara com a mudança do foco da mídia. A cara mal-humorada de Janot ao lado de Cunha, embora pouco protocolar, é compreensível. O que não é compreensível é o que o Procurador-Geral disse naquela solenidade no STF de abertura do ano judiciário: “A atuação ministerial sempre se pautará pela impessoalidade, juridicidade, apartidarismo, tecnicismo e pela estrita observância dos direitos e garantias individuais em especial daqueles que chamados à Justiça devem responder por seus atos.” No caso do que o MP paulista faz sem rebuços e do que os procuradores de Curitiba fazem com o eufemismo de “Triplo X” é a negação do que diz Janot. Se as pessoas “chamadas à Justiça para responder por seus atos”, é o caso de perguntar, em relação a Lula? Ver um apartamento? Recusar-se a comprá-lo, seja lá pelo que for? Ter um barquinho de lata para andar na represa de um sítio que lhe oferecem para descanso? Eduardo Cunha tem seus motivos para estar sorrindo. Quando o MP se desmoraliza com mesquinharias, enfraquece-se para enfrentar os atos verdadeiramente imorais. Fernando Brito/Tijolaço

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Lava Jato tem mais de 80 condenados, totalizando quase 800 anos de cadeia

Ao discursar na abertura do ano do Judiciário, no plenário do STF, o procurador-geral da República Rodrigo Janot prestou contas dos resultados da Lava Jato. Destrinchou dados recolhidos até 18 de dezembro de 2015. Até aquela data, a maior operação anti-corrupção já realizada no país havia produzido 80 condenações judiciais. Juntas, as penas somavam 783 anos e dois meses de cadeia. Nesta segunda-feira, o juiz Sérgio Moro lavrou mais uma sentença. Condenou o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada a 12 anos e 2 meses de cadeia. Adicionando-se a novidade ao levantamento de Janot, sobe para 81 o número de condenações da Lava Jato. E as penas saltam para 795 anos e 4 meses de prisão.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Janot desfiou os números sentado ao lado de um dos mais notórios investigados da Lava Jato: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Também compunha a mesa o presidente do Senado, Renan Calheiros, outro alvo da operação. A dupla ouviu, impassível, o discurso do chefe do Ministério Público Federal. Segundo Janot, foram protocoladas no Judiciário 36 acusações criminais contra 179 pessoas. Apontam o cometimento de crimes contra o sistema financeiro nacional e internacional, corrupção, tráfico transnacional de drogas, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Numa conta que inclui apenas os crimes já denunciados, disse Janot, o pagamento de propinas contabiliza R$ 6,4 bilhões. Desse total, R$ 2,8 bilhões já foram recuperados por meio de acordos de colaboração judicial. Por ora, apenas R$ 659 milhões foram repatriados. Bloquearam-se R$ 2,4 bilhões em bens dos réus. Acusado por Cunha de associar-se ao governo Dilma para persegui-lo, Janot cutucou o desafeto, que fazia cara de poucos amigos na cadeira ao lado. “Enganam-se, de forma propositada, e interpretam de forma distorcida aqueles que questionam o nosso cerne. […] A autonomia e a imparcialidade da Justiça e do Ministério Público opõem-se a qualquer tipo de autoritarismo de caráter político, ideológico ou econômico. Nosso compromisso é com o Estado democrático e de direito.” Festejados pelos investigadores e abominados pelos investigados, os réus que celebraram acordos de delação premiada com a força tarefa da Lava Jato já somam 40. Firmaram-se também, de acordo com o levantamento de Janot, cinco acordos de leniência, como são chamadas as colaborações de empresas. Celebraram-se, de resto, 86 acordos de cooperação com outros países — entre eles a Suíça, de onde vieram os dados sobre as contas secretas abertas por Eduardo Cunha. Janot realçou: “Os poderes político, econômico e os setores da sociedade civil hão de entender que o país adentrou em nova fase, da qual os holofotes não serão desligados e estarão constantemente direcionados à observâncaia estrita do ordenamento jurídico. É isso que a sociedade espera do Ministério Público.” Blog Josias de Souza

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Janot pede a cassação do mandato de Fernando Collor

