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O plástico irá extinguir a vida na terra

O plástico pode levar mais de 400 anos para se decompor. Até 2050, haverá mais plástico nos oceanos do que peixes. Como boa parte do lixo produzido pelas pessoas demora muito para se decompor e não é destinado para reciclagem, o mundo vive hoje a falta de espaço em aterros sanitários. Segundo um estudo realizado pela ONU Meio Ambiente, o plástico é o maior desafio ambiental do XXI, pois se estima que todos os anos 13 milhões de toneladas de lixo plástico são depositados na natureza. Outro problema mostra que 40% de todo o plástico produzido nos últimos 150 anos foi utilizado uma única vez antes de ser descartado. Quando se fala em reciclagem, apenas 9% de todo o plástico produzido é reciclado. Esses são apenas alguns dos impactos causados pelo plástico no meio ambiente. A poluição plástica ainda afeta a qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água, uma vez que o descarte incorreto na natureza, polui aquíferos e reservatórios. Além disso, o material lançado de modo indevido no meio ambiente contribui para entupimentos e enchentes, propicia condições de proliferação de vetores como a dengue. O plástico irá extinguir a vida na terra. O corpo humano também é vulnerável à contaminação por resíduos plásticos em fontes de água, que podem causar alterações hormonais, distúrbios de desenvolvimento, anormalidades reprodutivas e câncer. Os plásticos são ingeridos através de frutos do mar, bebidas e até mesmo sal comum, mas também penetram na pele e podem ser inalados quando suspensos no ar. Houvesse sido redigido agora, os quatro cavaleiros do Apocalipse (a Bíblia nos apresenta os quatro cavaleiros do Apocalipse: Morte, Guerra, Fome e Pestilência) certamente o plástico seria o quinto cavaleiro.

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O ser humano é o pior predador da natureza

O ser humano é o pior predador entre todas as criaturas da natureza. Este carvalho tinha mais de 40 anos quando o compositor Mozart tinha 8 anos. Esta árvore tinha 50 anos quando o primeiro motor a vapor foi patenteado. Esta árvore tinha 180 anos quando Santos Dumont voou no 14 Bis. Quando esse carvalho tinha mais de 300 anos, foi sacrificado para a construção de estradas (entre as cidades de Leamington e Kenilworth, Inglaterra). Foto: A tristeza de um ativista que lutou para não cortarem a árvore.

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Agricultura e falta de água

Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências constataram que a falta de água poderá devastar até 84% das áreas agrícolas em todo o mundo até 2050. Os estudiosos analisaram os níveis da água da chuva e irrigação em cada área de cultivo e a partir disso, criaram um índice para medir e prever a escassez de água nas diferentes superfícies relacionadas à agricultura, como solo, rios e áreas em irrigação. O índice, então, previu se os níveis de água disponíveis, seja da chuva ou da irrigação, seriam suficientes para atender a essas necessidades sob as mudanças climáticas. Foram classificadas como água verde aquela que está no solo proveniente da chuva, e água azul aquela referente à irrigação de rios, lagos e águas subterrâneas. Segundo os estudiosos, as mudanças de temperatura e padrões de chuva, bem como práticas agrícolas intensivas, tendem a causar escassez da água verde. “Como o maior usuário de recursos hídricos azuis e verdes, a produção agrícola enfrenta desafios sem precedentes”, disse Xingcai Liu, principal autor do novo estudo.

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Não derrubar árvores

Derrubar uma árvore é uma questão que deve ser cuidadosamente considerada – Seja para construir uma estrada, uma casa, ou porque as folhas sujam o terraço e bloqueiam os canais. Porque uma árvore: absorve CO2 “problemático” para produzir O2 “vital” e armazenar carbono C preenche os lençóis freáticos com suas raízes verticais servindo de guia reflete e absorve parte da radiação solar mantém o frescor local e contribui para a criação de nuvens com o fenómeno da vaporização produz folhas: alimento para o solo e para si, as raízes horizontais servem para recuperar nutrientes dá açúcar ao micélio em troca de nutrientes absorve poeira e gases poluentes fornece habitat e alimento para pássaros, insectos e roedores pode servir como barreira sonora e visual ofusca até quem atira nele… Resumindo, além de capturar CO2 uma árvore produz: fresco! água! oxigénio! A única tecnologia que nos pode salvar! Plante árvores.

