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Corrupção – Mantega vendia informações privilegiadas

Tutti buona gente – ‘Italiano’ revela que Mantega vendia informações sobre juros e câmbio a bancos, diz Palocci MANTEGA, LULA E PALOCCI, NOS TEMPOS DE “BONANÇA” E VENDA DE INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS AOS BANCOS. O ex-ministro do Planejamento e depois da Fazenda Guido Mantega, o “pós-italiano” da lista de subornados da Odebrecht, vendia informações privilegiadas ao mercado financeiro sobre operações de juros e mudanças de câmbio, segundo revelou em depoimento ao Ministério Público Federal ninguém menos que outro ex-ministro petista ilustre, Antônio Palocci, o “Italiano”, que foi ministro da Fazenda do governo Lula e ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] “Tutti buona gente”, expressão usada pelos italianos para ironizar os bandidos que integravam a máfia. Palocci fez acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. Palocci contou ainda que o esquema funcionava desde 2003, quando Mantega era ministro do Planejamento, e continuou em 2004 quando ele assumiu a presidência do BNDES. Mantega teria recebido benesses com a vigência dos programas de desoneração de impostos na indústria automobilística, mas não as detalhou. A delação já conta com 16 anexos, segundo revelou o repórter Paulo de Tarso Lyra, do Correio Braziliense, no blog do editor Vicente Nunes. Os advogados trabalham na expectativa de obter prisão domiciliar para Palocci. Palocci também afirmou que Mantega era quem autorizava pagamentos ilegais da Odebrecht na conta do marqueteiro João Santana na Suíça. “Os valores constantes da planilha ‘italiano’ não eram destinados ao acusado, mas sim ao partido, de forma que, após Antonio Palocci deixar o governo, o montante passou a ser gerido por uma terceira pessoa”, disse em referência a Mantega a defesa de Palocci nas alegações finais encaminhadas ao juiz Sérgio Moro. No mesmo processo de Palocci também são acusados Branislav Kontic, ex-assessor dele, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outros 12 investigados por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A força-tarefa da Lava Jato acusa Palocci de manter uma “conta-corrente” de propinas com a Odebrecht. O ex-ministro foi preso na Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, em 26 de setembro de 2016. Diário do Poder

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Sete magnatas brasileiros alvos da Lava Jato

A lista de empresários alvo da Polícia Federal só tem aumentando nos últimos anos.  Além do dono do grupo EBX, Eike Batista, empreiteiros da Obebrecht, Andrade Gutierrez, UTC e banqueiros já foram alvos da Operação Lava Jato.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Na quinta-feira (26), Eike foi alvo da Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato. Ele teve a prisão preventiva decretada, mas não foi encontrado no Rio. O empresário viajou no dia anterior para Nova York, nos Estados Unidos. A suspeita é que Eike tenha pago propina para uma organização criminosa chefiada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Relembre outros empresários presos nos últimos tempos: 1. Odebrecht Em junho de 2015, Marcelo Odebrecht foi preso preventivamente em sua casa, no Morumbi, na região oeste de São Paulo, na Operação Erga Omnes. Essa expressão em latim significa “uma regra vale para todos”. No mesmo dia, foram presos 10 empresários, tanto da Odebrecht quanto da Andrade Gutierrez. A acusação é que as empresas pagaram mais de R$ 700 milhões em propinas em troca de contratos bilionários com o governo federal. Em março de 2016, Marcelo Odebrecht foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Com o acordo de delação premiada, o empresário ficará prezo até dezembro de 2017. Foram acertados dez anos de prisão, sendo dois anos e meio em regime fechado. Neto do pernambucano Norberto Odebrecht (fundador da Construtora Norberto Odebrecht), Marcelo era presidente da empreiteira desde dezembro de 2008. 2. Andrade Gutierrez Então presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo foi preso preventivamente no mesmo dia que Marcelo Odebrecht. Em abril de 2016, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki homologou a delação premiada de Otávio Azevedo. A delação do empresário indica que a propina revestida de doação legal foi para outras campanhas do PT e do PMDB em 2010, 2012 e 2014. Ele foi condenado em setembro do ano passado na Justiça do Rio por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em processo desdobrado da Lava-Jato. Por causa do acordo de delação, a pena, que seria de 18 anos inicialmente, foi reduzida. A sentença passou para um ano de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Após esse período, o empresário passará ao regime semiaberto por 10 meses e, depois, cumprirá dois anos da pena em regime aberto. 3. BTG Pactual Ex-executivo-chefe (CEO) do BTG Pactual e um dos brasileiros mais ricos, André Esteves foi preso em novembro de 2015, suspeito de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele renunciou a todos os cargos no BTG Pactual e no conselho da BM&FBovepsa e deixou o controle da instituição financeira com outros sete sócios. A prisão preventiva foi decretada pelo STF com base em uma gravação obtida pelo Ministério Público Federal na qual o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT) afirma que o banqueiro financiou a fuga do ex-executivo da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para a Espanha. Em abril de 2015, o ministro Teori Zavascki revogou a prisão do empresário e permitiu que ele voltasse ao comando do banco. Em 2016, ele foi listado entre os 70 maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes, com patrimônio estimado em R$ 9 bilhões. No ranking mundial da revista, ele ocupa o 628o lugar. 4. Camargo Corrêa Ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini foi preso em novembro de 2014. Ele junho de 2015, a Justiça Federal condenou a cúpula da empreiteira por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás. Avancini pegou 15 anos e dez meses de reclusão. Com o acordo de delação premiada, o juiz Sérgio Moro concedeu regime de prisão domiciliar. 5. Gueiroz Galvão O sócio e principal dirigente do Grupo Galvão, Dario de Queiroz Galvão Filho, foi condenado em dezembro de 2015 a 13 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção, de lavagem e de associação criminosa. Ele estava preso desde março de 2014, apontado como o principal mandante do pagamento de propinas pelo grupo. Atualmente ele cumpre prisão domiciliar em um condomínio de luxo. 6. OAS Sócio da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, foi condenado em agosto de 2015 por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Ele foi apontado como um dos responsáveis pelos contratos da empreiteira com a Refinaria Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e com a Refinaria de Abreu e Lima (Renest), em Pernambuco, ambas da Petrobras. Em novembro de 2014, ele foi preso, passou por prisão domiciliar e estava em liberdade provisória. O empresário foi detido novamente em setembro de 2016, acusado de obstruir as investigações e continua detido em Curitiba. Marcella Fernandes/Brasilpost