A Procuradoria-Geral da República encaminhou denúncias no ano passado ao Supremo Tribunal Federal pedindo que os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Benedito de Lira (PP-AL). Ex-presidente e senador do PTB foi denunciado pela PGR por lavagem de dinheiro e corrupção. Também foram denunciados os deputados federais Vander Loubet (PT-MS), Nelson Meurer (PP-PR) e Arthur Lira (PP-AL) percam os cargos para os quais foram eleitos caso sejam condenados na Operação Lava Jato, após o fim de uma eventual ação penal. De acordo com a reportagem, nas peças encaminhadas à Corte, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede “a decretação da perda de função pública para o condenado detentor de cargo ou emprego público ou mandato eletivo, principalmente por ter agido com violação de seus deveres para com o Poder Público e a sociedade”. O Estadão destaca que o requerimento tem como base o artigo 92 do Código Penal, que prevê a sanção quando penas por crimes como abuso de poder ou contra a administração pública for igual ou superior a um ano e maior que quatro anos nos demais casos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A denúncia contra Collor – sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro – foi oferecida em agosto do ano passado ao Supremo e é mantida até o momento em segredo de Justiça, mas a informação foi confirmada ao Estado. “As investigações indicam que Collor recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás, e por outros contratos da estatal com empreiteiras e que são alvo da Lava Jato”, diz o jornal. Procuradoria suspeita que Collor tenha lavado dinheiro com obras de arte A Procuradoria-Geral da República suspeita que o senador Fernando Collor (PTB-AL) tenha feito lavagem de dinheiro por meio de compra de obras de arte milionárias. Os indícios surgiram nas investigações da operação Lava Jato, após busca e apreensão em endereços de um restaurador que teria feito a mediação da venda de quadros ao parlamentar, de acordo com informações da “Folha de S.Paulo” desta quinta-feira (14). Após as denúncias de que Collor teria comprado obras de arte em espécie, os investigadores obtiveram notas fiscais que comprovam vendas de pelo menos R$ 1,5 milhão ao senador. Ao jornal, a assessoria do senador informou que o acervo é constituído em parte por herança familiar e que a denúncia de lavagem de dinheiro é “absolutamente infundada” Em julho do ano passado, durante apreensão de carros de luxo na casa de Collor, a Polícia Federal também encontrou um quadro de Di Cavalcanti. Segundo a denúncia, a obra teria sido adquirida por R$ 2 milhões. Fernando Collor já foi denunciado pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, por lavagem de dinheiro e corrupção. No ano passado, o senador polemizou na tribuna do Senado ao xingar publicamente Janot. As informações são do Estado de S. Paulo.

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Dilma é honrada e não está envolvida em corrupção, diz FHC

Em entrevista a revista alemã por Deutsche Welle , FHC afirma que escândalos começaram no governo Lula, a quem ele atribui responsabilidade política pela atual crise no Brasil. FHC atribui a Lula a “responsabilidade política” pela instabilidade no País Em entrevista à revista alemã de economia Capital, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela não está envolvida no escândalo de corrupção na Petrobras. “Não, não diretamente. Mas o partido dela, sim, claro. O tesoureiro está na cadeia”, afirma FHC em entrevista publicada – em alemão – na edição deste sábado 1 da revista. “Eu a considero uma pessoa honrada, e eu não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, [ódio] que se volta agora contra o PT.”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] FHC atribui ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade política pelo escândalo de corrupção na Petrobras. “Os escândalos começaram no governo dele”, argumenta. “Tudo começou bem antes, em 2004, com o Lula, com o escândalo do mensalão.” Questionado se Lula estaria envolvido, FHC responde: “Não sei em que medida. Politicamente responsável ele é com certeza. Os escândalos começaram no governo dele”. O ex-presidente, uma das principais lideranças do PSDB, afirma que era impossível que Lula não soubesse do mensalão. “Para colocá-lo atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante”, comenta. Mas FHC afirma que seria ir longe demais colocar Lula na cadeia: “Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país.” Em outro ponto da entrevista, FHC elogia Lula. “Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo.” Mais adiante, FHC afirma que Lula era como um Cristo. “Eles fizeram dele um deus, mas ele apenas levou adiante a minha política.” FHC diz ainda que há um lado bom na atual crise. “Os cidadãos veem: as instituições funcionam – Ministério Público, Polícia Federal, toda essa Operação Lava Jato.” por Deutsche Welle

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Janot pode pedir o afastamento de Eduardo Cunha

