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Obama e Tecnologia da Informação

Novo czar da tecnologia de Obama sinaliza maior transparência pública e antecipa debate sobre ética digital. Ao indicar o descendente de indianos Aneesh Chopra, 33 anos, como novo responsável pela política tecnológica do seu governo, o presidente Barack Obama mostrou que está disposto a ampliar o acesso do cidadão comum aos dados e informações do governo, acelerando o início de uma complexa discussão sobre privacidade e a nova ética digital. A indicação de Chopra mostra também que Obama está interessado em intensificar as relações com a empresa Google, que já está fazendo trabalho semelhante nas administrações estaduais da Virginia, Arizona, Utah e Califórnia. Tudo indica que o primeiro ocupante do cargo de Chefe do Escritório de Tecnologia (Chief Technology Officer) do governo norte-americano vai centrar sua gestão no desenvolvimento de parcerias público-privadas com o objetivo de agilizar a digitalização dos órgãos públicos, especialmente os que têm relação direta com os contribuintes. Chopra já vinha trabalhando com a Google desde 2007, quando foi indicado para o cargo de Chefe do Escritório de Tecnologia no estado da Virginia. A Google desenvolveu para o estado um novo sistema de indexação de dados públicos para torná-los mais acessíveis pelos mecanismos privados de buscas na Web. O Site Map Protocol viabiliza, por exemplo, a integração dos vários bancos de dados da área da saúde púbica na Virginia. Agora, qualquer pessoa interessada em marcar uma consulta com um médico em hospital público poderá saber se o profissional procurado tem processos na justiça ou no conselho médico nacional. Também saberá se existem reclamações de outros pacientes contra o mesmo médico. O sistema criado pela Google permite que buscas a uma página de um órgão do governo, acionem automaticamente buscas nos site de outros órgãos governamentais que tratem do mesmo tema procurado. Se por um lado, o sistema facilita as buscas dos usuários da internet e oferece aos jornalistas uma inédita transparência nos dados públicos, por outro tende a acelerar e aprofundar o debate em torno dos novos parâmetros da privacidade na internet. O acesso da Google a setores cada vez mais amplos da administração pública norte-americana transformará a maior empresa de buscas na internet num gigantesco repositório de dados públicos e privados. Nunca na história da humanidade uma empresa teve tanta informação acumulada em seus computadores. Esta situação torna compulsório um novo debate, em todo o mundo, sobre o papel da tecnologia na vida quotidiana dos cidadãos e nas suas relações com órgãos públicos. A transparência é uma faca de dois gumes: se por um lado é indispensável ao funcionamento da democracia e aos negócios contemporâneos, por outro, implica um novo comportamento de todos nós em relação à informação pessoal. A ampliação da transparência em todos os aspectos da vida moderna, tanto na internet, como nos governos e entre as pessoas, traz como corolário a valorização da ética como única ferramenta capaz de organizar as relações humanas. Estamos entrando na era das paredes de vidro, o que nos obriga também a discutir também uma nova moral para uma sociedade baseada na tecnologia e na informação. por Carlos Castilho – Observador da Imprensa

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Barack Obama; o presidente digital

A comunicação dos presidentes. Dos bilhetinhos de Jânio Quadros ao high tec Barack Obama. Enquanto na taba dos Tupiniquins o grande chefe não lê nem jornal… Barack Obama não entrará na história somente por ser o primeiro presidente negro eleito nos Estados Unidos. Será lembrado também como o que melhor utilizou uma ferramenta fundamental dos dias de hoje: a internet. O democrata soube ler o mundo atual como ninguém e conectou-se a ele pela web. Vamos aos números. Além do site oficial (www.barackobama.com), Obama é o primeiro presidente com página na rede social Myspace, com mais de 850 mil amigos (entre aqui). Sim, John McCain também tem um perfil no site, mas a história vai lembrar do democrata. Também porque não pára por aí. Obama tem sua própria rede social na internet, a mybarackobama. Outro site explorado por ele é o Youtube. Os vídeos no canal oficial do novo presidente dos EUA foram vistos mais de 20 milhões de vezes. No mesmo site, há mais de mil músicas e vídeos em homenagem ao democrata. No Flickr, site no qual os usuários compartilham fotos, ele também tem seu perfil. Veja as fotos com a tensão de Obama na apuração passando para o alívio na hora da vitória. Clique na imagem para ampliar E tem mais! Obama pegou carona na nova febre da internet, o Twitter, uma rede social que permite aos usuários enviar mensagens de até 140 caracteres, via mensagem de texto do celular, messenger, e-mail ou pelo site oficial. O primeiro presidente negro simplesmente é o usuário com maior número de seguidores no Twitter (quase 120 mil). Confira. Para completar, grande parte dos US$ 605 milhões arrecadados na campanha veio pela web, de pessoas físicas. Por essas e outras, Obama teve o apoio maciço nas urnas dos jovens norte-americanos, público antenado na internet e que se conecta com freqüência alucinante nos canais utilizados pelo presidente eleito na histórica terça-feira, dia 4 de novembro de 2008. Pelos números finais das eleições, Obama teve 66% dos votos entre os norte-americanos com idade de 18 a 29 anos, que representam 18% do eleitorado. É muita coisa. Definitivamente, Obama está online com o mundo. De Fernando Figueiredo Mello no site da revista Brasileiros >> biografia de Barack Obama

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