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Brasil: lixo eletrônico irá para o lixo

Apesar de ainda engatinhar no que se refere ao consumo de equipamentos eletrônicos, a Taba dos Tupiniquins gera 380 mil toneladas/ano de lixo eletrônico. Calcula-se que sejam 3,5 kg por pessoa. É um material altamente poluente e difícil de ser reciclado. A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo desenvolve um importante projeto que beneficia, além do ambiente, mais diretamente os catadores de materiais recicláveis da cidade de São Paulo e de alguns municípios da região metropolitana, que poderão ter a renda aumentada em até 100 vezes mais na coleta e venda de produtos eletrônicos descartados. Trata-se do Projeto Eco-Eletro – Reciclagem de Eletrônicos. O principal foco do projeto é promover a capacitação desses trabalhadores informais, proporcionando-lhes além de um aumento de renda, evitar que o material de informática seja descartado em locais inadequados, causando problemas ambientais. O Editor Nos próximos 15 dias, o Ministério do Meio Ambiente espera recolher 50 toneladas de “lixo eletrônico” em quatro capitais: Brasília, São Paulo, Rio e Belo Horizonte. A coleta será feita em postos instalados em estações de metrô. Começa nesta quarta (12) e vai durar 15 dias, até 26 de outubro. O objetivo é tirar de circulação parte da quinquilharia eletrônica que os brasileiros guardam em casa –de celulares e computadores a videocassetes e torradeiras. São equipamentos que carregam matérias primas que, mal descartadas, resultam em contaminação do ar, da água e do solo –mercúrio, chumbo e fósforo, por exemplo. Fechado em julho de 2009 e divulgado no início de 2010, relatório do Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente) acomodou o Brasil em posição desconfortável. De acordo com o documento, o mercado brasileiro é o que mais produz lixo eletrônico entre os emergentes, à frente da China e da Índia. Atribui-se o fenômeno a um efeito colateral do crescimento do país e do consequente aumento do poder aquisitivo da classe média. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Entre os emergentes, o Brasil tornou-se líder no descarte de geladeiras. Disputa também o título de campeão no rejeito de celulares, impressoras e televisores. Na estimative da ONU, só o abandono de computadores pessoais produz no Brasil 96,8 mil toneladas de lixo por ano. A China, mais populosa, produz um monturo maior: 300 mil toneladas. Porém… …Porém, considerando-se o consumo individual, o brasileiro produz mais lixo do que o chinês –meio quilo por ano, contra 0,23 quilo. Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, consome-se anualmente no Brasil algo como 120 milhões de equipamentos eletrônicos. Estima-se que 500 milhões de produtos obsolotetos encontram-se guardados nas casas dos brasileiros. É parte desse “lixo” que o ministério deseja eliminar. Para estruturar o plano de coleta, o ministério firmou parcerias com as companhias que gerem os metrôs e um grupo de empresas privadas. Os equipamentos coletados serão descartados ou destinados à reciclagem, conforme o caso. Deseja-se estimular na alma do brasileiro um valor novo, o “consumo consciente”. “Nós, consumidores, somos parte da cadeia produtiva. Não tem como se eximir da responsabilidade ambiental”, diz a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente). “A Constituição diz que cuidar do meio ambiente é dever de todos. É o nosso futuro que está em jogo”, ela acrescenta. O governo acorda tarde. O relatório da ONU realça que, diferentemente do que se passa nos países ricos, os emergentes não se estruturaram para tratar adequadamente o seu lixo. Nste sábado (15), celebra-se o ‘Dia do Consumidor Consciente’. O governo aproveitou-se da data para converter outubro em ‘Mês do Consumo Sustentável’. Para marcar a iniciativa, auxiliares da ministra Izabella farão no sábado, nas estações de metrô, o lançamento oficial da campanha de coleta deflagrada nesta quarta. Se você mora numa das quatro capitais selecionadas e tem “lixo eletrônico” a descartar, eis os pontos de coleta: São Paulo: Estação do Tucuruvi, Linha 1-Azul; Rio de Janeiro: Estação da Carioca, centro; Belo Horizonte: Estação Eldorado; e Brasília: Estação Galeria. Serviço: Aqui, a íntegra do relatório vem do Programa da ONU para o Meio Ambiente. Infelizmente, em língua inglesa. blog Josias de Souza

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A marcha da insensatez – Desmatamento na Amazônia

Amazônia perdeu o equivalente a 94% do território da Venezuela em cinco anos, diz ONU RIO – O Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) informa que, entre 2000 e 2005, foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores – o equivalente a 94% do território da Venezuela. Segundo a ONU, 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em toda a História do Brasil, e não em um período de cinco anos, conforme noticiou o jornal francês “Le Monde” na quinta-feira. O relatório, chamado de GEO Amazônia, foi elaborado durante dois anos com técnicos de oito países e será divulgado na reunião mundial do Pnuma em Nairobi (Quênia) no dia 16 de fevereiro. O texto chama a atenção para a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável, devido ao avanço populacional e uso dos recursos naturais da região. A publicação cita o exemplo do crescimento da rede viária brasileira, que se multiplicou por dez em trinta anos (1975-2005). Imazon: dado do Pnuma sobre Amazônia deve ser ‘equívoco’ O dado divulgado pelo Pnuma, de 857 mil quilômetros quadrados devastados em cinco anos, deve ser um “erro”, segundo o pesquisador Paulo Barreto do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia). Isto porque a estimativa do desmatamento histórico na Amazônia Legal brasileira é de cerca de 700 mil quilômetros. – Deve ter algum equívoco. Esse dado de 857 mil quilômetros só faz sentido no contexto do acumulado histórico, não somente esse período – disse Barreto. Estimativas do Inpe para as últimas duas décadas (1988-2008) somam um total de área desmatada de cerca de 369 mil quilômetros quadrados. Em junho do ano passado, o IBGE estimou em 15% o total de desmatamento acumulado na floresta amazônica. O Ministério do Meio Ambiente não comentou os dados divulgados sobre o relatório do Pnuma, chamado “GEO Amazonia”, que será lançado na reunião mundial do organismo em Nairobi (Quênia) no dia 16 de fevereiro. Outras organizações ambientalistas não comentaram o estudo porque ainda não foi publicado oficialmente. do O Globo

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