Procurador-geral Rodrigo Janot sinaliza reviravolta nas investigações que envolvem Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Operação Lava Jato, e pode pedir seu afastamento da presidência da Câmara; o peemedebista foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de receber recursos do grupo Mitsui e foi alvo de um mandado de busca e apreensão em seu gabinete, a mando de Janot. Procurador-geral Rodrigo Janot sinaliza uma reviravolta nas investigações que envolvem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Operação Lava Jato. O peemedebista foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de receber recursos do grupo Mitsui e foi alvo de um mandado de busca e apreensão em seu gabinete, a mando de Janot. Segundo a colunista Mônica Bergamo, o procurador pensaria até em apresentar medida cautelar pedindo o afastamento de Cunha da presidência da Casa. A defesa do parlamentar questiona ‘as investidas’ de Janot no caso. “Ele escolheu a mim e está insistindo na querela pessoal porque eu o contestei. Virou um problema pessoal dele comigo”, afirmou. “[Janot] insiste e me escolheu para investigar. Ele coloca as situações que não fazem parte do objeto inicial do Ministério Público baseado em matérias jornalísticas para criar qualquer tipo de constrangimento. Não vai me constranger. Estou absolutamente tranquilo”, garantiu. Fonte: 247 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cardozo, não deixe órfão o caos que você ajudou a criar…

A Folha anuncia que o Ministro da Justiça pretende deixar o cargo. Diz que é pelas “pressões do PT”. Conversa. Cardozo é petista há tempo suficiente e acumulou responsabilidades dirigentes no partido para conhecer bem o partido e ter, dentro dele, apoio suficiente se sua atuação como ministro existisse. E não existe. Sua gestão, para o bem e para o mal, marcou a completa ausência do poder público do debate jurídico e da coordenação política do aparelho policial e das relações com o Judiciário e o Ministério Público. Cardozo sempre disfarçou sua abulia sob o manto da “liberdade de atuação institucional” da Polícia Federal e da total falta de articulação com quem quer que seja. Foi um ministro capaz de fazer com que o Ministério da Justiça, que já foi o mais importante instrumento político dos governos da República, parecer uma repartição inútil. Aconselhou, participou e foi responsável pelo momento de maior abulia de uma administração atacada, sitiada, solapada e agredida por todos os lados e de todas as formas, sobretudo a do desvio inaceitável dos ritos policiais e judiciais. Sob sua gestão, sem nenhum tipo de reação, a Polícia Federal transformou-se, por vários de seus integrantes e dirigentes, um núcleo de conspiração, sem nenhuma providência. Ao ponto de autoridades policiais nem mesmo se pejarem de formar grupos no Facebook, chamando de “anta” a Presidenta da República ou brincar de dar tiros ao alvo em seus retratos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Até na área da legislação penal, a aprovação – parcial ainda, felizmente, do maior retrocesso em matéria de civilização já visto neste país é uma espécie de corolário às avessas de sua passagem pelo Ministério da Justiça. Isso não é democracia nem isenção. É zona. Ou se preferirem algo mais gentil, deixar à matroca. Não se alegue que a abulia provém de Dilma. Pode ser, mas um auxiliar capaz e digno deste nome a estimularia a reagir e não se prestaria a ser o agente do “fazer nada”, enquanto a baderna institucional se espalha em sua área. E não é por isso que, agora, manda vazar que “está de saco cheio” e pretende sair. Tudo, no Ministro Cardozo, é falso e vaidoso. Tanto que a mesma matéria da Folha, onde se aventa sua renúncia ao cargo, registra: ” Eles acreditam que o ministro busca, na verdade, um afago de Dilma para permanecer no governo fortalecido, em meio ao tiroteio petista contra sua permanência.” É duríssima a disputa entre ele e o ministro Aloízio Mercadante pelo posto de figura mais canhestra e narcísica desta administração. A saída de José Eduardo Cardozo, parafraseando o clichê, preenche uma lacuna na atuação do governo ou, no máximo, implicaria na substituição do do nada por coisa alguma. Politicamente, porém, representaria um golpe – mais um – na cambaleante autoridade da Presidenta, que já percebeu que, como seus auxiliares não a defendem, tem de defender sua própria honra, o que lhe traz desgastes e polêmicas sobre os limites de suas declarações, como a feita em Nova York sobre a natureza dos delatores. Até mesmo figuras lamentáveis como Eduardo Cunha e Renan Calheiros são capazes de se defender e o fazem. Porque quem não se defende está fadado a, merecendo ou não, cair. Ou, como faz agora o quase-ex-dândi da Justiça, podendo, pular do barco adernado. O que, aliás, diz muito de sua natureza. Autor: Fernando Brito

