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Vergonha de advogado no STF

“Pequeno Príncipe”: advogado de golpista foi condenado por bater na mãe e na irmã. Além de trocar livro O Príncipe, de Maquiavel, pela obra do francês Antoine de Saint-Exupéry – O Pequeno Príncipe. Hery Kattwinkel se referiu a “Afonso” Pilatos ao defender golpista. Ele foi assessor de deputada que levou Moro para o Podemos.

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A presença eterna de Maquiavel

O artigo “Florença e os Drones”, do colunista David Brooks (New York Times) demonstra a importância do estudo da Filosofia e do pensamento de seus mais importantes formuladores, notadamente do renascentista Maquiavel. O jornalista participa de um Curso denominado Grande Estratégia na Universidade de Yale. Todos são obrigados a ler Péricles, Sun Tzu e Maquiavel. Depois debatem as ideias dos pensadores focados nos fatos que atormentam o mundo global, especialmente a onda terrorista que abateu a América em 2001 com a destruição das torres gêmeas. David Brooks parece fascinado pelas ideias do florentino Nicolau Maquiavel, ao discorrer sobre o amor que ele tinha por Florença, seu viés moralista e principalmente sobre a visão dos defeitos do homem, os quais, segundo ele, são geralmente brutos, ingratos, volúveis, dissimulados, cruéis, covardes, invejosos, ávidos por lucros, e quando a oportunidade aparece praticam maldades sem fim, agravadas quando estão em grupos. Sobre o Poder, Maquiavel entendia que o governante deveria ser bom, caridoso, benevolente, editar pacotes do bem, no entanto se contradiz ao afirmar que nem sempre isso é possível no mundo da realidade fática, pela simples razão de que, para manter a ordem na sociedade e derrotar a oposição anárquica e feroz, o líder virtuoso tem que praticar medidas duras, calcadas nos maus atos, que invariavelmente produzem bons resultados. E que o governante deve se aliar as massas como antídoto contra a aristocracia empresarial. Tudo pelo amor pelo povo, que deve vir na frente de seu próprio amor.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O ápice da esperteza política se insere na afirmação maquiavélica de que o bem deve ser concedido à conta gotas, enquanto o mal deve ser praticado prontamente e de uma única vez. Lembrem-se da frase: Só tenho uma bala na agulha. Paralelo Brooks traça um paralelo entre a Florença do século 16, os ancestrais que criaram a América em meio a conflitos e guerras entre o Norte e o Sul e os Estados Unidos de hoje. Neste aspecto da segurança dos americanos e na guerra ao terror é que entram os drones (aviões não tripulado e altamente letais contra os inimigos). O governante fica diante da opção maquiavélica dos fins que justificam os meios. Ao utilizar uma arma que mata terrorista, mas por falta de precisão cirúrgica atinge e mata também pessoas inocentes em hospitais e as crianças nas escolas, sob a ótica de que assim agindo, estará protegendo a sociedade americana. Barack Obama mergulhou no mundo maquiavélico ao ser eleito presidente, autorizando os bombardeios dos drones no Afeganistão, no Paquistão, no Sudão ou onde houver células de grupos terroristas que ameacem os cidadãos americanos. Para o público interno, Obama afirma que os aviões tem matado menos inocentes, do que se fossem ataques terrestres com tropas da Infantaria, mas faltam relatórios independentes que comprovem os fatos narrados. O mais importante do arrazoado de Brooks se traduz na transcrição de que os fundadores da América, ao obterem a percepção de que os homens são venais e não confiáveis como qualquer outra pessoa comum, montaram um sistema constitucional de freios e contrapesos de modo a impedir a hegemonia de grupos ou partidos políticos. E aqui no Brasil? Enquanto os americanos estudam estratégia lendo e debatendo sobre os pensadores gregos, chineses, italianos e os grandes líderes mundiais, nós brasileiros vamos levando, que aqui tem samba, carnaval e futebol, big brother e novelas sem fim. O Instituto Superior de Altos Estudos Brasileiros, que ensinava estratégica para um Brasil grande, que tinha sua sede na Rua do Pasmado em Botafogo/RJ, em um ato de insanidade somado a burrice congênita e adquirida, agravada pela de falta de amor pelo Brasil, foi fechado, em um dos primeiros atos do governo militar, nos primeiros dias de abril. Seu presidente, Roland Corbisier, o maior filósofo do Brasil foi cassado sumariamente. Uma pena. Poderíamos estar em melhores condições no cenário mundial, se não tivessem sido cassados as nossas maiores inteligências. Que fazer? Por: Roberto Nascimento/Tribuna da Imprensa

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Bento XVI, Richelieu e Maquiavel

