Milei e o autogolpe
Milei só termina esse mandato com um autogolpe. Ou seja, se virar uma versão argentina do Fujimori.
Milei só termina esse mandato com um autogolpe. Ou seja, se virar uma versão argentina do Fujimori.
As províncias (Estados) argentinas vão emitir moeda sem lastro algum. É a crônica de um naufrágio anunciado da economia argentina. A gente já viu esse filme em 2001/2003. Spoiler: termina mal pra carvalho.
Começou cedo o piolhento que diz “conversar” com um seu cachorro que já morreu. Porta-voz posta “passagens pagas por Milei”, mas erro crasso indica “fraude” Prints são de agência estatal que não vende passagens para indivíduos e tem como cliente unicamente o governo. Mentira grotesca repercute na Argentina. Com uma de suas bravatas de campanha o novo presidente argentino, Javier Milei, se meteu numa enrascada sozinho e gerou o primeiro escândalo de mentiras em apenas três semanas na cadeira. Sempre com um discurso austero e demagógico, ele passou anos dizendo que não usaria de dinheiro do Estado se chegasse à presidência, e foi o que alegou, sem ninguém perguntar nada, quando viajou para Mar del Plata, na sexta-feira (29), para assistir à estreia de um espetáculo de sua namorada, a humorista Fátima Florez. Milei chegou acompanhado de mais de 100 guarda-costas, com veículos blindados, e se hospedou num hotel de luxo da cidade litorânea, mas fez questão de propagar a história que ele e sua irmã, Karina Milei, que é secretária-geral da Presidência, voaram para lá pagando as passagens aéreas do próprio bolso. Inclusive, na noite do dia 30/12, seu porta-voz divulgou os prints com a tal compra. Só que a mentira tem perna curta. Nas imagens disponibilizadas pelo “vocero”, como é chamado o cargo de porta-voz em língua espanhola, a agência em que os bilhetes foram comprados é a ‘Optar’, uma empresa estatal que não vende passagens a pessoas físicas nem jurídicas de nenhum tipo. Ela tem como cliente exclusivo o governo argentino, que é o único no sistema que pode efetuar a compra, faturação e emissão de passagens. Funcionários que já trabalharam com o sistema de emissão de passagens compradas pela estatal Optar’ também confirmaram, sem se identificarem, que é impossível efetuar uma compra no sistema da empresa pagando com recursos de uma pessoa física, o que endossa que os prints divulgados são uma fraude.
O anúncio de saída da Argentina dos Brics — aliás, o país nem chegou a entrar de fato — não surpreendeu ninguém por aqui e pouca diferença faz para os demais integrantes do grupo. Mas vai acabar sendo, politicamente, um tiro no pé de Javier Milei. Cada vez mais parecido com o colega Bolsonaro, segue o roteiro do discurso ideológico acima de qualquer decisão razoável para o país. Perderá, por exemplo, as chances de ter empréstimos do Banco de Desenvolvimento do Brics e investimentos dos demais parceiros — o que EUA e Israel dificilmente vão suprir, como espera Milei. O problema é que, no alvo de cada sandice, há o sofrido povo argentino, que começa a perceber seu erro na eleição. Vamos observar a reação do Congresso ao projeto de ditadura do novo presidente. Pode começar ali, e logo, a reação para frear a marcha da insensatez modelito tango.
Isso é o que acontece quando se vota com o intestino. Está mesmo uma maravilha a Vida na Argentina com o Milei. Os Planos de Saúde subiram 40%, os Combustíveis 60%, as Fraldas 100%, os Salários podem ser Pagos com bananas e quem reclamar vai preso ou perde benefícios do Governo. É o capitalismo “libertário” em ação. PS1. Nesse caso é melhor plantar bananeiras em casa e não ir trabalhar. Né não? PS2. E se o pagamento fosse em alfafa haveria uma migração do gado para a Argentina. PS3. A extrema direita já se mudou para esse paraíso?