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Renan Calheiros recebeu 30 Milhões de propina

Propina de R$ 30 milhões para Renan. Inquérito da PF revela desvio de R$ 100 milhões nos fundos de pensão Postalis e Petros. Delator acusa o presidente do Congresso de receber quantia milionária. Os parlamentares petistas Lindbergh Farias e Luiz Sérgio teriam ficado com R$ 10 milhões cada. Um golpe perpetrado recentemente contra os fundos de pensão Postalis e Petros começa a ser desvendado pela Polícia Federal. Inquérito sigiloso obtido com exclusividade por ISTOÉ traz os detalhes de um esquema que desviou R$ 100 milhões dos cofres da previdência dos funcionários dos Correios e da Petrobras. Parte do dinheiro, segundo a PF, pode ter irrigado as contas bancárias do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do deputado federal e ex-ministro de Dilma, Luiz Sérgio (PT-RJ), atualmente relator da CPI do Petrolão. Prestes a ser enviado ao Supremo Tribunal Federal, devido à citação de autoridades com foro especial, o inquérito traz depoimento de um funcionário do grupo Galileo Educacional, empresa criada pelo grupo criminoso para escoar os recursos dos fundos. Segundo o delator identificado como Reinaldo Souza da Silva, o senador Renan Calheiros teria embolsado R$ 30 milhões da quantia paga, Lindbergh R$ 10 milhões e o deputado Luiz Sérgio, o mesmo valor.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Para desviar os recursos dos fundos de pensão, os acusados, segundo a investigação da PF, montaram o grupo Galileo Educacional a fim de assumir o comando das Universidades Gama Filho e UniverCidade, ambas no Rio de Janeiro, que passavam por dificuldades financeiras. Para fazer dinheiro, o grupo Galileo lançou debêntures que foram adquiridas pelo Postalis e pelo Petros. De acordo com a PF, a operação foi feita apenas por influência política e sem nenhum critério técnico. O dinheiro, em vez de ser aplicado nas universidades, teria sido desviado para um emaranhado de empresas e depois, segundo o delator, remetido a Renan, Lindbergh e Luiz Sérgio. Em pouco menos de um ano, o MEC descredenciou boa parte dos cursos de ambas universidades e os fundos arcaram com o prejuízo. Nas seis páginas de denúncia, o delator cita, além dos parlamentares, os supostos operadores desses políticos e de seus partidos, imbricados numa rede de empresas de fachada que teriam servido para lavar os recursos dos fundos de pensão. Até agora, PF e Ministério Público já ouviram mais de 20 pessoas, pediram o indiciamento de algumas delas e chegaram a cogitar prisões cautelares e a apreensão de passaportes. “Os envolvidos montaram todo um simulacro com aparato administrativo, financeiro e jurídico para angariar recursos em uma estrutura que não tinha qualquer comprometimento com a proposta educacional”, afirma o delegado Lorenzo Pompilio, que comanda o inquérito. Em relatório encaminhado ao MPF, ele fala em “ciclo criminoso”, considerando a incursão dos acusados nos crimes de peculato, formação de quadrilha e estelionato. Segundo o delegado, as atas de reuniões, assembléias, contratos e outros registros financeiros indicam “ações delineadas e orquestradas a pretexto de desenvolvimento de atividade acadêmica”, mas que tinham