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Fumo, uma droga. Literalmente.

Fabricantes de cigarros, sonegadores e contrabandistas serão desmascarados eletronicamente. As fábricas de cigarros, (que produzem uma das drogas mais destruidoras do mundo, e agem como se fossem criadoras de perfumes) estão em pânico. Motivo: a Receita Federal vai instalar nessas indústrias (?) um dispositivo especial de “selos eletrônicos”. Esse dispositivo foi desenvolvido num trabalho conjunto da Receita com a Casa da Moeda. Esse equipamento revolucionário tem capacidade para decifrar o código digital invisível. E será inserido no selo colado nas carteiras de cigarro. Esse selo já é fabricado pela Casa da Moeda mas continua sujeito a falsificações. Duas grandes fábricas já foram submetidas a testes, que funcionaram muito bem. O projeto da Receita é instalar com URGÊNCIA, esse equipamento moderníssimo em 19 fábricas da droga chamada cigarro. Dessa forma a Receita poderá seguir a trajetória dos maços de cigarro, da produção ao último revendedor. Com isso a eficiência da fiscalização, importantíssima. Com a nova tecnologia a Receita localizará, instantaneamente, carregamentos destinados à exportação e que tenham sido desviados. Servirá também para monitorar e acompanhar, cargas transportadas de um estado para outro. Além da evasão de tributos federais é muito grande a sonegação de impostos estaduais. Cigarros e bebidas, (dois crimes contra o cidadão, que é seduzido desde menino pela propaganda e o fascínio de beber e fumar, como se isso fosse demonstração de independência, masculinidade e maturidade) estão, disparados entre os maiores sonegadores. No varejo e no atacado. No caso de bebidas, um medidor de vazão já foi instalado nas fábricas, tendo como resultado imediato aumento na arrecadação. A Receita calcula que a sonegação no setor da droga chamada cigarro alcance o total de 2 bilhões de reais. Que é faturada “por fora”, para satisfação e enriquecimento. Só que a própria Receita considera que essa estimativa é muito pequena. Como são insistentes sonegadores, os fabricantes de cigarros são incansavelmente multados pela Receita. Normalmente essas multas atingem o total de 4 bilhões. Que esses fabricantes da morte pagam com tranqüilidade, pois a diferença entre o que pagam de multa e o que sonegam diariamente, é enorme e proveitosa. A entrada em vigor desse “selo eletrônico” será um festival Wagner para a arrecadação. Pois nem é segredo (já escrevi muito sobre isso) que as multinacionais de cigarros, (TODAS SÃO) são campeões não só de sonegação mas de contrabando. Existem informações provadas e comprovadas que essas multinacionais de cigarros são donas ou sócias majoritárias de fábricas instaladas em países vizinhos, como Paraguai e Uruguai. Essas empresas gritam que são vítimas de contrabando praticado pelos chamados “sacoleiros”. Ora, o contrabando é tão grande que não cabe nem caberia na bagagem desses pobres “contrabandistas”. Esses miseráveis cidadãos que vivem de atravessar a fronteira em Ciudad Del Este, são ludibriados e acusados injustamente. Esse “contrabando”, quase sempre é produzido e vendido aqui mesmo, sem nota nem imposto. Esses SONEGADORES, falsamente acusam os outros do CONTRABANDO que praticam, querem até desmoralizar a Justiça, pedindo INDENIZAÇÃO MORAL. Com essa providência, a Receita Federal jogou os fabricantes de cigarros na vala comum dos criminosos. Os que asfixiam a população e querem asfixiar também a ARRECADAÇÃO.

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Rio dos bois, uma cidade que vive à espera de um médico