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Delações da Odebrecht atingem 100 políticos, entre eles dez governadores

Cabral e Alckmin são alguns dos nomes citados no acordo da empreiteira com o MPF Marcadas para começarem nesta sexta-feira (29), as delações de 15 executivos da Odebrecht, incluindo o depoimento de Marcelo Odebrecht, vão atingir mais de 100 políticos, entre eles ministros, senadores, deputados, dez governadores e alguns ex-governadores. Geraldo Alckmin (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB), que já foi citado em outros depoimentos, são alguns dos implicados nas delações da empreiteira.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Embora ainda não haja detalhes sobre a forma como cada um dos nomes aparecem na lista da Odebrecht, em junho, durante tratativa para negociação de delação premiada, a empreiteira revelou a procuradores da Operação Lava Jato que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras como o metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. O executivo responsável por detalhar o que chama de “contribuição” a Cabral é Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-diretor-presidente da construtora que foi preso em fevereiro por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Silva Júnior deve incluir outras obras, além do metrô do Rio e do Maracanã, na conta de Sérgio Cabral, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Há a expectativa também de que ele afirme que o ex-governador tinha como regra cobrar da empreiteira o pagamento de 5% do valor total dos contratos das obras. As planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal em março deste ano já mostravam o nome de Sérgio Cabral como beneficiário de R$ 2,5 milhões pagos pela empresa em razão de obras da linha 4 do metrô do Rio. Já a reforma do Maracanã, sede da final da Copa, foi orçada inicialmente em R$ 720 milhões, mas acabou custando mais de R$ 1,2 bilhão.

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Assim não, Moro! A gramática da lei

Dizem que, pegando a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, pega-se Lula. Assim, eu, que repudio o petismo e levo no peito a medalha de ter sido demonizado pelo Babalorixá de Banânia no congresso do PT, deveria aplaudir as prisões preventivas que atingiram o comando das duas empresas. Mas não aplaudo porque as considero discricionárias. Não condescendo com arbitrariedades só para “pegar Lula”. Transcrevo o Artigo 312 do Código de Processo Penal: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”. Esse “quando” é uma conjunção subordinativa com cara de temporal, mas que é condicional, substituível por “caso” e por “se”. Quando houver (“se houver”, “caso haja”) a prova ou indício suficiente de autoria, então a preventiva pode ser decretada para assegurar uma que seja daquelas quatro exigências. Se soltos, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo incidem em uma que seja das quatro causas? É claro que não! As prisões são insustentáveis, como eram as dos demais empreiteiros, que ficaram cinco meses em cana. Se os tribunais se acovardaram, eu não.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] (…) Petistas e seus porta-vozes na imprensa também criticam Moro. As razões são diferentes das minhas. Temem que Lula seja preso. Se os alvos da vez fossem adversários, estariam dando de ombros. Como esquecer que eles e sua Al Qaeda eletrônica transformaram o delegado Protógenes em herói? O homem que queria prender jornalistas e colunistas até se elegeu deputado. Saí, então, em defesa da lei e da imprensa livre. E o fiz porque não sou nem covarde nem oportunista. Gente que contou, então, com o apoio do meu blog, e que o pediu, hoje me ataca. Procurem no arquivo. Está tudo lá. As pessoas escolhem seu caminho e sua moral. Eu também. Não me arrependo do que escrevi antes. Não me arrependerei do que escrevo agora. Não mudei. Sou parcial: pertenço à parte que só vê saída na democracia e no Estado de Direito. Para mim e para os outros. Íntegra aqui Blog Reinaldo Azevedo

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