o único intuito “captar recursos que desapareceram”. Sem poder avançar na apuração do núcleo político, além do que já foi descoberto, evitando assim que o processo seja enviado prematuramente ao STF, os investigadores dissecaram a ação de seus operadores. Quem capitaneou o esquema foi o advogado Marcio André Mendes Costa, responsável por criar o grupo Galileo e montar a engenharia para drenar recursos dos fundos de pensão – tudo feito com aparência de legalidade e auxílio de conhecidos executivos do mercado financeiro. Em pouco tempo, Mendes Costa conseguiu acessar os cofres do Postalis e da Petros, assumiu o controle da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, instituições tradicionais do Rio de Janeiro. Toda essa influência não surgiu do nada. Ex-conselheiro da OAB-RJ, o advogado circula com desenvoltura no meio político. Advoga para Furnas e trabalha há anos para a família do ex-senador Wellington Salgado, do PMDB mineiro, antigo aliado de Renan Calheiros. Também é parceiro do peemedebista Hélio Costa. Foi o ex-ministro das Comunicações quem indicou Adilson Florêncio da Costa como diretor financeiro da Postalis. Ao sair, Florêncio da Costa deixou em seu lugar Ricardo Oliveira Azevedo, outro apadrinhado de Renan. Azevedo levou ao comitê financeiro do fundo, em abril de 2011, a proposta de investimento no grupo Galileo. Em seu relatório, ele avalizou o projeto e o negócio acabou aprovado por todos os integrantes. Uma vez concluído o negócio, Florêncio da Costa tornou-se conselheiro da Galileo. Aqui está o que a Polícia Federal definiu como aprovação por influência política, sem critério técnico. O dinheiro do Postalis, cerca de R$ 80 milhões, foi usado para adquirir 75% do total de debêntures emitidas pelo grupo. O restante foi comprado pela Petros e pelo Banco Mercantil do Brasil, responsável por estruturar a operação. Segundo depoimentos, dentro do banco o negócio foi encaminhado pelo irmão de Mendes Costa, Marcus Vinícius, acionista minoritário do BMB. As debêntures do Galileo tiveram como lastro as mensalidades do curso de medicina da Universidade Gama Filho, que naquele momento já passava por dificuldades financeiras e risco de descredenciamento pelo Ministério da Educação. Comprá-las era uma decisão temerária e só uma gestão política poderia garantir a aplicação milionária num negócio pra lá de suspeito. Mas os dirigentes dos fundos desconsideraram o risco, assim como se comportaram o banco BNY Mellon, contratado pelo Postalis como administrador dos investimentos, e a consultoria Planner Trustee, agente fiduciária da operação. Ao todo, o Postalis investiu R$ 81,4 milhões em debêntures. Para receber os recursos, Márcio Costa criou a empresa Galileo Gestora de Recebíveis S.A, também controlada por ele. Como se as garantias das mensalidades do curso de medicina já fossem frágeis, o advogado ainda decidiu trocá-las pelas de engenharia mecânica e elétrica – sem avisar ao Postalis. O escândalo veio à tona em 2012 e foi até alvo de uma CPI na Assembléia Legislativa do Rio, mas as investigações foram abafadas. O relatório final da CPI responsabilizou Márcio Costa, sem considerar suas relações políticas e societárias. Em depoimento à PF, a advogada Beatris Jardim, nomeada por