Moradores em uma região de Rio dos Bois, onde quase metade da população vive com menos de meio salário mínimo. PREFEITURA DE RIO DOS BOIS A cidade de Rio dos Bois, no Tocantins, revive uma situação que parecia ter superado há cinco anos: a falta de um médico fixo e o atendimento diário. Localizada a 123 quilômetros da capital Palmas, o município ganhou seu primeiro médico na atenção primária ao aderir ao Mais Médicos e, com o programa federal, passou a ofertar atendimento nos cinco dias úteis da semana para seus 2.800 habitantes no único posto de saúde da cidade. Foi uma conquista, embora o município seguisse distante de atingir o parâmetro de atenção considerado ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de um profissional para cada mil habitantes. Quando Cuba decidiu encerrar a cooperação com o Brasil, em novembro passado, a cidade perdeu o médico cubano que atendia no posto, mas chegou a ter a vaga substituída por uma profissional brasileira. Três meses depois de começar a trabalhar, a médica renunciou ao programa, segundo funcionários da saúde do município, porque passou em um concurso em Goiânia — abriu-se, assim, uma das 1.052 vagas ociosas por desistências no Brasil que foram anunciadas pelo Ministério da Saúde. A vaga ainda não foi reposta, e já faz dois meses que Rio dos Bois oferece atendimento médico apenas dois dias na semana. Isso porque o município, que já financiava um plantonista para atender no único dia útil em que o profissional “titular” era liberado para atividades de formação previstas no programa, dobrou a carga horária dele. “Como tem dia que não tem médico aqui, quando a gente tem uma dor mais forte vai mais é pra Miracema [a cidade vizinha, que fica a 47 quilômetros de Rio dos Bois]. Lá é mais certo ter médico, e eles passam um remédio pra passar a dor”, diz o morador Milton Medeiros de Morais, 27 anos, que trabalha na limpeza de um posto de gasolina do município. Ele conta que os profissionais do posto de saúde atendem bem aos pacientes, mas lamenta que só tenha médico nas quartas e quintas. “O atendimento tá um pouco apertado depois que a médica saiu, mas pelo menos o município de referência fica perto”, afirma uma funcionária da saúde municipal, que não quis ser identificada, ao explicar que Rio dos Bois disponibiliza ambulâncias e carros pequenos para levar até Miracema os pacientes cujos casos não podem ser resolvidos ali. “Graças a Deus pelo menos ambulância a gente tem e basta ligar que a gente consegue ir [para Miracema]. Por que médico aqui não é todo dia”, declara Milton. Ainda assim, ele conta que só se submete a esta viagem — que dura em média 45 minutos — em casos mais graves e que se acostumou a usar plantas medicinais e chás para cuidar da própria saúde.  “Eu tomo mais é remédio do mato. Todo dia eu faço uma garrafadinha [com mel e plantas] e tomo um pouquinho. Tem uns pezinhos de planta na minha casa, pense como é bom”, diz. O morador tem uma doença nos rins, mas diz que reduz as idas ao médico porque pode comprar os remédios que toma regularmente na farmácia com o salário que ganha na limpeza do posto de gasolina. Algo que nem todos da cidade podem fazer, já que quase metade da população (46%) vive com menos de meio salário mínimo — 499 reais — por mês, segundo dados do IBGE. Os indicadores de saúde de Rio dos Bois também não são animadores. A taxa de mortalidade infantil média na cidade — de 22,73 óbitos para 1.000 nascidos vivos — é bem maior que a média nacional — de 14. Além disso, as condições urbanas não ajudam: apenas 2,5% dos domicílios têm esgotamento sanitário adequado, uma estrutura importante para evitar doenças como diarreia, hepatite A e verminoses, que são enfermidades geralmente tratadas e prevenidas justamente com a ajuda dos profissionais da atenção básica. Moradores de Rio dos Bois em uma ação da Secretaria de Saúde do município. ARQUIVO PREFEITURA DE RIO DOS BOIS O EL PAÍS entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Rio dos Bois para saber os impactos da ausência de médico fixo na cidade, mas a secretária Maria Vitalina não quis dar entrevista, afirmando que havia outros municípios na mesma situação. Ela se limitou a explicar que seria mais adequado conseguir as informações com a coordenação do Mais Médicos no Tocantins. Esta, por sua vez, afirmou que havia previsão de a vaga de médico ser ocupada na próxima semana por um profissional remanejado de outra cidade, mas não especificou qual era. O Ministério da Saúde também não confirmou essa reposição. Pelo menos outras 18 cidades, localizadas em nove Estados diferentes, estão sem médicos na atenção básica por conta da desistência dos brasileiros que substituíram os cubanos no programa federal. Os dados são de um levantamento feito pelo EL PAÍS ao cruzar a lista de municípios com desistência disponibilizada pelo Ministério da Saúde com a lista de cidades que dependem exclusivamente do programa feita pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). A estimativa do Conselho considera municípios que têm apenas uma Equipe de Saúde da Família (ESF) participante do programa cujo médico responsável por ela até novembro era cubano. O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, diz que o provimento das vagas está garantido por lei e que o ministro Luiz Henrique Mandetta teria prometido a reposição nas cidades vulneráveis ainda no mês de abril. “A ideia é que seja já dentro do [novo programa] Mais Saúde, mas ainda não conhecemos a proposta como um todo”, afirma. Mandetta anunciou que enviaria ao Congresso uma nova proposta para substituir o Mais Médicos ainda neste mês. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que lançará o Mais Saúde “em algumas semanas”, mas ressaltou ter publicado uma portaria estendendo para seis meses o prazo de pagamento da verba para custeio de outros profissionais das unidades básicas de saúde para que os municípios não perdessem verba após dois meses sem médico, como determinava a portaria anterior. O Ministério paga 11.800 reais