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A reflorestadora da China

“Nada existe de grandioso sem paixão.” Hegel Yi Jiefang plantou milhões de árvores nos desertos da Mongólia Interior, noroeste da China, nos últimos 20 anos para realizar o último desejo de seu filho: ele iria estudar e depois se dedicar ao reflorestamento de desertos. Depois de receber a notícia de que seu único filho, Yang Ruizhe, havia morrido em um acidente enquanto estudava no Japão em 2000, a mãe, na época na casa dos 60 anos, usou o seguro de vida e a indenização por acidente do filho, bem como o dinheiro da venda de sua casa para começar o projeto: “Vida Verde”. Graças ao coração e às mãos humanas, agora milhares de seres vivos, como árvores, pássaros, fungos, insetos e mamíferos, constroem um lar, que será habitado por gerações. Isso mostra que o ser humano é uma poderosa força capaz mudar regiões inteiras para o melhor ou para o pior, a depender dos sonhos que o povoam, como fizeram os homens modernos na construção de “cidades-pedras” (desmatando bilhões de árvores desde a revolução industrial), e os povos originários da Amazônia na construção de “cidades-jardins” (plantando a mais exuberante floresta do planeta). “Os homens não podem levar dinheiro com eles depois que morrem. Desejo transformar meu dinheiro em terras verdes, que podem ser eternas”. (Yi Jiefang)

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A desertificação da Caatinga

Um estudo publicado na revista Applied Soil Ecology revelou que a desertificação da Caatinga reduz em mais de 50% a funcionalidade do solo, afetando sua capacidade de sustentar o crescimento de plantas e promover o bem-estar humano e animal. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP), analisou 54 amostras de solo obtidas em diferentes períodos e regiões do Núcleo de Desertificação de Irauçuba, no Ceará. Os resultados indicaram que a degradação do solo causada pela ação humana, principalmente pelo pisoteio de animais, leva a uma redução significativa na porosidade, dificultando a infiltração de água e acelerando o processo de erosão. Por outro lado, os indicadores biológicos, como composição microbiana, teores de carbono e atividade enzimática, mostraram-se favoráveis para o crescimento da vegetação e sequestro de carbono nas áreas estudadas. O estudo também apontou que áreas restauradas, onde a ação humana foi impedida por mais de duas décadas, apresentaram índices físicos, químicos e biológicos próximos aos de áreas de vegetação nativa, demonstrando o potencial de recuperação da saúde do solo.

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A cidade florestal da China

A China está construindo a primeira “cidade florestal” do mundo: um corpo urbano no qual escritórios, casas, hotéis, hospitais e escolas estão quase totalmente cobertos de plantas e árvores de uma ampla gama de variedades e tamanhos. O plano diretor encomendado pelo planejamento urbano do município de Liuzhou está sendo implementado em uma área de cerca de 175 hectares ao longo do rio Liujiang. O projeto estende a experimentação bem-sucedida já em andamento pela primeira vez em Milão com o protótipo de construção da Floresta Vertical, propondo e desenvolvendo um modelo de arquitetura e habitat capaz de interpretar o tema da biodiversidade à escala urbana e redefinir a relação entre humanos e outras espécies vivas. Além de abrigar cerca de 30.000 habitantes, a nova cidade proporcionará um ambiente confortável para plantas e árvores em todos os edifícios: no total, a cidade florestal de Liuzhou abrigará cerca de 40.000 árvores e 1 milhão de plantas de mais de 100 espécies diferentes.

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