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A desapercebida consagração do Estado policial

Discursos de ocasião pecam, normalmente, mais que acertam. Em muitos casos, nota-se uma real preocupação com o interesse público, capaz de bem temperar os seus eventuais excessos.* O maior perigo, no entanto, se dá quando não se percebe, exatamente, o que se está realmente propondo. O atual combate à corrupção parece ser um triste exemplo disso. Eleito o novo inimigo público – o agente corruptor –, levantam-se pilos contra tudo que, aparentemente, possa dizer respeito à corrupção – a ser, de todas as formas e por todos os meios, combatida. Ainda que, de fato, se possa entender que a banalidade da corrupção atual traga, dentro de si, a semente de um grande mal à nação, não se pode aceitar que, para o seu combate, tudo seja admitido. Os fins, frise-se, nunca justificam os meios. Nesse sentido, causa preocupação quando vêm a público manifestações de representantes do Ministério Público buscando relativizar a consagrada ideia de imprestabilidade de prova ilícita. O mesmo, com a proposta para tornar genericamente hediondo o crime de corrupção. Isso, para não se falar de momento anterior, onde foi defendida, ainda que lateralmente, a utilização da prisão preventiva para motivar as eventuais colaborações premiadas. Todo esse estado de coisas leva, inexoravelmente, a algumas reflexões.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em primeiro lugar, que se diga que os momentos de ânimos inflamados não se prestam idealmente às reformas de índole penal. O Brasil, mas não só, tem inúmeros exemplos de leis criminais problemáticas que foram aprovadas em contextos parecidos. Na quadra atual, o que surpreende é a fonte de onde vêm algumas dessas colocações, justamente em representantes do Ministério Público, instituição que carrega imensa responsabilidade justamente na afirmação do Direito e no primado da Constituição. A história é permeada de exemplos de boas intenções que acabaram sendo pervertidas e a ideia de flexibilização do conceito de prova ilícita, se mostra, basicamente, como uma contradição ao próprio princípio de legalidade. Princípios existem para balizar a força estatal, da mesma forma que a dogmática penal tem a missão de tentar fornecer uma gramática para a aplicação da lei. A flexibilização desses conceitos, hoje vista com bons olhos por alguns, pode, muito bem, em um segundo momento, simplesmente se expandir, abarcando, provavelmente, o que não se queria, ou pretenderia, abarcar. Afinal, um próximo passo, certamente não desejado pelos bem intencionados, poderia ser simplesmente legitimar confissões tomadas mediante tortura ou o fim de qualquer privacidade, hoje ainda provas notadamente ilícitas. Aliás, quanto a isso, não existiram muitas diferenças, na raiz do raciocínio flexibilizador das garantias do cidadão, entre as atuais propostas, com o que ocorrera em outros terríveis momentos históricos, nos quais se admitia que o crime não seria mais o ato descrito em lei como tal, mas, sim, tudo aquilo que fosse contra “a sã consciência do povo”. O mesmo deve ser dito em relação a uma desmedida utilização do instituto da prisão. Ainda que se reclame, com justiça, no Brasil, pela existência de larga impunidade, deve-se ter em mente que o uso da prisão preventiva é, mundo afora, mais contida. Por aqui, a situação perece ser inversa. Utiliza-se enormemente a prisão preventiva, sendo que, nem sempre, tem-se as esperadas condenações definitivas. Ou, quando estas são presentes, nem sempre na medida que alguns acalentavam. Existe uma aparente inversão de valores que precisa ser solucionada. Quanto a isso, aliás, caberia mais um comentário. Chega-se a sustentar aumentos consideráveis para as penas dos crimes de corrupção, além de querer que passem eles a ser considerados crimes hediondos. A objeção mais básica que se poderia fazer quanto a isso, diz respeito à impropriedade de se considerar toda a corrupção como hedionda, pois a corrupção do dia-a-dia, da esquina, do pequeno funcionário, não guarda, de modo algum, dignidade penal para tanto. Seria, sim, uma evidente violação do princípio da proporcionalidade. Poder-se-ia dizer, aliás, em resposta a isso, como aparentemente é a ideia posta, que a intenção seria escalonar-se as sanções penais conforme seja o prejuízo sentido pela Administração, pois, em alguns casos, os efeitos dessa corrupção seriam mais violentos do que a de um crime contra a vida individual em si. Duas ponderações. Em primeiro lugar, parece ignorar-se que, em termos de responsabilidade empresarial, pode-se chegar, por via omissiva, a responsabilizar diversos escalões de mando, muitas vezes em termos diferenciados, por mera falha no dever de vigilância. Pareceria, no mínimo, difícil, sopesar idealmente as penas nesse contexto, que, hoje, não são pequenas. Mas, o real problema parece ser vincular tipicamente a resposta ao crime conforme seja o prejuízo financeiro supostamente alegado, algo estranho à tradição brasileira e que não se confunde com resultados materiais agressivos à pessoa, como se vê nos casos de lesão corporal. O que se pune, no caso, é a conduta do particular contra a Administração Pública, cabendo a avaliação do resultado ser mesurada no mais amplo leque visto no Código Penal em termos de sanção, vale dizer, de penas entre dois e doze anos de reclusão. Dever-se-ia esperar de todos, quanto mais de quem tem por missão garantir o Estado Democrático de Direito, um maior cuidado com o que tanto se custou para conquistar. Diz a experiência internacional que os grandes desafios relativos à corrupção não se colocam em termos unicamente reativos, mas também preventivos. Essa, a noção de inteligência no uso da máquina penal que está rendendo frutos no exterior. Assim, verifica-se que não é só aumentando penas ou tolhendo direitos que se efetiva a Justiça. Pelo contrário. Com isso, apenas se consagra, sim, um Estado policial que todos querem, ou deveriam querer, evitar. * Renato de  Mello Jorge Silveira é professor titular de Direito Penal, vice-diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, diretor da Escola Paulista da Advocacia do IASP e advogado

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Corruptos: No centro do poder há décadas