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Medicina: Canabidiol e epilepsia

Cannabidiol reduz convulsões em 86% das crianças com epilepsia Flor de maconha, planta da qual é extraído o cannabidiol, substância química sem efeitos psicotrópicos.   Substância sem efeitos psicotrópicos derivada da maconha reduziu pela metade a ocorrência de ataques epilépticos em crianças que sofrem com a síndrome de Lennonx-Gastaut, em estudo realizado no México.   O tratamento com cannabidiol, um derivado da maconha sem efeitos psicotrópicos, reduziu pela metade a ocorrência de ataques epilépticos em 86% das crianças que sofrem com a síndrome de Lennonx-Gastaut e que participam de um estudo cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira (14/03) no México. “Pelo menos 80% dos casos tiveram a frequência das crises reduzida pela metade. E isso é muito difícil de conseguir em uma população que tem tal quantidade de problemas”, disse em entrevista coletiva o neuropediatra Sául Garza, responsável pela pesquisa e coordenador da Unidade de Neurodesenvolvimento do Hospital Espanhol da Cidade do México. O estudo, pioneiro no país com crianças com essa rara doença, foi realizado com 38 pacientes. Eles receberam durante um ano o RHSO-X 5000mg, um produto do cannabidiol puro derivado do cânhamo e recentemente aprovado pela Comissão Federal Contra Riscos Sanitários do México (Cofepris). De acordo com os resultados, 33 pacientes (86%) tiveram uma melhoria de 50% nas crises. Desses, 21 atingiram uma redução dos ataques epilépticos de até 75%. Em cinco casos, as convulsões desapareceram totalmente. Por outro lado, o tratamento falhou para outros cinco crianças. “Os cinco meninos que não responderam ao óleo de cannabidiol continuaram com seu tratamento habitual, sem que a saúde deles fosse menosprezada”, afirmou Garza. Além da redução das crises, o uso do medicamento gerou outros benefícios nas crianças, disse o líder da pesquisa, como uma melhora no estado de alerta e a interação social. Agência Efe Raúl Elizaalde, representante da Fundação Por Grace, Saúl Garza Morales e Carlos González, representante da HempMeds México, especializada em produtos com canabidiol No entanto, o remédio também teve efeitos colaterais, com 30% das crianças sofrendo de diarreia ou insônia, problemas que também são complicações geradas por outros tratamentos convencionais. O especialista indicou que o estudo provocou que o cannabidiol é um tratamento seguro para os pacientes com Lennox-Gastaut e mais eficiente que os remédios tradicionais contra epilepsia. www.OperaMundi.UOl.com. br

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Hackers interrompem quimioterapia em hospitais

