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Caravaggio – Pro dia nascer melhor – 29/01/2017

Quinzena Michelangelo Merisi de Caravaggio The Taking of Christ,1602,Óleo s/tela,133.5  × 169.5 cm Galeria Nacional da Irlanda,Dublin Leia abaixo a incrível história desse quadro Há sete figuras na pintura, da esquerda para direita: São João, Jesus, Judas, dois soldados, um homem (um auto-retrato de Caravaggio), e mais um soldado. Eles estão de pé, e somente três quartos de seus corpos estão retratados. As figuras estão a frente de um fundo escuro, cujo cenário aparenta estar disfarçado. A origem da luz principal não é evidente na pintura mas vem do lado superior esquerdo. Há um lampião sendo segurado pelo homem da direita (Caravaggio). No extremo esquerdo, um homem (São João) está fugindo; seus braços estão levantados, sua boca está aberta e ofegante, sua capa está tremulando e sendo segurada pelo soldado. A Perda e o Redescobrimento No final do século 18, constatou-se que a pintura estava perdida, e seu paradeiro manteve-se desconhecido por volta de 200 anos. Em 1990, a obra-prima perdida de Caravaggio foi encontrada na residência da Companhia de Jesus (Jesuítas) em Dublin, Irlanda. O emocionante redescobrimento foi publicado em 1993. A pintura tinha estado suspensa na sala de jantar dos Jesuítas de Dublin desde o início da década de 30, mas havia sido considerada uma cópia do original perdido por Gerard van Honthorst, também conhecido como Gerardo delle Notti, um dos seguidores holandeses de Caravaggio. Essa errônea atribuição foi feita enquanto a pintura estava sob posse da família romana Mattei, cujos ancestrais tinham inicialmente adquirido-a. Em 1802, os Mattei venderam-na, como um trabalho de Honthorst, a William Hamilton Nisbet, em sua casa na Escócia esteve pendurada até 1921. Mais tarde naquela década, ainda não-reconhecida, a pintura foi vendida à pediatra irlandesa Marie Lea-Wilson, e foi quem eventualmente doou na década de 30 (alguma evidências sugerem em 1934) aos Jesuítas em Dublin, em gratidão aos apoios após o fuzilamento de seu marido, o capitão Percival Lea-Wilson, um Inspetor Distrital na Guarda Irlandesa Real em Gorey, County Wexford, pelo Exército Republicano Irlandês em 15 de junho de 1920. A Captura de Cristo manteve-se sob posse dos Jesuítas por volta de 60 anos, até foi suspeita e reconhecida como pelo menos uma cópia antiga de Caravaggio, no início da década de 90, por Sergio Benedetti, conservador da Galeria Nacional da Irlanda, enquanto estava visitando os Jesuítas a fim de analisar uma série de pinturas para fins de restauração. Como as camadas de verniz e as sujeiras foram removidas, a elevada qualidade técnica da pintura foi revelado, e foi identificada como a pintura perdida de Caravaggio. Muito do crédito pela verificação e autenticidade dessa pintura pertence a Francesca Cappelletti e Laura Testa, duas estudantes graduadas na Universidade de Roma. Durante um longo período de pesquisa, elas encontraram a primeira referência registrada de A Captura de Cristo em um livro de contabilidade antigo e decadente, documentando a comissão original e os pagamentos a Caravaggio, nos arquivos da família Mattei, mantidos no porão de um palácio, na pequena cidade de Recanati. A pintura está emprestada à Galeria Nacional da Irlanda. Foi exposta nos Estados Unidos como a peça central de uma exposição de 1999 intitulada “Saints and Sinners” (Santos e Pecadores) no Museu de Arte McMullen na faculdade de Boston, e em 2006 na exposição “Rembrandt / Caravaggio” no Museu van Gogh, Amsterdã. Em 2010 foi exposta de fevereiro a junho na Scuderie del Quirinale, Roma, em ocasião do 400º aniversário da morte de Caravaggio. Ele não deve ser confundido com Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni do renascimento. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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