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Empresa suspeita de ligação com Jucá recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas

Ministério Público Federal constata repasses milionários da Andrade Gutierrez, da OAS e da Mendes Júnior a consultoria indicada pelo peemedebista, segundo executivo da Andrade, para receber propina, revela o Estadão. Jucá diz que acusações são falsas e nega ter recebido propina Citada por um ex-executivo da Andrade Gutierrez como empresa utilizada para repassar propina ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), a Ibatiba Assessoria, Consultoria e Intermediação de Negócios recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. De acordo com O Estado de S.Paulo, o Ministério Público Federal constatou que os repasses foram feitos entre 2010 e 2012 pela própria Andrade Gutierrez, pela Mendes Júnior e pela OAS.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]Ex-diretor de Energia da Andrade, Flávio Barra declarou, em sua delação premiada, que Jucá indicou a consultoria para o repasse da propina. O senador, que foi líder dos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma (PT), é alvo de três inquéritos da Lava Jato. O presidente interino do PMDB deixou o Ministério do Planejamento, no governo em exercício de Michel Temer, uma semana após ter assumido o cargo após a divulgação de um áudio em que defendia o impeachment de Dilma para “estancar a sangria” das investigações. Segundo o Estadão, Flávio Barra contou aos procuradores que a Ibatiba operava como uma das empresas de fachada utilizadas para escoar propina paga pela empreiteira em razão da construção da Usina Angra 3, no Rio. De acordo com a reportagem, o montante movimentado nas contas da Ibatiba foi identificado após a Procuradoria da República solicitar a quebra de sigilo de um grupo de empresas apontadas como de fachada e ligadas à Mendes Júnior. “Não obstante os vultosos recebimentos, a Ibatiba, no período de 2010 e 2012, não declarou possuir qualquer funcionário e não efetuou qualquer pagamento a contribuintes individuais, sejam pró-labore ou autônomos, conforme se verifica a partir do exame de suas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, assinalam os procuradores em trecho do relatório. Na avaliação deles, é “manifestamente improvável que a Ibatiba efetivamente tenha prestado os serviços pelos quais foi contratada pelas empreiteiras Mendes Júnior, Andrade Gutierrez e OAS, que motivaram transferências de milhões de reais”. A defesa de Jucá disse que as afirmações do delator são “falsas” e que o senador jamais teve “intimidade” com pessoas ligadas à Ibatiba. Leia a íntegra da reportagem no Estadão

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Cerveró: o homem bomba que apavora os políticos e empreiteiros

Dilma Rousseff está sem dormir desde a prisão de Nestor Cerveró, na avaliação dos nervosos assessores da “gerentona”, Cerveró pode causar mais danos ao PMDB que ao PT. Ele tem ligação direta com um dos políticos mais influentes do país (ninguém confirma que seria Renan Calheiros) e três deputados peemedebistas. Se o ex-diretor Internacional da Petrobras realmente falar, o núcleo de empreiteiros da Lava Jato vai definitivamente se complicar. O principal alvo de investigações da força tarefa da Operação Lava Jato, após a decretação da prisão de Cerveró é uma offshore sediada na Irlanda, cujos três acionistas ainda não foram totalmente identificados. Essa empresa seria uma das centrais de operação, no velho continente, do grupo que Cerveró representa. Os caminhos irlandeses da dinheirama que foi desviada do Brasil pode levar aos nomes de importantes políticos envolvidos no Petrolão. Dilma está muito tensa com a prisão de Nestor Cerveró, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros não fica atrás, está bebendo muita maracugina nas últimas 24 horas, ele é tido como o “maior padrinho” de Cerveró.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba, decretou a prisão dele com a certeza de que dificilmente o venha a conceder um habeas corpus até o depoimento dele, previsto para depois do carnaval, sem data ainda agendada oficialmente. Entre 2012 e 2014, Cerveró movimentou, lá fora, US$ 27 milhões de dólares. O MP Federal também acredita que são grandes as chances de Cerveró continuar preso e aderir à colaboração premiada. Isso baseado no fato objetivo de que Cerveró está acuado e “cercado”. Outras 15 delações forneceram provas concretas do envolvimento dele no esquema ligado ao lobista Fernando Baiano. Cerveró e Baiano são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando seria ligado ao PMDB. Mas o partido nega, claro…  Lista dos denunciados  Todas as denúncias oferecidas pelo MPF contra 39 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato foram aceitas pelo juiz Sérgio Moro. Pelo menos 23 dos denunciados são ligados às empreiteiras Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS  e UTC: – Alberto Youssef, suspeito de liderar o esquema de corrupção; – Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras; – Waldomiro de Oliveira, dono da MO Consultoria; – Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras; – Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal; – Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras; – Adarico Negromonte, apontado como emissário de Youssef; – Dalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa; – Eduardo Hermelino, vice-presidente da Camargo Corrêa; – Jayme Alves de Oliveira Filho, acusado de atuar com Youssef na lavagem de dinheiro; – João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; – Marcio Andrade Bonilho, sócio e administrador da empresa Sanko-Sider; – Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da construtora UTC; – Carlos Alberto Pereira da Costa, representante formal da GFD Investimentos, pertencente a Alberto Youssef e réu em outros processos ligados a Lava Jato; – Enivaldo Quadrado, ex-dono da corretora Bônus Banval, que atuava na área financeira da GFD e réu em outros processos ligados a Lava Jato; – João Procópio de Almeida Prado, apontado como operador das contas de Youssef no exterior; – Sergio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior; – Rogério Cunha de Oliveira, diretor da área de óleo e gás da Mendes Júnior; – Ângelo Alves Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior; – Alberto Elísio Vilaça Gomes, executivo da Mendes Júnior; – José Humberto Cruvinel Resende, funcionário da Mendes Júnior; – Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, advogado que teria recebido propina de Alberto Youssef; – Mario Lúcio de Oliveira, diretor de uma agência de viagens que atuava na empresa GFD, segundo delação de Alberto Youssef; – João de Teive e Argollo, diretor de Novos Negócios na UTC; – Sandra Raphael Guimarães, funcionária da UTC; – Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix; – Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor da Engevix; – Newton Prado Júnior, diretor da Engevix; – Luiz Roberto Pereira, ex-diretor da Engevix; – João Alberto Lazzari, representante da OAS; – Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS; – Fernando Augusto Stremel Andrade, funcionário da OAS; – José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS; – José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de Youssef com a OAS; – Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS; – Dário de Queiroz Galvão Filho, executivo da Galvão Engenharia; – Eduardo Queiroz Galvão, executivo da Galvão Engenharia; – Jean Alberto Luscher Castro, diretor presidente da Galvão Engenharia; – Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia. Por Daniel Mazola/Tribuna da Imprensa

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