Os crimes dos hackers que interrompem até quimioterapia em sequestros virtuais de hospitais Direito de imagemMIRELE MATTOS RIBEIROOs computadores do Hospital das Clínicas de Barretos foram atacados em junho, o que atrasou atendimentos No dia 28 de junho, Mirele Mattos Ribeiro acordou cedo para acompanhar a mãe, Neusa, à sua sessão semanal de quimioterapia contra um agressivo tipo de câncer nos seios da face, diagnosticado no início do ano. Os procedimentos deveriam começar às 6h30, mas um ataque cibernético havia paralisado os computadores do Hospital de Câncer de Barretos, onde Neusa se trata. “Nós chegamos lá e estava tudo parado. Dos 20 computadores usados para a quimioterapia, apenas um estava funcionando”, relembra Ribeiro, que reside em Americana e viaja a Barretos (SP) para acompanhar a mãe na luta contra a doença. A possibilidade de atraso no tratamento atemorizou a família. “Cada vez que atrasa uma quimioterapia, o problema pode atingir outros órgãos e piorar o estado de saúde da minha mãe. A quimioterapia nada mais faz que tentar reduzir o tamanho do tumor. O medo é o tumor crescer”, explica Ribeiro. Para contornar o problema, o hospital colheu amostras de sangue para os exames necessários antes da sessão e as enviou a um laboratório externo em caráter de emergência. Sete horas após o horário previsto, Neusa deu início à sessão de quimioterapia marcada para aquele dia. “Sentimos indignação porque a vida das pessoas depende disso. O pessoal da radioterapia ficou quatro dias sem poder fazer sessão. Isso afeta muito o tratamento”, afirma Ribeiro. Direito de imagemVINÍCIUS MARINHO/FIOCRUZ IMAGENSAtaques a equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados O ataque cibernético que paralisou o hospital foi causado por uma variante do vírus Petya, que em junho infectou computadores com o sistema Windows no mundo todo em troca de “resgates”, a serem pagos em moedas digitais – nesse caso, a bitcoin. Chamados de ransomware, vírus de resgate invadem sistemas em que há vulnerabilidades. Uma vez que rompe as barreiras de proteção, o software malicioso embaralha dados das máquinas infectadas e os criptografa, paralisando os computadores. Para restabelecer o acesso, é preciso uma chave, que fica de posse dos criminosos e é liberada mediante o pagamento de um resgate. No caso do Hospital de Câncer de Barretos, o resgate era de US$ 300 por máquina, o que geraria ao hospital um custo de US$ 360 mil, o equivalente a R$ 1,08 milhão. Além do custo financeiro, que o hospital conseguiu evitar, houve o custo humano: cerca de 3 mil consultas e exames foram cancelados e 350 pacientes ficaram sem radioterapia por conta da invasão no dia 27 de junho. Outras unidades do hospital, localizadas em Jales (SP) e Porto Velho (RO), também foram afetadas. “Trabalhamos em regime de 24 horas, nos revezando, para restabelecer o sistema do hospital. Todo mundo virou técnico, foi um trabalho braçal. O problema mais grave foi o ‘sequestro’ das máquinas”, afirma Douglas Vieira, gerente do departamento de TI da instituição. Em três dias, a equipe conseguiu recuperar 800 dos 1200 computadores da instituição. Mas o atendimento aos pacientes só seria completamente normalizado seis dias depois. Um mês antes, o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, também teve seu sistema atingido por um ataque cibernético que vitimou empresas e instituições de mais de 150 países. O ransomware, chamado WannaCry, infectou mais de 230 mil computadores globalmente e também paralisou hospitais no Reino Unido, num ataque que a polícia europeia, a Europol, classificou como sem precedentes. Segundo o Sírio-Libanês, o “apenas alguns computadores” do hospital foram infectados. “Nenhum sistema ou servidor foi atingido”, afirma a instituição, em nota. Direito de imagemDVULGAÇÃO/HC DE BARRETOSImage captionHospital das Clínicas de Barretos recebeu pedido de resgate após infecção de computadores Cada vez mais comuns Ataques a instituições de saúde são cada vez mais comuns e devem crescer no futuro, já que hospitais aumentam a dependência de máquinas computadorizadas e da conexão à internet, afirmam especialistas em segurança cibernética. “O princípio de hacking é obter informação. Quanto mais há digitalização e inclusão de tecnologias, mais informações valiosas surgem para serem hackeadas e roubadas”, afirma Ghassan Dreibi, gerente de desenvolvimento de negócios em segurança para América Latina da Cisco, empresa que oferece serviços de segurança cibernética. Em um relatório global apresentado em julho, a Cisco aponta que 49% das empresas já foram alvo de algum tipo de ataque de ransomware, atividade ilegal que rendeu US$ 1 bilhão a criminosos no ano passado. Em um relatório paralelo, produzido pela Symantec, os serviços em saúde aparecem com o segundo maior segmento alvejado em 2016. “Não tem mistério: o ladrão vai onde está o dinheiro. E qual o melhor lugar que um hospital para ter retorno rápido? Um hospital não pode parar”, diz Dreibi. Além do retorno rápido com resgates, os criminosos digitais também se aproveitam de informações pessoais roubadas que podem ser revendidas a outros criminosos, para que possam ser usadas em falsificações de documentos e cartões bancários, além de outros golpes. “Hospitais são fontes de informações sigilosas, que têm valor e são vendidas. São também fonte natural de pessoas que estão desesperadas, ou seja, vítimas fáceis. É chocante”, diz o executivo. Segundo Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab, especializada em segurança digital, informações pessoais roubadas nesse esquema são usadas em golpes como o do “falso médico”, registrados recentemente em vários Estados – em que, de posse dos dados sobre pacientes, criminosos ligam para parentes se apresentando como médico ou diretor do hospital dizendo precisar de dinheiro para custear um tratamento “urgente”. “O vazamento de dados de pacientes pode ser resultado de um ataque cibernético ou quando algum empregado copia esses dados e os entrega a golpistas, participando do esquema. Existe uma tecnologia que controla e impede que os dados sejam acessados de forma indevida, mas infelizmente boa parte dos hospitais não adota tal tecnologia”, diz Assolini. Ataques no Brasil É difícil mensurar a abrangência e o impacto desses ataques, pois as

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