Na lista divulgada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, salta aos olhos a quantidade de parlamentares do PP. O Partido Progressista tem nada menos que 31 políticos de um total de 49 nomes nessa relação enviada ao STF. São 29 deputados (sendo que 18 estão atualmente exercendo seus cargos) e 3 senadores de um total de 12. Aqui cabe um exercício de história. Para começar: quem é o Partido Progressista? O PP nasceu de uma costela do PDS, que sucedeu a Arena, o partido que governou depois do golpe de 1964. É o partido que abriga Paulo Maluf e Jair Bolsonaro, além de outros conhecidos parlamentares ligados ao golpe. Ou seja, é um partido que conhece a fundo a Petrobras há 50 anos. O segundo partido com maior presença na lista é o PMDB, que comandou a Petrobras durante todo o governo Sarney (1985-1990), sucedendo a ditadura. Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia, está na lista. Nos anos 70 no Maranhão, em plena ditadura, Lobão era um jornalista por quem o então presidente Ernesto Geisel nutria grande simpatia. Consta que Geisel teria pedido ao influente senador da época, Victorino Freire, que Lobão fosse transformado numa grande liderança no Maranhão. Outra presença significativa na chamada “lista de Janot” vem do PTB (Partido trabalhista Brasileiro): o senador Fernando Collor de Mello, ligado ao seu ex-secretário de assuntos estratégicos do Departamento de Inteligência Pedro Paulo Leoni. O ex-presidente da República teve o apoio de todos os partidos da elite brasileira nas eleições de 1989.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A lista de Janot ainda tem um segmento do PT, partido odiado, como disse o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira em recente entrevista à Folha de S. Paulo, por todos os outros grandes partidos que representam a maioria do Congresso. Outro nome na lista é o do senador Antonio Anastasia (PSDB), ex-governador de Minas e cria de Aécio Neves. O delator, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como “Careca”, revelou à PF que teria levado R$ 1 milhão a uma casa em Belo Horizonte sem saber a identidade do destinatário. Ele diz ter entregue nas mãos de Anastasia e afirma ter reconhecido o político posteriormente, através de fotos. Então esse dinheiro não era para o político mineiro? A lista de Janot tem 49 políticos. Fica a questão: e os grandes corruptores do Brasil? Onde estão aqueles grupos de sempre, que operam nas sombras há décadas. São os donos de concessões de estradas, de aeroportos, empresas de comunicações, empresas de energia, bancos. Eles representam cerca de 70% do empresariado brasileiro. E alguns envolvidos na Operação Lava Jato querem agora criar uma CPI contra o Ministério Público para fazer com ele o mesmo que foi feito com um magistrado no Rio de Janeiro. Por uma conduta irresponsável, o juiz foi transformado em delinquente e o empresário corrupto em santo. Será que o erro do juiz deve ofuscar os crimes de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada praticados pelo empresário, que acabaram lesando em até R$ 7 bilhões o BNDES e comprometeram obras importantes para o Rio? O mesmo não pode acontecer em Brasília. As investigações devem seguir, sem pressões políticas ou econômicas para que tenhamos um julgamento baseado nas leis e nas garantias constitucionais. Mas é importante saber separar o joio do trigo e identificar quais são os grupos mais poderosos que saqueiam o dinheiro do povo brasileiro há décadas.

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Agripino foi sócio de empreiteira da Lava Jato