Foi eleito para impedir reformistas. Desfez cientificamente os poucos ‘avanços’ que João Paulo II conseguiu. Morto, Herr Ratzinger, não poderia interferir na eleição do sucessor, que poderia vir a ser um reformista. Aposentado, mas, mais vivo que nunca, irá ser tal e qual um Richelieu redivivo, a eminência parda que decidirá quem será eleito sucessor. Outro conservador, claro. Maquiavel ainda é aprendiz. Nada se move, em nenhum aspecto de nenhuma instância de poder, que seja de forma aleatória e/ou casual. “Entre a notícia e o boato, a diferença é que a notícia pode ser forjada.” Teodoro Wanke [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Economia: Dona Europa e suas duas filhas

Dona Europa puxou o tapete dos nobres, deu um chega pra lá no papa e elegeu governos constitucionais que trocaram a permuta pela moeda, evitaram fazer uso de mão de obra escrava, transformaram antigos camponeses em operários merecedores de salários. Dona Europa passou a nutrir ambições desmedidas. Fitou com olho gordo o imenso mapa-múndi que enfeitava a sala de sua casa. Quantas riquezas naquelas terras habitadas por nativos ignorantes! Quantas áreas cultiváveis cobertas pela exuberância paradisíaca da natureza! Dona Europa lançou ao mar sua frota em busca de ricas prendas situadas em terras alheias. Os navegantes invadiram territórios, saquearam aldeias, disseminaram epidemias, extraíram minerais preciosos, estenderam cercas onde tudo, até então, era de uso comum. Dona Europa praticou, em outros povos, o que se negava a fazer na própria casa: impôs impérios, reinados e ditadores; inibiu o acesso à cultura letrada; implantou o trabalho escravo; proibiu a industrialização; internacionalizou normas econômicas que lhe eram favoráveis, em detrimento dos povos alhures. Um dos povos de além-mar dominados por Dona Europa ousou rebelar-se em 1776, emancipou-se da tutela e se tornou mais poderoso do que ela – o Tio Sam. O professor Maquiavel ensinou à Dona Europa que, quando não se pode vencer o inimigo, é melhor aliar-se a ele. Assim, ela associou-se a Tio Sam para exercer domínio sobre o mundo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Dona Europa e Tio Sam acumularam tão espantosa riqueza, que cederam à ilusão de que seriam eternos o luxo e a ostentação em que viviam. Tudo em suas casas era maravilhoso. E suas moedas reluziam acima de todas as outras. Ora, não há casa sem alicerce, árvore sem raiz, riqueza sem lastro. Para manter o estilo de vida a que se acostumaram, Dona Europa e Tio Sam gastavam mais do que podiam. E, de repente, constataram que se encontravam esmagados sob dívidas astronômicas. O que fazer? A primeira medida foi a adotada em turbulência de viagem de avião: apertar os cintos. Não deles, óbvio. Mas de seus empregados: despediram alguns, reduziram, os salários de outros, deixaram de consumir produtos importados. Assim, a crise da dupla se alastrou mundo afora. Dona Europa e Tio Sam não são burros. Sabem onde mora o dinheiro: nos bancos. Tio Sam, ao ver o rombo em sua economia, tratou de rodar a maquininha da Casa da Moeda e socorreu os bancos com pelo menos US$ 18 trilhões. Dona Europa tem várias filhas. Segundo ela, algumas não souberam administrar bem suas fortunas. A formosa Grécia parece ter perdido a sabedoria. Gastou muito mais do que podia. Os mesmo aconteceu com a sedutora Itália, a encantadora Espanha e a inibida Irlanda. Como o cofre da família é de uso comum, Dona Europa se cobriu de aflições. Puniu as filhas gastadoras e apelou à mais rica de todas, a severa Alemanha, para ajudá-la a socorrer as endividadas. A Alemanha é manhosa. Disse que só socorre as irmãs se puder controlar os gastos delas. O que significa cortar as asinhas das moças – o que em política equivale a anular a soberania. Soberana hoje, na casa de Dona Europa, só a pudica Alemanha. O resto da família é dependente e está de castigo. A mais cheirosa das filhas, a França, anda rebelde. Após aparecer de mãos dadas com a Alemanha, agora que arrumou namorado novo encara a irmã com desconfiança. Nós, aqui do sul do mundo, que ainda não cortamos o cordão umbilical com Tio Sam e Dona Europa, corremos o risco de ficar gripados se Dona Europa continuar a espirrar tanto, alérgica ao espectro de um futuro tenebroso: a agonia e morte do deus Mercado, cujos fiéis devotos mergulharam em profunda crise de descrença. por Frei Beto 

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