Denunciado pelo Ministério Público por receber R$ 1 milhão em propina, senador José Agripino Maia (DEM-RN) foi sócio cotista da EIT até agosto de 2008; segundo a revista Istoé, nas eleições de 2010, o parlamentar também recebeu R$ 550 mil de doação da empreiteira Na declaração de bens apresentada à Justiça federal em 2002, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) era sócio da Empresa Industrial Técnica (EIT). A empreiteira é investigada na Operação Lava Jato. A Petrobras até incluiu a empresa entre as “impedidas de contratar” enquanto procede as investigações. Agripino só foi candidato nos últimos tempos em 2002 e 2010, já que o mandato de senador dura oito anos e ele não disputou nenhuma eleição no meio do mandato. Da declaração de 2002 constava um vasto patrimônio em imóveis, veículos, aplicações financeiras e participações em empresas, incluindo a referida empreiteira e uma concessionária de pedágios. Em 2010, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou não possuir nenhum bem. Nem veículo próprio, nem apartamento de morada, e nem mesmo saldo bancário.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Poderia ter transferido os bens para o filho, mas a declaração de seu filho, deputado federal Felipe Maia (DEM-RN) ao TSE em 2010, também não mostra nenhum bem, com patrimônio zero. Felipe disputou as eleições de 2014 e seu patrimônio que havia sumido voltou a aparecer, totalizando mais de R$ 15 milhões, saindo da condição de deputado mais pobre em 2010, se considerarmos os bens declarados, para o deputado mais rico do Rio Grande do Norte nas eleições de 2014. Em 20 de dezembro de 2013, a Polícia Federal iniciou investigação para comprovar se Agripino favoreceu a EIT em obras públicas no Rio Grande do Norte. A revista Istoé publicou em 2013 uma matéria sobre investigação da Polícia Federal baseado em denúncia de que o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, teria utilizado sua influência para fazer o Executivo estadual favorecer a EIT com contratos milionários, e citou as obras do Contorno de Mossoró como uma das fontes de renda pública para a empresa. Porém, essa não é a única obra de mobilidade nas mãos da empresa, que teve Agripino como sócio (segundo a revista). A EIT também é responsável pela construção do acesso do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Rio Grande do Norte, a vencedora do certame licitatório para a construção dos acessos foi a Queiroz Galvão. No entanto, ela desistiu da obra, fazendo com que a segunda colocada na licitação, EIT, assumisse a responsabilidade da entrega, mesmo com o fato de o contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal ter sido assinado no dia 1º de abril, quando já não havia mais os 24 meses necessários para a execução da obra. Restavam apenas 11 meses. Segundo o DER, nessa situação, a segunda colocada de pronto aceitou a proposta. A ordem de serviço foi assinada em 6 de abril, mas a obra só começou de fato em agosto. Até novembro, haviam sido executados o desmatamento e a terraplanagem da área. Ainda deve ter início a construção da base e do asfalto dos acessos. O “tráfico de influência”, praticado pelo presidente nacional do partido, é mais um item para uma série de suspeitas de irregularidades eleitorais que teriam a governadora Rosalba Ciarlini como personagem. Além desta, a própria IstoÉ mostra o “desengavetamento” de uma investigação sobre caixa 2 na campanha eleitoral de 2006. Isso, sem contar com a recente condenação de Rosalba por usar a máquina pública estadual para favorecer a candidatura da prefeita de Mossoró, Cláudia Regina. Ainda de acordo com a revista Istoé, José Agripino foi sócio cotista da EIT até agosto de 2008. E mais: nas eleições de 2010, o senador recebeu R$ 550 mil de doação da empreiteira. “Empresa privada, a EIT é o terceiro maior destino de recursos do estado nas mãos de Rosalba. Perde apenas para a folha de pagamento e para crédito consignado. Só este ano foram R$ 153,7 milhões em empenhos do governo, das secretarias de Infraestrutura, Estradas e Rodagem e Meio Ambiente”, aponta a revista. Nem na crise financeira, que fez o governo do Rio Grande do Norte atrasar pagamento a fornecedores e, até mesmo, aos servidores estaduais (que passaram a receber de forma escalonada) e os gastos com a Saúde, a EIT deixou de receber. O governo afirma que não tinha dinheiro essas despesas básicas, mas gastava milhões nas obras do Contorno de Mossoró, empreendimento tocado pela EIT. Quando era recém-formado em engenharia, antes entrar diretamente na política, José Agripino trabalhou na empreiteira EIT, da qual se tornou sócio mais tarde. O currículo do senador e presidente do DEM indica: – Engenheiro-chefe de Obras EIT – Empresa Industrial Técnicas S/A (1969/ 72). – Gerente regional da EIT – Empresa Industrial Técnica S/A, para os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba (1972/ 75). Gerente regional, cuidando de obras no Nordeste, deve ter-lhe dado experiência no trato com licitações e contratos públicos. Nessa época em que atuava do lado da empreiteira, o pai, Tarcísio Maia, era ligado ao General Golbery do Couto e Silva, e foi indicado (sem eleições diretas) governador do Rio Grande do Norte (início do governo em 1975). Seu tio, Lavoisier Maia, também era outro político influente da dinastia Maia, e sucedeu o pai de Agripino no governo potiguar. Ao tomar posse como governador nomeou Agripino prefeito de Natal. Porém, mesmo político, Agripino, ocupando cargos de prefeito, governador e senador, virou acionista da empreiteira. por Helena Sthephanowitz/Rede Brasil Atual

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